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Educação e Política pública
Cap. 1: A educação como uma necessidade da vida Tradução de Maria Isabel Gaivão Donato Torres Fevereiro Finalista da Licenciatura em Matemática, 1995/96 1. A renovação da vida por transmissão. A distinção mais notável entre seres vivos e seres inanimados é que os primeiros se mantêm por renovação. Quando se bate numa pedra, esta oferece resistência. Se esta resistência for maior que a força com que se bate, a pedra não se altera minimamente. Caso contrário, ela é partida em pequenos bocados. Uma pedra nunca tenta reagir de tal forma que se possa manter inalterável contra a pressão que sofre ao ser batida, e muito menos ainda de forma a contribuir para a acção de que é alvo. Os seres vivos no entanto, podem ser facilmente esmagados por uma força superior, mas tentam apesar disso transformar a energia que actua contra eles num meio de prolongar a sua própria existência. Se não o conseguirem, não ficam partidos em bocados mais pequenos (pelo menos nas formas de vida superiores), mas perdem a sua identidade como um ser vivo. Enquanto resiste, o ser vivo luta de forma a utilizar as energias circundantes em seu próprio proveito. Ele utiliza a luz, o ar, a humidade e as substâncias que compõem o solo. Afirmar que o ser vivo as utiliza é dizer que as transforma em meios da sua própria conservação. Enquanto está em fase de crescimento, a energia dispendida nesta transformação do ambiente é largamente compensada por aquilo que o ser vivo obtém em troca: o seu crescimento. Se se entender a palavra controlo neste sentido, poder-se-á dizer que um ser vivo é aquele que, a fim de conseguir manter as suas próprias actividades de uma forma continuada, subjuga e controla estas energias que de outro modo seriam desperdiçadas. A vida é um processo de auto renovação através de acções exercidas sobre o meio ambiente. Quaisquer que sejam as formas de vida superiores, este processo não se pode manter indefinidamente. Após algum tempo sucumbem; e morrem. Um ser não é definido pela tarefa de se renovar indefinidamente. Mas a continuidade do processo de vida não depende do prolongamento da existência de um qualquer indivíduo. A reprodução de outras formas de vida prossegue numa sequência contínua. E apesar de, como se constata através dos registos geológicos, não serem apenas os indivíduos que morrem mas espécies inteiras que desaparecem, o processo de vida continua em seres de complexidade sempre crescente. À medida que algumas espécies de vida morrem, outras formas melhor adaptadas para utilizarem os próprios obstáculos contra os quais as primeiras lutaram em vão, aparecem. A continuidade de vida significa uma readaptação contínua do meio ambiente às necessidades dos organismos vivos. Temos estado a falar de vida no sentido mais pobre do termo-uma coisa física. Mas utilizamos a palavra vida num sentido mais amplo para designar todo o conjunto de experiências, individuais e raciais. Quando pegamos num livro chamado A Vida de Lincoln não estamos à espera de encontrar no seu interior um tratado de psicologia. Procuramos os seus antecedentes sociais; uma descrição do ambiente onde vivia na sua juventude, as condições de vida e ocupação dos seus familiares; dos episódios mais relevantes no desenvolvimento do seu carácter; dos seus insucessos e sucessos mais marcantes, das suas esperanças, preferências, alegrias e sofrimentos. Do mesmo modo falamos da vida de uma tribo selvagem, do povo Ateniense, da nação Americana. A palavra Vida refere-se aos costumes, instituições, crenças, vitórias e derrotas, divertimentos e ocupações. Utilizamos a palavra experiência com a mesma riqueza de sentido. Quer neste caso, quer relativamente à palavra vida no sentido psicológico estrito, é aplicado o princípio da continuidade através da renovação. No caso dos seres humanos, a par da existência da renovação física, processa-se a renovação das crenças, ideais, esperanças, alegrias, misérias e hábitos. A continuidade de qualquer experiência, processada através da renovação do grupo social, é um facto. A educação, no seu sentido mais lato, é o meio através do qual se verifica esta continuidade de vida social. Todos os elementos que constituem um grupo social, tanto numa cidade moderna como numa tribo selvagem, nascem imaturos, carentes de ajuda, não possuindo qualquer tipo de linguagem, convicções, ideias, ou padrões sociais. Cada indivíduo, cada unidade portadora da experiência de vida do grupo a que pertence, com o tempo desaparece. No entanto a vida do grupo continua. Os factos inevitáveis do nascimento e da morte de cada indivíduo num grupo social, determinam a necessidade de educação. Por um lado, existe o contraste entre a imaturidade dos elementos recém nascidos do grupo-seus únicos representantes futuros-e a maturidade dos elementos adultos possuidores do conhecimento e costumes do grupo. Por outro lado, existe a necessidade de que estes elementos imaturos do grupo não sejam apenas fisicamente preservados em número adequado, mas que sejam iniciados nos interesses, propósitos, informação, aptidões, e práticas dos membros adultos: de outro modo o grupo perde a sua vida característica. Mesmo numa tribo selvagem, as competências dos adultos estão muito longe daquilo que os elementos imaturos serão capazes de conseguir se entregues a si próprios. À medida que aumenta o grau de civilização aumenta também o desfazamento entre as
O objetivo deste artigo é resgatar os pressupostos da tese de Robert Michels a respeito da dinâmica organizacional dos partidos políticos marcada por duas tendências supostamente antagônicas: a propensão à concentração de poderes nas mãos de uma oligarquia, de um lado, e, de outro, a aspiração por participação por parte dos demais membros do partido. Um segundo objetivo é verificar como estudiosos do fenômeno partidário vinculados à perspectiva organizacional contemporânea avaliaram a validade dos conceitos de Michels e os prognósticos deste autor sobre a democracia em seus estudos.
Cultura, escola e processos formativos em educação [livro eletrônico] : questões para o debate /, 2024
Pautadas em uma perspectiva ecofenomenológica, o presente capítulo, na forma de ensaio crítico, apresenta reflexões sobre as diferentes camadas da realidade de pesquisa (James, 2006). Atualmente, autores como Payne (2022), argumentam pela análise sob múltiplas lentes na educação ambiental, mega, macro, meso, micro e corporificada no mundo. Para tanto, abordamos o conceito de Ciclo de Políticas (Bowe; Ball; Gold, 1992) e a Teoria do afeto (Mckenzie, 2017), compreendendo o afeto como social e culturalmente mediado, inclusive, em considerações materiais e não linguísticas, como lugar, estética e o mundo mais-que-humano, portanto, capaz de incitar mobilidades políticas. Na sequência, argumentamos sobre a emergência em imaginar novas narrativas, potentes, como possibilidades de criar condições de um futuro possível. São microentendimentos pertinentes e cheios de sentido ante a degradação herdada. Outros mundos que apontam para vivências e práticas de nutrição e cuidado na reconstituição dos modos de habitar a Terra (Haraway, 2016; Krenak, 2021).
No presente ensaio, desde uma perspectiva transdisciplinar, objetivamos refletir sobre as dimensões político-sociais da pandemia de covid-19 no Brasil a partir dos marcadores sociais de diferença. Ao nos debruçarmos sobre os dilemas que envolvem a educação e a democracia no país, por meio da categoria "efeito colateral" e em diálogo com as reflexões de Arendt, Santos, Agamben e Mbembe, chegamos à conclusão de que as discussões sobre a pandemia não se reduzem a uma dimensão epidemiológica e/ou biomédica, antes, estão articuladas a complexas relações de saber-poder que expõem ainda mais a sua face violenta, racista, sexista e autoritária.
Cada vez mais presente no discurso político e no ordenamento jurídico-normativo educacional, a temática da participação tem constituído um dos temas de estudo através de diversas abordagens e pontos de vista diferentes. Na óptica de Lima (1988) não existe um ponto de vista organizacional sobre a participação, mas, pelo contrário, vários pontos de vista suportados por diferentes escolas, teorias e quadros conceptuais.
A Chama, 2021
Projeto Gráfico e Produção Editorial Christina Barcellos Capa Alunos integrantes da diretoria do Grêmio Tropicália, recém-eleito, exibem a faixa a ser colocada na fachada do CSVP. Na 4ª capa, fotos de outras faixas que já estiveram na fachada.
RESUMO: Este Artigo tem por finalidade levar ao conhecimento do Leitor como se desenvolveu o Estágio em Gestão Democrática, na Escola Parceira E.M.E.F. Milton da Cruz, em Cachoeira do Sul. Buscouse conhecer a rotina administrativa da Equipe Diretiva e também como são tomadas as principais decisões, entendendo a dinâmica diária da Escola, a fim de entender as relações dos indivíduos envolvidos no processo de construção deste ambiente, bem como do convívio e das trocas de experiência em situações limites. Utilizou-se a Pesquisa Investigativa como método de Pesquisa durante o Estágio em Gestão Democrática, buscando dialogar com todos os sujeitos envolvidos no cotidiano da Escola Parceira, utilizando além de questionamentos prontos, também a observação de como pensam, agem e dialogam entre si os sujeitos. O Estágio em Gestão Democrática é parte fundamental para o conhecimento da realidade escolar, bem como para a continuidade deste Curso de Formação onde o referido estágio aparece como prérequisito, bem como é possível estabelecer relações entre as bases teóricas oferecidas no decorrer do Curso e a realidade prática de uma rotina escolar; com sua administração, as relações interpessoais, além do conhecimento dos documentos que norteiam a Escola e ainda, se há relação entre tais documentos com a prática realizada no ambiente escolar.
Revista Café com Sociologia, 2016
Resumo Este artigo propõe uma tentativa de compreensão das possíveis intersecções entre educação e democracia no pensamento contemporâneo. Para tanto, adentramos em algumas questões hodiernas para identificar como se dá esta relação, afunilando as perspectivas de investigação com autores decisivos em nossa época. Destarte, nos debruçamos sobre as leituras de Robert Dahl, Noam Chomsky, Alain Touraine, Boaventura de Sousa Santos e Amy Gutmann, todos importantes nomes da discussão acadêmica em torno da democracia, com vistas à percepção das referidas intersecções, atinando igualmente para os contrastes resultantes do processo de consolidação da democracia. A análise de obras dos referidos autores mostrou que as relações entre democracia e educação continuam sendo uma nítida preocupação na reflexão contemporânea, vicejando como fundamental no trato de tópicos tais como, o modelo neoliberal de Estado, as ações afirmativas, a inclusão social, e as relações entre o público e o privado. Palavras-chave: Educação. Democracia. Contemporaneidade. Estado. Escola. EDUCATION AND DEMOCRACY: a contemporary itinerary Abstract This article proposes an understanding of the possible intersections between education and democracy in contemporary thinking. To do so we approached to some modern subjects to identify how this relation is, specifying perspectives of research with nowadays decisive authors. Thus, we looked over the works of Robert Dahl, Noam Chomsky, Alain Touraine, Boaventura de Sousa Santos and Amy Gutmann, all important names of the academic discussion on democracy, in order to these intersections, infering likewise the resulting contrasts of
A discussão sobre a democracia participativa que prima pelos mecanismos adequados do exercício do poder pela sociedade civil, confronta as instituições em vários domínios de formulação de decisões, exercício de poder e redistribuição. Este desafio parece estar ancorado ao empoderamento da produtividade organizacional e accountability aprimorados pelos novos modelos de gestão e pelas políticas neoliberais. Como consequência, as narrativas dominantes da contemporaneidade sobre as organizações visam substituir o verticalismo organizacional pelo horizontalismo e o individualismo em coletivismo. Criticam o autoritarismo defendendo a confiança nos trabalhadores e negam a exclusão em favor da inclusão. Este turbilhão de fatos parece provar que a mudança institucional em vista à participação é inevitável para o sucesso das organizações. O presente artigo faz uma análise comparativa dos mecanismos que incentivam a maximização da gestão escolar participativa em dois países (Brasil-Moçambique) e aponta alguns constrangimentos na materialização destes. Os mecanismos aqui analisados estão entrelaçados a estratégias aplicadas nos dois países nos últimos 30 anos para fomentar o envolvimento através da criação de conselhos gestores, orçamentos participativos, conselhos e conferências nacionais e audiências públicas. O estudo se concentra nas fontes documentais e bibliográficas existentes tanto no Brasil quanto em Moçambique sobre a temática e aplica o método interpretativo na discussão e construção de dados. O mesmo se divide em três partes: Na primeira observamos a popularização da democracia participativa no Brasil, em seguida focaremos sobre Moçambique e por último consideramos a magnitude das diferenças e semelhanças na aplicação destes mecanismos.
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Revista Direito Em Debate, 2019
A FALÁCIA DA DEMOCRACIA NA MÍDIA, 2016
Educação Democrática: Antídoto ao Escola Sem Partido, 2018
VOLUME 17, Nº 03 JUL./SET., 2018
Cadernos PROLAM/USP, 2008
Revista Brasileira de Estudos Políticos, 2015
Revista de Ciências da Educação