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O mosaico das "Madalenas", 2016
Há historiadores que buscam a compreensão de um tempo através do que foi produzido nele dentro dessa perspectiva que a arte revela. Numa rápida e despretensiosa pesquisa na Internet por representações artísticas de Maria Madalena, se passa facilmente de 85 mil ocorrências. S‹o rostos e mais rostos de uma personagem envolta em muitas dúvidas sobre quem de fato foi essa mulher. Para Wilma Steagall De Tommaso, professora no Museu de Arte Sacra de S‹o Paulo, o fascinante reside pensar o que esse mosaico diz da personagem sobre cada tempo em que foi a santa foi representada. Cada período da era cristã criou uma Madalena que satisfizesse suas necessidades e anseios, e assim Maria Madalena vem sendo submetida até nossos dias a uma plástica cultural, destaca, lembrando que cada nuance dessas teve seu papel na preservação da memória dessa mulher pelos tempos.
Artigas e a metrópole, 2015
O ano de 2015 marca a celebração do nascimento do arquiteto João Vilanova Artigas. Nascido em Curitiba, Paraná, teve sua vida profissional ligada à cidade de São Paulo, onde formou-se engenheiro-arquiteto na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Em 1948, foi um dos responsáveis pela criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, locada no antigo casarão da família Penteado, no bairro de Higienópolis. Desde então, esse arquiteto tem papel fundamental em diferentes áreas de atuação: a academia (FAUUSP), os órgãos de classe (IAB SP) e a atividade profissional. Seu nome está essencialmente vinculado à FAUUSP como centro difusor de uma nova fase da arquitetura brasileira a partir dos anos 1950. A FAU se tornou a primeira escola de arquitetura do país que surge desde seu início apoiada em princípios modernos. E os projetos desse arquiteto centralizam as principais questões estéticas que envolveriam a atualização da arquitetura moderna brasileira no enfrentamento do processo de metropolização do maior polo da indústria nacional. Seu legado transpassa várias gerações: está presente na releitura realizada por jovens arquitetos e na obra de seu mais destacado discípulo, o prêmio Pritzker Paulo Mendes da Rocha. Afinal, é o novo edifício da FAUUSP e sua “pedagogia radical” que estavam presentes na Bienal de Veneza de 2014 e na exposição do MoMA de 2015. Esse protagonismo não está, no entanto, adequadamente registrado na reflexão crítica sobre esse arquiteto, tanto no Brasil como no mundo. A grande tarefa que se apresenta nessa efeméride é a compreensão acadêmica desse legado tanto na dimensão historiográfica quanto no seu entendimento crítico-estético. Além disso, compreender questões envolvidas na sua produção arquitetônica é compreender as tensões de “formação” do Brasil moderno. Esse é o material artístico de sua obra. Com esse espírito, foi organizado o Seminário “As virtualidades do morar: Artigas e a metrópole”, que é a origem desta publicação. Acreditou-se que a verdadeira homenagem a esse arquiteto-intelectual e crítico socialseria por meio de um debate livre de ideias e análises de sua produção e legado que contemplassem as diferentes - e por vezes antagônicas - interpretações de sua obra. E assim ocorreu. Foram convidados pesquisadores de sua obra e autores de publicações sobre a produção desse arquiteto ou sobre a “escola paulista”. Os convidados foram orientados a produzir material original que fizesse avançar as análises conhecidas. Os textos deste livro, portanto, constituem material inédito e atualizado, que colocam a obra desse importante arquiteto na perspectiva do debate contemporâneo relacionado à arquitetura e urbanismo. Mesmo porque sua obra é a que mais produziu referências espaciais e construtivas na modernidade brasileira, facilmente detectada nos dias que correm. Se Oscar Niemeyer é o grande arquiteto brasileiro reconhecido internacionalmente, sua vasta obra não produziu descendência. Vilanova Artigas é o arquiteto mais influente de sua geração, ao ter logrado construir um esquema espacial e construtivo que pode, ao contrário do mestre carioca, ser utilizado nas metrópoles emergentes do país, compreensivo dos impasses socioculturais da modernização brasileira. Tal importância não foi ainda reconhecida em termos editoriais e críticos; é essa a tarefa que esta publicação se dispõe a promover.
From microbes to mosquitoes. Yellow Fever in Rio de Janeiro. The title refers to the transition from the reception of Pasteurian ideas to the consensus around the methods used by Cruz against mosquitoes. This process comprises vivid debates that take place in learned journals but also in newspapers; interventions of major figures of Brazilian politics, European scientific stars and fascinating local characters. The thesis that became a book provides an international perspective on yellow fever research during the last quarter of the XIXth century and the beginning of the XXth century
Novas frentes de expansão do complexo imobiliário-financeiro em São Paulo, 2017
Este artigo investiga a participação de agentes globais no complexo imobiliário-financeiro em São Paulo, compreendidos como fundos de inves-timento e empresas transnacionais especializadas no setor imobiliário que adentram mercados finan-ceiros para diversificar ativos e mitigar riscos, e também como forma de acessar localizações geográficas, criando frentes de expansão. Pretende desenvolver questões como: (1) Os agentes globais e o capital internacional estão penetrando o complexo imobiliário-financeiro em São Paulo? De que forma? (2) Como esse capital se espacializa? Ele cria novas frentes e produtos imobiliários, morfologias e tipologias? Sua ação resulta em processos de reestruturação territorial? (3) Como sua lógica espacial dialoga com os processos de remoção e relocação involuntária? Para responder tais questões, mapeou ativos imobiliários, encontrando, dentre outros, uma nova frente de expansão imobiliária junto ao Rodoanel.
É característico do texto filosófico se confrontar sempre, de novo, com a questão da apresentação" (DB p.49). Com essa frase, Benjamin começa o livro sobre a Origem do drama barroco alemão 1 . O modo de apresentar o pensamento, o estilo da escrita, é questão central na filosofia, e inseparável do que pode ser chamado de "sentido", desde a época clássica, conforme fica já evidente nas molduras dramatúrgicas que envolvem os diálogos platônicos. E, antes ainda, nas formas poéticas adotadas por alguns dos filósofos pré-socráticos. Com ela se ocupou Benjamin em diversos textos, e o fio de ouro que atravessa a todos me parece ser a busca da linguagem justa, da linguagem capaz de fazer justiça ao passado e de possibilitar uma construção da história que justifique a racionalidade humana. Para compor as presentes reflexões, escolhi, dentre eles, a introdução do livro, já mencionado, sobre a Origem do drama barroco alemão, de 1922, a versão do texto sobre "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica" publicada em 1936, e a inacabada Obra das Passagens, iniciada em 1927. Imagem e filosofia Existe um lugar privilegiado para as imagens na filosofia de Benjamin. Ele pensa as imagens e pensa com imagens: seu próprio pensamento revela-se conforme a uma estrutura imagética, tanto sintática quanto semanticamente. Isto é, tanto o modo de articular o texto, como as metáforas, comparações, analogias, recorrem à linguagem das imagens para apresentar as idéias. A seus contemporâneos chamava atenção o olhar que o filósofo possuía para a minutia, 1 BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. Tradução S.P. Rouanet. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1984. Citaremos como DB. As traduções estão ligeiramente modificadas.
Revista Quaestio Iuris, 2017
Resumo Este artigo estuda a simbologia envolta na moradia que é direito fundamental social, previsto no artigo 6º da Constituição Federal de 1988, a partir do Comentário Geral nº 4 sobre o Direito à Moradia Adequada. Muitas moradias, porém, são tidas por inadequadas, principalmente e não apenas pelo lugar onde estão localizadas, mas pela capacidade econômico-financeira que elas evidenciam, de modo que referida constatação de inadequação e diferenças materiais passam a ser reconhecidas nas próprias pessoas que ali moram, em uma transferência naturalmente realizada pelo ideário social atrelado ao consumo. Busca-se expor o conceito de moradia adequada e sua disposição no território urbano, objetivando-se apontar como a concretização incompleta do direito à moradia favorece uma lógica de exclusão socioespacial que passa a reconhecer os indivíduos pelas suas diferenças econômicas e não pela igualdade enquanto condição humana única. Destaca-se, então, a miserabilidade e a marginalização em simbiose contínua com a moradia urbana. A pesquisa está centralizada no método dedutivo, a partir de uma abordagem interdisciplinar entre Direito e Sociologia. Tem-se que a moradia e o local em que se encontra são fatores de influência para o reconhecimento social do indivíduo. Logo, há exclusão oriunda do fato de onde e como se mora. Palavras-chave: Exclusão socioespacial; direitos fundamentais; cidades; moradia adequada; desigualdade.
RESUMO Nesta comunicação, pretendemos dar a conhecer alguns dos resultados preliminares da escavação que tem vindo a ser efectuada na área de ampliação da Biblioteca Municipal de Mértola. A escavação ainda não terminou e até agora não foi realizado o estudo final dos materiais arqueológicos recuperados. Contudo, podemos já assegurar uma sequência estratigráfica que inclui uma olaria do fim da Idade Média e inícios do Período Moderno, um enterramento da Baixa Idade Média, níveis habitacionais islâmicos, estruturas Tardo-Romanas, e um importante complexo de muralhas e níveis a elas associados de época Romana-Republicana e Idade do Ferro. No entanto, este artigo irá incidir apenas nos níveis islâmicos, os quais já se encontram concluídos. Serão apresentados os contextos habitacionais de época almóada, tal como alguns materiais cerâmicos exumados dos mesmos. ABSTRACT In this communication, we want to make known some of the preliminary results of the excavation that are being carried out in the area of the extension of Mértola's Municipal Library. The excavation has still not terminated and the final study of the archaeological material recovered has not been carried out as yet. Nevertheless, we can guarantee a strata graphical sequence that includes a pottery dating from the end of the Middle Ages and the beginning of the Modern period, a burial ground from the Lower Middle Ages, levels of Islamic habitations, late Roman structures and an importance complex of walls and levels associated with them from the Roman Republic epoch and the Iron Age. However, this article will focus only the Islamic levels, which are now complete. The habitations contexts of Almohads period will be presented, as well as some exhumed ceramic materials. LOCALIZAÇÃO Mértola situa-se no Sul de Portugal, no Baixo Alentejo, perto da fronteira com Espanha, numa zona em que o Rio Guadiana deixa de ser navegável devido à geografia do terreno e todas as ligações fluviais aqui enlaçavam com as rotas terrestres (figuras 1 e 2). Por este percurso fluvial, chegavam as rotas comerciais do Mediterrâneo, mas Mértola era também o extremo de vários itinerários terrestres que a ligavam à rica região cerealífera de Beja e às localidades mineiras de Aljustrel e São Domingos. Mértola, tornou-se assim, desde tempos mais antigos no último porto fluvial do Ocidente do Mediterrâneo, chegando até aqui abundantes influências e mercadorias vindas de várias partes do Mediterrâneo Central e Oriental.
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Revista Geográfica de América Central, 2011
gaialhia.kit.net, 2010
6° Encontro Regional Sul de História da Mídia, 2016