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2010, Acervo
O texto aborda as obras de Roland Barthes e Pierre Bourdieu dedicadas à moda, em especial, aquelas que tratam do universo simbólico do consumo, dos discursos construídos em torno do tema e das lutas concorrenciais travadas no âmbito da alta-costura nas décadas de 1950-60.
Discute alguns paralelos desses autores com base no habitus, no conhecimento, na estrutura e na história
Comunicação & Educação, 2001
O trabalho examina os quadros teórico-metodológicos de análise da vida social avançados por Pierre Bourdieu e Anthony Giddens, acompanhando como cada um destes autores ataca o problema clássico da relação indivíduo/sociedade. Situando a teoria da prática de Bourdieu e a teoria da estruturação de Giddens no contexto mais amplo da reflexão sociológica contemporânea, o estudo percorre em detalhe os caminhos de ambos na tentativa de superação de dicotomias analíticas que atravessam a história do pensamento científico-social no século XX, tais como subjetivismo/objetivismo, individualismo/holismo, determinismo/voluntarismo e micro/macrossociologia. Esta exegese desemboca, por fim, na caracterização da teoria da prática e da teoria da estruturação como versões distintas de um modelo praxiológico de investigação do mundo social, um enfoque que tem como pedra de toque a tese de que a caracterização da vida societária como fluxo ininterrupto de práticas configura-se como o ponto de partida mais frutífero para a construção de um retrato acurado dos processos simultâneos de constituição da sociedade pelos agentes e de constituição dos agentes pela sociedade.
Praxis Educativa
Bourdieu e a questão dos intelectuais são o objeto deste artigo, cuja preocupação é produzir uma interlocução entre a história intelectual e a teoria dos campos. Apoia-se em Meditações pascalianas e A ontologia política de Martin Heidegger, sem deixar de mencionar suas outras produções e as discussões da historiografia no que diz respeito ao problema dos intelectuais. Faz-se uma incursão nessas duas obras para evidenciar a crítica à tradição escolástica, especialmente à história da filosofia e à história das ideias, bem como sublinhar a fecundidade de sua sociologia dos intelectuais aos escritos da história intelectual. O movimento analítico bourdieusiano permite identificar, no pensamento heideggeriano, as homologias indiretas (eufemizadas) entre problemas filosóficos e questões políticas, assim como as homologias diretas entre interesses políticos e elementos do campo de produção cultural nos escritos de intelectuais de estratos intermediários (mediadores e despertadores), como te...
Revista de Administração Pública, 2006
Este artigo apresenta um programa para aplicação da forma de investigar de Pierre Bourdieu às pesquisas em ciências humanas e sociais. A partir da exposição sobre as suas fontes e práticas epistemológicas, o artigo discute o sistema de conceitos que Bourdieu utiliza e desenvolve um roteiro genérico de pesquisa baseado nas suas investigações. Conclui com um resumo das críticas às suas concepções e uma apresentação sintética do seu legado.
Sociologias Plurais, 2018
RESUMO O presente ensaio tem por objetivo apresentar de forma sucinta, alguns dos principais aspectos constitutivos do campo de investigação da Sociologia sob a ótica de dois autores. O primeiro, um dos "clássicos da Sociologia", Émile Durkheim, que viveu na França, nos séculos XIX e XX. Para ele, a Sociologia, enquanto ciência do social coloca como uma das suas principais preocupações a compreensão daquilo que "permite" o social, ou seja, o que faz com que os indivíduos se reúnam em sociedade. O Segundo, o autor contemporâneo Pierre Bourdieu, que deu uma importante contribuição para o pensamento sociológico partir da sua "teoria da ação". Assim, buscamos através deste breve ensaio conjugar as aproximações e dos distanciamentos destes autores, destacando sua importância para o campo de investigação sociológica. ABSTRACT The present paper aims to present briefly some of the main constituent aspects of the research field of Sociology from the perspective of two authors. The first, one of the "classics of sociology," Émile Durkheim, who lived in France in the nineteenth and twentieth centuries. For him,
Sociedade em (dis)curso: mirantes teóricos e diálogos possíveis, 2022
Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional-(CC BY-NC-ND 4.0). Os termos desta licença estão disponíveis em: <https://creativecommons. org/licenses/>. Direitos para esta edição cedidos à Pimenta Cultural. O conteúdo publicado não representa a posição oficial da Pimenta Cultural.
1995
Palavras-Chave Cultura-Bourdieu Informação-Acesso Cultura-Informação Cultura-Gênero-Classe Social 1 O conceito de capital cultural Capital cultural é uma expressão cunhada e utilizada por Bourdieu para analisar situações de classe na sociedade. De uma certa forma o capital cultural serve para caracterizar subculturas de classe ou de setores de classe. Com efeito, uma grande parte da obra de Bourdieu é dedicada à descrição minuciosa da cultura-num sentido amplo de gostos, estilos, valores, estruturas psicológicas, etc.-que decorre das condições de vida específicas das diferentes classes, moldando as suas caracteristicas e contribuindo para distinguir, por exemplo, a burguesia tradicional da nova pequena burguesia e esta da classe trabalhadora. Entretanto, o capital cultural é mais do que uma subcultura de classe; é tido como um recurso de poder que equivale e se destaca-no duplo sentido de se separar e de ter uma relevância especial-de outros recursos, especialmente, e tendo como referência básica, os recursos econômicos. Daí o termo capital associado ao termo cultura; uma analogia ao poder e ao aspecto utilitário relacionado à posse de determinadas informações, aos gostos e atividades culturais. Além do capital cultural existiriam as outras formas básicas de capital: o capital econômico, o capital social (os contatos) e o capital simbólico (o prestígio) que juntos formam as classes sociais ou o espaço multidimensional das formas de poder:
Butler vs. Bourdieu: uma batalha no reino das práticas julho 13, 2017 por sociofella r Raul Nunes A vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que seduzem a teoria para o misticismo encontram a sua solução racional na práxis humana e no compreender desta práxis. Karl Marx, Teses sobre Feuerbach Ao tomarmos Émile Durkheim como eixo central da investigação sociológica, teremos os fatos sociais acompanhando o movimento pendular da teoria, ora pendendo para o "individualismo metodológico" weberiano, ora para o "estruturalismo" marxista. Se é verdade, como propôs Jeffrey Alexander (1987), que o embate estrutura x ação foi uma resposta ao estrutural-funcionalismo de Talcott Parsons, fato é que o embate propriamente ontológico da teoria social deu-se e dá-se ainda hoje em outra chave: ação x prática. Não é menor que Karl Marx e Max Weber tenham utilizado termos diferentes para falar da intervenção do ser humano sobre a realidade: ação (handeln), opção weberiana, aponta para um ato isolado, enquanto prática (praktisch), opção marxiana, Butler vs. Bourdieu: uma batalha no reino das pr.
Educação em Análise, 2022
Resumo: No centro dos debates atuais envolvendo o sistema de ensino brasileiro há a disputa entre variadas interpretações a respeito de quais conteúdos deveriam compor o currículo da escola básica. Embora não seja vinculado imediatamente a esse debate, é possível encontrar nos escritos de Pierre Bourdieu uma posição favorável à posição "conteudista". Dada a relevância deste autor no campo da educação, convém aproveitar sua contribuição nesse caso. Para o esclarecimento da posição de Bourdieu a favor de um conteúdo curricular escolar clássico/propedêutico, seria relevante expor sua posição e avaliação comparativa daquilo que ele denomina "cultura erudita" ou "alta cultura" diante da "cultura popular". Isto é, sua análise a respeito dos diferentes valores epistemológicos e estéticos das diferentes experiências culturais. Este artigo apresenta um levantamento inicial de escritos de Bourdieu que ilustram sua posição diante do tema, com base na leitura exegética de alguns de seus textos e de escritos de comentadores que tratam do mesmo tema.
O presente artigo tematiza a relação entre Bourdieu e o fazer teológico. Mesmo que este entrecruzamento, para o pensamento de alguns, seja difícil de ser estabelecido, assumimos a tarefa. Acreditamos que os pressupostos bourdianos podem contribuir com a teologia na medida em que eles exigem um compromisso profético com o Evangelho.
Tempo Social, 2020
A breve e concentrada correspondência entre Raymond Williams (1921-1988) e Pierre Bourdieu (1930-2002) comprova a existência de relações concretas, de mão dupla, entre os autores galês e francês, muito sugestivas para se pensar o desenvolvimento da sociologia da cultura europeia na segunda metade do século xx. O objetivo principal deste texto é recensear os contatos que eles mantiveram, além da correspondência, por meio de citações cruzadas, de um seminário em Paris no ano de 1976 e de um texto crítico de Williams em parceria com Nicholas Garnham, publicado em 1980, sobre a obra de Bourdieu, em seguida à publicação de A distinção na França.
2016
O presente trabalho visa analisar as contribuições teóricas de Pierre Bourdieu e Bernard Lahire na construção de uma sociologia da prática, destacando o esforço dos autores em superar as dicotomias que dividem as principais correntes socioló-gicas – entre objetivismo e subjetivismo, indivíduo e sociedade. Para tanto, serão apresentados os caminhos traçados pelos autores para pensar a agência humana, através de uma teoria disposicional da ação, que enfatiza os habitus de classe ou as disposições individuais. Por fim, discutiremos os avanços e limites observados nessas perspectivas na apreensão de questões centrais da teoria social contem-porânea, como a capacidade reflexiva dos atores e seu papel na reprodução/transformação do mundo social. Essa análise permite questionar em que medida os autores conseguem superar as referidas dicotomias, uma vez que terminam por enfatizar o peso do social sobre as condutas individuais.
Latitude
Resumo: O artigo trata das teorias da ação social na sociologia. Para tanto, destaca a noção de habitus em Bourdieu e os modos de justificação de Boltanski e Thévenot. Com o conceito de habitus, Bourdieu pretende superar a dicotomia entre indivíduo e sociedade. Ao enfatizar a importância das estruturas sociais no direcionamento da ação, Bourdieu se aproxima do estruturalismo. Em Boltanski e Thévenot, os modos como as pessoas justificam as suas práticas e as operações críticas são essenciais para a investigação da ação social. Para categorizer os regimes de ação mediante a análise dos modos de justificação, Boltanski e Thévenot utilizam o aporte teórico da filosofia política.
O artigo se ocupa de um momento específico da obra e atuação profissional de Pierre Bourdieu, seus primeiros cinco anos como catedrático de Sociologia no Collège de France, período em que lecionou o curso que denominou de "Sociologia Geral". Com o objetivo de analisar sua atuação não apenas como pesquisador, mas também como professor, e então buscar compreender sua concepção de sociologia, o texto retraça o cenário intelectual em torno do Collège de France, destacando o significado da seleção de Pierre Bourdieu para a cátedra de sociologia, bem como analisa os temas, objetivos e fios condutores das aulas proferidas nesses primeiros anos. Este artigo foi produzido a partir de um estudo qualitativo de cunho bibliográfico, de diálogo com autores nacionais e internacionais e da análise do curso de sociologia geral de Bourdieu. O estudo acabou por corroborar a relevância de analisar esse período de ápice na trajetória intelectual do sociólogo. Além disso, evidenciou-se que Bourdieu, na condição de catedrático e com a intencionalidade pedagógica que a posição acarreta, atou as pontas entre ensino e pesquisa em sociologia, privilegiando debates sobre a sociologia bourdieusiana e, sobretudo, sobre o lugar da sociologia no mundo social.
Gragoatá, 2017
* O presente artigo é resultado de pesquisa d e p ó s-d o u t o r a d o realizada no Centre de
Inaugurando, no Collège de France, a 7 de janeiro de 1977, a cadeira de semiologia literária, Roland Barthes pronunciou uma aula magna, designada Leçon, texto dado à luz em 1978, que se constituiu no ponto de partida para a aventura semiológica", capitaneada pelo consagrado escritor. Passadas quase três décadas dessa pronunciação e tendo tomado diversos rumos a semiologia, não apenas a semiologia de cariz literário, fundada segundo o paradigma da lingüística, estruturada por Ferdinand de Saussure, convém investigar até que ponto as ponderações barthesianas ainda produzem significações e para quais horizontes elas apontam, sobretudo sob uma perspectiva semiológica, que enfoque questões de ensino, saber e poder.
ETD - Educação Temática Digital
Os textos em que Roland Barthes mais se interrogou sobre o lugar que ocupava no interior das instituições académicas abrem, no campo pedagógico, a possibilidade fantasmática de imaginarmos um tempo em que não vivemos, aquele em que professores e alunos constituiriam, em conjunto e na pluralidade das suas respetivas vozes, uma comunidade de investigadores por vir. Este artigo procura capturar e problematizar a sua reiterada convicção de que a operação fundamental do trabalho académico consiste em experimentar o que ele mesmo apelidou de método de desapossamento, tanto no domínio da investigação como no da docência. Propomo-nos, assim, atravessar sistematicamente os escritos em que Barthes postulou a hipótese de entendermos o ensino como ato eminentemente poético, submetendo a nossa pesquisa a quatro grandes categorias: 1) a Fala, 2) a Escrita, 3), a Leitura e 4) o Viver Junto.
ModaPalavra e-periódico, 2009
Neste estudo, aborda-se a figura de Stephane Mallarme que, no final do seculo XIX criou e redigiu sozinho uma revista de moda; La Derniere Mode Gazeta da boa sociedade e da familia. Essa foi varias vezes evocada por Barthes em entrevistas e, tambem, no final do seu texto, Da Joias a Bijuterias (1961). Esta aproximacao entre literatura e moda aconteceu em outras obras de Barthes, como: Historia e Sociologia do Vestuario ( 1957), Linguagem e Vestuario (1959), Neste ano o azul esta na moda, ( 1960), Dandismo e moda ( 1962), A moda e as ciencias humanas ( 1966 ), O duelo Chanel-Courreges ( 1967), e o Sistema da Moda (1967). Como foco de discussao analisa-se a aproximacao dos textos de Mallarme e Barthes que potencializa conceitos da correspondencia entre literatura e moda. Barthes leitor de Balzac, Saussure e Trubetskoy, torna-se um arqueologo de revistas de moda sazonais, e e neste mesmo modo de expressao estetica, que ele e Mallarme refizeram e transformaram o cotidiano das mulheres...
Anais do 4º Congresso Nacional de Estudos Comunicacionais da PUC Minas Poços de Caldas - Desafios da Pesquisa em Comunicação, 2020
A plasticidade e a ampla aplicabilidade da análise bourdieusiana garantiu sua difusão para diversas áreas do conhecimento, entre elas as Ciências da Comunicação. Entretanto, cabe-nos pontuar que o estabelecimento de determinados cânones científicos eclipsa contribuições diversas que orbitam as figuras de destaque. Buscamos, no presente trabalho, apresentar um modelo de análise concomitantemente sociológica e semiológica do material fotojornalístico a partir de contribuições pontuais de Roland Barthes, Luc Boltanski e Patrick Champagne, sendo estes dois últimos colaboradores de Pierre Bourdieu ao longo do século XX. Apesar da utilização de poucos textos – apenas um por autor –, o modelo proposto abarca a análise sociológica do polo emissor, do polo receptor e de qualquer grupo social que busque ser percebido pela imprensa enquanto noticiável, além da análise semiológica da mensagem produzida por estes grupos e para estes grupos.
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