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2012, Odiario.info
Na luta de classes que a atual crise de sobreprodução capitalista (para a procura solvente) tem vindo a agudizar, é cada vez mais invocado, por personalidades e forças de diversos quadrantes da burguesia (e, mesmo, de organizações de trabalhadores), o chamado Estado social, seja como manifestação de nostalgia por um "paraíso perdido" -apresentado como o fim da história da organização estadual em termos de melhores condições de vida e de trabalho -, seja como objetivo de luta apontado à classe operária e aos trabalhadores.
Revista Brasileira de Educação, 2010
O objetivo principal do presente texto consiste na apresentação de alguns resultados do exame das relações entre titulação universitária, ocupação profissional e posição social, particularmente no que tange a categorias socialmente dominantes no Brasil das últimas décadas. Utilizando como fonte de dados empíricos os microdados dos censos de 1970 a 2000, são confrontados os títulos universitários com os destinos ocupacionais e com o rendimento do trabalho principal. Conforme a hipótese geral perseguida, como os usos sociais dessa titulação universitária se inscrevem numa diversidade de mercados e de relações diferenciadas com a estrutura de poder, por um lado ocorre o crescimento da proporção daqueles que têm ocupação de "elite", ou de gestão e comando, que abrange quase todos os títulos universitários, por outro a forte polivalência nos usos da titulação universitária resulta também na grande quantidade dos que exercem alguma ocupação com rendimento inferior ao da categoria correspondente à respectiva titulação escolar.
O artigo trata da presença/ausência das categorias Classes Sociais e Estado no Livro Primeiro de O capital. O faz, considerando o método duplo de pesquisa e exposição de Marx e a crítica ontológica da economia política que o autor realiza com a instauração de sua teoria crítica do valor. De tal maneira que o valor é a categoria que estrutura, modela, molda as classes sociais e o Estado moderno, o que nos leva a hipótese desses dois últimos serem categorias derivadas da primeira. Ao longo da exposição destacamos outros aspectos inerentes à categoria valor, que só existe na sociedade em que domina o modo de produção capitalista, e que revela o que há de específico nessa forma de sociabilidade estruturada segundo o constrangimento lógico do valor em expansão: as relações sociais são indiretas, intermediadas pelo valor; a forma específica da riqueza é abstratao próprio valor que só pode existir e se reproduzir ampliando-se, ou seja, enquanto capital; a forma específica de dominação é abstrataa dominação das mercadorias portadoras de valor sobre a humanidade, portanto, a dominação abstrata do valor.
Boletim de Análise Político-Institucional , 2020
Esta edição do Boletim de Análise Político-Institucional reúne, em formato de notas de pesquisa, um compêndio de estudos que exploram os dados coletados e organizados no projeto de pesquisa Radiografia do Brasil Contemporâneo, que consistiu em uma pesquisa qualitativa de grande escala, realizada em 2015 e 2016 pelo Ipea. O principal substrato empírico da pesquisa é composto de entrevistas semiestruturadas, em profundidade, com 632 brasileiros adultos, residentes em áreas urbanas de todas as regiões do país. As mais de cinquenta laudas, em média, de cada entrevista transcrita, narram histórias de vida de pessoas entremeadas pela sua relação com instituições econômicas, sociais e políticas. Essas relações com o trabalho, a escola, a religião, a família e o Estado se entrecruzam de forma significativa e revelam o sentido dado pelo indivíduo a cada uma dessas instituições no seu percurso de vida. Buscou-se, assim, captar processos de formação de classes sociais e reprodução de desigualdades, compreendendo-os à luz das disposições práticas, dos modos de vida e das visões de mundo da população.
Para boa parte da sociologia contemporânea, a criança é um agente social ativamente engajado na produção, apropriação e reprodução da cultura. Pouco, no entanto, se diz sobre a maneira como as crianças participam da reprodução de classe. Apoiando-se na observação da rotina das turmas de dois a três anos em uma creche pública e outra privada, que atendem a famílias de grupos sociais diferentes, as autoras mostram como as crianças contribuem ativamente para modelar as experiências educativas a que são expostas. As crianças oriundas de famílias dos grupos populares, menos escolarizados, exibem maior auto- nomia, autossu ciência e independência em relação aos adultos, enquanto as crianças de famílias de classe média alta, mais es- colarizadas, desobedecem e demandam mais. Como resultado, estas últimas recebem mais atenção dos adultos. Isso contribui para uma diferenciação signi cativa do trabalho pedagógico nos dois espaços, adicionando uma nova dimensão às diferenças de contexto institucional, apesar da semelhança que estes apresen- tam em outros aspectos (salários de professoras e monitoras, espaço físico, orientação pedagógica). Esses resultados revelam, assim, uma das dimensões dos complexos processos pelos quais se produz a desigualdade de classe na educação. For much of contemporary sociology, the child is a social agent actively engaged in the production, appropriation and reproduction of culture. However, little is said about the way in which children participate in class reproduction. Relying on the observation of the routine of classes of two and three year-olds in a public and a private day care center, serving fa- milies from different social groups, the educational experience to which they are exposed. Children from low income and less educated families exhibit greater autonomy, self-suf ciency and independence from adults, while children from middle upper class and more educated families are more demanding and disobedient. As a result, the latter receive more attention from adults. This contributes to a signi cant differentiation in the pedagogical work in both spaces, adding a new dimension to the institutional differences despite the similarity they have in other respects (the wages of teachers and monitors, physical space, mentoring). These results show one of the dimensions by which class inequality is produced in education.
Revista Katálysis, 2021
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution Non-Commercial, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que sem fins comerciais e que o trabalho original seja corretamente citado.
Tempo Social
Este artigo tem como objetivo estratificar e configurar as classes sociais e suas distinções no acesso ao ensino superior brasileiro. A pesquisa adota técnicas estatísticas para investigar essas relações por meio dos dados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com base no capital cultural, econômico, social e linguístico, identificamos uma classe superior que tem acesso a todos os cursos; uma classe intermediária heterogênea, cuja fração privilegiada tem acesso a 35,8% dos cursos, mas não aos de prestígio; e uma classe inferior, cujo baixo desempenho permite acesso a menos de 5% dos cursos. Assim, o Enem opera como um elemento que reproduz a diferenciação e hierarquização, ao manter o ensino superior como uma distinção social.
Destaca para o processo de naturalização do significativo elemento da dominação-exploração exercida pelos homens sobre as mulheres, cuja intensidade varia de sociedade para sociedade e de época para época
O objetivo deste artigo é apresentar as mudanças da programação da Rede Globo em relação à temática da 'Classe C', influenciando, assim, a massificação do fenômeno 'Social TV' no Brasil. Metodologicamente, o artigo se apresenta como um estudo de caso qualitativo por analisar de forma profunda durante 15 meses a programação da emissora. Para apresentar os resultados do fenômeno 'Social TV' procedeu-se um recorte metodológico, sendo que para humorísticos, minisséries, programas e realities shows foram analisados seus conteúdos com o objetivo de apresentar a inserção da temática 'Classe C' na programação da emissora. Para as novelas, além de proceder a análise da inserção dessa temática, procedeu-se também uma investigação netnográfica para evidenciar empiricamente o fenômeno 'Social TV'. Na categorização dos dados, três formatos de programas evidenciam as mudanças na programação da emissora, quais sejam: (i) novelas, (ii) programas e realities shows e (iii) humorísticos e mini-séries. Estas três dimensões são compostas por categorias que emergem da análise do caso da Rede Globo e explicam três desdobramentos importantes do fenômeno 'Social TV' na análise da indústria do entretenimento, quais sejam: (a) cócriação de conhecimento; (b) Ibope qualitativo do conteúdo; e (c) Mídia social voluntária.
Ação coletiva, emancipação e classe média.
História Econômica & História de Empresas
O objetivo é analisar, através da contribuição de Florestan Fernandes, as origens do processo de revolução burguesa no Brasil a partir da específica formação social brasileira sob o capitalismo dependente. A hipótese sinaliza que este processo, iniciado com o golpe de 1930, remete à conformação colonial da sociedade brasileira e determinou: os condicionantes de uma sociedade tipicamente capitalista no país; um marco para a discussão do “povo” brasileiro; os caminhos de conformação da consciência de classe no Brasil, tanto burguesa quanto trabalhadora; e as possibilidades de mudanças sociais enquanto descolonização, ao condicionar o tipo de democracia possível. Este é um trabalho interdisciplinar sobre História do Pensamento Econômico Brasileiro que segue o método das controvérsias do pensamento econômico elaborado por Malta et al. (2011).
2021
This article aims to: 1) present and analyze the theoretical explantions elaborated by Poulantzas – one of the most renowned representatives of structural marxismo – about the social classes and which led him to call “new small bourgeoisie” salarieda workers who are not workers and also do not own the means of production, but whose political and ideological practices tend to be equal or similar to those of the traditional bourgeoisie due to their special positions in the economic structure. But, according to Marx, in capitalist societies the determining structure of social classes is , because, fornot the economic structure?; 2) to demonstrate that the theoretical and methodological postures of structural Marxism, especially those of Poulantzas, suppress the subject of history, because, for its authors, history has ceased to be a human process in realiazation to become a realization of structures. And yet this is na inescapable fact: individuals, human beings, people, with their ...
Resumo: O presente artigo procura contribuir para uma análise da relação entre o estado, no período populista brasileiro, e a classe popular urbana. Para tanto, se definirá o conceito do que se está chamando de populismo perante duas perspectivas distintas, posteriormente, se apresentará o contexto nacional em questão, e finalmente será proposto um contraste entre as duas concepções de populismo e a experiência vivida no Brasil.
Cadernos Cemarx, 2019
Resumo: A ciência social enfrenta o problema das condições de existência das classes sociais no capitalismo. O que constitui uma classe social? Quais fatores a fazem emergir na cena política? Uma proposição inicial, para a qual importa a contribuição de Nicos Poulantzas, em Poder político e classes sociais, é que as classes sociais são e não são efeitos das estruturas da totalidade social, formulação que leva em conta duas modalidades de agrupamento: a classe em luta por reformas (internas aos limites impostos pela vigência das estruturas) e a classe antagônica (tendente a transformar o modelo de sociedade). Résumé : La science sociale poursuivre la question sur les conditions de l'existence de classe sociale au capitalisme. Qu'est-ce qui constitue une classe sociale? Quels sont les facteurs de son émergence dans la scène politique? Une proposition initiale, dont le sens est dû à Nicos Poulantzas, dans le Pouvoir politique et classes sociales, dit que les classes sociales sont et ne sont pas les effets des structures de la totalité sociale, une formulation qui nous faire se rendre compte de deux genres d'agroupements : la classe en lutte pour les réformes (internes aux limites imposées par les structures) et la classe antagonique (qui tend à transformer le modèle de la société). O ponto de partida Os proprietários do capital ou dos meios de produção voltados à valoração, de um lado, e os proprietários de apenas força de trabalho ou
IPEA eBooks, 2023
A cada formação econômica social corresponde uma estratificação social e que, mesmo dentro dessa própria formação, em etapas diferentes de sua cristalização, variam as classes sociais. 4 1 INTRODUÇÃO O Brasil é marcado por desigualdades e há diferentes formas de tentar entender suas causas e suas consequências. Uma das possibilidades é fazer isso a partir da estratificação social, que classifica os indivíduos em grupos, ou classes sociais, para analisar suas condições socioeconômicas. A separação dos grupos sociais pode ser pensada com base em distintas características, por exemplo, renda, raça, escolaridade e ocupação.
O artigo desenvolve e esclarece a noção de classe social subjacente aos estudos sociológicos de Bourdieu desde A distinção. A teoria das classes sociais deve superar a oposição entre teorias objetivistas que assimilam as classes a grupos discretos objetivamente inscritos na realidade e teorias subjetivistas que reduzem a "ordem social" a uma classificação coletiva obtida pela soma das estratégias individuais pelas quais os agentes classificam a si e aos outros.
Revista Fim do Mundo, 2020
O objetivo do artigo é discutir a crise estrutural de acumulação do capital que se estende desde a década de 1970 como uma "longa crise" que dura até o presente momento. Esta foi aprofundada por uma nova etapa da crise de acumulação iniciada em 2008 e agravada pela pandemia de 2020. Por fim abordamos o surgimento da pandemia do covid-19 no marco da produção industrial em larga escala, considerando os impactos que tal produção desencadeia sobre o meio ambiente e outras formas de vida.
Revista de Saúde Pública, 1999
© Copyright Faculdade de Saúde Pública da USP. Proibida a reprodução mesmo que parcial sem a devida autorização do Editor Científico. Proibida a utilização de matérias para fins comerciais. All rights reserved. e Extensão da PUC/SP).
A sociologia e a epidemiologia social consideram a existência de diferenças sociais na definição da saúde e da doença. A saúde é um estado amplo
Colloquium Socialis
Este artigo tem como objetivo analisar as formas como o Estado é retratado nos livros didáticos de Sociologia para o ensino médio. Busca-se, mais especificamente, examinar se o Estado aparece como conteúdo sociológico nos livros didáticos e, em caso positivo, identifica-se os significados que lhe são atribuídos; investiga-se se os livros realizam recortes conceituais fundamentados em autores ou fazem referência a uma corrente ou sistema teórico específico; identifica temas e conceitos relacionados à noção de Estado; verifica-se se existem diferentes tratamentos nos livros ou se há um consenso quanto às definições conceituais e autores citados. A pesquisa foi desenvolvida com base em metodologia qualitativa e emprega a técnica de Análise de Conteúdo categorial de Bardin. Utiliza como fonte documental de análise cinco dos seis livros didáticos de Sociologia aprovados pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático de 2015: 1) Sociologia para o ensino médio, 2) Tempos modernos, tempos de Sociologia, 3) Sociologia hoje, 4) Sociologia para jovens no século XXI e 5) Sociologia. Conclui-se que o conceito de Estado está presente em todos os livros didáticos examinados. Cada livro apresenta intepretações diversas, com predomínio das definições de dois dos clássicos do pensamento sociológico, a saber, Marx e Weber. Conceitos como cidadania, poder e classe social aparecem relacionados ao conceito de Estado na maioria dos livros.
2019
Revisão: Os Autores O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Conselho Editorial Ciências Humanas e Sociais Aplicadas APRESENTAÇÃO O livro "Desafios e Soluções da Sociologia" foi dividido em dois volumes, totalizando 42 artigos de pesquisadores de diversas instituições de ensino superior do Brasil. O objetivo da organização deste livro foi o de reunir pesquisas voltadas aos desafios atuais da Sociologia, assim como apresentar possíveis soluções para estes desafios. No Volume 2, os artigos foram agrupados em torno de duas partes denominadas "Soluções da Sociologia". Na Parte 1, são 13 artigos e as temáticas giram em torno da economia criativa, cidadania, meio ambiente, educação, tecnologia e literatura. E na Parte 2, os 9 artigos discutem temas como autoajuda, quilombo, identidade cultural e valorização profissional. No Volume 1 as duas partes foram denominadas "Desafios da Sociologia". Na Parte 1, são 11 artigos que discutem questões como a representação feminina e masculina, política LGBT, assédio moral e violência familiar. E na Parte 2, são 9 artigos que apresentam desafios à Sociologia por meio de discussões de temas como abuso sexual, masculinidades e racismo. Entregamos ao leitor o Volume 2 do livro "Desafios e Soluções da Sociologia", e a intenção é divulgar o conhecimento científico e cooperar com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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