Academia.eduAcademia.edu

Escritas da História e suas práticas sociais

2017

Abstract

Autorizada a reprodução e divulgação, total ou parcial deste trabalho por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

Key takeaways

  • A hipótese da "crise" se mantém, apesar disso, porque a históriaproposta por Oiticica parece articular de uma nova maneira as categorias passado, presente efuturo, e ao tempo presente é concedido um outro lugar na composição deste regimehistoriográfico: talvez não por estar habilitada ou não uma história do tempo presente, doimediato, questão que não é mencionada por ele ao longo do texto; mas por ser o presente omotor de questões a partir das quais deveria ser orientada a escrita da nação, e, além disso, porser uma história manifestamente voltada para a ação política no presente.
  • Como afirma Prats (1997) o patrimônio não existe de forma natural, não é algo dado, muito menos um fenômeno social universal, ele é, acima de tudo, uma construção social, um artifício criado por alguém, em algum lugar e momento, para atender a determinados fins.
  • É notável que a violência não parte do lado bruto, selvagem e irracional do ser humano, mas ela é racionalizada e estruturada para que possa ser colocada em prática calcada em inúmeros propósitos, geralmente econômicos, como a exploração de um povo subjugado como mão-de-obra escrava, inclusive as atrocidades são também racionalizadas mesmo que fruto de uma mente doentia; ainda assim, essa natureza não é justificável, nenhum ato de violência verbal ou física ou práticas cruéis, visto que a preservação da vida e de relações de afeto são o que constituem uma base para uma sociedade mais plena e, quem sabe, capaz de racionalizar que a paz e o afeto são ações capazes de construir alicerces sólidos onde o ódio não tem vez, podendo levar a uma sociedade que exerça de fato o direito a dignidade humana que todos têm direito.
  • Todavia, o que buscamos apresentar são resultados preliminares, que não pretendem ser alçados a uma resposta final, do contrário, o que pretendemos neste trabalho é trazer breves contribuições à temática.
  • É impossível, também, não considera-la senão em função da "autenticidade" ou do "valor histórico": isto seria submeter um gênero literário a lei de um outroa historiografia e desmantelar um tipo próprio de discurso para não reter dele senão aquilo que ele não é."