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Rodeghero RBH

Abstract

O artigo analisa fontes relacionadas às campanhas pró-anistia realizadas em 1945 e entre 1975 e 1979, buscando os sentidos que os atores políticos atribuíram à medida. Dá especial atenção à associação feita entre anistia e "pacificação da família brasileira" nos dois contextos e aponta para um processo de transformação em curso, no seio do qual a anistia deixou de ser vista como instrumento de conciliação e passou a ser encarada como ferramenta para a conquista de direitos. Esse esforço comparativo entre as anistias do final do Estado Novo e de 1979 (início da transição da ditadura para um regime civil) quer ser uma contribuição da pesquisa histórica para os debates atualmente em curso no Brasil a respeito das heranças ditatoriais e da busca de esclarecimento e justiça. Palavras-chave: anistia; Estado Novo; ditadura civil-militar; conciliação.