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2017, Sofia
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Trata-se de uma análise do livro *Quando ninguém educa* (Rocha, 2017), visando expor uma contextualização, uma estruturação e uma avaliação dos principais eixos e propostas do livro.
Paulo Freire e a educação das Crianças, 2020
Ao aceitar o generoso convite de Marta e Jason para participar do presente livro o que aqui busco é recriar e relançar essa leitura que, quem sabe, possa abrir outras portas para os interessados numa educação da infância (ou teríamos que dizer, melhor, numa “infância da educação”?). Para isso, apresentarei, a seguir, três pontos em que, penso, Paulo Freire pode ser inspirador para essa educação da infância / infância da educação. Esses pontos são: a) a importância do perguntar(-se); b) a educação entre iguais; c) o educador e a educadora meninos. A seguir desdobramos cada um esses pontos.
Revista Lusofona De Educacao, 2005
Coleção EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO Vol. 15 CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
, de quem não apenas recebi, em momentos diferentes, eficiente colaboração no Departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, mas de quem me tornei real amigo. A Cristina Freire Heiniger, por sua fundamental na feitura deste livro. Paulo Freire ANTONIO FAUNDEZ-Penso que, neste nosso diálogo, poderíamos partir de temas ou de nossas experiências concretas. No primeiro caso, discutiríamos conceitos determinados, como eles se aplicam à realidade, como se transformam à medida que vão sendo aplicados a realidades diversas, etc. No segundo, poderíamos falar de nossa experiência na África e na América Latina; de experiências que nos sejam comuns a ambos ou mesmo daquelas que não o sejam. PAULO FREIRE-Ou, então, uma combinação das duas hipóteses. Ao associarmos as duas possibilidades, criamos um espaço de liberdade em que a espontaneidade de cada um de nós vai ter um certo papei no desenvolvimento dos temas. É uma boa idéia, creio. De qualquer maneira, porém, me parece que deveríamos, dialogicamente, fazer uma espécie de introdução ao livro que estamos começando a "falar". Uma introdução em cujo corpo fôssemos não apenas apontando este ou aquele tema ou esta ou aquela experiência a tratar, mas já os tornássemos como objetos de nossa reflexão. Penso, também, por exemplo, que seria interessante dizer a seus possíveis leitores e leitoras que a idéia de fazermos juntos este livro, se não nasceu propriamente, foi reavivada numa noitada em tua casa, há mais ou menos seis meses, regada a bom vinho chileno a que se juntavam não menos boas empanadas também. Hoje estamos aqui em Genebra, de novo, no teu escritório, para começar o trabalho que nos tínhamos proposto. E a impressão que tenho é a de que deveríamos, neste primeiro momento de nosso trabalho comum, dizer aos que amanhã apanhem este livro para lê-lo, algo sobre por que um livro assim, porque um livro "falado", por que não um livro escrito por nós dois-capítulo teus; capítulos meus-ou por que não dois livros, um escrito por ti, outro, por mim. E que vamos assim dialogando os dois. Um pedaço eu digo, outro tu dizes. E que vamos assim nos desafiando nesta primeira conversa em que, ao mesmo tempo, estaremos nos preparando, ao viver o processo "falar" o livro, para levar a cabo o nosso projeto. Eu me arriscaria a dizer aos leitores alguma coisa já sobre por que um livro assim. Em primeiro lugar, não sei se tu vais concordar comigo, acho que esta é uma experiência intelectual interessante, rica, realmente criadora. Experiência que não me é, na verdade, estranha. De dois anos a esta parte tenho trabalhado desta forma, e nada me sugeri que deva desistir de fazê-la. De fato, "falar" um livro a dois, a três, em lugar de escrevê-lo a sós, rompe um pouco, pelo menos, com uma certa tradição individualista na criação e tirando-nos da intimidade gostosa-por que não dizê-lo?do nosso quarto de trabalho, nos põe abertos um ao outro, na aventura de pensar criticamente. No nosso caso, agora, de pensar uma prática permeada de temas de que ora participamos juntos, ora separadamente. E este pensar, que no fundo é um repensar tem que ver, de um lado com o que eu, junto com os outros, fiz diretamente na África e em outras partes do mundo, enquanto trabalhava nesta casa, e sobre que tantas vezes discuti contigo; de outro, com o que tu passaste a fazer ao substituir-me no Departamento de Educação do Conselho, após meu retorno ao Brasil, em junho de 1980. Me lembro agora, por exemplo, de um trabalho que fizemos juntos, ainda que não dialogicamente como estamos fazendo este livro. Me refiro aos textos que escrevemos separadamente para a alfabetização e a pós-alfabetização de São Tomé e Príncipe, mas que submetíamos à discussão de ambos. Agora, convencidos da validade de fazermos juntos um livro dialógico, sem pretender de modo nenhum invalidar o esforço de escrever sozinhos, pois tanto eu quanto tu, ao lado de um sem-número de intelectuais, continuamos a escrever nossos textos individualmente, estamos aqui em torno de uma mesa para "conversar" um livro. E, ao fazê-lo, estamos aceitando, responsavelmente, nos expor a uma experiência significativa: a de um trabalho em comunhão. Isto não significa, porém, de maneira nenhuma, que um tal empenho negue ou anule o que seja marcadamente meu e teu, enquanto expressão mais profunda de nós, no produto final e comum. Este fazer em comunhão, esta experiência dialógica me interessam enormemente. Como disse antes, venho fazendo isso no Brasil e acabo de viver algo semelhante no Canadá, em Vancouver, "falando" um livro com um excelente intelectual norte-americano, Ira Shor, em que ensaiamos responder a algumas das perguntas que vimos recebendo, ele e eu, em nossas andanças por diferentes centros universitários dos Estados Unidos e Canadá. Devo dizer que este tipo de experiências me tem enriquecido, mas também devo dizer, e em certo sentido repetir, que envolver-me nele não significa renunciar a escrever textos sozinho. E isto é o que ocorre contigo também. Acho, porém, que entregar-nos de vez em quando à tarefa de trabalhar, de criar juntos, procurando superar a tentação de estar sempre sós, de escrever sós, é um testemunho intelectual que tem sentido, que tem valor. As experiências de que falamos, sobre que discutimos criticamente e que se vão fixando agora na gravação do nosso diálogo emergem num discurso vivo, livre, espontâneo e dinâmico. É importante, contudo, sublinhar que a vivacidade do discurso, a leveza da oralidade, a espontaneidade do diálogo, em si mesmos, não sacrificam em nada a seriedade da obra ou a sua necessária rigorosidade. Há quem pense ingenuamente que o rigor na análise só existe quando alguém se fecha em quatro paredes, por trás de uma porta bem segura, fechada com enorme chave. Só aí, na intimidade silenciosa dos livros ou dos laboratórios, seria possível a seriedade científica. Não, eu acho que aqui, fechados, mas ao mesmo tempo abertos ao mundo, inclusive ao da natureza que circunda o teu escritório, podemos fazer e estamos fazendo algo sério e algo rigoroso. O estilo é que é diferente, enquanto oral. É mais leve, mais afetivo, mais livre. Bom esta é a primeira opinião que daria aos leitores prováveis deste livro nosso sobre por que um livro "falado". Não sei se tu acrescentarias algo à minha fala, na continuidade desta espécie de introdução amena e comum. ANTONIO-Concordo com você nesta análise, sobretudo no que você verifica a respeito da ruptura da acomodação intelectual, ou seja, esta tentativa de fazer com que o trabalho intelectual seja um trabalho coletivo. E, sem dúvida, o método que mais se presta a esse tipo de tentativa é o diálogo. Porque efetivamente dialogamos desde que nos conhecemos, em novembro de 1978, quando teve início um diálogo jamais concluído. E o que fazemos hoje não é senão uma nova etapa em nossa historia dialógica, pois, como você se recorda, foi uma entrevista a nossa amiga Lígia Chiappini que nos permitiu nos conhecêssemos e começássemos a dialogar 1. PAULO-Tens razão. Aquela entrevista da Lígia de que participaste se constituiu, em certo sentido, numa amostra pequena do que estamos fazendo hoje. ANTONIO-De tal maneira que nosso diálogo teve início já em nosso primeiro encontro. Após nossa entrevista a Lígia, você me convidou para trabalharmos juntos; a partir de então, nesse nosso trabalho, mantivemos um diálogo constante, sobretudo com relação a experiência de São Tomé e Príncipe. Dessas conversas permanentes, recordo-me de uma especial, quando surgiu a idéia concreta de um livro, de um diálogo gravado. Voltávamos de um almoço na OIT e, em meio a nossas conversas sobre a conceituação e o significado do poder do intelectual, você interrompe a caminhada e me diz: "Antonio, deveríamos gravar tudo isso, porque este diálogo não deve ser um diálogo exclusivamente entre mim e você; deveríamos fazer com que dele participassem outros intelectuais e não-intelectuais que dialogariam conosco através de nosso diálogo". Lembra-se disso, agora? PAULO-Exato, me lembro muito bem. Realmente aí se encontram as raízes mais remotas do projeto de nosso livro. Há seis meses, quando vindo dos Estados Unidos e por aqui passei de regresso a São Paulo, o que fizemos foi acertar o compromisso de hoje começarmos a "falar" o nosso livro. Na verdade, o desejo desta conversa, a emoção deste projeto estavam em nos, como bem sublinhaste, desde 1978, quando iniciamos, através de Lígia, uma fraterna amizade. A nossa abertura ao diálogo que não significa estarmos sempre de acordo um com o outro, vem sendo uma constante em nossa amizade. Jamais falhou durante o tempo último de minha estada em Genebra, que coincidiu com a da tua chegada à cidade e tem continuado viva nas minhas passagens por Genebra. Daí a minha concordância com a tua afirmação de que o nosso diálogo vem existindo mesmo quando estamos distantes um do outro. Basta que nos reencontremos para que retomemos a conversa mais ou menos no pé em que ficara na última vez. É como se disséssemos: como ia te dizendo... Creio agora, Antonio, que, enquanto a nossa conversa for se alongando neste momento que estamos chamando de introdutório, iremos explorando reflexivamente práticas anteriores e atuais e temas a elas referidos que, em sendo discutidas e tratadas, irão compondo e ampliando nosso diálogo. Neste sentido, por que não falas a mim e aos leitores de amanhã, um pouco das tuas experiências de intelectual chileno no exílio? Das tuas experiências na Europa como um homem que se transplanta, não porque o queria, mas porque forçado historicamente a fazer o transplante que, por sua vez, implica um certo implante? PAULO-Acabas de dizer algo que me toca pessoalmente. Tu te referes ao nosso primeiro encontro, em que te convidei a que nos entregássemos tanto quanto possível a um diálogo assíduo de que resultou, finalmente, a possibilidade que se abriu a ti de um reencontro com o concreto, mesmo que não fosse o teu, experiência na verdade necessária a ti, no momento. Enquanto...
Nesse artigo faço uma reflexão sobre a possibilidade de desenvolver propostas de Educação Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) no Ensino Fundamental por meio da interlocução com propostas freirianas. Estudos realizados por Auler e Delizoicov (2006), Nacimento e Linsingen (2006), Linsingen (2007), Cassiani e Linsingen (2009) fazem essas articulações. O objetivo desse texto é dialogar um pouco mais com Paulo Freire com o intuito de continuar a interlocução e produzir novos sentidos, que contribuam com os professores das séries iniciais que estão buscando leituras sobre o campo da Educação CTS.
Roteiro
Nesse texto apresentamos a resenha da obra: MOTA NETO, J. C. da. Por uma pedagogia decolonial na América Latina: reflexões em torno do pensamento de Paulo Freire e Orlando Fals Borda. 1. ed. Curitiba: CRV, 2016.
Revista de Administração Educacional, 2013
Ensino em Re-Vista
Nas tradicionais aulas expositivas, os alunos ficam em silêncio e imóveis. Mesmo quando o professor é um excelente expositor, os resultados da verificação da aprendizagem costumam ser inexpressivos. Preocupados com o mau desempenho nas verificações da aprendizagem e com a passividade dos alunos, alguns autores fizeram críticas à aula expositiva. Os professores brasileiros, todavia, costumam conhecer apenas a técnica expositiva. Por isso, discutimos as principais vantagens e desvantagens da aula expositiva, apresentamos as características de uma boa aula expositiva e, com base nos princípios educacionais freirianos, fazemos dez sugestões para que as potencialidades da aula expositiva sejam aproveitadas ao máximo. Em especial, destacamos a importância de incluir o diálogo entre professor e educandos e entre os educandos nas aulas. Nossa proposta é aplicável em qualquer sala de aula, tanto urbana quanto rural, sem a necessidade de dispor de recursos sofisticados.
Estudos Universitários: revista de cultura
Este artigo replica o título que Paulo Freire atribuiu, em 1968, a um pequeno texto que antecedia um conjunto de recomendações bibliográficas para um seminário: considerações em torno do ato de estudar. Partindo dessas considerações, designadamente de caráter epistemológico e metodológico, o presente trabalho procura aplicá-las ao estudo do pensamento e da obra de Freire, usando como recursos as exigências críticas propostas por aquele autor ao longo da sua extensa obra. Chamando a atenção do leitor para várias especificidades da obra freireana, o artigo refere três questões incontornáveis: os contextos e as influências; uma obra feita de obras; e os textos, as intertextualidades e o seu idioleto, concluindo que só o ato de continuar a estudar e a debater Freire, seguindo as suas próprias reflexões sobre o que é estudar, o pode libertar da lei da morte, isto é, do esquecimento.
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Aprender - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, 2020
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Eccos Revista Cientifica, 2000
Eccos Revista Científica, 2022
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Pedro & João Editores, 2022
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Revista de Ciências da Educação, 2020
Revista Lusófona de Educação, 2005
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
Revista Espaço Pedagógico, 2018