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2018, Revista Maracanan
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Devo esclarecer que não fui discípulo de Antonio Candido, embora os textos dele tenham me marcado profundamente. Mas, tive o privilégio de encontrá-lo algumas vezes, e esses encontros se guiavam sempre por uma paixão comum: Sérgio Buarque de Holanda.
Revista Criação & Crítica
A maior contribuição de Antonio Candido ao pensamento brasileiro é a constituição da crítica literária em um campo autônomo de conhecimento, com o seu próprio objeto delimitado e separado. Isso mobiliza um movimento duplo: de diferenciação do campo da crítica em relação a outros objetos do conhecimento (digamos, à Sociologia)um movimento que responde à inspiração profundamente "esclarecida" (no sentido da Aufklärung) -; e de "incorporação" da exterioridade dos processos sociais pelo objeto literário. O primeiro movimento reconfigurado como uma margem interna ou limite do objeto de investigação, descrito, em termos literários, como articulação entre o texto e o real. Aplicado ao estudo da literatura brasileira e de sua formação, ocupação à qual Candido dedicou grande parte de seus esforços, esses dois movimentos correspondem a duas facetas do processo de emancipação cultural, e descrevem o modo pelo qual se constitui o sujeito da literatura brasileira e a literatura brasileira como sujeito. A literatura brasileira é formada essencialmente no duplo movimento de se diferenciar de Portugalcontinuando a linhagem da literatura portuguesa -, e de integrar os povos excluídos, as culturas "residuais" (como Raymond Williams chamaria), ou subalternas, que ela reflete, incorporando-as, ao mesmo tempo em que as exclui, homogeneizando o heterogêneo em conteúdos múltiplos subsumidos em uma forma unificada mas diferenciada. A estruturação da "formação" como expansão integradora da representação nacional é descrita no Formação da Literatura Brasileira, de 1959, por Candido. Há todo um ciclo de formações do Brasil. Todos esses ensaios sobre o desenvolvimento brasileiro possivelmente emulam o modelo particular do Bildungsroman
Jangada: crítica | literatura | artes
O pensamento crítico de Antonio Candido Escritor, crítico literário, sociólogo e professor, Antonio Candido (1918-2017) é um dos mais reconhecidos e prestigiados pensadores brasileiros. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores-PT e sua militância de esquerda foi exercida na política e na crítica literária. Ao estrear como crítico na Folha da Manhã, em 1943, finalizou sua apresentação de princípios declarando a seguinte norma de conduta: "Se nem sempre é possível dizer tudo aquilo que se pensa, é sempre possível dizer apenas aquilo que se pensa. E é o que farei" 1. Seu falecimento em maio de 2017, próximo de completar 100 anos de seu nascimento em 24/07/1918, foi lamentado por diferentes círculos intelectuais e políticos, e suscitou merecidas homenagens ao estudioso por parte da imprensa e de diversas instituições universitárias. A título de exemplo, podemos citar as seguintes revistas que, recentemente, dedicaram-lhe dossiê: Revista
Signótica
Descrevem-se neste trabalho algumas inflexões da obra de Antonio Candido: num primeiro momento, apresenta-se a sua perspectiva histórica da literatura e da cultura brasileira nos anos do desenvolvimentismo (década de 1950), que apontava para a integração do Brasil no concerto das nações civilizadas; num segundo, descreve-se o impacto do golpe militar de 1964 no pensamento do autor e as alterações na sua percepção quanto à modernização do país e o lugar a ele reservado na ordem capitalista mundial; por fim, em decorrência desse impacto, discute-se a valorização do popular na avaliação de algumas obras do século XIX, bem como a correlata expectativa de realização de uma transformação cultural e política do país por meio de uma grande aliança, um grande pacto nacional.
A cordialidade tem sido associada, para bem e para mal, à brasilidade.
Palimpsesto, 2024
Usando como fio condutor uma comparação entre o capítulo de Formação da Literatura Brasileira (1958) sobre Memórias de um Sargento de Milícias (1852) e o ensaio Dialética da Malandragem (1993), este artigo propõe um esboço do desenvolvimento das concepções teóricas que norteiam o trabalho de Antonio Candido (1918-2017), assim como suas implicações históricas e políticas. Expandindo a discussão, procuramos em seu estudo sobre o caipira e em sua tese sobre Sílvio Romero os fundamentos de sua concepção inicial e, no recuo teórico, fruto do fechamento da janela de modernização em que elaborou a primeira parte de sua obra, a explicação para a concepção de redução estrutural que elaborou em sua maturidade.
Blog Letras in.verso e re.verso, 2018
Visita guiada à Ocupação Antonio Candido realizada no Itaú Cultural e breve análise de alguns de seus itens.
Revista do GELNE, 2017
O presente artigo teve por objetivo apresentar algumas considerações acerca do pensamento crítico de Antonio Candido, refletindo sobre a importância de suas ideias para crítica literária brasileira. Analisar-se-á a relação que o referido crítico brasileiro estabelece entre a arte literária e a vida social, ou seja, a relação dialógica entre ambas. Para tanto, o artigo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, através da utilização de textos de Antonio Candido, como também ensaio de outros estudiosos acerca do referido crítico, tais como Schwarz (1987) e (1999), Lajolo (2003), Crespo (2003), Barbosa (2007), dente outros. A partir da realização da pesquisa podemos inferir que o pensamento crítico de Antonio Candido é muito importante para a crítica brasileira, e que, por meio da leitura de algumas de suas produções, podemos observar um jogo de diálogos existente entre a obra literária e a vida social.
Terceira Margem, 2021
Resumo: Afastando-me da polêmica, já bastante desgastada, entre as ideias de Antonio Candido e Haroldo de Campos acerca da história da literatura, a respeito das quais vasta fortuna crítica pode ser mobilizada pelos estudiosos, procuro destacar neste texto alguns caminhos menos explorados acerca do debate sobre a formação (ou razão antropofágica) da literatura brasileira, ao mesmo tempo que apresento registros das leituras da obra de Antonio Candido empreendidas por Haroldo de Campos. O objetivo é tão somente apontar alguns caminhos que, somados às trajetórias já desenvolvidas sobre suas reflexões, possam trazer alguma contribuição, mas escapa ao âmbito deste artigo aprofundá-los.
Literatura e Sociedade, 2009
O artigo discute o papel da Faculdade de Direito no percurso de Antonio Candido, seja na formação da sua experiência de cidadania, seja na sua obra de crítico literário interessado nos temas e obras do Romantismo brasileiro que emanaram das Arcadas. Trata de como equacionou a relação entre Direito e Literatura por meio da formulação de um direito à literatura.
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Outra travessia, 2024
Revista Letras, 2008
V. 34, Numero especial, 2011
Literatura e Sociedade, 2009
Revista Água Viva
Revista do GELNE, 2018
Linha D'Água, 2011
Candido, Schwarz & Alvim, 2019
Revista do GELNE, 2018
Macabéa - Revista Eletrônica do Netlli, 2021
Revista Criação & Crítica
Editora UFFS eBooks, 2020