Introdução capítulo 1 U m computador digital é uma máquina que pode resolver problemas para as pessoas, executando ins-truções que lhe são dadas. Uma sequência de instruções descrevendo como realizar determinada tarefa é chamada de programa. Os circuitos eletrônicos de cada computador podem reconhecer e executar diretamente um conjunto limitado de instruções simples, para o qual todos os programas devem ser converti-dos antes que possam ser executados. Essas instruções básicas raramente são muito mais complicadas do que Some dois números. Verifique se um número é zero. Copie dados de uma parte da memória do computador para outra. Juntas, as instruções primitivas de um computador formam uma linguagem com a qual as pessoas podem se comunicar com ele. Essa linguagem é denominada linguagem de máquina. Quem projeta um novo computador deve decidir quais instruções incluir em sua linguagem de máquina. De modo geral, os projetistas tentam tor-nar as instruções primitivas as mais simples possíveis, coerentes com os requisitos de utilização e desempenho idealizados para o computador e seus requisitos de desempenho, a fim de reduzir a complexidade e o custo dos circuitos eletrônicos necessários. Como a maioria das linguagens de máquina é muito simples, sua utilização direta pelas pessoas é difícil e tediosa. Com o passar do tempo, essa observação simples tem levado a uma forma de estruturar os computadores como uma sequência de abstrações, cada uma baseada naquela abaixo dela. Desse modo, a complexidade pode ser dominada e os sistemas de computação podem ser projetados de forma sistemática e organizada. Denominamos essa abordagem organização estruturada de computadores – foi esse o nome dado a este livro. Na seção seguin-te, descreveremos o que significa esse termo. Logo após, comentaremos alguns desenvolvimentos históricos, o estado atual da tecnologia e exemplos importantes.