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"A cidade. Os modernos quase que completamente esqueceram o verdadeiro sentido desta palavra: a maior parte confunde as construções materiais de uma cidade com a própria cidade e o habitante da cidade com um cidadão. Eles não sabem que as casas constituem a parte material, mas que a verdadeira cidade é formada por cidadãos." Jean-Jacques Rousseau-O Contrato Social Introdução Muitos descreverão a cidade como um aglomerado de e dificações, outros, como um aglomerado de gente. Mas, o que faz um aglomerado de edificações e pessoas ser chamado de cidade? O que a distingue de uma simples aldeia? A diferença entre uma cidade e um povoado não é meramente quantitativa. Numa definição sucinta e precisa, Allix(1956) define a cidade como uma aglomeração humana abastecida do exterior, na qual a maioria dos habitantes se dedica a atividades diferentes da exploração agrícola ou pastoril. O que define uma cidade não é a quantidade de pessoas que ali residem, mas o que elas fazem, bem como o seu modo de fazer. A cidade pode ser entendida como a intervenção mais radical do homem na paisagem. Pode ser compreendida como a síntese da civilização, cujo modo de vida permeia não apenas sua estrutura, mas toda a sua região de influência, moldando um mundo urbano além das suas fronteiras. A cidade é o lugar onde o homem pode desenvolver melhor as suas faculdades intelectuais, dada a coexistência plural de grupos sociais; sendo assim, um lugar onde se pode exercitar de forma ampliada a escolha de um modo de vida mais diverso e, conseqüentemente, a liberdade.
As novas Geografias dos Países de Língua Portuguesa: paisagens, territórios e políticas no Brasil e em Portugal (II), 2012
A cidade é, cada vez mais, a marca da região em que se integra e a revitalização e a recriação da cidade tornam-se deveras importantes. A concorrência territorial impõe a presença de um cunho específico, assumidamente associado à qualificação dos recursos aí presentes. Esta realidade é ainda mais importante na actualidade, em que a desterritorialização ganha significado perante a crescente mobilidade, o aumento dos fluxos, a dificuldade de enraizamento e o hibridismo cultural. Sabendo que a cidade é um conjunto de lugares capazes de apresentar uma grande densificação de recursos, produtos, actividades, estruturas, equipamentos e patrimónios, importa identificar, nesses lugares, as situações capazes de criar entropias ao processo de valorização da cidade, da qualidade de vida da sua população, da qualidade da oferta de equipamentos e produtos aos seus visitantes, da qualidade dos recursos para os seus investidores, na capacidade organizativa e executiva dos seus reguladores. Uma das áreas de referência das cidades é o seu centro histórico, marca territorial de grande expressividade patrimonial, cultural e histórica, perde significado social, populacional e de investimento e, por isso, potencia fragilidades que importa gerir, remediar e, de preferência, evitar. De facto, a patrimonialização tornou-se uma estratégica central na procura de um equilíbrio entre a sustentabilidade económica e a sustentabilidade ambiental, através de projectos capazes de fazerem convergir os interesses da maioria dos grupos de interesse no sentido da criação de condições de sustentabilidade territorial.
Pixo, 2022
O lugar humano representa o espaço apropriado por meio da participação cidadã que se dissemina pelo meio político, social e cultural e que investe na resistência da hegemonia político-social-cultural. Esse complexo processo é intermeado pelas identidades dos diversos atores que dele participam e conduz à construção do significado de espaços físicos, por meio do qual eles adquirem força e constituem lugares. Dessa forma, a noção de território aqui abordada ultrapassa as questões físicas espaciais, sendo acrescida pelas questões humanas e tudo aquilo que as afetam. Ela lida com o dinamismo urbano das apropriações e das exclusões e seus reflexos diários na cidadania dos diversos grupos sociais e sob as mais variadas formas. A amplitude dos conceitos de território e cidadania é o que permite que esta chamada percorra caminhos distintos, mas que se encontram em alguns pontos fundamentais de convergência. Nesse contexto, o ser arquiteto é envolto de criatividade e ao mesmo tempo movido por desafios do cotidiano e intrínseco aos problemas da comunidade e às suas subjetividades. Quando suas ações são sensíveis e atentas tanto aos desejos comuns da comunidade em geral, quanto às necessidades particulares de grupos específicos, a cidade se torna um território mais democrático. Esta chamada possui o compromisso de dar continuidade, aprofundar e ampliar discussões iniciadas durante o 3° Congresso Internacional de Cidadania, Espaço Público e Território, sediado em 2021 pela Universidade Federal de Pelotas. Organizada em duas edições, seu principal objetivo é dialogar, por meio da ciência, com as transformações da realidade urbana do território, sejam elas locais, regionais ou internacionais, a partir de uma abordagem interdisciplinar e globalizada, fortalecendo relações num objetivo comum de proporcionar novos paradigmas para a resolução dos problemas da sociedade.
Revista Geográfica de América Central, 2011
Este trabalho tem o objetivo de propor uma investigação do espaço a partir do sujeito enquanto ser existente, do indivíduo psicológico; assim de uma análise do espaço a partir dos processos psicológicos, associados aos processos no espaço. Assim, pretende-se compreender o espaço a partir das demandas internas do homem, que o motivam à ação; dos indivíduos que coletivamente, em sociedade, imprime a ação no espaço, lócus da produção do homem; a fim de efetivamente alcançar a relação do homem no espaço. Busca investigar possibilidades na construção do saber geográfico, e na realização do ensino de geografia, dentro de análise dialética dos processos no espaço, intensificando a compreensão dos processos no espaço a partir do homem, dos processos psicológicos -aprofundando a crítica sobre a perversidade dos processos espaciais atuais, traduzidos principalmente no modelo atual de globalização. A partir da reflexão sobre a relação cidadania e educação, pretende-se realizar uma crítica a respeito da produção do espaço, do modelo de produção atual, e do papel da geografia enquanto ciência e ensino. A análise neste trabalho é realizada a partir do método dialético e com base em revisões bibliográficas.
Este texto pretende abordar as mudanças de comportamento e sensações do indivíduo frente às transformações do espaço construído, destacando a importância dessa reflexão para aqueles que se envolvem tanto nos estudos da cidade como na própria intervenção urbana. O que se visa também é enfatizar que a transformação dos espaços, ao provocar alterações nas sensibilidades das pessoas ou mesmo mudanças maiores ligadas ao comportamento, não promoverá uma transformação estrutural na sociedade, como muitas vezes se pensou ou se tentou pôr em prática.
As referências centrais deste trabalho vão para a cidade de Coimbra e para a sua organização enquanto espaço de vivências, de oferta de serviços e promotor de mobilidades associadas ao quotidiano dos seus habitantes. A caracterização das centralidades relacionadas com as funções centrais, as acessibilidades e o ambiente urbano contribuem para definir a orgânica interna de uma cidade que se assume, hoje, como metrópole regional. Esta “impõe”, à população que nela reside e que dela faz uso, modos de ser e estar que, resultando de percepções diversas, são responsáveis por comportamentos específicos. Procura-se perceber como os espaços e os tempos concorrem para a formação do “ambiente urbano” de Coimbra.
Fórum Nacional NEPEG de Formação de Professores em Geografia, 2018
Este presente artigo de caráter teórico versa sobre as finalidades de um Ensino de Geografia na atualidade, sendo essa finalidade a formação de seres críticos e atuantes nos seus cenários de inserção (escolas, ruas, bairros, cidades). Aqui passaremos a denominar esse conjunto (ação + finalidade) como o processo de Educação Geográfica, e o resultado desse processo é a formação da Consciência Espacial-Cidadã. Em uma revisão bibliográfica nos respaldamos nas colocações de pesquisadores e autores renomados nos debates sobre Ensino de Geografia e Educação Geográfica. Dentre os principais autores podemos citar: Valdir Nogueira, Sônia Maria Marchiorato Carneiro, Sonia Maria Vanzella Castellar, Helena Copetti Callai, Lana de Souza Cavalcanti, Roberto Lobato Corrêa, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Manoel Martins Santana Filho, dentre outros.
O que é Cidadania: Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país.
2021
RESUMO O espaço da cidade, visto como um meiodo qual o ser humano depende e ao qual modifica é portador de fatores que conferem dignidade à pessoa humana. Na preleção de Byung-Chul Han "Sociedade do cansaço", a sociedade disciplinar e repressora do século XX, passa ter nova configuração ou forma de organização coercitiva, pela violência neuronal. Esta é potencializada pelo espaço da cidade, pela mobilidade e a própria arquitetura. Seus resultados são danos à dignidade da pessoa humana. O objetivo é analisar a "sociedade do cansaço" no espaço da cidade, da mobilidade e da motivação na contribuição ou degradação da dignidade da pessoa humana. A metodologia é a pesquisa bibliográfica e reflexão crítica analítica. Suas consequências são que a violência neuronal, no espaço projetado, exige de forma implícita uma demanda do próprio cidadão, impondo a si, uma inversão, no qual a onda do "eu consigo" e do "yes, we can", passa a determinar os valores, princípios, as normas e os traços de conduta. O espaço da cidade e a conectividade do eu-cidadão, que começam a gerar doenças de depressão, transtornos de personalidade, hiperatividade e síndromes de burnout. As conclusões são que, na sociedade do cansaço, é possível, reverter os sintomas para a contribuição da dignidade da pessoa humana e seus valores essenciais. Palavras-chave: Sociedade do Cansaço. Cidade. Pessoa Humana.
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Livro - Universidade Federal do Sul da Bahia, 2019
Revista Tropos, 2021
A CIDADE, ESPAÇO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2021