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A coisa contém na sua segunda parte, em forma extrordinariamente densa, mas relativamente popular, não poucas novidades que antecipam o meu livro(1), ao mesmo tempo em que passa necessariamente por cima de muitas outras. Achas conveniente antecipar assim esse tipo de assunto?
Modos de Usar, 2022
Modos de Usar surgiu de uma encomenda no quadro do projeto Artista Residente, da Circular Associação Cultural, sediada em Vila do Conde. Movendo-se entre áreas como a dança, música e artes visuais, o projeto contou com a colaboração de Isabel Costa, Miguel Pipa, Eduarda Neves, Carlos Arteiro, Eduardo Luís Patriarca e Ana Cristina Ferreira, desdobrando-se através de atividades pedagógicas, parcerias ou colaborações informais com entidades como a Escola de Dança da Associação Juventude Unida de Mosteiró, Escola de Dança do Centro Municipal de Juventude de Vila do Conde, Oficina Zero, ESMAD ou o Conservatório de Música de Vila do Conde. A publicação integra a documentação do projeto e entrevistas realizadas aos participantes por Carolina Lapa. Numa segunda parte são apresentados textos de artistas convidados posteriormente a escrever sobre os modos em que utilizam a colaboração nos seus processos de pesquisa (Andresa Soares, Nuno Lucas, Nuno M. Cardoso e Patrícia Portela), dando visibilidade a outras dimensões da prática e da experiência colaborativa.
Este estudo teórico insere-se no domínio voltado para a investigação das ideias do analista austro-húngaro Wilhelm Reich (1897Reich ( -1957). Quatro intentos o balizam: a) acompanhar a trajetória científica percorrida por Reich; b) indicar a aliança entre teoria e prática presente na produção desse autor; c) identificar, do acervo freudiano, o grupo de noções e perspectivas que ajudaram a alicerçar o enfoque reichiano; d) tecer considerações a respeito da inserção do pensamento de Reich no Brasil. Por concebermos a obra reichiana como um processo vivo e contínuo de construção, que implicou em movimentos de elaboração e reelaboração de conceitos e posturas, adotamos uma maneira de exposição histórica. Palavras-chave: Wilhem Reich; percurso histórico; Wilhem Reich no Brasil, psicanálise. Austro--Hungarian analyst, Wilhelm Reich (1897-1957. Four purposes make up its base: a) to follow the scientific path trodden by Reich; b) to point out the alliance between theory and practice present in the author's work; c) to identify, throughout the Freudian repertory, the group of notions and perspectives which helped to bring Reich's proposals into focus; d) to come up with considerations concerning the insertion of Reich's thought in Brazil. Conceiving Reich's work as a live and continuous process of construction, which has brought about makings and re-makings of concepts and approaches, we have adopted here a way of historical exposition.
disponibilização quase acidental de novas tecnologias leva a uma cadeia de conseqüências que, não raramente, culmina em uma reinterpretação completa de nossa visão de mundo. Assim ocorreu com o relógio mecânico, com as máquinas a vapor, com a energia elétrica, o computador e agora com a world wide web (www). Dessa forma, sem exaurir a questão, podemos dizer que, assim como o relógio nos fez pensar no mundo como preciso, redutível e previsível, o computador nos fez pensar na possibilidade de simular o mundo (ou talvez, no mundo como uma simulação).
Três colegas. Renomados pensadores. Docentes de excelência. Comunicadores impactantes. Finos debatedores. Os três tenores, para alguns. Mosqueteiros, para outros. E tudo mais de legítimo e genial que já tenha se manifestado em trio. Aqui, em triálogo. A fala de um inspira os demais. Discursos alinhavados no calor do encontro. Impossível toda antecipação. Cada um com seu tom, suas histórias, seus exemplos. Atualizando mestres e autores mais queridos. Desfilando conceitos com fluência despretenciosa. Sobra elegância, erudição e generosidade. A genialidade criativa faz do ineditismo de cada enunciação um instante de incomparável logos. Razão e discurso. Com seus adendos e remendos. Um ballet de argumentos em grande estilo. Não lhes falta estrada. A nenhum dos três. Trajetórias sulcadas com muita saliva e letra. Sempre lapidada e aguda. Com alma densa e pouco desperdício. Nem um único suspiro de bobeira. Ou hiato à toa. Você, leitor, é sortudo. Por isso tão premiado. E que sorte é essa? Ora. Não precisa buscar longe. Cortella, Karnal e Pondé são contemporâneos. Coincidência nada desprezível. O acaso tecendo em finesse, justo no tempo que também é o seu, com os fios da maior perfeição. Amantes do futebol, menos contemplados, não puderam reunir Pelé, Maradona e Messi. Ou Neymar, Rivelino e Garrincha. Vamos voltar lá no estudo de domingo. Para que mesmo? Para aprender. Para saber. Para, para… Vamos, saber para que? Para a felicidade. Balbuciou o aluno mais tímido. Já arrependido de ter aberto a boca, ante o olhar da sala toda sobre si, fazendo pouco. E pra que a felicidade? Desafia o professor. Silêncio da galera. De fato. A felicidade não é para nada. Porque nada importa além. Porque ela, por ela, não leva a nada. Nem pretende. Porque não é caminho para nenhuma outra coisa. Não é meio. Nem instrumento. É o fim da linha. Tudo que queríamos. Desde o começo. Inútil, portanto. Sim, a felicidade é 100% inútil. E você que sempre foi escravo, instrumento de outras vontades, terá passado a vida na utilidade. E sendo aplaudido por isso. Associando inútil a coisa ruim, de nenhum valor. Ou aos que nada fazem, imprestáveis. Você mesmo. Que não sossegou enquanto não viu seus filhos escravizados como você. Educando-os para serem úteis sempre. Agora se vê abestado. Perplexo, fica melhor. Acaba de se dar conta de que o mais valioso, justamente por já ter valor em si mesmo, é perfeitamente inútil. Não precisa de mais nada que lhe confira utilidade. Sempre valeu mais do que tudo de mais útil. Sinto que você pede um refresco. Abstra-ção demais. Exemplos costumam ajudar. Um colírio tem valor? Claro que sim. Mas esse valor está condicionado. À sua utilidade. Portanto, a um mundo cheio de olhos. Irritados, machucados. Ou cheios de frescura, mesmo. O colírio por ele mesmo, neste caso, não vale nada. Precisa de olhos para toda valia. Essa dependência é apequenadora, concorde. Afinal, na hipótese de um mundo sem olhos, colírios terão perdido sua utilidade. E, neste caso, seu valor também. Como sapatos sem pés, vozes sem tímpanos, filosofia sem inteligência ou moral sem liberdade. Assim, da mesma forma, martelos, pregos, quadros e paredes. Cadeias de utilidade que vão distribuindo entre seus integrantesinstrumentos-um certo valor de utilidade. Uma interdependência frágil. Vai que alguém constate que para pendurar um quadro não precise furar a parede. Felicidade, portanto, não é martelo nem prego. Porque não precisa de quadros, na parede a pendurar, para receber sua quota de valor. Felicidade tem valor desvinculado. Incondicionado. Independente. Em si mesmo. Por isso, talvez, todos a busquemos. Mesmo quando nos enforcamos. Algumas experiências renovam nossas esperanças. Iluminam a trilha da felicidade. Parece plausível. A esperança é afeto. A potência sobe. A energia aumenta. Tendo como causa algum mundo imaginado. Um conteúdo de consciência, portanto. Assim, você dentro do ônibus, saindo da rodoviária, a caminho do litoral, supõe em sua mente, que vai dar praia. O tempo não vai atrapalhar. O objeto da esperança é sempre um real desejado. Por isso mesmo ausente do mundo fora de nós. Ao menos por enquanto. A última que morre. E quando alguém constata que já não há esperança, parece insinuar que as chances de uma vida feliz doravante minguaram de vez. Na contramão do que sugerimos acima, sem ofender nenhum senso comum, sábios estoicos e seus discípulos, séculos afora, propõem algo muito diferente. Preconizam uma felicidade sem esperança, justamente. Por muitos motivos. Em primeiro lugar, toda esperança seria inseparável do temor. Seu aparente reverso. Assim, quem espera pelo sol, teme a chuva. Quem espera sobreviver, teme a morte. Quem espera a riqueza, teme continuar pobre. Quem espera ser amado, teme a indiferença. Ora, com esse temor impregnado em toda esperança, impossível cravar alguma experiência de felicidade cristalina. Mas o azedume dos esperançosos não acaba aí.
Com a oficialização da Libras como a língua da comunidade surda brasileira pela lei 10.436/2002, e o decreto 5.626/2005, colocando essa língua no currículo de cursos de graduação, especificamente cursos de Licenciatura e fonoaudiologia, essa língua de modalidade visuo-espacial passou a receber mais atenção dos pesquisadores, especialmente da linguística aplicada. Observar a prática do ensino dessa língua em sala de aula, adotar a postura de professor-pesquisador, trazer à tona os percalços que os docentes encontram no ensino e aprendizagem; estes tornaram-se aspectos importantes a serem considerados nesse contexto.
Este trabalho é o produto final de uma pesquisa realizada no Mestrado Profissional em Ensino Tecnológico – MPET, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas – IFAM/CMC, onde se discute os usos de um portfólio on-line (www.caldogrosso.com) como instrumento de visibilização e divulgação de processos educativos e trajetórias docentes, realizando uma fusão entre o conceito dos portfólios profissionais em seus aspectos de apelo visual e estético e dos aspectos crítico-reflexivos dos portfólios acadêmicos, definindo um terceiro modelo.
Desde o final do século XIX temos a emergência de um gênero de escrita com fronteiras pouco definidas. Trata-se de manuais do cuidado da casa, com fronteiras que vão da organização do lar às artes decorativas, da arquitetura ao que podemos denominar “fordismo doméstico”. Para citar alguns: de Christine Frederick, The New Housekeeping: Efficiency Studies in Home Management, de Paulette Bernege, uma das idealizadoras do Salon des Arts Menagers Si les femmes faisaient les maisons, e na Alemanha o livro da reformadora social Erna Meyer, Der neue Haushalt. As idéias de Meyer dialogavam com aquelas dos arquitetos modernos e isso faz parte do background da conhecida cozinha de Frankfurt, da arquiteta austríaca Grete Schütte-Lihotsky. Em 1951 a arquiteta-designer Charlotte Perriand publicou um número especial da revista Techniques et architecture intitulado “L’art d’habiter”, no qual expõe sua visão do que deveria e poderia ser uma casa moderna, da planta ao modo de se lidar com detalhes do cotidiano como armários, arrumação etc. Em 1958 a arquiteta Lina Bo Bardi publicou um texto, “A casa: sua organização, seu arranjo” em uma Enciclopédia da Mulher editada no Brasil, mas, à exceção de seu texto, traduzida de uma publicação francesa. Assim como Perriand, ela dava conselhos, em tom por vezes enfático de como lidar com o espaço domestico moderno, dos quadros e móveis até os eletrodomésticos. O argumento dessa apresentação é que tais escritos estão enclausurados entre duas modalidades de escrita: a das revistas de arquitetura, dirigidas a profissionais, simpatizantes, clientes em potencial; e o aconselhamento feminino, dirigido às donas de casa, como que a educá-las a perceber as potencialidades e, por que não, limitações da casa moderna. A modernidade arquitetônica tinha, mesmo nos anos 1950, uma absorção ambígua por parte de seus usuários. Pouco evidente, talvez necessitasse de um manual, uma bula, um guia dos “modos de usar”, espaço de esclarecimento que foi preenchido, não por acaso, por mulheres profissionais. Assim, a proposta desta apresentação é comparar e analisar os escritos de Bo Bardi e Perriand, situando-os no interior desse debate que vinculava o profissional ao usuário no feminino: a dona de casa, verificando quais as noções de modernidade e domesticidade apresentadas nos dois textos.
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II World Congress on Computer Science, Engineering and Technology Education, 2016
Os mil nomes de Gaia (vol. 1), 2022
Arquivos Brasileiros De Oftalmologia, 2001
Pesquisa Agropecuaria Brasileira, 1981
REMAT: Revista Eletrônica da Matemática