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2018, Coleção Teologia Pública
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A presença de comunidades e movimentos religiosos nos espaços públicos brasileiros é evidente e, em muitos casos, positiva, contribuindo, desta maneira, para a cidadania, a justiça e a paz. No entanto, nem toda atuação é apropriada ou conveniente; há competição, busca pelo poder e corrupção. A teologia, enquanto reflexão construtiva, crítica e autocrítica acerca da atuação das comunidades religiosas - no caso, igrejas cristãs - é desafiada a dar sua palavra, ouvindo contribuições de outras áreas de conhecimento, como o direito e a sociologia. Precisa desenvolver, nessa perspectiva, uma rigorosa análise e ensaiar de forma criativa possibilidades de uma presença, ao mesmo tempo, ousada e humilde, reconhecendo a laicidade do Estado sem dela eximir-se. É essa a proposta desta obra ao reunir textos de mais de uma década de reflexão sob o título de uma teologia pública.
Analecta, 2015
Resumo: O texto debate a pergunta: conflita o ensino religioso escolar público com a laicidade constitucional do Estado brasileiro? A pertinência e relevância da questão coincidem com o debate político hodierno na sociedade brasileira. Porém, a crise do embate político aparece quando os termos ensino religioso e laicidade, são interpretados sob uma ótica ideológica estreita. A polêmica parece ser, antes que um confronto de praxe política, uma questão de interpretação semântica dos conceitos. Entender a laicidade, surgida na modernidade, como um processo civilizatório que emancipa e liberta o cidadão no caminho para uma cultura do ser e crescer junto, pode facilitar a convivência pacífica e profícua. A laicidade discerne entre o que é a autonomia do espaço profano e o campo do considerado sagrado. Estado Laico (λαός, λαϊκοί, povo) é, neste contexto, o país que constitucionalmente não tem como projeto civilizatório desenvolver, cultivar preservar, difundir o mundo da religião ou afins. A laicidade é o espaço profano da sociedade civil no processo político de construção do seu projeto civilizatório universal. O Estado de direito democrático não conflita com as aspirações justas dos cidadãos organizados ou de minorias, quando suas reivindicações, isentas de discriminação, visam ser reconhecidas e manter ou aprimorar valores culturais próprios que os diferenciam e os ajudam a conservar a sua identidade no contexto dos valores nacionais ou universais. O entendimento dos conceitos laicidade e Estado dissipar interpretações ideológicas e ampliar os horizontes da cidadania criativa e feliz.
INTERAÇÕES, 2020
No decorrer das últimas duas décadas, as pesquisas em torno do tema da teologia pública são recorrentes. Por meio de um mapeamento de coletâneas, teses, dissertações, artigos, entre outras pesquisas que se dedicaram à problematização de teologias públicas ou que utilizaram a nomenclatura, é possível dispor um quadro panorâmico que aponta para os principais assuntos tratados nesse horizonte. Desde uma catalogação em grupos temáticos, a presente pesquisa demonstra assuntos, modos e contextos da utilização do termo. Compreende-se, portanto, que a nomenclatura teologia pública está atrelada às seguintes dinâmicas: 1. Na relação entre religião/teologia e espaço público; 2. Como dimensão pública da fé; 3. Como campo de pesquisa; 4. No debate sobre a teologia na universidade; 5. Na discussão sobre um discurso público da teologia.
estudo sobre a participação da Igreja na sociedade e o Estado laico
OS AUTORES responsabilizamse inteiramente pela originalidade e integridade do conteúdo desta OBRA, bem como isentam a EDITORA de qualquer obrigação judicial decorrente de violação de direitos autorais ou direitos de imagem contidos na OBRA, que declaram, sob as penas da Lei ser de sua única e exclusiva autoria.
Estudos Teológicos, 2013
Resumo: O artigo trata do debate relativo ao sentido da palavra público(a) e de seu uso na teologia pública. Visa contribuir para o contínuo debate sobre o sentido e o referente do termo público no âmbito das sociedades contemporâneas e seu infl uxo na discussão teológica. Na primeira seção, retoma a discussão mais recente sobre o termo por autores da chamada teologia pública. Na segunda seção, mapeia algumas das razões pelas quais o termo público tornou-se ambíguo em função de seu referente social ter se tornado, ele mesmo, difuso. No fi nal, apresenta a contribuição de quatro autores sobre o sentido do público: Dewey, Foucault, Agamben e Derrida.
Revista Brasileira de História das Religiões, 2019
Este texto apresenta aspectos das investigações sobre teologia pública enquanto campo de pesquisa em vias de consolidação no âmbito dos estudos de religião no Brasil. No decorrer do século XX os desdobramentos teológicos latino-americanos evidenciaram a pertinência da correlação entre teologia e espaço público, sobretudo, por meio do pensamento de libertação. Esta perspectiva segue atual e tem recebido nas últimas três décadas formulações várias. Entre elas, é possível indicar aquilo que vem se estruturando como teologia pública. Mais especificamente desde o início dos anos 2000 esta forma de pensamento teológico tem recebido atenção. O trabalho aqui disposto apresenta as principais características deste movimento teológico especificamente no campo brasileiro.
Por que " da sacristia à praça pública " ? Minha tese provocativa é que a teologia não pode, na sociedade contemporânea, se dar ao luxo do isolamento privatista da religiosidade individual, nem à segurança ineficaz da confessionalidade denominacional. A teologia precisa ser plural para, efetivamente, ser teologia. A teologia, quando de fato é teologia e não mera doutrina, possui uma dimensão pública que não pode ser negada ou ocultada – ela não pode se restringir às paredes internas dos santuários, nem aos novos santos dos santos " dos templos e seus sacerdócios. O lugar privilegiado da teologia hoje é a praça pública, é o lugar do embate pela justiça, é o lugar do embate pela humanização do ser humano, é o lugar do embate pela cidadania ecológica de todos os seres que vivem no planeta Terra, é o lugar do embate pela liberdade para ser, como contraponto à pseudo-liberdade para ter cada vez mais. A teologia precisa ocupar seu espaço na praça pública, pois de outro modo a pseudo-teologia da prosperidade será a única voz religiosa a se fazer ouvir, graças ao uso consistente e eficiente da mídia. Em um mundo gerido pelo pensamento único do fim das ideologias e utopias, do fim das Humanidades e do advento da ciência onipotente, onipresente e onisciente, a teologia não pode se dar ao luxo de se esconder diante do pensamento único da prosperidade desumana do mercado. A teologia precisa ouvir o grito profético de Gilberto Gil, que denuncia o mundo moderno como autor de uma perigosa substituição: " trocar o logos da posteridade pelo logo da prosperidade ". Teologia, neste sentido, é voz da posteridade, da longa duração do futuro, da esperança. Teologia que aprendeu a dizer não ao logo, ao imediato, ao presenteísmo hipermoderno exacerbado de nossos dias (em contraste com a pseudo-teologia da prosperidade, que diz sim à prosperidade capitalista neoliberal). Mas precisa dizer não retumbantemente, na praça pública, assim como a pseudo-teologia se oferece midiaticamente à ávida clientela. E, de modo tonitruante,
Civitas - Revista de Ciências Sociais, 2011
Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto Civitas Porto Alegre v. 11 n. 2 p. 238-258 maio-ago. 2011 Laicidade à brasileira Católicos, pentecostais e laicos em disputa na esfera pública Brazilian laicity Catholics, pentecostals and laics disputing on the public sphere
Resumo ! O presente artigo tem como objetivo analisar as formas de resistência da manifestação da religiosidade popular frente às t e n t a t i v a s c o i b e n t e s d a r e l i g i ã o o f i c i a l a s s e n t a d a paradoxalmente sobre um Estado laico.! Palavras-Chave: religião oficial, religiosidade, Estado laico, folia popular.! ! ! A partir da leitura dos artigos Religião, Estado, modernidade: notas a propósito de fatos provisórios, de Emerson Giumbelli (Revista Estudos Avançados-Coletânea possível identificar pontos de conexão entre ambos os objetos dos citados artigos, a despeito do paradoxo gerado desde um Estado laico com uma religião oficial e os costumes populares que subvertem, inclusive, muitas vezes, neutralizando, a tendência repressora desse cenário que se perpetua ora com, ora sem o consentimento da religião estatal, fato que ocorre de acordo com a conveniência contextual fornecida pelo momento histórico. ! ! A modernidade, como é notório, vive uma crise de identidade a qual se reconfigura à medida que suas necessidades vão se alterando no processo ideológico em que estão inseridas. Pode-se considerar, portanto, que a modernidade também passa por uma renovação dos valores. Ao contrário do que poderia ser, dentro da afirmação de um Estado laico, a religiosidade é um fenômeno que também se fortalece na sua própria renovação. A tendência por assentamento de expectativas no campo religioso, dentro desse cenário, torna-se elemento de forte apelo às especulações dos estudiosos diante do que, em teoria, seria pouco provável. Quanto mais a laicidade se estabelece no Estado, mais o fenômeno da religiosidade é crescente. A modernidade nesse sentido reside justamente no seu teor paradoxal, característica constante dessa época.! ! Tal paradoxo se evidencia desde o momento em que grupos religiosos se organizam 95 ISSN 2177-6644 Official religion and secular state in the face of clerical "tolerance" to popular revelry" Abstract This article aims to analyze the forms of resistance the manifestation of popular religiosity in the face of forbidding attempts of the state religion paradoxically seated on a secular state. ! La religión oficial y el Estado laico en frente a la "tolerancia" clerical de folias populares" Resumen Este artículo tiene como objetivo analizar las formas de resistencia de la manifestación de la religiosidad popular en la frente a los intentos coibentes a la religión oficial paradójicamente sentado en un Estado laico. Palabras claves: La religión oficial, la religiosidad, el Estado laico, folia popular.
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Perspectiva Teológica, 2012
Revista Ciências da Religião - História e Sociedade , 2015
Hegemonia: Revista de Ciências Sociais, 2020
ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy, 2016
Pro-posiçoes, 2018
Numen - UFJF, 2011
REVISTA FOCO
PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, 2016
Vox Scripturae Revista Teológica Internacional, 2018
Educação, Estado & Sociedade, 2021