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As neurociências ainda não explicaram integralmente o funcionamento da memória. Do ponto de vista cultural, pelo arquivo enorme de obras artísticas que se realizaram sobre o desejo de salvação do passado, possuímos alguns elementos, às vezes predominantemente figurais, que mostram em detalhe a urdidura da teia de Penélope da memória, como a definia Walter Benjamin, referindo-se a Proust. Há uma redundância de metáforas que expressam a memória ou o seu contrário, o esquecimento. Mas, como apontado por Harald Weinrich, as imagens que representam a memória, na história das ideias ocidentais, não são ilimitadas. Na verdade, baseiam-se em torno de dois arquétipos essenciais: o do armazém e o outro, de origem platónica, o da lousa. O primeiro, ligado à retórica, refere-se ao campo da memória, o segundo, ao da recordação. Horizontes (da série Guiné) | 2015 | Filipe Branquinho
Jornada de Iniciação Científica e Mostra de Iniciação Tecnológica - Mackenzie, 2019
Neste trabalho temos por objetivo pesquisar a concepção de memória em Aristóteles. Esse artigo está dividido em duas sessões. Iniciamos a primeira sessão pela psicologia aristotélica-campo mais amplo do qual a memória será um dos objetos de investigação-com o intuito de compreender como o nosso autor concebe a psykhê a partir de suas faculdades, quais são elas, como estas se relacionam com os vegetais, animais e seres humanos, e também como se dá a relação entre a psykhê e o corpo. Pontuamos ainda, de forma sucinta, a possibilidade de uma teoria da mente na psicologia aristotélica, assim como procuramos destacar os elementos fundamentais ao desenvolvimento da segunda sessão. Para tanto, nos utilizamos e citamos primordialmente a obra De Anima, levando em consideração algumas questões das quais Aristóteles se utiliza para dialogar com a tradição filosófica de seu tempo. Na segunda sessão abordamos a concepção aristotélica de memória, recordação e reminiscência. Fizemos isso por meio do tratado De Memoria et Reminiscentia integrante da obra Parva Naturalia. Portanto, realizamos a distinção entre cada um desses objetos e ressaltamos a relação entre a psykhê e o corpo no que se relaciona à memória, bem como a importância que Aristóteles dá à reminiscência ao dedicar metade do seu tratado a esse assunto. Palavras-chave: Aristóteles. Psicologia. Memória. ABSTRACT In this work we aim to investigate the Aristotelian conception of memory. This paper is divided into two parts. In the first part we start by addressing the Aristotelian psychology; the broader field from which memory is just one of the objects of investigation. We want to comprehend how Aristotle conceives the psykhê from its faculties, which are they, how they relate to vegetables, animals and human beings, and how the relationship between the psykhê and body occurs. We briefly discuss the possibility of a theory of mind in Aristotelian psychology and highlight the essential elements for the development of the second part. For these purposes we mainly use and quote the work De Anima, taking into account some questions that Aristotle makes use of, in order to dialogue with the philosophical tradition of his time. In the second part we discuss the Aristotelian conception of memory, remembering and recollection from the treatise De Memoria et Reminiscentia belonging to the work Parva Naturalia. We distinguish each one of these objects, emphasize the relation between psykhê
Em vista da lapidação da Tecnologia Social da Memória, essa prática foi discutida, aprofundada e sistematizada por um núcleo multidisciplinar do Museu da Pessoa. Numa ação piloto, ela começou a ser aplicada, no segundo semestre de 2005, à equipe da própria Fundação Banco do Brasil, durante a comemoração de seu 20º aniversário.
A vertiginosa velocidade das mudanças tecnológicas provocou um grande impacto nas concepções de memória, documentação, arquivamento e de criação – concebida como rearranjo singular de um material disponível – no ciberespaço. O conceito de gestão da memória cultural resiste ao atual processo de reorganização na esfera pública virtual? Sobretudo porque os processos de retenção de memória têm sido eminentemente sociais. Alguns temem que a documentação perca sua “autoridade” – a relevância que até então marcou sua presença norteadora no corpo social. A enxurrada de material, entre documentos, fotos e textos que a mídia eletrônica propicia estaria desvalorizando o valor simbólico anterior que capitalizava, através de um dado lugar de memória, um certo sentido social. A questão, logo no início da disseminação da informação nos meios digitais, era saber o coeficiente de confiabilidade das fontes. A revista Nature publica em 2006 uma pesquisa comparada para ver a confiabilidade entre verbetes da Wikipedia e da Britannica com um resultado desconcertante: há um número de erros quase igual em ambas as enciclopédias; no entanto os erros eventuais levam a busca de confirmações – que por sua vez funcionam como os atratores estranhos, para dizer com os Físicos: os momentos de memória se articulam de modo dinâmico e imprevisto; daí a distinção que, a partir de Marcel Proust, fez Walter Benjamin, entre a fixidez da lembrança e a dinâmica da memória involuntária; torna-se cada vez mais difícil dispor de um material de memória numa só ordenação, sobretudo em meio digital. Isso diminui a redundância que advém de toda seriação.
Resumo: Em contextos diversos tem-se discutido o percurso epistemológico da oralidade dentro da História. Orienta o presente artigo a busca por apresentar os usos e o tratamento necessários a conformação desse processo na construção da disciplina histórica. Existem ainda hoje grupos que, apesar de inseridos na lógica moderna ocidental, tem resistido para preservar as tradições herdadas de seus antepassados. Fundamental para o trabalho a definição do papel dos mais velhos em um sistema simbólico identitário, ao compreender a função da circunscrição do mito no espaço da transmissão oral. O artigo contribui com as discussões, ainda, ao propor uma abordagem que contemple as particularidades de que essas narrativas são dotadas, através de um diálogo interdisciplinar. Palavras-chave: Comunidades Tradicionais; História Oral; Mito, Memória. Abstract: The concept of orality has been discussed on many occasions in History. The current paper is oriented by the attempt of presenting the uses and treatments of such process as History’s means of conformation as a discipline. Nowadays, there are still groups which, although part of the modern occidental logic, have resisted by preserving inherited traditions. The definition of the role played by elders in a symbolical-identitary system is fundamental to the paper, because it helps to comprehend myth’s function of circumscription within oral transmission’s space. The article it also contributes to the discussions by proposing an approach that takes these narratives’ particularities into account, through an interdisciplinary dialogue. Keyword: Traditional Communities; Oral History; Myth; Memory.
Gestão e Desenvolvimento, 2008
Neste ensaio, tomando por base o discurso viriliano, será nossa intenção desenvolver algumas reflexões sobre o modo como a aceleração e tecnicização da experiência na modernidade tardia tem vindo, por um lado, a introduzir mutações ao nível dos usos que o humano fazia da memória e, por outro, propugnar a proliferação do acidente, proliferação essa que, em última instância, exige o equacionar de um museu dos acidentes com o intuito de evitar o esquecimento dessa negatividade que perpassa a nossa experiência hodierna. Palavras-chave: percepção, aceleração, técnica, acidente, memória Abstract: Looking beyond the virilian discourse, in this paper it will be our intention to develop some reflections about the way how acceleration and technicization of the experience in the late modernity has been coming, on one side, to introduce mutations at the level of the uses that the human did of the memory and, on the other, generate the proliferation of the accident, proliferation that, ultimately, demands the creation of a museum of accidents with the intention of avoiding the forgetfulness of that negativity that is present in ours actual experience. Keywords: perception, acceleration, technique, accident, memory
Vista
Os média noticiosos tradicionais atuam enquanto dispositivos de seleção, configuração narrativa e difusão dos acontecimentos. A par do poder da narrativa na estruturação do tempo e da experiência, pode considerar-se que a seleção pelos média do que se entende marcar o presente e o passado constitui um mecanismo de construção da memória social. Nessa medida, os média "fazem história", entrando no terreno da historiografia, e "fazem memória", participando e intervindo no processo de construção da memória coletiva. Porém, os média digitais, enquanto dispositivos caracterizados pela instantaneidade, velocidade, retenção e propagação de imagens e mensagens, introduzem novas possibilidades de comunicação, divulgação e arquivo, alterando, simultaneamente, as relações ao espaço e ao tempo. Interessa- nos interrogar se, uns e outros, média tradicionais e média digitais, de modos distintos, concorrem para a construção da memória colet...
Moringa - Artes do Espetáculo, 2019
Resumo: O ponto central do artigo é a memória e o que dela se projeta como narrativa na construção dramatúrgica de Nelson Rodrigues, Carlos Alberto Soffredini e Luís Alberto de Abreu. Por meio do processo de reconstrução fabular, uma certa ideia de tragicidade que se alinha à noção sustentada na modernidade será consolidada. Os três autores e as peças aqui dispostas estão ligados a um processo memorialístico fragmentado de constituição da narrativa e, nesses casos, representação de um aspecto trágico do homem moderno.
Juracy Oliveira. Revista Dispositiva, v. 8, n. 13, 2019
https://doi.org/10.5752/P.2237-9967.2019v8n13p15-29 | Resumo: Almejando realizar uma arqueologia da memória digital, nos propomos a refletir acerca das condições da Web como arquivo e como memória de si mesma, tomando como objeto para esmiuçar a lógica operativa dessa memória técnica o arquivo Wayback Machine, uma espécie de “máquina do tempo” da Internet. Partimos da hipótese de que a memória empreendida nessa biblioteca digital enuncia sobretudo presença, posto que é justamente o efeito/afeto de toque temporal que promove a modulação entre passado e presente; além dessa experiência de produção de presença na ausência do passado, entra em questão também uma lógica da não presença, marcada pela latência espectral de um registro de memória incompleto que dá a perceber a própria ruína do tempo dentro da memória técnica.
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Fato & Versões- Revista de História, 2016
Anais do 20° Encontro Naional da ANPAP, 2011