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A noção de indicação formal em Heidegger reúne três elementos fundamentais na perspectiva do sentido (Sinn): o conteúdo (Gehalt), a relação (Bezug) e a realização (Vollzug). Do ponto de vista dos conceitos filosóficos, esses três elementos articulam-se enquanto apreensão do mundo tomado fenomenologicamente, com a explícita pretensão de evitar-se um olhar teorético que meramente classifica entes de um ponto de vista da mera generalidade vazia. Nesse sentido, o texto Interpretações fenomenológicas de Aristóteles: indicação da situação hermenêutica, também conhecido como "Informe Natorp", oferece uma interpretação explicitadora da vida fáctica, com base na análise dos conceitos aristotélicos. O presente artigo pretende apresentar de modo breve e provisório, a importância do conceito de nous, em seu caráter de abertura e possibilitação, bem como sua realização (Vollzug) nos modos articulados pelo discurso (logos). Nessa perspectiva, pretende-se mostrar que a retomada heideggeriana da filosofia aristotélica é norteada pelas funções proibitivo-referencial e reversivo-transformacional.
A violência representava tanto no Israel clânico-tribal quanto no Israel estatal o rompimento da normalidade e das bases de uma sociedade justa. Quando nos deparamos com os profetas em sua radicalidade lutando em favor dos desvalidos (anawim, dallim e ebyionim) estamos diante das palavras que condenam as injustiças, a violência, a pobreza e a corrupção. Dizer que a " terra que se encheu de violência " (Gn 6,11b.13a) é uma forma de apontar as injustiças, as corrupções e a disputa sangrenta pelo poder 1. No VII século a.C. o Estado de Judá viveu três momentos: forte dominação e violência exercida pelos assírios e pelos monarcas locais que utilizam destes mecanismos para se manter no poder; as expectativas de mudanças com a queda do império e as mudanças nos rumos políticos e econômicos e, finalmente o fortalecimento de uma elite econômica e religiosa nacionalista que irá governar com dureza. Neste ambiente marcado por repressão, expropriação e violência política e institucional é que aparecerá a voz da profecia no livro de Naum, Habacuque, Sofonias, Jeremias e partes da historiografia deuteronomista. Perceber a análise da profecia acerca da violência no VII século se torna um trabalho grandioso. Vamos nos ater às palavras irônicas de Naum. As palavras proféticas não caem do céu e não existem no ar e, sim, no tempo histórico, em lugares sociais diversos, em meio a conflitos e situações que clamam por transformações. O livro de Naum é uma coletânea de palavras que lança um olhar sobre a realidade para suscitar nos seus destinatários e leitores novos olhares sobre a conjuntura política e econômico-social que estão vivendo. Interessante perceber que este livro é um dos poucos a deslocar o eixo de culpabilização diante da realidade de sofrimento, empobrecimento e opressão. Muitos trabalham com a culpa de Israel e Judá, porém, este livreto não faz nenhuma referência aos " pecados " de Israel e Judá e centra a sua atenção numa análise da situação do império. Ao folhearmos esta coletânea descobriremos três grandes conjuntos ou blocos (que podem ser subdivididos e com certeza tem as suas subdivisões com adendos e acréscimos 2): um hino de exaltação ao poder de Javé (1,2-2,1), descrição do cerco e tomada de Nínive (2,2-14) e um poema e cântico fúnebre (3,1-19). Transparece nas entrelinhas do livro a violência praticada pelos assírios na região ao descrever violentamente o fim do império.
(Obs.: a cada texto que for acrescentado nos propostos temas abaixo, deverá conter com as suas referências, logo ao lado) 1. A chegada dos negros no Brasil-contexto histórico Com a expansão marítima, em 1502, os portugueses chegaram ao Brasil sem encontrar riquezas com lucro imediato, percebendo que teriam que explorar as terras, a fim de trazer lucro. Para essa exploração, era preciso obter mão de obra, com isso, tentaram fazer com que os nativos do Brasil trabalhassem por escambo, e até mesmo tentaram escravizar, no entanto, eles foram dizimados por doenças e guerras trazidas pelos navegantes. Fatores como estes, além do principal fator comercial de lucro, agregado à proteção dos jesuítas, fez com que surgisse a exploração dos povos africanos, com o escravo negro tornando-se mercadoria mais interessante. Dessa forma, acontece os primeiros carregamentos de escravos negros, inaugurando a Era Colonial, da qual é indissociável desse tráfico. Nesse contexto, o Brasil foi o maior importador, com 6 milhões e 200 mil escravos. O processo de desumanização foi total, as nações europeias armadas, visando o lucro, atiçou rivalidades entre as tribos na África motivando guerras, e abalando as estruturas africanas. Além disso, raptavam escravos de diferentes regiões da África, para dificultar a comunicação entre eles, facilitando o controle sobre escravos, e que por consequência, muitas famílias se separaram. O tráfico negreiro se alastrou, assumindo rapidamente um ritmo catastrófico, fazendo da África um verdadeiro deserto, juntamente com o empobrecimento humano de suas regiões. Estes escravos não vieram de um cotidiano desorganizado, sem culturas e tradições, mas sim, de grupos étnicos diversos, com diferentes línguas e características. Possuíam impérios, confederações tribais, mercados, repletos de povos guerreiros, pescadores, comerciantes e agricultores, que foram perdendo, cada vez mais a sua dignidade, em decorrência do tráfico negreiro. Dessa forma, os Portugueses fizeram uma migração forçada dos negros para o continente americano, em navios, conhecidos como navios negreiros ou tumbeiros. 1⁄3 dos negros morriam antes de chegarem à América, devido as terríveis condições de vida, como a falta de alimento, higiene, e saúde, além de ficarem todos amontoados no porão porque os navegantes tinham medo de que se eles subissem, preferissem o suicídio à escravidão, o que acarretaria na perda de suas mercadorias. Ao chegarem, os que sobreviveram a viagem, eram postos em mercados de escravos, onde seus dentes, músculos e corpos, eram avaliados para a compra. Eram chamados de peças, e estavam em anúncios de compra, venda, e aluguel de jornais. Depois de vendidos, iam para as fazendas, onde tinham trabalhos pesados, com castigos e violência, em
Dominios De Lingu Gem, 2014
RESUMO: Neste trabalho, abordamos a crônica jornalística em seu funcionamento como gênero discursivo e, em especial, em sua dimensão enunciativa. Migrante do domínio literário, a crônica hoje se consolida como um gênero (BAKHTIN, 1997; DEVITT, 2004) multimidiático, com caráter subjetivo e fortemente orientado para a expressão da opinião do cronista, convertendo-se, assim, num simulacro poetizado do real (TOCAIA, 2011). Ao investigarmos a crônica como gênero, descobrimo-la como uma reflexão do cotidiano revivido estilisticamente (ANDRADE, 2005); já para colocá-la em perspectiva enunciativa, centramos nossa atenção nos pronomes pessoais (BENVENISTE, 1995; MOURA NEVES 2000), realizando um exercício analítico de uma crônica de Lya Luft. Na crônica, destacase o uso estrategicamente plural do pronome nós: ora inclui ora exclui o enunciador e os diferentes interlocutores convocados pela cronista, num jogo retórico com o qual se produzem distintos efeitos de sentido, inclusive a ironia. Nosso estudo reforça a tese da impossibilidade da pluralização do eu (BENVENISTE, 1997).
Revista Abusões, 2017
Este artigo tem como foco discutir as teorias da ciência ficção, em especial as que propõem como traço marcante desse tipo de narrativa a dialética entre cognição e estranhamento. Além disso, discute-se sobre a escolha do termo ciência ficção, no lugar de ficção científica, bem como os possíveis efeitos estéticos desse tipo de narrativa no processo de leitura, efeitos responsáveis por esse “olhar” da obra para o leitor.
Este artigo analisa os faits divers no filme argentino Un cuento chino de Sébastien Borensztein (2011). No filme os faits divers produzem uma forte sensibilização do público. Eles são mostrados como fatos que qualificam o cotidiano do homem em uma sociedade mediática em razão de como produzem efeitos de sentido e dos modos como esses são sentidos. Na construção narrativa, não há nada que possa explicar a absurdidade do que ocorre. A falta de referências concretas servem a intensificar o impacto que suscita esse tipo de ocorrência sobre seu destinatário que é aumentado em razão deles não terem uma sessão predefinida. Esta imprevisibilidade provoca um encontro imprevisível. Sua ação surpreendente produz efeitos estésicos na apreensão estética do mundo mediatizado como uma ocorrência em contato direto que é vivida juntos. A análise é apoiada na semiótica de Algirdas-Julien Greimas e utiliza o modelo narrativo proposto por Eric Landowski (2005, 2004). No desenvolvimento, os regimes de interação são explorados como regimes de sentido; além disso, os arranjos figurativos do filme colocados em discurso por dispositivos enunciativos mostram o modo característico do fait divers fazer sentir o sentido. A obra de Borensztein afirma a ação estética e estésica produzida pelos mídias.
Esse artigo procura analisar um dos problemas enfrentados por Heidegger em seus primeiros cursos ministrados em Freiburg, os quais são fundamentais para a compreensão da formação do projeto filosófico que resultaria, anos depois, em Ser e Tempo. Nos focamos no problema da apreensão filosófica das experiências da vida fáctica, questão decisiva para o afastamento de Heidegger da fenomenologia husserliana e para sua busca por uma nova metodologia filosófica capaz de resolver tal dificuldade. Essa análise implica em uma exposição tanto da crítica de Natorp à fenomenologia, bem como da resposta de Heidegger para tal crítica e sua primeira tentativa de solução para o problema da vida fáctica. Além disso, mostramos que, nesse percurso, Heidegger desenvolve suas primeiras análises sobre o caráter específico que devem ter os conceitos filosóficos para poderem apreender a experiência concreta – o que significa mostrar sua radical diferença em relação aos conceitos científicos. PALAVRAS-CHAVE: Heidegger, fenomenologia, experiências da vida fáctica, conceitos filosóficos.
Revista Temática, 2022
Este trabalho tem por objetivo analisar as relações de uso e dependência entre meios de comunicação tecnológicos e o sujeito. Analisamos especificamente a nomofobia, o medo irracional de ficar sem o telefone celular ou ser incapaz de usar o telefone por algum motivo, como a ausência de sinal, o término do pacote de dados ou a carga da bateria. Como método, adotamos a abordagem teórica com base em estudos bibliográficos que permeiam a comunicação, o uso de smartphones, distúrbios inerentes à dependência tecnológica e a concepção da tecnologia como parte integrante do sujeito. Concluímos que o sujeito nomofóbico é uma espécie de ciborgue conectado a um smartphone e disso decorrem problemas bastante contemporâneos referentes às relações humanas, sociais e psicológicas, assim como às formas de interação/dependência dos sujeitos.
2020
O texto a seguir e uma analise sobre a concepcao de vida nua presente no livro Homo Sacer, o poder soberano e a vida nua I do filosofo italiano Giorgio Agamben. Salientamos que o tema nao se reduz a este livro sendo possivel um entendimento mais preciso sobre o mesmo em obras posteriores, mas como se trata de um estudo introdutorio, nos ateremos na obra supracitada conscientes de que o termo central “poder soberano e vida nua” nao se restringe a este momento da construcao filosofica de Agamben. O trabalho sera desenvolvido em dois momentos, primeiro apresentaremos sinteticamente o conceito de vida nua para o pensador romano, considerando a sua leitura do termo a partir de Walter Benjamim. Destacaremos como o pensador italiano, parte do filosofo alemao, para desenvolver a concepcao de homo sacer, situacao na qual, o estado de excecao e sempre constante na modernidade; perpassaremos os seus estudos sobre o tema proposto, desde a Antiguidade ate a sua expressao na politica moderna. No...
Este artigo apresenta o projeto em moda "Nós -Tecendo novos caminhos" que atua como capacitador e fator de geração de renda para jovens adolescentes que estejam em situação de risco ou que possuam qualquer outra característica de exclusão social. Apresenta-se aqui seu histórico, sua justificativa, seus objetivos e sua proposta de implantação com a oferta de oficinas de capacitação profissional unindo técnicas artesanais, ao Design de Moda.
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Controversia, 2013
Pandemídia: vírus, contaminações e confinamentos, 2021
Interdisciplinar : Revista de Estudos em Língua e Literatura,, 2013
Princípios - Revista de Filosofia, 2019
Nós: pequenos ensaios têxteis, 2025
Afeto(s) e(m) discurso: movimentos dos sujeitos e dos sentidos na história. , 2022