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Resumo: O jornalismo e a literatura apresentam pontos de diferença e semelhança em suas mais variadas características, como linguagem, técnica de apuração de informações, formatação, pro-dução, dentre outros. Entretanto, nos pontos de semelhança é que ocorre a convergência entre o jornalismo e a literatura. Ao ocorrer essa convergência, diversos tipos de jornalismo passam a ser criados por jornalistas escritores, como o estilo que ficou conhecido como New Journalism nos Estados Unidos das décadas de 1960 e 1970 e o jornalismo literário contemporâneo. Entre-tanto, aborda-se aqui um terceiro tipo de jornalismo que bebe da fonte da literatura: o jornalismo gonzo. Nesse sentido, o presente estudo faz uma recuperação histórica e teórica do jornalismo gonzo, criado por Hunter Thompson (2004), analisando as características desse tipo de jorna-lismo que aparecem na obra literária e autobiográfica 50 anos a mil, do músico João Luiz Wo-erdenbag Filho, o Lobão, apresentando, assim, um caso onde a literatura se torna jornalismo.
Resumo: Em apenas três meses de 1994, parte da população de Ruanda foi massacrada durante violentos ataques promovidos pela maioria étnica Hutu contra a minoria Tutsi. Três anos depois de um dos piores acontecimentos da história do país africano, o jornalista estadunidense Philip Gourevitch foi a Ruanda para fazer uma reportagem sobre os fatos. Ouviu mais de uma centena de pessoas, incluindo sobreviventes, cúmplices e participantes diretos dos ataques. O resultado do trabalho de apuração e investigação de Gourevitch é o livro-reportagem Gostaríamos de informá-los de que amanhã seremos mortos com nossas famílias (2006). As vozes nas narrativas, que combinam objetividade das informações com o subjetivismo do jornalismo literário, é o objeto deste estudo, que identifica não apenas as vozes que ajudam a construir o texto, como também a presença e o ponto de vista do autor sobre os fatos ocorridos em Ruanda.
Revista Observatório, 2017
Este artigo analisa a série especial 50 anos de jornalismo da Globo, exibida em cinco episódios ao final do Jornal Nacional, na semana do aniversário de meio século da emissora, em abril de 2015. O conteúdo do programa foi organizado tomando como base a memória de 16 jornalistas que participaram das coberturas dos principais fatos do período. Parte-se da hipótese que, muito mais que uma simples recordação, este especial tem como objetivo evocar a importância do telejornalismo e reafirmar a qualidade do trabalho desenvolvido pela emissora. Esta iniciativa se colocaria, portanto, como um contraponto à uma crescente desvalorização dos meios noticiosos tradicionais e especialmente à uma queda na popularidade da própria Rede Globo. Como método, empregaram-se a análise documental, a análise textual qualitativa e a análise de enquadramento. PALAVRAS-CHAVE: Memória jornalística; História do jornalismo; Autoridade jornalística; Telejornalismo; Rede Globo. ABSTRACT This article intends ...
FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária
O artigo focaliza os vínculos entre literatura e jornalismo a partir de algumas zonas de tensão, nas quais, mais do que fronteiras, o que se estabelece são “passagens” e “limiares”, que suspendem a separação estrita entre o literário e o jornalístico. A partir da perspectiva do campo enunciativo do discurso e de seus efeitos sobre a recepção, a análise centra-se em dois momentos: no primeiro, o foco está na atuação de escritores-jornalistas, como é o caso de Machado de Assis, em periódicos do século XIX e, no segundo, está num experimento realizado em livro anterior da autora – João Goulart na imprensa: de personalidade a personagem(2001) –, no qual uma figura pública, o presidente João Goulart, é transformada em personagem de um “romance-mosaico” construído a partir da apropriação de notícias, fotografias, charges e manchetes de três dos jornais mais influentes no período: Folha de S.Paulo,O Estado de S.Pauloe Última Hora.
Revista Estudos Históricos, 2003
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2010
O presente artigo analisa o contexto cultural brasileiro durante a passagem do século XIX para o XX. Para tanto, enfatiza a profissionalização do autor e sua relação com o jornalismo. Este trabalho procura ainda abordar as principais tendências literárias do Pré-Modernismo brasileiro, por meio da análise de características estéticas presentes em alguns de seus principais representantes.
Sopcom 2005 4o Congresso Da Associacao Portuguesa De Ciencias Da Comunicacao, 2005
Revista de Literatura, História e Memória, 2008
Can a chronicler be defined as a witness of a certain historical moment? In which ways do the impressions and comments of Machado de Assis characterize the transition from the literary to the journalistic discourse? The essential idea of this study is consider the chronicles by Machado de Assis in its interface with the historical moment in which it was produced, as this exercise enables to analyze the diversity of perceptions printed in the modern man's reading. The chronicler is not defined as somebody that writes its texts as "pure" aesthetic activity, but that does a form of political communication with the reader. The historical reflection is possible, therefore, since the chronicler is considered in its political dimension, that is, as a subject that deals, politically, with the reader's sensitivity.
letrônica: Revista Digital do PPGL, 2012
Desde o advento da palavra escrita, o homem, ao longo da história, buscoucom ela e através delatraduzir a realidade. As cores e as dores do mundo real serviram de inspiração para que o papel acolhesse desde a mais desatinada ficção até os relatos ...
Algumas interfaces entre o jornalismo e a literatura
Resumo: Este artigo trabalha como os campos da literatura trabalham seus discursos e relaciona suas diferenças e semelhanças, para considerar quais seus pontos de intersecção, procurando estabelecer uma relação que discuta ambos os universos discursivos e os coloque numa posição de questionamento sobre duas posições. Outro ponto importante analisado por esse artigo é como os ambientes vividos e as diferentes formas de produção e distribuição interferem no jornalismo e na literatura.
Perdoem a cara amarrada, Perdoem a falta de abraço, Perdoem a falta de espaço, Os dias eram assim. [...] E quando brotarem as flores E quando crescerem as matas E quando colherem os frutos Digam o gosto pra mim. Ivan Lins e Vítor Martins
As transformações sócio-econômicas, políticas e culturais ocorridas no Brasil a partir de 1930 incentivaram também a expansão da produção e venda de livros. No entanto, como o público consumidor e leitor ainda não era satisfatório para um número maior de editoras, e o país ainda conservava problemas históricos nessa área (má distribuição, parque gráfico insuficiente, analfabestimo, etc.), grande parte das novas empresas fundadas na época foram à falência. Aos editores mais consolidados, restava lutar contra antigos e novos obstáculos, como a entrada de modernos hábitos de consumo cultural na sociedade brasileira, para manterem seus negócios abertos. Nesse contexto, buscamos entender como o temor pela entrada de novas mídias no mercado brasileiro incentivou a consolidação de uma classe editorial no país, assim como a sua adequação às novas leis do mercado e as suas ações de protesto contra a entrada de impressos estrangeiros e os subsídios governamentais a jornais e revistas, como estratégias de sobrevivência da atividade livreira.
Biblos, 2015
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Resumo: O presente artigo busca pensar o Jornalismo Literário a partir das implicações da segunda ruptura epistemológica presente no livro " Introdução a uma ciência pós-moderna " , de Boaventura de Sousa Santos (1989). O trabalho também tensiona algu-mas questões presentes em " Epistemologias do Sul " , centradas, principalmente, nas acepções da passagem de um pensamento abissal para um pós-abissal, englobando a perspectiva de uma ecologia de saberes. Nesse sentido, a segunda ruptura epistemo-lógica corrobora para a problematização do Jornalismo Literário como arena de des-construção/articulação e como pressuposto para a autonomia da criatividade individual e social da práxis jornalística. Como resultado, busca-se tomar o Jornalismo Literário como espaço agonístico – rearticulador do senso comum e de uma perspec-tiva pós-abissal. Palavras-chave: Jornalismo literário; epistemologia; pensamento pós-abissal; ecolo-gia de saberes. Abstract: This article seeks to think about literary journalism from the implications of the second epistemological rupture presented in the book " Introdução a uma ciência pós-moderna " , Boaventura de Sousa Santos (1989). The work also stresses on certain questions in " Epistemologia do Sul " , focusing mainly on the meanings of the passage from abyssal to post-abyssal thinking, encompassing the prospect of an ecology of knowledges. In this sense, the second epistemological rupture confirms the questioning of literary journalism as deconstruction/articulation arena, and as a prerequisite for the autonomy of the individual and social creativity journalistic practice. As a result, it takes literary journalism as an agonistic space – a bond creator between common sense and a post-abyssal perspective.
Revista SOLETRAS, 2009
Ao estruturar a sua obra, Pedro Nava valia-se de vasto material armazenado durante toda a sua longa trajetória. Dentre este material encontram-se fichas, organizadas pelo autor em formato de arquivo, fotografias, caricaturas, desenhos, diagramas e vários recortes de jornal, alguns do início do século passado, contendo informações valiosíssimas para a composição de suas memórias. O percurso encontrado na conexão entre os arquivos de Pedro Nava e as páginas de sua autoria fazendo uso desses registros, apresenta um conjunto de etapas, procedimentos, ações em sequência, que merecem atenção e são reveladoras de princípios, atitudes e modos de pensar que, seguidos, resultam em expansão da competência discursiva do autor. Nava nos mostra que é necessário construir espaços para anotações a fim de se codificar os elementos a serem transformados em componentes do discurso. Tais anotações que vão sendo reunidas compõem o conjunto que se designa documentação no sentido mais amplo.
2012
Estas são algumas das alternativas sinonímicas então usadas para designar o folhetim. 2 No domínio da ficção, como não lembrar o desejo de glória literária da personagem queirosiana Artur Corvelo que, em A Capital, pensa sempre o percurso sonhado, intimamente ligado ao mundo periodístico e ao folhetim? 3 Sobre esta questão consulte-se OUTEIRINHO, 2003: 50-61. 4 Expressão que também à época se utiliza para falar de folhetim.
Resumo Este trabalho tem como objetivo propor uma reflexão sobre as raízes históricas, as definições, as práticas e os processos do Jornalismo Literário. A principal conclusão é a de que se trata de um campo em construção, cuja riqueza é justamente a pluralidade de vozes. Os resultados do estudo sugerem a necessidade da criação de três pontes. A primeira do campo da Comunicação com outras áreas do conhecimento, como a Sociologia, Antropologia e Psicologia, uma vez que o tratamento aprofundado de um texto nessa modalidade pede aportes metodológicos e epistemológicos amplos e consistentes. A segunda é a formação de redes de pesquisadores, uma vez que já há um volume considerável de pesquisas desenvolvidas no país. Finalmente, a terceira ponte seria com a comunidade internacional de pesquisadores dessa corrente, com o objetivo de dar visibilidade aos estudos nacionais. Palavras-chave: Comunicação. Narrativas. Jornalismo. Jornalismo Literário. Histórias de Vida. Abstract The aim of this paper is to propose a reflection on the historical roots, concepts, practices and processes of Literary Journalism. The main conclusion is that it is a field in progress, whose wealth is precisely its diversity. The results of the study point to three possible improvements. The first one is to reinforce the connection of Communications with other fields of knowledge, such as Sociology, Anthropology, and Psychology, since the in-depth treatment of this kind of text demands broad and consistent epistemological and methodological approaches. The second is the need to form efficient networks of researchers, since there is already a considerable amount of research that has been carried out in Brazil. Finally, the third issue would be the necessity to build bridges linking the international academic community to the local one, which would increase the visibility of Brazilian studies. Resumen Este trabajo tiene como objetivo proponer una reflexión sobre las raíces históricas, definiciones, prácticas y procesos de periodismo literario. La conclusión principal es que se trata de un área en
Dissertação, 2017
Este trabalho, de caráter interdisciplinar, destina-se a analisar teoricamente o movimento de ruptura realizado pelo jornalismo literário em relação ao discurso jornalístico tradicional, inserindo-se como mais um esforço de investigação das intersecções entre jornalismo e linguagem. Denomina-se discurso jornalístico tradicional o fruto de todo um conjunto de técnicas padronizadoras do texto baseado na institucionalização do jornalismo moderno. O jornalismo literário, tomado em sua forma contemporânea, tomou corpo por meio da contestação das premissas ideológicas e formais que sustentam as estratégias enunciativas do jornalismo tradicional. A poética e seu potencial renovador da linguagem são acomodados pelo jornalismo literário de modo a relativizar tais modelos textuais e abrir novos caminhos narrativos. Desse modo, sublinham-se os principais marcos de afastamento entre as duas formas de jornalismo recortadas, situando a literatura como substância essencial para o descerramento desse trânsito. Além do plano formal, a pesquisa aproxima-se do plano da significação social construída pelo jornalismo literário tangendo os significados de “complexidade” e “humanização”. Como metodologia empregada, tem-se a revisão bibliográfica e a análise da narrativa “O Livro Amarelo do Terminal”, que aciona encadeamentos teóricos apresentados na dissertação. Palavras-chave: Jornalismo Literário. Jornalismo Tradicional. Linguagem. Poética. Literatura.
Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional, 2009
Jornalista e escritor. Co-fundador da Academia Brasileira de Jornalismo Literário-www.abjl.org.br-e autor de diversos livros, com destaque para páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Residiu nos Estados Unidos na fase final da contracultura, fenômeno contextualmente relevante no âmbito do tema que aqui se discute. Contato:
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