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Este artigo de natureza teórica tem como objetivo problematizar o conceito de violência e suas mutações através dos tempos. Apresentamos as diversas abordagens que tem caracterizado o fenômeno na literatura sociológica, de modo a situar as complexidades deste conceito. Como fenômeno social, a violência é construída na relação entre os homens e se processa de forma a romper com os próprios códigos de ordens produzidos por esta relação. As compreensões expressas neste trabalho aprofundam análises sobre a violência e redimensionam os efeitos que ela produz para a condição humana. Neste contexto, manifestaremos como a violência se afirmou como uma questão pública que se insere entre as preocupações das agendas governamentais, seus jogos de poder, as relações de força e como movimento de fronteiras tênues entre o legal e o ilegal. Produzido através da pesquisa bibliográfica, o artigo se divide em três partes: 1) Violência e as intercalações entre civilidade e incivilidade, em que apresentamos as influências do contrato social e do Estado moderno, na circunscrição e caracterização da violência; 2) A violência como uma noção polissêmica, manifestando diversos conceitos e intensidades deste fenômeno; 3) Classificar e distinguir violências e crimes, na qual explicitamos os principais elementos que diferenciam a ação violenta, através das diversas formas de agressão, da ação criminal, postulada em lei. Além de apresentar diversos conceitos sobre a violência, o artigo afirma que ela esvazia o sentido da política, como ação dialógica.
Este artigo procura ressaltar as dinâmicas existentes no acionamento e ressignificação de alguns dos elementos da memória social do país, tais como cordialidade e violência, no momento em que o Brasil se defronta com uma complexidade de questões que veem a reboque de sua inserção no circuito globalizado dos megaeventos.
Revista Vértices (Campos dos Goytacazes), 1997
A longa trajetória humana nessa minúscula forma arredondada, protegida por uma tênue massa gasosa é uma saga fenomênica a perder-se nos primevos do próprio fenômeno. Todos os povos, em todas as épocas, das mais remotas aos indígenas de hoje, manifestam em suas visões de mundo,conceitos míticos de uma criação preexistente a si próprios.
Sapere Aude: Revista de Filosofia, 2019
A Filosofia tem nas vozes masculinas sua resplandecência. Área do conhecimento que historicamente renegou à condição de coadjuvantes grandes pensadoras encontrou na produção de Hannah Arendt um divisor de águas. Escritora de pensamento forte e marcante, a filósofa judia-alemã, nascida em 1906, conviveu durante sua trajetória de vida com a violência direta gestada pelo nazismo. Arendt assume espaço de relevância quando se trata do estudo da violência, do fascismo, do antissemitismo, do imperialismo e do totalitarismo. A tradução para o espanhol da obra Sobre a violência, de Hannah Arendt, retoma, hoje, a necessidade de nos debruçarmos no estudo dos eventos paradigmáticos que cercam o século XX, especialmente sobre os episódios violentos que aludem ao rótulo de esse ter sido um dos mais sangrentos da história da humanidade, no que diz respeito a massacre de pessoas, dentro de guerras. De forma ainda mais intensa, a contemporaneidade da obra retoma a premissa de que a violência continua a ser usada como uma ferramenta para se adquirir poder político por todo o mundo, a todo custo, sobre o flagelo humano. Divido em três partes, o livro, na primeira delas, volta-se à discussão da noção de ruptura. Arendt dedica-se a refletir sobre o esfacelamento da tradição intelectual-ao que se refere como brecha entre o passado e o futuro-como forma de apontar a insuficiência teórica em lidar com as experiências políticas do século XX e, de modo particular, sobre o totalitarismo. Assim, a filósofa situa a violência e a multiplicação de seus meios, sobretudo a partir das novas tecnologias de guerra enquanto nova faceta dos conflitos individuais e entre Estados-nação.
1. Ontem escrevi minhas primeiras impressões de longe e tão perto sobre o movimento pela queda dos aumentos das passagens dos transportes públicos na capitais brasileiras. O movimento, nesse sentido, obteve a sua principal reivindicação pois os aumentos foram, na maioria dos casos, revogados. O meu artigo tinha como objetivo chamar atenção para os perigos de fascistização presentes. Para isso eu tinha recuperado um prefácio de Foucault para um livro (O Anti-Édipo) de Deleuze e Guattari. 2. Ontem foi dia de novas mobilizações. Maiores e em mais cidades. Como disse antes mais do que uma questão presencial, como Marina Silva tinha apontado, era uma questão existencial, vivencial. Citei um trecho de uma canção de Caetano, Pecado original, onde se repete uma frase de Waldick Soriano (eu não sou cachorro, não!) e que contém um verso muito belo: "a gente não sabe o lugar certo onde colocar o desejo". É o que, parece, está acontecendo.
As populações indígenas, tantas vezes esquecidas pela historiografia, emergem como elemento principal na ocupação da região amazônica. Por um longo período, foi a mão-de-obra básica que sustentou as principais atividades econômicas da área. E por isso mesmo disputada com uma violência sem tréguas.
ANAIS DO VII CIDIL, 2018
Resumo: O romance O conto da aia, de Margaret Atwood, é uma distopia que narra a história de Offred, uma Aia submetida à servidão reprodutiva em um mundo de infertilidade em massa. Este trabalho busca analisar a violência simbólica sofrida pelas mulheres através do estudo da linguagem imposta pelo novo governo. Para tanto, parte da ideia de que a palavra é o primeiro passo para a dominação de uma classe sobre outra, uma vez que o poder de nomear é, e sempre foi, exclusividade dos poderosos. Ainda, estuda como a utilização de patronímico pelo Estado pode caracterizar a violência simbólica na forma prevista por Pierre Bourdieu, já que as mulheres passam a incorporar seu significado em sua identidade. Palavras-chave: violência simbólica; palavra; O Conto da Aia; nomeação. Abstract: The novel The handmaid's tale, written by Margaret Atwood, is a dystopia that narrates the story of Offred, a Handmaid subjected to reproductive servitude in a world of mass infertility. This paper seeks to analyze the symbolic violence suffered by women through the study of the language imposed by the new government. To that end, it starts from the idea that the word is the first step towards the domination of one class over another, as the power to nominate is, and has always been, an exclusivity of the powerful. Also, it studies how the use of a patronymic by the State
RESUMO: Em um levantamento realizado nos arquivos de teses e dissertações da Coordenação de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), constatei que a maioria das pesquisas que abordam a polidez linguística no Brasil segue os mesmos referenciais teóricos estrangeiros. Também foi possível observar que as pesquisas brasileiras que usam as teorias elaboradas em outras culturas e práticas sociais não conseguem descrever ou explicar de um modo satisfatório qual é o entorno moral e político que a polidez tem em nosso país; particularmente, nos usos linguísticos das pessoas que pertencem às camadas sociais menos privilegiadas economicamente e colocadas " à margem " do consumo. Nesta perspectiva, pretendo usar as ideias de " cordialidade " , " jeitinho brasileiro " e " mestiçagem " para demonstrar que a polidez e a violência são características políticas relevantes para a polidez tupiniquim, especialmente nas " vozes " das pessoas excluídas socialmente no Brasil. ABSTRACT: In a survey conducted in the archives of dissertations and theses in the Department of Personnel of Higher Education of Brazil (CAPES) I noticed that most of the researches on linguistic politeness in Brazil follows the same theoretical foreigners. I also noticed that the Brazilian research using the theories developed in other cultures and social practices can not describe or explain satisfactorily what is around the moral and political politeness have in our country, particularly in the use of language of the people belonging to less privileged social layers and economically placed "outside" of consumption. With this in mind, I plan to use the ideas of "friendliness", "Brazilian way" and "miscegenation" to demonstrate that politeness and violence are characteristic policies relevant to tupiniquim politeness, especially in the "voices" of the socially excluded in Brazil.
Para analisar a violência urbana brasileira é necessário examinar uma série de peculiaridades. É fundamental entender a violência no Brasil como um processo complexo (SUSSEKIND, 1987) que envolve algumas variáveis (VELH0,1987) denominadas objetivas (econômicas e políticas) e subjetivas (culturais e sociais). Para Michel Misse (2008), a violência decorre de um processo histórico-cultural de "acumulação social de violência", que discorre sobre a representação social da violência com base nas obscuras transformações sociais de violência se tornando um padrão de violência urbana.
Como existe incontáveis formas de caminhar pelo mundo, sempre haverá aqueles para quem em realidade não lhes importa em absoluto o problema da falta de liberdade provocada pela insegurança ou que simplesmente preferem deixar as coisas em seu santo lugar e não se queixam. Pessoas a quem não lhes custa muito habituar-se ao mal, perguntar-se, “bajo el hacha del asesino”, se não é também ele um ser humano, ou diminuir a resposta emocional ante a perda da liberdade e a violência a que estão potencial e repetidamente expostas. Pessoas que quando desertam de seus melhores desejos e legítimos interesses aprendem a masturbar-se com a realidade. Por dizê-lo de alguma forma menos rebuscada: falta de liberdade (de eleger, de decidir, de fazer e ainda de rechaçar e resistir) é a que padece a mulher estuprada a quem os mais sádicos, fazendo gala de uma lúcida demência para manter intacto seus agradáveis e confortáveis supostos acerca do funcionamento do mundo, evocam furtivamente a “culpa” da vítima; é a que tem o cidadão que apenas chega ao fim do dia e não sabe se amanhã conservará a sua vida; é a que sofrem todas as mães (e pais) que dependem da exígua caridade dos assaltantes e sequestradores de seus filhos. Falta de liberdade é a que amargam muitas famílias porque necessidades e desejos vitais para elas já não dependem de instituições que dão suporte a uma vida digna e segura. Falta de liberdade, enfim, é o que padece todo aquele que vive (ou sobrevive) com a permissão dos demais.[...] Não é fácil, não pode ser fácil viver em uma sociedade em que a ideia de liberdade e segurança parecem ter perdido todo sentido de valor, onde a forma como o governo tem tratado a (in) segurança pública oscila entre a farsa e a tragédia. Se buscamos a realidade, sejamos realistas: Sem segurança, a liberdade sempre estará em outra parte.
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UM OLHAR SISTÊMICO SOBRE A VIOLÊNCIA NO BRASIL, 2022
Vieira, MP, 2022
Revista Dialogo Educacional, 2009
DOSSIÊ: MANIFESTAÇÕES DE RE-EXISTÊNCIA: A LITERATURA EM TEMPOS DE REPRESSÃO, 2020
Revista Literatura e Autoritarismo, 2021
DEMOCRACIA E DESOBEDIÊNCIA CIVIL (ORG. PONTEL, Evandro; TAUCHEN, Jair; REITER, Ricardo Luis), 2019
Temas de Direitos Humanos do VII CIDHCoimbra 2022, 2022