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Apendice B

Abstract

E ste apêndice trata dos conceitos-chave de probabilidade básica. Os Apêndices B e C são essen-cialmente de recapitulação; eles não pretendem substituir um curso sobre probabilidade ou esta-tística. Porém, todos os conceitos sobre probabilidade e estatística que usamos neste livro são discutidos nesses apêndices. A probabilidade por si só é de interesse dos estudiosos de negócios, economia e outras ciências sociais. Por exemplo, considere o problema de uma empresa aérea que esteja tentando decidir quantas reservas aceitar para um vôo com 100 lugares disponíveis. Se menos de 100 pessoas quiserem fazer reservas, então todas deverão ser aceitas. Mas e se mais de 100 pessoas solicitarem reserva? Uma solu-ção segura seria aceitar no máximo 100 reservas. Porém, como algumas pessoas fazem reservas e não comparecem para o embarque, existe alguma probabilidade de que o avião não lote mesmo que sejam feitas 100 reservas. Isso resultará em perda de receita para a empresa aérea. Uma estratégia diferente seria aceitar mais de 100 reservas e esperar que algumas pessoas não compareçam para embarque, e assim o número final de passageiros seria o mais próximo possível de 100. Essa decisão corre o risco de a companhia aérea ter de compensar as pessoas que não puderam embarcar devido à venda de um número de assentos maior que o da capacidade do avião. Uma questão natural nesse contexto é: podemos decidir sobre o número ótimo (ou o melhor) de reservas que a companhia aérea deveria fazer? Esse não é um problema trivial. Contudo, levando-se em consideração certas informações (sobre os custos da empresa aérea e a freqüência das pessoas dei-xarem de comparecer para o embarque), podemos usar probabilidade básica para chegar a uma solução. B.1 VARIÁVEIS ALEATÓRIAS E SUA DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE Suponha que joguemos para o alto uma moeda dez vezes e contemos o número de vezes em que dê cara. Esse é um exemplo de um experimento. De forma geral, um experimento é qualquer procedi-mento que possa, pelo menos em teoria, ser repetido indefinidamente, e tem um conjunto de resulta-dos bem definido. Poderíamos, em princípio, continuar tirando cara ou coroa repetidamente. Antes de atirarmos a moeda, sabemos que o número de caras que aparecerá será um inteiro entre 0 e 10, e, por-tanto, os resultados do experimento são bem definidos. Uma variável aleatória é aquela que assume valores numéricos e tem um resultado que é deter-minado por um experimento. No exemplo da moeda, o número de caras que aparecerá em dez lances de uma moeda é um exemplo de uma variável aleatória. Antes de atirarmos a moeda dez vezes, não sabemos quantas vezes vai dar cara. Ao lançarmos a moeda dez vezes e contarmos o número de vezes que deu cara, obteremos o resultado da variável aleatória para essa particular verificação do experimen-to. Outra verificação poderá produzir um resultado diferente.