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Key takeaways
A hipótese da "crise" se mantém, apesar disso, porque a históriaproposta por Oiticica parece articular de uma nova maneira as categorias passado, presente efuturo, e ao tempo presente é concedido um outro lugar na composição deste regimehistoriográfico: talvez não por estar habilitada ou não uma história do tempo presente, doimediato, questão que não é mencionada por ele ao longo do texto; mas por ser o presente omotor de questões a partir das quais deveria ser orientada a escrita da nação, e, além disso, porser uma história manifestamente voltada para a ação política no presente.
Como afirma Prats (1997) o patrimônio não existe de forma natural, não é algo dado, muito menos um fenômeno social universal, ele é, acima de tudo, uma construção social, um artifício criado por alguém, em algum lugar e momento, para atender a determinados fins.
É notável que a violência não parte do lado bruto, selvagem e irracional do ser humano, mas ela é racionalizada e estruturada para que possa ser colocada em prática calcada em inúmeros propósitos, geralmente econômicos, como a exploração de um povo subjugado como mão-de-obra escrava, inclusive as atrocidades são também racionalizadas mesmo que fruto de uma mente doentia; ainda assim, essa natureza não é justificável, nenhum ato de violência verbal ou física ou práticas cruéis, visto que a preservação da vida e de relações de afeto são o que constituem uma base para uma sociedade mais plena e, quem sabe, capaz de racionalizar que a paz e o afeto são ações capazes de construir alicerces sólidos onde o ódio não tem vez, podendo levar a uma sociedade que exerça de fato o direito a dignidade humana que todos têm direito.
Todavia, o que buscamos apresentar são resultados preliminares, que não pretendem ser alçados a uma resposta final, do contrário, o que pretendemos neste trabalho é trazer breves contribuições à temática.
É impossível, também, não considera-la senão em função da "autenticidade" ou do "valor histórico": isto seria submeter um gênero literário a lei de um outroa historiografia e desmantelar um tipo próprio de discurso para não reter dele senão aquilo que ele não é."
Resumo Valorização dos testemunhos dos textos literários e literatura de viagens para o conhecimento das relações financeiras entre o Estado e a Madei- ra. Palavras-Chave:Literatura de viagens, impostos, finanças. Abstract Valuation of the testimony of literary texts and travel literature to the knowledge of financial relations between State and Madeira island. Keywords: Travel literature, taxes, finances
Este ensaio cartografa os processos vividos e experimentados por duas mestrandas e professoras no Seminario “Praticas de Si e Outras Artes”, do curso de Mestrado Profissional em Educacao e Tecnologia do Instituto Federal de Educacao, Ciencia e Tecnologia Sul-rio-grandense. As escritas de si, que revelam inquietacoes sobre os processos de subjetivacao e de formacao, apoiaram-se na arte e nas Filosofias da Diferenca, com intuito de criar outros/novos pensamentos acerca da Educacao e da vida. Para fortalece-las, articularam-se os conceitos de “cuidado de si” e dos “processos de subjetivacao”, de Michel Foucault, junto a uma critica ao modelo representacional. Compor um processo etico-politico-estetico foi uma aposta das investigadoras
Relato, descricao e narracao: e o que sera apresentado neste artigo. As praticas demonstradas ocorreram em momentos onde o tempo havia se dilatado alem de sua notoria duracao em sala de aula. Essas atividades extras produziram uma nova forma de ver a Historia e como seu conteudo deve tocar o aprendente; todos os fatos que estao entranhados em nossa memoria, que jamais serao arrancados de nossa essencia, estao misturados aos nossos sentimentos. Nao basta a Historia fazer sentido: ela precisa provocar o sentir.
Este artigo propõe o estudo acerca do ofício dos mercadores em Florença a partir da análise de escritos autobiográficos produzidos no início do século XV. Nos diários de Gregorio Dati (1362-1435) e de Buonaccorso Pitti (1354-1430), fontes em estudo, os autores dos relatos são narradores e ao mesmo tempo personagens. Essa tipologia de documento histórico que envolve a escrita de si é uma importante fonte que nos permite compreender o contexto histórico, social, familiar e as referências culturais do narrador. No trabalho proposto, o foco centra-se na investigação acerca das visões produzidas pelos mercadores sobre a propriedade no mundo urbano.
Este artigo demonstrará o potencial indisciplinar do que definiremos como escritas insubmissas da história. Isso será feito em dois momentos: inicialmente através da procura de Hortense Spillers por uma "nova gramática", capaz de redefinir a forma estereotipada como os negros são pensados e escritos no presente; em seguida, terá como foco o conceito de "fabulação crítica", proposto por Saidiya Hartman, que é tanto uma alternativa teórica para exceder ou negociar lacunas do arquivo da escravidão, quanto uma reflexão indisciplinar sobre o que faz o historiador. Antes, porém, explicaremos como essas escritas insubmissas da história fazem parte de uma tradição radical negra, que, desde o final do século XIX, tem se insurgido contra o disciplinamento epistêmico ocidental. Desafios teóricos, veremos, que semprem estiveram profundamente conectados com as demandas político-sociais dos protestos radicais contra a violência antinegra nos Estados Unidos. Ao término, a partir das considerações de Spillers e Hartman, este texto enseja pensar a indisciplina como um fim radical possível em um mundo antinegro.
Resenha do livro, História e práxis social: introdução aos complexos categoriais do ser social do Professor Doutor Ricardo Lara lançado no ano de 2017 pelo projeto editorial praxis.