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Resumo: Objetiva-se com esta análise compreender o estatuto do valor na filosofia de Sartre, sobretudo em O Ser e o Nada. Procura-se demonstrar que ele é um conceito-chave de sua moral e que seu estatuto condiciona a possibilidade da mesma na medida em que ele é uma estrutura imediata da consciência, se configurando como sentido da transcendência do para-si, portanto, da ação. Por fim, verse -á que o valor e a moral nele fundada são formas de alienação para a realidade-humana, embora sejam reclamados ontologicamente por ela. Abstract: This analysis aims to understand the status of value in Sartre's philosophy, especially in Being and Nothingness. It seeks to demonstrate that it is a key concept of Sartre's moral and that its statute conditionates its possibility in the sense it is an immediate structure of consciousness, figuring a for-itself transcendence meaning, therefore, of action. Finally, it will be seen that value and morality founded on it are forms of alienation to human-reality, although ontologically claimed by it.
2021
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar o problema da alteridade em Sartre em sua relação com a finitude. Esta relação possibilita escapar ao círculo vicioso que resulta do conflito ontológico como estrutura originária da relação com o outro na medida em que aponta a condição de enriquecimento que as relações concretas podem tecer. Seguindo essa linha, ao mesmo tempo em que tentamos legitimá-la, procuramos ressaltar as condições positivas da relação com o outro. Num segundo momento desenvolvemos a análise sobre o grupo de forma a corroborar nossa hipótese. Por fim, apontamos como a singularidade e a finitude do projeto existencial requerem a mesma condição para o outro, fazendo, assim, que tal enriquecimento seja o mote próprio de análise das relações concretas com o outro enquanto imagem singular e histórica da liberdade. Palavras-chave: Ontologia, dialética, alteridade, finitude, grupo. Abstract: This article aims to analyze the problem of alterity in Sartre in its relation with finitude. This relation makes it possible to escape the vicious circle that results from the ontological conflict as the original structure of the relationship with the other, insofar as it points to the condition of enrichment that the concrete relations can weave. Following this line, while trying to legitimize it, we try to highlight the positive conditions of the relationship with the other. In a second moment we developed the analysis of the group in order to corroborate our hypothesis. Finally, we point out how the singularity and finitude of the existential project require the same condition for the other. Thus, this enrichment is the proper motto of analysis of the concrete relations with the other as the singular and historical image of freedom. Em O ser e o nada Sartre dedica grande parte da obra à análise do outro, ou na sua terminologia, ao para-outro. Seu objetivo era explicitar a partir do cogito fenômenos que manifestavam uma estrutura ontológica radicalmente diversa daquela da descrição reflexiva. Tais fenômenos, antes que remetessem à consciência reflexiva, como no primeiro exemplo por ele apontado, a saber, a vergonha, aludiam à existência imediata do outro. A partir dessa particularidade Sartre empreende uma longa investigação acerca desse tipo de fenômeno. A tese maior era a de que, embora a tomada do outro não se desse primeiramente tal como a de um objeto (SARTRE, 2007, p. 307), nem sua objetividade fosse algo dado e que, portanto, o que o cogito deveria nos * Professor Colaborador. © Dissertatio [51] 339-365 | 2020
Pretende-se mostrar neste artigo que o sonho aparece na filosofia de Sartre como pertencendo à família da imagem, totalmente distinto da percepção e ao mesmo tempo mantendo relação com o real, de forma que aquele que sonha cria o irreal permanecendo no mundo. Contra a leitura de Merleau-Ponty em seu curso sobre a passividade, e a crítica elaborada por Silvana Ramos, mostraremos que a distinção entre percepção e imaginação, não implica, no livro O imaginário de Sartre, uma ruptura entre real e irreal, e que mesmo o sonho, exemplo limite do imaginário, longe de significar ausência de mundo, é criado por um corpo que, adormecido, permanece no mundo e permite o despertar.
REALISMO E CONSCIÊNCIA PERCEPTIVA EM SARTRE, 2023
Resumo: Objetiva-se, no presente artigo, apresentar um percurso em alguns textos e obras de Sartre que antecedem à ontologia de 1943, L'être et le néant, que indica elementos de um pensamento realista, isto é, que mantém algum estatuto irredutível no mundo. Para isso, valemo-nos de textos como a dissertação sartriana, de 1927, sobre a imagem para a obtenção do Diplôme d'Études Supérieures, tal como o breve ensaio sobre a intencionalidade de Husserl, publicado em 1933. Em relação às obras, utiliza-se La transcendance de l'Ego, L'imagination e L'imaginaire, no intuito enfatizar os elementos que envolvem a ambiguidade da noção de consciência perceptiva, a qual envolve a atividade e espontaneidade referente à consciência, além de relacionar a passividade e receptividade inerentes à percepção. Visto isso, pode-se concluir que no empreendimento de Sartre em superar o idealismo e realismo tradicionais, mesmo o autor radicalizando a teoria de Husserl, ele indica um "novo realismo" que, de certo modo, está relacionado às ambiguidades da consciência perceptiva.
O texto discute em que medida Sartre consegue superar o solipsismo da consciência, interpretando os registros que compõem o conceito fenomenológico de Olhar, em O Ser e o Nada. Após definir o conceito de solipsismo, ficará em evidência a problemática que este implica e que, segundo Sartre, origina-se da noção de Cogito cartesiano. Mostra-se a construção histórico-conceitual da noção de Olhar e o papel que este conceito joga na medida que oferece uma evidência não cognitiva da existência do Outro. Avaliam-se as contribuições e malogros do uso do conceito de Olhar na tentativa sartreana de superação do solipsismo. Em conclusão, indica-se o alcance desse Cogito ampliado , como Sartre chama à experiência do Olhar. Fenomenologicamente, a existência do Outro resulta evidente. Porém, não se dá a mesma certeza no nível ontológico. Isso exigiria sair do Cogito, como ponto de partida do filosofar, mas Sartre não abre mão dessa perspectiva. The present dissertation has the intention to establish how measured Sartre obtains to surpass the solipsism of the conscience, interpreting the registers that compose the phenomenological concept of Looking at, in The Being and the Nothing. After to define the concept of solipsism, will be in evidence the problem that it implies and that, according to Sartre, is originated from the notion of Cartesian Cogito. It is manifested the construction of conceptual-description of the notion of Looking at and the paper that this concept plays in the measure that offers a not cognitive evidence of the Other s existence. There are evaluated the contributions and obstacles of the concept s use of Looking at in the Sartrean attempt of overcoming the solipsism. Concluding, it is verified the reach of this Cogito extended , as Sartre calls to the experience of Looking at. From a phenomenological point of view, it results evident that the solipsism is a false problem and that the Other exists without no doubt. Ontologically, is more difficult to have this certainty, therefore Sartre does not resign to the starting point of Cogito.
RESUMO O presente trabalho procura analisar os conceitos de "liberdade" e "consciência", tal como aparecem definidos na obra de Jean-Paul Sartre, O Ser e o Nada, com o objetivo de destacar as linhas fundamentais do existencialismo sartriano. Analisa-se a articulação de diversos conceitos entre si, e seu encadeamento no sistema de pensamento sartriano, mostrando-se qual é a relação entre liberdade e consciência que dá coerência a todo o sistema. A liberdade não é uma propriedade do homem, é o ser mesmo do homem, engajado em uma situação. Para a consciência, também para a liberdade: esta é , não uma coisa, mas um ato, o modo mesmo da ação humana no mundo, do desvelamento, da significação, da humanização do mundo. Palavras-chave: Sartre, liberdade, consciência, ética RÉSUMÉ Ce texte a pour but d'analyser l'idée selon laquelle L'existence désagrége et annule la realité de fait, em s'affirmant sur elle comme pouvoir absolu. La philosophie de Sartre est une philosophie de la liberté absolue qui a l'intention de dissoudre et de suprimer toute la nécessité. Son ontologie trouve as signification dans ce que la psychanalyse existentielle se propose, c'est-à-dire, l'ontologie nous abandonne parce qu'elle seulement nous permet d'établir lês fins ultimes de la réalité humaine, sés possibles fondements et valeur qui la pour suivent. Lê sens de cette théorie mène à la practique transmutante de l'homme, à une Ethique. ABSTRACT A conceptual analysis is undertaken, of "freedom" and "consciousness", as such notions appear defined in Sartre's Being and nothingness, so that the fundamental tenets of Sartrean existentialism be highlighted. Several conceptual articulations are analysed, in their interdependence in Sartre's thought, in order to point out that it is the relationship between the concepts of "freedom" and "consciousness" that lends the whole system its coherence. It is also shown that, though freedom is not a value, the relationship between freedom and consciousness implies an Ethic, for the conscious acknowledgment of our total freedom, and the realization of such freedom in action, are intrinsecally valuable.
Griot, 2023
Este artigo tem por objetivo analisar os princípios da ontologia de Sartre. Partindo da discussão acerca do fundamento e da separação entre ser e nada, e ser e fenômeno, procuramos ressaltar a unidade sintética de tais princípios a partir da finitude e do indivíduo. Este movimento permite compreender o caráter prático desta filosofia e a forma própria da ontologia de Sartre, a saber, como uma antropologia existencial.
RESUMO Neste artigo, procuro apoiar a afirmação de Sartre feita no primeiro parágrafo de O ser e o nada. Neste parágrafo, Sartre afirma um suposto progresso da filosofia moderna, que buscou reduzir o existente a uma série de aparições, visando suprimir certos dualismos que embaraçavam a filosofia. Para isso, faço um esboço geral do problema da " coisa-em-si " no pós-kantismo, através de uma breve introdução histórica da recepção da Crítica da razão pura, para mostrar que Kant estará comprometido com uma visão solipsista e dogmática, deixando-o vulnerável às críticas de seus sucessores, para que esses, mais tarde, como ressalta Sartre: busquem reduzir o dualismo ao monismo do fenômeno. ABSTRACT In this paper I try to give support to Sartre´s assertion made in the first paragraph of Being and Nothingness. In this paragraph, Sartre says that there was a supposed development of modern philosophy, which sought to reduce the existing to a series of appearances in order to suppress certain dualisms that hindered philosophy. For this, I make a general outline of the problem of the "thing-in-itself" in post-Kantianism, through a brief historical introduction to the reception given to the Critique of Pure Reason. I show that Kant is committed to a solipsistic and dogmatic vision which leaves him to be vulnerable to criticisms of their successors. Later these ones, as Sartre notes, will seek to reduce dualism to monism of the phenomenon.
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Revista Ética e Filosofia Política/UFJF, 2020
Souto, Andressa Alves, 2011
APENADOPAVAO.COM, 2023
International Journal of Development Research, 2020