Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
…
12 pages
1 file
RESUMO Este trabalho analisa o equívoco da palavra iorubá Baára, que significa a própria pessoa, ou metafisicamente "o espírito que acompanha o corpo" desassociando-o do conceito "Èsù Bará do Corpo" academicamente inserido nas religiões afro-brasileiras como elemento básico de formação da Noção de Pessoa, sem o qual "a pessoa não pode saber que está vivo". O texto mostra as possibilidades em que o equívoco possa ter ocorrido devido ao parônimo das palavras Báraa vs Bara.
Ágora, 2014
O livro "Corpo de Baile", de João Guimarães Rosa, surge em 1956, em meio à expectativa de que o novo governo brasileiro, o do presidente Juscelino Kubitschek, seria bom e traria desenvolvimento e estabilidade ao país. O Brasil, com isso, saía de uma das mais profundas crises de sua História, iniciada com a morte de Getúlio Vargas, e que ocasionou a sucessão de três presidentes em apenas dezoito meses. A obra de Rosa não vai, entretanto, aderir à euforia em torno do novo presidente e mostrar uma realidade que o Brasil urbano queria esquecer: um mundo rural onde dinheiro e progresso não são as coisas mais importantes da vida, mas sim a beleza da natureza, as surpresas da vida e as relações humanas.
Revista ECO-Pós, 2021
Este artigo se apoia no trabalho audiovisual da artista brasileira Virgínia de Medeiros intitulado “Cais do Corpo” para abordar o tema da precarização das vidas e pensar em possibilidades de resistência a esse processo. O vídeo expõe os efeitos violentos e excludentes do processo de “revitalização” da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, debruçando-se sobre as experiências de prostitutas que vivem e trabalham nessa região. A partir dele e de ideias trazidas por autores contemporâneos, o trabalho pretende, em primeiro lugar, desenvolver uma discussão crítica sobre a sociedade atual, especialmente a brasileira, com suas técnicas de silenciamento e de eliminação de populações consideradas não humanas. Em segundo lugar, defender que o trabalho artístico, ao apostar na potência de imagens e vozes dos próprios sujeitos subalternizados, configura-se hoje como um espaço importante para a ressignificação de identidades socialmente colocadas no lugar da abjeção e da exclusão, como a das prostitutas.
O presente estudo é fruto de reflexões teóricas acerca do meu próprio processo criativo e busca debruçar-se justamente sobre o processo de instauração poética nas três séries de produções: XXXMEN; O Corpo do Fim do Mundo e Corpo-plasma: percursos sobre o espaço, reconhecendo nelas, caminhos, regularidades, associações simbólicas e conceituais entremeadas pela presença do corpo em suas configurações pós-modernas. Tendo como base teórica e metodológica as particularidades da pesquisa em arte, este trabalho tece seu escopo a partir dos estudos de Rey (2002) sobre processo criativo, bem como, se utiliza de demais autores que apresentam abordagens convergentes com os conceitos apresentados em cada produção.
Resumo: Seguindo uma lógica contemporânea o corpo ganha cada vez mais espaço no meio social como uma matéria prima a ser moldada, um simples suporte da pessoa onde percebemos uma forte valorização das imagens corporais, e a cada dia encontramos situações em que o corpo e suas reproduções e modificações determinam o fator de aceitação social na vida dos sujeitos. Assim o corpo passa a ser objeto de desejo carregado de significados, muitas vezes fonte de renda e ainda campo de estudos. A encenações propostas pelo mercado da moda aliadas a mídia vendem seus produtos através da influência de um corpo produzido, um corpo acessório de moda, um corpo cabide.
Revista da Fundarte, 2023
Resumo: Este artigo reflete sobre como restrições de movimento constituem efeito da violência colonial nos corpos em situação de educação. Para tal, se relata a experiência da performance Corpos-cadeira, realizada no contexto universitário, com objetivo de analisar os lugares do corpo e suas movenças como elementos questionadores de experiências pedagógicas, metodológicas e estruturantes de hegemonias pautadas no controle sobre os corpos. Os pressupostos teóricos giram em torno da descolonização da educação com foco nos corpos de seus agentes, indicando possibilidades de fraturar as lógicas de violência e domesticação em prol de uma educação emancipadora, capaz de cegar a mira colonial.
Obra é hoje um conceito estourado em arte. Eco e outros teóricos da obra de arte aberta, foram provavelmente os últimos defensores da noção de obra. Deixando de existir fisicamente, libertando-se do suporte, da parede, do chão ou do teto, a arte não é mais do que uma situação, puro acontecimento, um processo. O artista não é mais o que realiza obras dadas à contemplação, mas o que propõe situações-que devem ser vividas, experimentadas. Não importa a obra, mesmo multiplicada, mas a vivência. O caminho seguido pela arte-da fase moderna à atual, pós-moderna-foi o de reduzir a arte à vida, negando gradativamente tudo o que se relacionava ao conceito de obra (permanente, durável): o específico pictórico ou escultórico, a moldura, o pedestal, o suporte da representação, a elaboração artesanal, o painel ou o chão e, como conseqüência, o museu e a galeria. Nesta evolução, dois aspectos evidenciam-se: o agigantamento das obras (Christo simplesmente embala vagões e edifícios; os escultores de "estruturas primárias" ocupam todo espaço útil da galeria; Marcelo Nitsche, n Brasil, faz crescer cada vez mais "bolhas" ou objetos infláveis: Oldemburg agiganta alimentos urbanos, seus "pop-foods" , e roupas, reconstituindo quartos e ambientes inteiros, como também Segal com seu posto de gasolina) e a precariedade sempre maior dos materiais empregados. Na chamada "arte provera" são empregados materiais como terra, areia, ou detritos, na arte cinética, a desmaterialização é quase completa (trabalha-se com luz, com imagens em contínua metamorfose). Paralelamente surgiram outros suportes matemáticos ou tecnológicos. Por outro lado, o artista passou simplesmente a apropriar-se de objetos existentes, criando novamente "ready-mades", transformando, retificando objetos, que assim ganham novas funções e são enriquecidos semanticamente com idéias e conceitos.
Editora Estronho, 2020
Este livro apresenta uma reflexão a propósito da presença e das diferentes formas de representação de grupos marginalizados, social e culturalmente, no cinema francês contemporâneo, tendo como corpus específico os filmes dos cineastas Claire Denis e Abdellatif Kechiche, e atenta para importantes questões, como a ideia de fronteira na pós-modernidade e aquelas envolvidas no processo de descolamento-ajustamento, intrínseco aos constantes trânsitos dos sujeitos que deixam seu local de origem para habitar um outro. Para tanto, procura entender as transformações sociais, políticas, culturais e estéticas do mundo contemporâneo e sua complexa conjuntura, assim como aprofundar as discussões acerca das construções históricas de suas identidades e memórias, especialmente através da perspectiva da teoria do pós-colonial. Nesse sentido, a obra propõe uma análise comparativa de quatro filmes de cada um dos diretores, observando se, e de que modo, essas imagens e suas narrativas contribuem para a construção e a consolidação da memória e da identidade francesas.
Stylus, 2024
O texto, que originalmente foi uma conferência, aborda a relevância do trabalho em rede para a transmissão da psicanálise, destacando os esforços da Red Hispanohablante de Psicoanálisis com Niños y Adolescentes (Rhipna) nesse sentido. A ênfase é colocada na necessidade de abordar as especificidades da psicanálise com crianças, particularmente naquilo que em várias ocasiões se presta a confusão, inclusive em meios psicanalíticos lacanianos, entre o sujeito e o indivíduo. Coloca-se a questão da noção de "criança" e se examina a relação entre o corpo e a linguagem em psicanálise, destacando a introdução feita por Lacan do conceito de "ser falante". Exploram-se as ideias de marca e erotização em relação ao corpo da criança, assim como as implicações clínicas da intervenção farmacológica nos corpos de crianças e jovens. O texto conclui destacando a importância de abordar o corpo desde a singularidade do ser falante para compreender e tratar os sintomas no contexto da psicanálise.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade
FRONTEIRAS DO CORPO: FENOMENOLOGIA DO ESPAÇO CORPORAL E DA DANÇA A PARTIR DE MERLEAU-PONTY, 2000