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Resumo: Na literatura brasileira, e também na literatura traduzida na China, Jorge Amado (1912-2001) é uma das referências obrigatórias. O autor escreveu mais de 30 livros ao longo de 70 anos, tendo tido 15 de seus títulos traduzidos para o chinês. Foi o primeiro escritor brasileiro a ser publicado em chinês, após a fundação da República Popular da China, em 1949. Com tantas obras traduzidas, Jorge Amado passou a ser muito " amado " pelos chineses. E é ainda hoje o escritor brasileiro mais traduzido e, por conseguinte, a figura mais importante na difusão da cultura brasileira na China. No entanto, a tradução das obras de Jorge Amado na China não foi determinada primeiramente por uma ótica literária, mas sim política e ideológica. Na qualidade de membro do Partido Comunista do Brasil, as causas defendidas nas obras do escritor brasileiro eram aplaudidas pelo jovem governo comunista chinês nos anos 1950, quando Jorge Amado foi apresentado aos chineses como " lutador da paz " , em vez de escritor. Devido à realidade sócio-histórica e cultural na China, a tradução de suas obras não foi contínua. Ela ocorreu basicamente em dois momentos significativos: na primeira metade dos anos 1950 e nos anos 1980, o que será apresentado neste artigo. Do ponto de vista literário, no entanto, essa segunda fase de tradução, na década de 1980, é a mais importante, uma vez que a ideologia política deixou de ser o critério principal na tradução de escritores estrangeiros na China, e assim o charme singular das obras de Jorge Amado tornou-se o " passaporte " para sua entrada na China.
Anais do X Seminário Nacional Sociologia & Política, 2019
Este trabalho trata sobre a recepção da obra de Lucien Goldmann no Brasil a partir dos seguintes autores: Carlos Nelson Coutinho, Leandro Konder, Michael Löwy e Celso Frederico. Tais autores não foram escolhidos de forma arbitrária, mas considerando seus papeis imprescindíveis na difusão das obras de Goldmann. Consideramos que Coutinho e Konder foram os responsáveis pelo pontapé inicial da divulgação das obras deste intelectual a partir dos anos 1960; Löwy, por sua vez, surge como um “discípulo”, utilizando-se dos conceitos goldmanianos; Frederico, por fim, aparece como alguém que resgata Goldmann nos anos 2000, apresentando seus principais conceitos de modo vasto, mas a partir de uma lente crítica de matriz lukácsiana. Para expor tais elementos, primeiramente apresentaremos um panorama histórico do momento da introdução da obra deste autor no Brasil. Em seguida, exporemos as abordagens de Konder, Coutinho, Löwy e Frederico em relação a Goldmann. Por fim, em nossas considerações finais, apresentaremos a especificidade de cada autor em suas abordagens do intelectual estudado.
1991
As relações comerciais entre os portugueses e a China datam, indirectamente, da primeira viagem de Vasco da Gama à índia, pois entre os objectos apresentados no regresso aos reis de Portugal figuravam "porcelanas que se compraram em Calecute"W, segundo as palavras de Gaspar Correia. Estes contactos começam a ganhar, paulatinamente, maior intensidade e chegam a assumir a forma de cooperação militar, quando em 1511 Afonso de Albuquerque beneficia de importante auxílio dos chineses para a tomada de Malaca^2). No ano seguinte, o mesmo Afonso de Albuquerque envia um nativo chinês a Portugal. Finalmente, corria o ano de 1513, quando um português, em missão oficial, chega pela primeira vez à China e aí deixa um padrão do rei D. Manuel. O seu nome é Jorge Álvares, mas o esquecimento dos homens atribuiu, durante muito tempo, esta glória a Rafael Perestrelo que chegou a Cantão apenas em 1515^3^; este esquecimento a que o nome de Jorge Álvares foi votado é tanto mais de estranhar quanto João de Barros lhe promete uma glória imorredoira por este feito: E pêro que aquella região de idolatria coma seu corpo, pois por honra de sua pátria em os fins da terra poz aquelle padrão de seus descobrimentos, não comerá a memoria de sua sepultura, emquanto esta nossa escritura durar...A 4) A partir desta altura, os contactos vão prosseguir a um ritmo progressivo até ao momento em que os Chineses os interrompem e se negam firmemente a continuá
Etudes Romanes de Brno, 2023
Este artigo centra-se na receção de José Saramago na crítica académica chinesa, apoiando-se na teoria da estética da receção e do efeito, nomeadamente nos contributos de Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser. Por meio da recolha e abordagem de 39 trabalhos académicos (publicados em revistas, atas de congresso e dissertações) acerca de José Saramago e das suas obras traduzidas na China, visa-se conhecer as interpretações dos estudiosos chineses sobre a criação saramaguiana, observar a tendência de estudo relativamente a este escritor português, verificar quais as obras mais analisadas e as perspetivas de análise dominantes no campo académico chinês. Este é, pois, um estudo ainda introdutório e seminal que pretende abrir as portas a futuros trabalhos sobre a presença deste grande escritor de língua portuguesa na China.
2008
This essay is a reflection on the critical reception of Machado de Assis’ works, taking into account some theoretical presuppositions implied in the interpretations of the writer’s production. The essay discusses some of the late 19th-century views about the role played by Brazilian intellectuals and politicians as opposed to the one assumed by Machado as an author of fictional narratives. Besides, the essay investigates the aesthetic issues which emerge when the expression literary “realism” is taken into consideration. Some critical articles will be discussed, as far as they make major contributions to the study of the Brazilian writer’s fictional strategies.
Anuário de Literatura, 2022
Viajar? Para viajar basta existir. [...] A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.
Revista Desassossego, 2014
Exame da recepção crítica do escritor português José Saramago por meio do levantamento de teses e dissertações já defendidas em universidades brasileiras, especialmente na
Remate de Males, 2022
Resumo: O presente trabalho revisita a questão da recepção de Charles Baudelaire no Brasil. Não perdendo de vista a centralidade da tradução na recepção da poesia do autor, a partir da década de 70 do século XIX, conforme apontam Amaral, Meirelles ou ainda Candido, procuro indicar uma recepção anterior, com leitura direta em francês. Ao pesquisar os jornais impressos (em francês e português) no Brasil e as revistas francesas vendidas no país, a exemplo da Revue des Deux Mondes, nota-se a presença do poeta bem antes da década de 1870. Portanto, o acontecimento da recepção de Baudelaire não se limita às primeiras traduções, mas deita certamente suas raízes já em 1855, ano crucial para sua recepção, segundo André Guyaux. No contexto específico brasileiro, a circulação transnacional de bens culturais e a influência da cultura francesa têm papel fundamental na presença do nome de Baudelaire, cujos vestígios aparecem não somente em referências a suas obras, como também a sua fortuna crítica.
Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, 2016
ZHOU, Cristina Miao, "A Tradução e a Introdução da Obra de Fernando Pessoa na China" (2016). Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 9, Spring, pp. 270-281. Brown Digital Repository. Brown University. https://doi.org/10.7301/Z0D798NF Is Part of: Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 9 A Tradução e a Introdução da Obra de Fernando Pessoa na China [Translation and the Introduction of the Works of Fernando Pessoa to China] https://doi.org/10.7301/Z0D798NF ABSTRACT This review traces the translation and introduction of Fernando Pessoa's work for Chinese readers over the last several decades. RESUMO Esta resenha traça a tradução e introdução da obra de Fernando Pessoa para os leitores chineses ao longo das últimas décadas. BIBLIOGRAFIA HOLLANDER, John (1987). “Quadrophenia”, in The New Republic, 7 de Setembro, pp. 33-36. HONIG, Edwin (1988). “Some words in the entryway”, in Fernando Pessoa, Always Astonished: Selected Prose. Tradução de Edwin Honig. San Francisco: City Lights Publishers. PESSOA, Fernando. (2015). Poemas de Alberto Caeiro. Edição de Ivo Castro. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. ____ (2014). Livro do Desassossego. Edição de Jerónimo Pizarro. 3ª ed. Lisboa: Tinta-da-china. ____ (2013). 阿尔伯特卡埃罗 [‘Alberto Caeiro (Poesia e Prosa)’]. Tradução de Min Xuefei. Pequim: Shangwu. ____ (2009). Alberto Caeiro: Poesia. Edição de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith. 3ª ed. Lisboa: Assírio & Alvim. ____ (2004). 惶然录 [‘Livro do Desassossego’]. Selecção e tradução de Han Shaogong. 2ª ed. Xangai: Literatura e Artes de Xangai. ____ (2001). Fernando Pessoa: The Selected Prose of Fernando Pessoa. Tradução de Richard Zenith. New York: Grove Press. ____ (1999). A Educação do Estóico. Edição de Richard Zenith. Lisboa: Assírio & Alvim. ____ (1990). Pessoa por Conhecer. Edição de Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990. ____ (1988). 佩索亚选集 – Antologia de Fernando Pessoa. Selecção, tradução e anotações de Zhang Weimin. Pequim: Instituto da Literatura da Academia das Ciências Sociais da China, Fundação Calouste Gulbenkian [versão em chinês simplificado] / Macau: Instituto Cultural de Macau [versão em chinês tradicional]. [Edição bilíngue]. ____ (1986b). 使命/启示 – Mensagem. Tradução de Jin Guoping. Macau: Instituto Cultural de Macau. ____ (1986a). Antologia Poética de Fernando Pessoa. Tradução e coordenação de Jin Guoping e Gonçalo Xavier. Macau: Instituto Cultural de Macau. [Edição bilíngue]. ____ (1985). Fernando Pessoa. Introdução e selecção dos textos de Maria Aliete Galhoz. Lisboa: Presença. ____ (1982). Livro do Desassossego. Edição de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Lisboa: Ática. ____ (1946). Páginas de Doutrina Estética. Selecção de Jorge de Sena. Lisboa: Inquérito. ____ (1936). Mar Portuguez. Macau: Imprensa Nacional de Macau. PIZARRO, Jerónimo; FERRARI, Patricio; CARDIELLO, Antonio (2013). Os objectos de Fernando Pessoa / Fernando Pessoa’s objects. Acervo Casa Fernando Pessoa / Fernando Pessoa House Collection. Vol. II. Lisboa: Dom Quixote. SARAIVA, António José. (1985). História da Literatura Portuguesa. 13ª ed. Porto: Porto Editora. ZHOU MIAO, Cristina (2013a). “Repensar a Qualidade Zen de Alberto Caeiro”, in Cadernos de Literatura Portuguesa, n.º 28 79-89. ____ (2013b). “A máquina triunfal: a importância da máquina de escrever na proliferação heteronímica de Fernando Pessoa”, in Materialidades da Literatura Portuguesa, n.º1, pp. 125-133.
Revista Légua & Meia, 2017
A resenha trata do livro Jorge Amado – Leituras e diálogos em torno de uma obra, organizado por Rita Olivieri-Godet e Jacqueline Penjon é a reunião dos textos apresentados em colóquio realizado em Paris entre 15 e 16 de novembro de 2002.
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Humanitas, 2013
Pandaemonium Germanicum, 2005
Gláuks - Revista de Letras e Artes, 2020
Revista Desassossego
Nova leitura crítica de Jorge Amado, 2014
Revista Cerrados, 2020
Belas Infiéis, 2016
Horizontes Antropológicos, 1997
História: Debates e Tendências, 2023
Revista Intertexto
Jorge Amado e seus editores: Alfred Knopf e Alfredo Machado, 2012
Remate de Males
Itinerarios Revista De Literatura, 2003
Revista Mulemba, 2018
Luigi Pirandello e a recepção da sua obra em Portugal, 2007