Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
Objetivo: A psicoterapia psicanalítica tem sido amplamente debatida e estudada. O objetivo desta revisão é compreender a importância da memória episódica e do insight para a psicanálise e psicoterapia psicanalítica, de forma a perceber o estado de arte da investigação neste âmbito. Método: Realizaram-se pesquisas sistemáticas nas bases electrónicas: PsycInfo, PsycARTICLES, PEP, Psychology and Behavioral Sciences Collection, Academic Search Complete e Researchgate, pelos termos, psicoterapia psicanalítica e psychoanalytic therapy, psychodynamic therapy, episodic memory, memória episódica e insight. Resultados: As pesquisas mostram uma considerável quantidade informação conceptual sobre a memória episódica e o insight na teoria psicanalítica. No entanto, a pesquisa de artigos empíricos revelou que são escassos os estudos acerca do fenómeno da recordação episódica e do de insight. O que se verifica ainda mais se se indagar acerca da sua preponderância ao longo do processo analítico. Conclusões: Na teoria e tratamento psicanalítico os conceitos de memória episódica e insight adquirem uma grande relevância. Estes conceitos parecem estar associados para a efetividade da psicoterapia, apesar de não se conseguir averiguar empiricamente de que modo contribuem para esta.
Memory, life stories and narratives have been the subject of reflection and practice present in different cultures, spaces and times. Memory, through the creation of narratives, is what makes possible the imagination of futures and the perception of the past in the present. How does the process of transforming individual memories into narratives take place? How does the creative connection between memory and narrative take place, finally, in the person, icon or memorial object preserved and valued as a museum's heritage? The relationship between individual, collective and social memories and the social, historical, cultural and political role that the corresponding narratives play in society is the basis for reflection of this thesis, which has as a case study the Museum of the Person, a virtual and collaborative museum of life stories. The investigation is based on the hypothesis that the Museum of the Person represents a theoretical and conceptual innovation for the field of memory studies and practices insofar as it makes each and every person, through their life narrative, a heritage of humanity. The thesis discusses, in an interdisciplinary way, concepts of memory, person, narrative, physical and virtual museums to investigate the Museum's of the Person trajectory. And, from the analysis of life narratives from its collection, identify its innovative features and its potential as a tool for social and cultural change.
Jornal de Psicanálise, 2020
Resumo: Extraído de uma pesquisa de Mestrado em curso, esse trabalho examina a concepção do eu em psicanálise com suporte na teoria do narcisismo, demarcando a participação das tecnologias virtuais nos processos de comunicação e nas trocas subjetivas na atualidade. Baseados na visão psicanalítica do eu enquanto uma unidade constantemente atualizável, consideramos que a relação com as tecnologias virtuais fomenta uma revisita aos ideais primários, especialmente pela valorização de atitudes regulares de exposição da intimidade. Por fim, demonstramos o comparecimento desses fenômenos na cultura e na clínica psicanalítica, com recortes que ilustram exigências da realidade que aludem ao desamparo, como a enfatizada pelo isolamento social em vista da pandemia de coronavírus.
Revista Ética e Filosofia Política, 2021
O presente artigo pretende acompanhar o percurso e a travessia sartreana para construção e formalização teórica e, em alguma medida, prática do problema do “eu” e da “ipseidade”, tal como deságua em “O ser e o nada” na conhecida quinta seção do capítulo “As estruturas imediatas do para-si”, a saber, “O eu e o circuito da ipseidade”. Sem que se pretenda dar uma relevo exagerado ao problema ou dar-lhe tratamento exaustivo, cremos que os impasses em torno da tríade consciência, eu e ipseidade podem oferecer notável instrumento analítico para compreensão não só da filosofia sartreana como também dos impasses e do sentido do debate daquelas “filosofias do concreto”. O retorno de considerável carga e atenção teóricas para problemas em torno do “eu” (e sua constelação de correlatos), bem como a emergência, por assim dizer, de um (ou vários) Descartes redivivo entrando em cena no pós-guerra francês, com as exigências de tantos mais cogitos quanto Descartes, tais movimentos indicam certa ...
Sofia, 2024
O presente artigo visa considerar as teses de Husserl acerca do “eu” na primeira edição das Logische Untersuchungen. Se nos desdobramentos transcendentais de seu pensamento, a ideia de um “eu puro” assume relevância decisiva, nas origens da Fenomenologia deparamo-nos com sua expressa rejeição. Em um exame concreto dos únicos dados que poderiam ser fenomenologicamente reconhecidos como um “eu”, Husserl introduz as noções de um “eu empírico”, por um lado, e de um “eu como unidade fenomenológica de vivências”, por outro. O interesse aqui é entender a argumentação do pensador para rejeição do primeiro conceito e para a clarificação dos dois últimos, bem como de sua inter-relação e hierarquia. Com isso, pretende-se compreender melhor a posição sistemática do “eu” nas origens da Fenomenologia e oferecer subsídios para a sua compreensão nas fases mais tardias.
A falta de emoção vai longe, chega aos rincões mais recônditos da vida. Assim avalia Peter Sloterdijk, ao teorizar sobre a modernidade como uma época de superabundância e, portanto, de crescente desoneração dos indivíduos. Ele diz: "o animal sem missão caminha tateante pela névoa; tudo é possível, nada é convincente. Já que nada me toca, eu preciso de muito".( 1 ) Quando Heidegger descrever o tédio, na célebre passagem da estação de trem no domingo, ele não está falando do homem passivo, mas talvez do hiperativo, do animal que vai precisar de muito. Para readquirir sensibilidade é necessário muito -muito de tudo, sabe-se lá o que pode ser isso.
Tentarei mostrar esquematicamente que, apesar do carácter de evidência com que toda a experiência de mim mesmo me surge de forma imediata, nenhuma das formas de auto-consciência - o cogito - ou de experiência de si - seja ela através da imaginação, memória, ou qualquer outra modalidade - poderá constituir-se em sede ou fundamento para a ideia da identidade pessoal, embora a ideia de "eu" (self, auto-consciência) nos revele paradigmaticamente uma forma incoativa de identidade pessoal.
2020
Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica e Cultura (2020 - UNB)
Revista Linguagens & Cidadania, 2018
Neste artigo, apresentaremos a teoria dos modelos de contexto de Teun A. Van Dijk (1977, 2004, 2012), para o qual, o contexto é definido como um tipo especial de modelo mental da memória episódica. À luz de uma abordagem sociocognitiva, buscamos compreender como expressões linguísticas do discurso, em termos de contextos, são formalmente representadas. Assumimos a posição de que o processamento do discurso requer do falante um dispositivo cognitivo único capaz de elucidar até os sinais mais invisíveis do texto. Com o objetivo de realçar a importância desta teoria para os estudos linguísticos, analisaremos três episódios sobre a vida do sobrevivente do holocausto da Segunda Guerra Mundial, Dr. Primo Levi (2015), contados na obra Assim foi Auschwitz: testemunhos 1945-1986, com o intuito de relacionar a teoria dos modelos mentais com as memórias episódicas do holocausto. Concluímos que o contexto como um tipo especial de modelo mental é proveniente da memória episódica do falante, como Van Dijk havia pressuposto
Psicologia USP, 2014
Este artigo analisa o processo de constituição do conceito de eu na metapsicologia freudiana, desde o Projeto de uma psicologia científica (1895), passando por seu “retorno” a partir dos trabalhos sobre o narcisismo e a releitura da tópica em O eu o isso (1923), em decorrência de Para além do princípio do prazer (1920). Tal divisão de sua obra indica as relações do conceito de eu com importantes pilares de sua metapsicologia, como a teoria pulsional e tópica. Assim, submetê-lo a uma investigação capaz de detectar seus princípios norteadores e condições de possibilidade constitui-se como uma importante ferramenta para a análise de algumas ambiguidades presentes no pensamento de Freud.
Psicologia em Estudo, 2022
Baseado nas teorias de Foucault e de Butler sobre poder, norma e sujeito, este artigo pretende problematizar o recurso dos sujeitos à identidade na atualidade e os seus desdobramentos para a clínica psicanalítica. Defenderemos que, por um lado, a identidade representa uma sujeição às normas e tem um efeito encarcerador e mascarador de desejos, mas, por outro, pode ser importante enquanto proteção contra o desamparo. Diferenciaremos, a partir de Butler, precariedade (condição universal, compartilhada) de precarização (condição produzida pela distribuição social diferencial da condição de precariedade) e apresentaremos a hipótese de que, quanto maior o grau de precarização de um sujeito, mais importantes o apego e o reconhecimento identitários. Abordaremos especificamente o tema das identidades trans, por sua radicalidade no que diz respeito à condição precária e à busca de reconhecimento. Por fim, recorreremos ao conceito de feminilidade do final da obra de Freud enquanto dispositivo de escuta clínica que permita a transformação de cristalizações identitárias no sentido do novo, do singular e das múltiplas identificações.
Revista E Scrita Revista Do Curso De Letras Da Uniabeu, 2015
Este artigo propõe fomentar o debate sobre as possíveis relações entre literatura (mais especificamente, as "escritas do eu") e psicanálise. Para isso, adota-se, como obra exemplar, Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva. Durante a discussão, os conceitos de luto e melancolia serão mobilizados, a fim de se enfatizar a possível análise da autobiografia sob um prisma psicanalítico.
Psicologia USP, 2016
Resumo Este artigo aborda a literatura de testemunho de sobreviventes de genocídios para se perguntar o que eles ensinam ao analista sobre os traumas históricos e os efeitos da violência histórica sobre a subjetividade humana. Os testemunhos são aqui entendidos como um misto de confissão, reflexão e documento histórico, e engajam a responsabilidade do analista em sua escuta tanto sobre destruição quanto sobre a resistência a ele.
2005
Ribeiro (UFRJ) e Marialva Barbosa (UFF) 1 Resumo: Nos últimos anos, cada vez mais empresas têm investido em projetos de pesquisa sobre a sua história, muitas vezes criando museus e arquivos com acervos próprios, publicando livros e organizando programas de memória oral, entrevistando profissionais que atuam ou atuaram no seu interior. Isto tem acontecido com instituições dos mais variados tipos, como a Petrobrás, os supermercados Zona Sul, o grupo Gerdau, os Chocolates Garoto e as Organizações Globo.Nosso objetivo, neste trabalho, é refletir sobre o impulso memorialista dessas instituições, sobretudo as de comunicação. De onde vem a sua vontade de lembrar dessas empresas? O que a s leva a valorizar o seu passado e a investir em pesquisa histórica ou na montagem de estruturas arquivísticas? Palavras-Chave: Memória-Mídia-Identidade Institucional Interessa-nos refletir, aqui, sobre a dimensão estratégica da memória e no seu papel na construção das identidades institucionais. Como o passado pode, por um lado, reforçar a coesão de funcionários em torno de certos valores da empresa e, por outro, fornecer referências para as instituições se auto-referenciarem e se legitimarem externamente? Por que a valorização da identidade das empresas está cada vez mais forte? Um aspecto interessante é o espaço dado a história oral no interior dessas iniciativas. O que leva essas instituições a valorizarem a história de vida de seus funcionários ou ex-funcionários? Como é possível pensar experiências memorialísticas de valorização dos relatos individuais ligadas a contextos institucionais? O que isto tem a ver com o mundo em que vivemos? Ou seja, por que elas surgiram agora e não antes?
2015
This paper, by means of the Sartrian autobiographic project, whose literary production proposes us several manners of “self-writing”, highlights debates on singularity and alterity, the self and the other, the “bio” and the “graph”, to exam how the scriptural trajectory of this project allows us to revisit the nuances that mark out the problematic identity of the writer.
[...] Qual a substância da pedra, do pão, do gato, da nuvem, do elefante? Dizem os livros de lógica serem esses entes definidos por suas propriedades — ou por seus acidente — Propriedades e acidentes são conhecidos fenomenicamente. Não admite Kant fenômeno sem substrato. Ou seja, acidente sem substância. A substância é conjeturada pela inteligência que a abstrai da imagem obtida dos acidentes. Nos entes não espirituais, a substância deles será precaríssima e só destinada a assegurar o inter-relacionamento de suas partes. Por acaso têm os artefatos substância e, como um ente, essência e unidade? Podem ter apenas uma essência cultural, atribuída pelos homens, no interior de uma cultura. No caso dos entes da natureza, animais, por exemplo, é diferente. Têm forma substancial. O que se imagina é que essa forma nada mais é do que um precário X para relacionar e agregar partes. Será? [...] Não é a certeza de Descartes fundamentada em algum juízo ou silogismo. É intuitiva, fundamenta-se na autoconsciência. Não é, porém, a consciência comunicável enquanto consciência. Faz-se a comunicação por um enunciado que expressa um conhecimento reflexo. O eu do “eu penso” enunciado não se refere diretamente ao eu inefável enquanto intuitivo, mas indiretamente pelo eu (embora o mesmo) enquanto comumente exercido na consciência intencional. [...]
Psicanálise e a experiência cinematográfica, 2018
Este artigo discute a formação subjetiva no cinema e da posição do observador na narrativa fílmica. Para tal, primeiramente aborda a construção fílmica do cinema clássico para depois relacionar a forma de maneira análoga aos conceitos psicanalíticos. Partindo da análise de Arlindo Machado (2007), o artigo pretende esclarecer como a arte presente no cinema pode ser compreendida como um dispositivo psicanalítico privilegiado.
Arquivos Brasileiros De Psicologia, 2014
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.