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2018, Revista ALFA
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1804-9…
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O artigo discute a aquisição de vogais pretônicas em português brasileiro, por 3 crianças monolíngues adquirindo o dialeto paulista, com idade entre 1;4 e 3;5, e sua relação com a aquisição das vogais no ambiente tônico. Com base em Miranda (2013), partimos do pressuposto de que a aquisição das vogais pretônicas está sujeita à instabilidade desse subsistema, e, portanto, segmentos afetados por processos fonológicos seriam adquiridos mais tardiamente nessa posição. As produções mostram que as vogais altas pretônicas são adquiridas em contraste com as vogais médias, (/i,o/ e /e,u/), sendo a pretônica /o/ adquirida antes de /e/. Analisamos nossos resultados à luz da Hierarquia Contrastiva de Traços (DRESHER, 2009), para a qual a representação lexical dos segmentos é especí ca de cada língua, trazendo somente os traços contrastivos e ativos em processos fonológicos naquele sistema, e propomos que a aquisição da pauta pretônica é regida por um Princípio de Contraste Máximo: devido a instabilidade dessa posição, os segmentos devem ser maximamente contrastivos, ou seja, por ponto e altura vocálica. A pretônica /e/, por ser a mais instável (cf. CALLOU; MORAES; LEITE, 2002, VIEGAS, 2001 e YACOVENCO, 1993), é a última a ser adquirida, trazendo consigo a pretônica /u/.
Resumo–No desenvolvimento de sistemas reconhecedores de voz a alteraçao do trato vocal para diferentes locutores representa uma das principais fontes de variaçoes entre locutores diversos imposta ao sinal da fala. Desde entao, várias técnicas de normalizaçao de locutor vem sendo propostas com o objetivo de reduzir a variabilidade entre locutores.
As vogais pretônicas mediais no Português do Brasil (doravante, PB) têm sido objeto de investigação por propiciarem reflexões acerca do tratamento da variação fonológica que se verifica tanto em uma mesma variedade quanto entre variedades da língua portuguesa (cf. LEE; OLIVEIRA, 2003). Para além de serem constatadas diferentes realizações das vogais mediais, verificam-se, também, grafias não-convencionais dessas vogais em textos de alunos em fase inicial de aquisição da escrita que, em certa medida, guardam relação com as realizações atestadas nos enunciados falados. Neste texto, nosso objetivo é discutir em que medida podem se identificar evidências do sistema fonológico das vogais em posição pretônica do PB, por meio da análise da escrita não-convencional de <E>, <I>, <O>, <U> 1 em sílabas pretônicas, tanto em verbos quanto em não-verbos
Lingüística
Este estudo aborda a elevação da vogal /a/ em contexto nasal. Discute-se a representação fonológica das vogais nasais, compara-se português e espanhol no que diz respeito à produção e percepção de vogais nasais, realiza-se inspeção acústica preliminar, de cunho qualitativo, de realizações da vogal /a/ em contexto nasal e não nasal. Ao discutir a representação das vogais nasais no português, justifica-se a adesão à hipótese da sequência /vN/ na base da vogal /a/ nasal e sustenta-se a interpretação da nasalização vocálica e da elevação da vogal nasalizada como processos fonologicamente derivados. A inspeção acústica de /a/ em contexto nasal mostra que a vogal elevada pode realizar-se com e sem pistas acústicas de nasalidade. A existência de mais de uma realização de /a/ em contexto nasal, motivada tanto fonética quanto fonologicamente, obscurece o mapeamento das manifestações percebidas à sequência bissegmental de base.
Objeto de inúmeros estudos sincrônicos em quase todas as regiões do Brasil, o subsistema vocálico pretônico do português detém alternâncias que ainda intrigam pesquisadores. Alvo de inúmeros processos fonológicos, tais como neutralização, assimilação, harmonia, abaixamento e alçamento, as vogais pretônicas caracterizam-se pela complexidade e variação. Muitos desses fenômenos aos quais hoje são dedicadas tantas pesquisas parecem, contudo, já estarem alicerçados no português desde a sua consolidação (ou mesmo antes). Em consonância com esta afirmação, este artigo tem como principal objetivo lançar mais um olhar sobre as vogais médias pretônicas do Português, agora com base em dados dos séculos XVIII e XIX. Sem a pretensão da exaustividade, a intenção é retomar dados deste período a fim de verificar de que modo o alçamento vocálico se aplicava à época.
IX SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS, 2017
RESUMO Neste trabalho, nosso objetivo é avaliar o papel das informações auditiva e visual na percepção das fricativas do no Português Brasileiro, quando apresentadas com ambiguidade / manipulação do sinal acústico. Nossos resultados indicaram que os índices de identificação das fricativas foram maiores quando elas apresentavam a informação audiovisual. Evidencia-se que, quando as fricativas têm seu sinal manipulado seu desempenho perceptual aumenta nos casos em que a informação visual é apresentada com a auditiva, ou seja, diante da manipulação do sinal, as fricativas apresentam médias de recuperação mais altas com a informação audiovisual do que com a informação, apenas, auditiva. PALAVRAS-CHAVE: Percepção. Fricativas. Informação auditiva e visual. INTRODUÇÃO No âmbito da percepção da fala, a visão ganhou atenção e relevância a partir do momento em que a percepção deixou de ser vista como um processo apenas monomodal. Ao longo dos anos, alguns trabalhos, como os de Sumby e Pollack (1954) e McGurk e MacDonald (1976), evidenciaram que a percepção da fala é
Artigo publicado no volume 10 da Diálogo das Letras, 2021
Estudos pautados no Sistema de Transitividade, da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) dão conta que esse é um sistema de relação entre os componentes que constituem figuras de representação. Este trabalho objetiva analisar as funções das orações existenciais, que para Halliday e Mathiessen (2004, 2014) representam o que existe ou acontece, na unidade retórica Introdução, do banco de dados TACTESE, de Figueiredo-Gomes e Bertuleza (no prelo). A metodologia empregada consiste no recenseamento dos processos em orações existenciais, por meio do uso da ferramenta Concord, do suíte computacional Word Smith Tools (SCOTT, 2018), a partir da lista de processos tipificados por Halliday e Matthiessen (2004, 2014) como neutros, abstratos e com traços circunstanciais, aplicados a usos da língua inglesa, que Fuzer e Cabral (2014) apresentam como passíveis de realizar significados existenciais no Português Brasileiro. Foram identificados 212 usos de orações existenciais na unidade retórica Introdução. Os grupos verbais mais produtivos tipificados como neutro do existir são haver e existir; como neutro do acontecer são ocorrer e acontecer; como neutro possessivo é ter; com traços circunstanciais de tempo é seguir-se, e com traços circunstanciais de lugar são encontrar-se e surgir; dos processos tipificados como abstratos não foram identificados usos nessa unidade retórica. Acredita-se que essa ausência pode está relacionada ao nível de tecnicidade do texto tese de doutorado, que não admite realizações desses processos, frequentes em gêneros do narrar.
Resumo: A observação de que o acento secundário ocorre na pauta pretônica, um dos contextos mais favorecedores para a ocorrência de epêntese, conforme análises variacionistas, como a de , e de que a epêntese cria uma sílaba a mais nessa posição parece indicar que possa haver uma correlação entre a incidência desse fenômeno e esse tipo de acento. Collischonn (1994) e Moraes (2003) identificam duas tendências em relação ao acento secundário em português: proeminência inicial e alternância binária entre sílabas fracas e fortes. Quando uma palavra tem número par de sílabas pretônicas essas duas tendências podem ser atendidas simultaneamente; o mesmo não ocorre quando o número de sílabas é ímpar. Neste trabalho, investiga-se a possibilidade de ocorrer mais epêntese vocálica em palavras com número ímpar de sílabas pretônicas para atender às duas tendências para a incidência de acento secundário e também analisa-se a localização desse acento em palavras com esse número de sílabas com e sem inserção vocálica. A amostra selecionada constitui-se de 8 entrevistas, pertencentes ao Banco de Dados VARSUL, realizadas na cidade de Porto Alegre com informantes do sexo masculino e feminino, nas faixas etárias mais de 50 anos e menos de 50 anos e escolaridade superior. Palavras-chave: Acento Secundário; Epêntese Vocálica; Português Brasileiro; Análise Fonológica.
OS ESTUDOS LEXICAIS EM DIFERENTES …
Na Linguística Cognitiva, os provérbios são entendidos como atualizações da metáfora conceitual GENÉRICO É ESPECÍFICO. Partindo dessa perspectiva, este artigo investiga a presença de outras metáforas e metonímias em seis provérbios do português brasileiro. Em todos os provérbios analisados neste estudo, identificou-se a presença de metáforas conceituais subjacentes, para além da metáfora conceitual GENÉRICO É ESPECÍFICO. Em três provérbios, foi observada uma interação entre mapeamentos metafóricos e metonímicos. Não foi encontrado nenhum caso de provérbio que apresentasse apenas mapeamentos metonímicos subjacentes, sem estar combinado com um mapeamento metafórico. Conclui-se que as figuras de linguagem não devem ser vistas como fenômenos isolados uns dos outros, uma vez que os provérbios são, muitas vezes, baseados em mapeamentos conceituais metafóricos e metonímicos.
As línguas apresentam variações de diversas naturezas, tais como fonéticas, fonológicas, morfológicas e sintáticas, em que os falantes realizam suas escolhas entres sons, vocábulos ou estruturas. Em se tratando do Português Brasileiro (doravante PB), essa constatação se comprova, por exemplo, com a realização variável das vogais médias pretônicas como em pepino ~ pipino; com a alternância entre os pronomes você e tu; entre os pronomes nós e a gente; na concordância nominal os meninos/os menino. Estudos sociolinguísticos apontam que tais fenômenos não dependem apenas de critérios puramente linguísticos, mas são resultado da combinação de fatores geográficos, sociais, histórico-temporais, sexo, faixa etária, dentre outros.
Caderno de Squibs
O objetivo deste trabalho é contribuir para os estudos do processo de aquisição de linguagem. O objetivo específico é investigar a ordem de produção das interrogativas Wh in situ em relação às interrogativas Wh ex situ em crianças adquirentes de português brasileiro. A metodologia consiste na análise longitudinal dos dados de fala semiespontânea de uma criança adquirente de português do Brasil, disponíveis no corpus online gratuito Childes. A hipótese deste trabalho, baseada em Sell (2002, p. 71), é a de que apenas haverá produção de interrogativas Wh in situ após a emergência do complementizador que na gramática infantil. Os resultados apontam que, de fato, só houve produção de supostas interrogativas Wh in situ após a aquisição do complementizador que. Contudo, aponta-se que essas supostas interrogativas Wh in situ poderiam ser analisadas na perspectiva de Bonan (2021), assumindo a existência de um movimento curto do elemento Wh até a periferia direita (BELLETTI, 2004).
Trabalhos Complestos Linguística, Letras e …
Resumo: Este artigo tem como objetivo principal apontar as evidências da modalidade oral no texto escrito. Para isso, analisamos as ocorrências dos alçamentos nas vogais pretônica /e/ e /o/, fenômeno frequente na modalidade oral. O corpus foi constituído de 70 redações escolares, coletadas no âmbito do projeto Ensino de Português e a Relação Oralidade Escrita. O público alvo foram alunos do 6º ano de duas escolas públicas de Uberaba/MG, sendo uma de região periférica e outra de região central. Por meio deste trabalho, foi possível verificar que é incontestável a relação entre oralidade e escrita, posto que o fenômeno selecionado para análise é frequente na fala dos alunos, conforme demonstraram outros trabalhos, e o mesmo foi encontrado diversas vezes ao longo do corpus. Abstract: This article aim to present the evidences of the oral modality in the written text. For this, we analyze the occurrences of the rising of the middle unstressed vowels /e/ and /o/, a frequent phenomenon in the oral modality. The corpus consisted of 70 school essays, collected as part of Ensino de Português e a Relação Oralidade Escrita. The target audience were students in the 6th grade of two public schools in Uberaba / MG, one in the peripheral region and another in the central region. Through this work, it was possible to verify that the relationship between orality and writing is indisputable, since the phenomenon selected for analysis is frequent in students' speech, as other studies have demonstrated, and it has been found several times throughout the corpus.
Resumo Esta é uma análise linguística de amostras de ex-votos coletados no Brasil e em Portugal, tendo como foco a polifonia tal como entendida por Bakhtin. A tradição votiva presente até os dias de hoje nos rituais religiosos, constitui uma prática social historicamente situada. Essas formas relativamente estáveis de manifestação da fé, exercidas no campo da atividade religiosa, são representadas por meio de esculturas de cera, barro ou madeira como réplicas de partes do corpo que foram curadas, além de fotografias, quadros pintados a óleo, placas, etc. Elas têm chamado a atenção de historiadores, antropólogos, folcloristas e comunicólogos, pelo seu contexto histórico de produção, e como produto cultural de um povo. O aspecto linguístico dessas manifestações, enquanto gêneros discursivos, orienta esta investigação que tem como base teórica Bakhtin (1999, 2003) e outros autores que têm se dedicado ao estudo da sua teoria.
Este estudo trata da opcionalidade de posicionamento do sujeito sintático de verbos monoargumentais inacusativos em posição pré-posta ou pós-posta ao verbo subcategorizador. Buscou-se examinar a hipótese de que essa opcionalidade gramatical pode divergir do ponto de vista do processamento sentencial, acarretando, no âmbito de implementação em desempenho linguístico, uma diferenciação das duas construções gramaticalmente possíveis. O exame baseou-se em um experimento psicolinguístico para o qual foi escolhida uma tarefa de grande precisão na localização dos eventos linguísticos que causam ônus diferencial no processamento, a maze task. Os resultados trazem evidências de que a posição de sujeito pós-posto aos verbos inacusativos acarreta facilitação sistemática do processamento de sentenças com verbos inacusativos para os falantes do português do Brasil.
RESUMO Após uma breve explanação acerca do sistema ortográfico do português, sua natureza e principais características, fazemos a descrição e a análise dos erros ortográficos encontrados em textos produzidos por crianças que cursam as séries iniciais em duas escolas da Rede de Ensino da cidade de Pelotas. Focalizamos, logo após, dois tipos de erros: um que é decorrente da arbitrariedade do próprio sistema e outro que é motivado pela não observância de regras contextuais. Com a apresentação e a discussão dos resultados pretendemos oferecer subsídios para o desenvolvimento de propostas para o ensino da ortografia. Neste artigo, que aborda aspectos da aquisição ortográfica, focalizamos o estágio alfabético do processo de desenvolvimento da escrita. Nesse período, os obstáculos conceituais enfrentados pelas crianças nos períodos iniciais da aquisição da escrita já foram transpostos, o que significa dizer que, nessa etapa do desenvolvimento, a criança entende o princípio do sistema alfabético, segundo o qual um som corresponde a um símbolo. É somente a partir desse momento que se torna possível começar a discutir aspectos relacionados à ortografia. De acordo com Gak (apud Moreira e Pontecorvo, 1996:79), a criança ao ingressar no estágio alfabético tende a preservar o sistema gráfico da língua, embora infrinja, ordinariamente, o sistema ortográfico. Enquanto o ortográfico diz respeito às regras que determinam o uso de grafemas ii específicos para representar determinados sons, o gráfico refere-se aos meios de que uma língua dispõe para exprimi-los. Assim, ao criarmos seqüências de letras não atestadas na forma escrita da língua portuguesa, tais como as seqüências 'xh' ou 'gh', estaremos violando o sistema gráfico, ao passo que, ao substituirmos o 'x' da palavra 'mexer' por 'ch', estaremos desobedecendo ao sistema ortográfico. O sistema alfabético deu origem a diferentes sistemas ortográficos. No caso do português, ao indagarmos sobre a natureza da ortografia veremos que ela é, sobretudo a partir do século XX, preponderantemente fonêmica. Queremos dizer com isto que a escrita procura representar aquilo que é funcional no sistema de sons da língua, isto é, aquilo que possui valor contrastivo. Quando falamos em funcionalidade, ou elementos que possuem valor contrastivo, falamos em fonemas. Os fonemas são definidos por Crystal (1973) como aquelas unidades que contrastam funcionalmente com PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
Resumo: Este trabalho examina algumas expressões congeladas do português brasileiro, enfocando um dialeto mineiro, em particular, e mostra como suas aparentes idiossincrasias são na verdade reflexo de duas propriedades marcantes do português brasileiro, a saber, seu sistema eminentemente proclítico de colocação pronominal e a marcação de plural dentro do sintagma nominal apenas no determinante.
Anais do I Congresso de Português como Língua Estrangeira da Columbia University, 2021
Este trabalho tem por objetivo analisar foneticamente a produção das consoantes laterais do português brasileiro na fala de aprendizes húngaros de Português como Língua Estrangeira (PLE). Estudos de aquisição de sons de língua estrangeira (FLEGE, 1995) apontam que o sistema fonológico da língua materna (L1) interage com o sistema da segunda língua (L2). Enquanto no português brasileiro, a lateral alveolar /l/ e a lateral palatal /ʎ/ fazem parte do sistema fonológico (BARBOSA; ALBANO, 2004; CÂMARA JR., 1977), no inventário de fonemas do húngaro, há apenas a lateral alveolar /l/ e, na região palatal, o glide palatal. Para verificar se os aprendizes húngaros de PLE produzem a lateral alveolar /l/ e a lateral palatal /ʎ/, um corpus foi preparado com pares mínimos formados pelos fonemas /l/ x /ʎ/ e /ʎ/ x /j/. Convém ressaltar que a diferença fonológica entre esses sons só se verifica no português em posição intervocálica (“fala” x “falha”). O corpus deste estudo foi gravado por quatro falantes nativos do português brasileiro (todas mulheres) e dez falantes húngaros aprendizes de PLE (sendo oito mulheres). Todos os informantes leram 56 palavras inseridas em uma frase-veículo (Eu disse “___” seis vezes). Os dados foram analisados acusticamente através das medidas de formantes das consoantes. Os resultados mostram que, em comparação com os falantes nativos, os aprendizes húngaros de PLE produzem a lateral alveolar /l/, mas a produção da lateral palatal /ʎ/ só se diferencia da do glide palatal /j/ no início da consoante.
Atas do V SIMELP - Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa, 2017
O dicionário de “vocábulos triviais” (VT) do português brasileiro é um projeto em desenvolvimento no âmbito do GAMPLE (GP-CNPq), que objetiva estudar os discursos engendrados no léxico e seu percurso histórico até a constituição atual, criando uma abordagem léxico-discursiva. Esse é um fator relevante para o reconhecimento de grande parte de vocábulos como “aperreado”, “atarantado”, “baita”, “boléu”, “cafundó”, “chuchar”, “danura”,“estropício”, “fiúza”, “inhaca”, “piti”, “ralé”, “tabefe”etc., muitas vezes marginalizados na escrita culta-formal, mas recorrentes na oralidade e na informalidade. Esses VT merecem destaque em um dicionário que contemple questões histórico-sociais da Língua Portuguesa do/no Brasil e podem ter origem clássica, indígena e africana como também estrangeira, além de outros tipos de criações vernáculas; geralmente são usados por todas as classes socioeconômicas, mais reconhecidos como variantes diafásicas que diastráticas ou diatópicas. Evidencia-se necessário um estudo históricodiscursivo visando a reconstituir a formação desses VT e sua representatividade enquanto caráter do povo brasileiro para reunir em uma obra esse rico material que leva ao autoconhecimento de nossa cultura e das diferentes ideologias. O resultado do projeto, o futuroDicionário de Vocábulos Triviais do Português Brasileiro poderá congregar o português de uso e o português normativo, para queseja possível apresentar à escola um material de pesquisa e de aplicação, levando ao público um conhecimento sobre as diferentes identidades da Língua Portuguesa e seus múltiplos processos de construção de sentidos.
, pela seriedade e compromisso com que conduziu esta orientação, pelas valiosíssimas discussões e questionamentos, e, sobretudo, por ter me ensinado, além de muita fonologia e aquisição, o que é fazer ciência. À querida Professora Leda Bisol, quem me iniciou na Fonologia do Português Brasileiro durante os quatro anos de iniciação científica e os dois anos de mestrado. Seus ensinamentos foram a base dessa jornada! Ao Professor Elan Dresher, pela acolhida na Universidade de Toronto durante meu estágio de doutoramento, pelas aulas engrandecedoras, mas, sobretudo, pelas inúmeras discussões a respeito da hierarquia contrastiva. À Professora Bernadete Abaurre, do IEL da Unicamp, pelas instigantes reflexões na aula de fonologia. Aos professores Paulo Chagas, Ronald Beline Mendes, Jairo Nunes e Flaviane Svartman pelas aulas no DL que tanto acrescentaram na minha formação acadêmica. À Professora Keren Rice, exemplo de pesquisadora e professora, pelas aulas de fonologia na Universidade de Toronto. Ao Professor Paulo Chagas e a Professora Elaine Grolla pelas sugestões na qualificação desta tese. Ao João Vinícius de Almeida Braga, colega que virou amigo que virou irmão. Aos meus competentíssimos e amados colegas de grupo de pesquisa em fonologia da USP, Andressa Toni, Arthur Santana, Carina Fragozo e Melanie Angelo, pelo incentivo nas horas do desespero, pela ajuda nas horas de dúvidas, e pelas risadas nas horas de cansaço.
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