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The baffling concept of technical mediation in Bruno Latour RESUMO Este artigo busca contribuir para a discussão sobre a teoria ator-rede (TAR), de Bruno Latour e outros, na expectativa de que possa trazer nova luz para as teorias do social, teorias das redes e dos estudos interdisciplinares, especialmente no que concerne à técnica e sua relação com a comunicação e a cultura. Para isso, o conceito de mediação técnica será explicitado na sua relação com as noções de tradução, actante, ontologia achatada e agenciamento sociotécnico. Erige-se assim um constructo teórico antagônico às velhas dicotomias que irradiam do cartesianismo e que, ainda hoje, subsistem sob as mais variadas formas, muitas vezes despercebidas. Palavras-chave: Mediação técnica, tradução, actante, ontologia achatada, agenciamento sociotécnico ABSTRACT This article seeks to contribute to the discussion of Bruno Latour's and others' actornetwork theory (ANT), in the hope that it will shed new light on theories of the social, theories of networks, and to interdisciplinary studies, especially regarding technique and its relation to communication and culture. For this, the concept of technical mediation will be explained in its relation with the notions of translation, actant, flat anthology, and sociotechnical assemblage. Thus a theoretical construct is developed which is antagonistic to the old dichotomies that radiate from a laggard Cartesianism which even today remain under the most varied, often unrecognized forms.
Linguagens do desaprender : gestos intensivos e política dos afetos, 2022
Enciclopédia de Antropologia, 2023
Bruno Latour (1947-2022) foi um filósofo, sociólogo e antropólogo francês, conhecido por seus estudos de ciência, tecnologia e sociedade; propôs uma “antropologia simétrica” da modernidade de modo a aproximar metodologicamente etnografias realizadas em sociedades ditas tradicionais e aquelas empreendidas em locais de produção científica, como os laboratórios. Latour propôs também uma descrição simétrica dos modos de ação de seres humanos e não humanos na composição do mundo – o que o tornou um reconhecido pensador ecológico. Jamais fomos modernos. Ensaio de antropologia simétrica (1991) apresenta uma abordagem etnográfica das práticas científicas que permite o autor formular críticas aos divisores natureza e cultura, indivíduo e sociedade, sujeito e objeto, racionalidade e poder, ciência e sociedade – fundamentais para o pensamento moderno oficial. Porém, a etnografia nos recintos de produção científica revela como essas oposições não se sustentam em suas práticas cotidianas, o que Latour caracteriza como “o caráter oficioso” da modernidade. Neste seu conhecido manifesto, defendeu que a antropologia poderia dissolver a cisão entre os "modernos" e os "outros" ao voltar-se para o "centro", aos locais onde a autoridade, a verdade e os fatos científicos são gestados.
Mana, 2005
Esta é uma seção dedicada ao comentário de textos publicados em números anteriores de Mana. Estudos de Antropologia Social. O texto a seguir referese-mais diretamente-ao artigo de Bruno Latour, "'Não congelarás a imagem', ou: como não desentender o debate ciência-religião", publicado em Mana, 10(2), 2004. Em livro de entrevistas que Bruno Latour realizou com Michel Serres (Serres 1999 [1992]), este autor faz a defesa da solidão no trabalho filosófico. Latour, por seu lado, contrapõe-se e pergunta por que Serres não se reconhece como integrante de um conjunto de discussões e sequer cita os colegas (1999 [1992]:109-110). Serres, então, declara seu repúdio à era da tese, do jornal e da gagueira: "A honestidade, pelo contrário, consiste em só escrever o que se pensa e que se acredita ter inventado" (1999[1992]:110). Curiosamente, alguns anos mais tarde, em Jubiler ou les tourments de la parole religieuse (2002a), Latour dá a impressão (não totalmente exata, como veremos) de aderir ao mestre, até mesmo antecipando-se a este para realizar a obra de síntese que exige a abdicação de tudo o que se sabe para que se possa, enfim, inventar, e que Serres apresentava nas entrevistas como um ideal, ainda posto no futuro. Futuro que ele tinha pressa em alcançar. A (des)organização de Jubiler é sintomática: nenhuma citação, nenhuma nota, nem ao menos capítulos, mas um estilo bem afinado para servir à argumentação. A ponto de por vezes parecerem simples, assuntos que são altamente complexos, que na verdade desafiam e fazem duvidar se de fato nossa leitura é capaz de alcançar todas as nuances. Há uma série de intuições pontuais de Serres, que certamente inspiraram Latour a dialogar com ele implicitamente e, assim, desenvolver seu próprio pensamento (como no caso do fetiche, do interesse pelos tribunais, da relação entre Sócrates e Górgias e do contraste entre a multiplicidade
Cadernos de Campo (São Paulo 1991), 2018
Este artigo discute o uso do conceito de “evento” na obra de Latour, em relação a como o termo tem sido utilizado na filosofia e antropologia. Meu argumento é que, no final das contas, há uma tensão entre duas vertentes do trabalho de Latour: uma mais firmemente baseada na história e no evento, e outra mais focada na simetria, hibridez e diplomacia.
Advertencia dos editores brasileiros Embora este livro tenha side originalmente escrito em ingles, a presente tradUy30 foi feita-com a concordancia dos autores e da Princeton University Press, editora original-a partir da edi~ao francesa. A 0P9aO justifica-se porque urn dos autores, Bruno Latour, acornpanhou a tradw;:ao para sua lingua materna, 0 frances introduzindo ao. ' mesma tempo TIatas de rodape e refen3ncias bibliognificas adicionais. o prirneiro capitulo foi reescrito, adaptado para urn publico rnais arn-pIo. Forarn tarnbern suprirnidos 0 prefacio e 0 posfacio da edi9ao norteamericana, porque, segundo Latour, eram de "polleD interesse e estayam distanciados das controversias angio-saxOnicas".
In memoriam: Latour, uma homenagem, 2022
Uma pequena homenagem escrita por mim e pelo colega Thiago Pinho para Bruno Latour, filósofo francês falecido em novembro de 2022.
Problemata, 2019
Poucos pensadores contemporâneos tem se deparado com um destino tão estranho quanto Bruno Latour. Em certas partes do mundo acadêmico, ele é um reconhecido popstar. Sua teoria do ator-rede tem inspirado centenas de trabalhos realizados por animados seguidores na sociologia, antropologia, estudos da ciência, e mesmo as belas artes c (fine arts). Ele atrai grandes multidões durante suas visitas nas mais prestigiosas universidades do mundo e permanece com plena energia em seu auge, produzindo livros inovadores e ensaios a cada passar de ano. Contudo, Latour descreve a si mesmo primeiramente como um filósofo, até mesmo um metafísico. E aqui está o grande paradoxo, pois seu impacto entre filósofos tem sido até agora mínimo. Nos círculos "continentais" em que eu viajo, Latour é raramente lidoao invés disso, eu frequentemente me descubro na estranha posição de introduzir seu nome pela primeira vez aos filósofos que, diferente de Latour, são mais amplamente lidos no pensamento francês contemporâneo. A recente mudança de paradigma de Derrida e Foucault para Deleuze e Badiou tem feito pouco para alterar essa situação, já que o arsenal conceitual de Latour é tão estranho para o primeiro par de autores quanto é para o segundo. Mesmo jovens e ambiciosos filósofos que desejam a marca "ontologia relacional", criado por Latour, frequentemente precisam de um incentivo reforçado para ler seus livros com mais seriedade, já que falham em encontrar esses livros por conta própria. Inicialmente eu estava na mesma posição, descobrindo a HARMAM, Graham. The importance of Bruno Latour for Philosophy! Cultural Studies Review, March 2007, vol. 13, no. 1. Pages 31-49. Tradução e publicação autorizadas pelo autor. b Thiago de Araujo Pinho é doutorando do curso de ciências sociais e professor do curso de extensão em Teoria Social Alternativa (T.S.A) na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e UNEB e do curso "O poder da fala" na Universidade Católica de Salvador (UCSAL), além de ser autor do livro "descentrando a linguagem" (Editora Zarte
Informação & Informação, 2013
O olhar de Robert King Merton (1910-2003) sobre a comunidade científica, com suas práticas e valores-que se tornaram foco de investigação do que veio a ser denominado como Sociologia da Ciência nos anos de 1940-, tem aberto um campo diversificado de possibilidades analíticas. Nesta perspectiva, as investigações circunscritas no quadro de referência dos estudos sociais da Ciência não residem no conhecimento científico em si, mas, na compreensão sobre seus produtores como sujeitos que, no entendimento de Merton, formam e são sustentados por um ethos próprio. Entre outros estudiosos que se consagraram investigando o fazer da comunidade científica, precisamente os cientistas ligados às
Plura, 2017
Resumo Martinho Lutero é, inegavelmente, um marco histórico no que se refere às relações modernas entre o homem e Deus. Crítico, reformador, mas também integrado a uma tradição textual, seu pensamento estabeleceu rupturas profundas frente à tradição católica sem, no entanto, diluir todas as margens possíveis de diálogo e aproximações. Para este nosso artigo, partimos do pressuposto de que entre Lutero e a mística renana, em particular o pensamento de J. Tauler, encontram-se afinidades teórico-existenciais que permitem pensarmos na possibilidade de uma concepção de fé estruturada na ideia de esvaziamento ou desprendimento que permite, sem negar o mundo, a construção de um espaço de experiência divino-humana que se dá, eminentemente, como um habitar de Deus que, enquanto tal, é liberdade absoluta. Para tanto, nos deteremos, de modo mais específico, nas obras de Lutero Da liberdade do Cristão e Comentário à Carta de Paulo aos Romanos, contrastando-as com os Sermões de Tauler. Palavras-Chaves: Fé. Lutero. Mística. Reforma. Tauler. Abstract Martin Luther is undeniably a historic landmark in the modern relations between man and God. Critic, reformer, but also integrated into a textual tradition, his thinking established deep ruptures in the Catholic tradition, without, however, diluting all possible margins of dialogue and approximations. For this article, we start with the pressuposition that there are theoretical-existential affinities that allow us to think about the possibility of a conception of faith structured in the idea of emptying or detachment, without denying the world, in the construction of a space of divine-human experience that is eminently given as a dwelling of God that, as such, is absolute freedom, between Luther and the Rhenish mystic, particularly J. Tauler's thought. For this, we look more specifically into Luther's On the freedom of the Christian and Commentary on the Letter of Paul to the Romans, contrasting them with the Sermons by Tauler.
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ENGENHARIAS E OUTRAS PRÁTICAS TÉCNICAS ENGAJADASVolume 3: Diálogos interdisciplinares e decoloniais, 2022
Tradução do artigo escrito por Graham Harman, 2019
dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda
O que nos faz pensar, 2020
Estudos de Sociologia, 2024
Roteiros acerca de Latour e da Teoria do Ator Rede, 2021
Webmosaica, 2011