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2017, ITINERÁRIOS – Revista de Literatura (UNESP- Araraquara)
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A partir de textos que Eça de Queirós escreveu para a Gazeta de Notícias do Brasil, analisaremos como o eurocentrismo é relativizado por Eça, desfazendo, por meio da ironia, a estereotipada oposição entre Ocidente e Oriente. Ao tratar de Portugal, Brasil e China e, sobretudo, das relações entre a mão-de-obra chinesa e as conquistas dos trabalhadores na Europa e nos Estados Unidos da América, veremos que sua análise vai muito além do contexto desses países, revelando um entendimento econômico e uma consciência política que contempla toda a ordem capitalista de seu tempo.
Este texto teve uma primeira versão lida no XXI Congresso da ABRAPLIP em 2007, sob o título "Eça de Queirós, chineses, japoneses e brasileiros". Depois sofreu algumas alterações e foi reapresentado no evento internacional II Crossings: Brasil, Portugal e Grande China, em 2015. A discussão e novas alterações geraram a presente versão, intitulada "Eça de Queirós, a China e o Brasil".
2013
O presente estudo apresenta uma análise das representações do Extremo Oriente nas obras do escritor português Eça de Queirós (1845-1900). Através de um estudo amplo de obras de diversos momentos da carreira do escritor português, procuramos demonstrar que o Extremo Oriente queirosiano estabelece uma representação complexa das relações Ocidente-Oriente, não se limitando às imagens cristalizadas do Oriente na literatura portuguesa, em que se destacam o exotismo e o caráter imaginário. Como principais pilares teóricos, nos apoiamos nas teorias orientalistas, principalmente as de Raymond Schwab (1950) e Edward Said (1978), e da fortuna crítica queirosiana. Realizamos uma análise comparativa de textos ficcionais e não ficcionais do autor que, nomeadamente, compreende os romances O Mistério da Estrada de Sintra (1870), escrito juntamente com Ramalho Ortigão, O Mandarim (1880) e A Correspondência de Fradique Mendes (1900); os textos de imprensa “A Marinha e as Colônias” (1871), “A Pitoresca História da Revolta da Índia” (1871), “A França e o Sião” (1893), “Chineses e Japoneses” (1894), “A Propósito da Doutrina Monroe e do Nativismo” (1896), “França e Sião” (1897); e o relatório consular A Emigração como Força Civilizadora (1979).
Portugal-China: 500 Anos, 2014
No tempo de Eça de Queirós, o Oriente estava na moda. E também na ordem do dia, do ponto de vista político, pois que por lá se decidiam questões relevantes de que dependiam poderes imperiais e interesses económicos. Mas nesse mesmo tempo, o Oriente era vastíssimo e incluía muitas terras, muitas gentes e muitas culturas. Do chamado Próximo Oriente ao Japão, dito do Sol Nascente para quem o considerava a partir de um lugar de observação eurocêntrico, iam distâncias consideráveis. Entre a Europa e o Japão estava o Império do Meio (entenda -se: no centro do planeta), ou seja, a China que resistia aos ventos da Revolução Industrial e que só pela força militar usada nas chamadas Guerras do Ópio se foi abrindo ao comércio com o Ocidente. A pouco e pouco, os estrangeiros deixaram de ser, como até então, bárbaros. Arrastam -se estas tensões e os derivados conflitos bélicos por várias décadas, ao longo do século , com consequências que o Eça da segunda metade de Oitocentos conhecia bem, sendo, como era, leitor atento da melhor imprensa de então.
Nesse tempo ainda vivia, na sua solidão nas montanhas da Umbria, o divino Francisco de Assis -e já por toda a Itália se louvava a santidade de Frei Genebro, seu amigo e discípulo.
Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura
O Oriente sempre foi um topos para a imaginação ocidental e um leitmotiv para a criação artística. Por um lado, foram construídas referências cristãs, a partir das representações de Jerusalém; por outro, representaram-se fantasias sobre a riqueza fácil e sobre a liberdade moral e sexual que poderiam ser encontradas na China. Estas leituras das representações de Jerusalém e da China tomam como base os conceitos de “orientalismo” desenvolvidos por Edward Said e Isabel Pires de Lima; e de “fantástico”, segundo Carlos Roberto F. Nogueira e Maria do Carmo Castelo Branco de Sequeira, a fim de se discutir como Eça de Queirós representou, ironicamente, esses lugares imaginários. Palavras-chave: Eça de Queirós. Jerusalém. China. Orientalismo. Fantástico.
Novos Estudos em Extremo Oriente, 2022
Neste breve texto, consideraremos as múltiplas potencialidades do chá na China, limitando-nos aos períodos anteriores ao século XIX, quando tal produto se tornou uma commodity mundial. Longe de negar a extensa e bem produzida bibliografia acerca do chá no mercado global, após os anos 1800, nosso recorte diz respeito à história do chá como bebida nas esferas cultural e religiosa chinesas. Assim, optamos principalmente por fontes referentes às dinastias Tang e Song (581-1279 EC), período em que a literatura do chá encontrou seu ápice na China imperial.
GV-executivo
A presença da gestão brasileira no "Império do Centro" é ainda muito tímida. Mas, observando a formação de empresas sino-brasileiras com culturas organizacionais híbridas, vê-se que o gerente brasileiro pode ter um papel importante no projeto da "nova grande China"
This article analyzes, in a general way, how Brazilian literary criticism of the life and work of José Maria Eça de Queirós (1845–1900) built the identity of the Eça-writer in the twentieth century in Brazil. In this paper, in a specific way, we present a reading that is part of the canon of Queirosian studies in Brazil, titled História Literária de Eça de Queiroz (1939), by Álvaro Lins (1912–1970), verifying how this study became seminal at that time and how it brought some important data about Eça's biography and work. In addition, we highlight the militant behavior of Álvaro Lins, being featured in the professional literary criticism of the 1930s, and the presence of the impressionistic lineage in the work analyzed.
This article aims to analyze two founding texts of the Brazilian Queirosian critique. On the one hand, the first journalistic text about the work of Eça de Queirós signed by Machado de Assis in the Rio newspaper O Cruzeiro, 1878; on the other side, the first published book on the life and work of the Portuguese writer Eça de Queirós, written in 1911 by Miguel Mello. We have verified how these readings have thrown critical tendencies and were conceived as the cornerstone of the Queirós studies in the country, highlighting the critical method of each text and valuing the intellectual field of the moments of production. In order to carry out this brief study, we have the theoretical-critical support of Carlos Reis (2000), Benjamin Abdala Júnior (2000), Paulo Franchetti (2000), José Maria Bello (1952) and Machado da Rosa (1964) to reflect the controversies and misunderstandings in the genesis of Brazilian literary criticism about Eça de Queirós.
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Anais Leirienses - Estudos e Documentos, 2020
Desenvolvimento em Debate
Cadernos de literatura comparada, 2021
Via Atlântica, 2008
Revista de Estudos Literários, 2016
Revista Crioula, 2012
Contexto Internacional, 2015
Revista Letras, 2014