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Sexta Feira configurava uma idéia. Com a publicação de seu primeiro exemplar, ganhou materialidade e agora, tendo em mãos o segundo, o projeto se efetiva, devolvendo à índ1ce EDITO APRESENTA
Humanidade por excesso e as linhas de fuga que se abrem para o gueto Paradas do sucesso periférico Trajetos e trajetórias: uma perspectiva da antropologia urbana] [entrevista O lugar aonde as pessoas chegam antes da cidade A criação da "periferia" brasiliense: do concreto geral ao modernista Redes virtuais e a centralidade de territórios periféricos ] [ entrevista 9 ANTONIO RAFAEL BARBOSA 19 HERMANO VIANNA 30 JOSÉ GUILHERME MAGNANI 44 RENATO CYMBALISTA 52 GUSTAVO LINS RIBEIRO 62 BERTHA BECKER O escorpião, o sapo e a economia contra a política 75 HENRIQUE PARRA Visões de Paraisópolis: violência, mídia e representações 85 TIARAJÚ o' ANDREA Pobreza e criminalidade) [debate IOO EDUARDO MARQUES, VERA TELLES, PAULA MIRAGLIA E MARIA LÚ CIA MONTES Tráfico e campos de concentração r 32 THIAGO RODRIGUES A potência terapêutica dos agentes comunitários de saúde 140 ANTONIO LANCETTI Notícias de um cinema do particular] [entrevista 148 JOÃo MOREIRA SALLES Santa Cruz: o mundo preenchido I64 CLÁUDIA MESQUITA "De dentro do bagulho": O vídeo a partir da periferia 183 CLARISSE C. ALVARENGA E ROSE SATIKO G. HIKIJI Periferia, cinema e violência 205 ANDRÉA BARBOSA Seis vezes periferia ] [ verbetes 2 r 3 Literatura e periferia no Brasil: uma breve antologia 245 BRUNO ZENI "Celso Garcia", mais que avenida 249 ROBERTO LOEB as facções. Não será desse modo que os jovens ganharão as ruas. H oje os jovens envolvidos no crime as atravessam nos bondes que pa rtem para os assaltos ou para a tomada de territórios. Vetores da insegu rança, referendando a demanda por m ais segurança (principal palavra de ordem nas sociedades d e controle), abraçados com a morte na garupa de uma motocicleta. Por fim, uma outra linha de fuga possível que se abre para os jovens das comunidades. Mas essa, ao contrário do tráfico, é uma linha da vida, uma vez que implica na recriação dos códigos de comportamento; na reinvenção dos modelos e relações de produção; no redirecionamento da conexão e do acesso através de canais alternativos; na redefinição do consumo (trazendo para dentro dessa dimensão, tão central para o tempo que se inaugura e tão naturalizada, o desconforto, o questionamento sobre a necessidade, a utilidade, o desejo e a satisfação). O Hip -hop é o modelo, o ponto de abertura, um exemplo atual para o que virá. Talvez, não o caô, mas o caos criativo já esteja ganhando as ruas. No ritmo das batidas dos DJS, na voz dos Mcs, dissolvendo a pa ralisia e o convite para o extermínio que é endereçado aos jovens das comunidades pobres. Estreitando os limites do intolerável, inaugurando o futuro. ANTONIO RAFAEL BARBOSA é doutor em antropologia pelo M useu Nacional/uFRJ e bolsista do PRoooc, Universidade F ederal Fluminense (uFF}. e Re fe rências bibliográficas CU NHA, Manuel a I vone. Entre o bairro e a prisão: tráficos e trajetos. Lisboa: Fim d e sécu lo, 2002.
capa: foto-encenação de JEFF WALL, Conversa das tropas mortas-uma visão depois de uma emboscada de uma patrulha do exército vermelho, perto de Moqor, Afeganistão, inverno de 1986 [detalhe], , 992 . A024 Verdadeiros contrários-guerras contra o gentio no Brasil colonial BEATRIZ PERRONE -MOISÉS A035 O inimigo "étn ico" LUC DE HEUSCH A043 0 visível e O invisível na guerra ameríndia CLARICE COHN & RE NATO SZTUTMAN A057 Agressão, aliança e reflexividade-a guerra yanomami por meio de uma experiência de comunicação ROG ÉRIO DUARTE & SÍLVIA PIZZOLANTE PELLEGRINO A067 0 fazer-se de Um belo guerreiro-música e dança no jeroky guarani DEISE LUCY OLIVEIRA MONTARDO A074 As afinidades seletivas-aliança, guerra e predação no complexo jivaro PHILIPPE DESCOLA A087 O exército popular (fantasma) no Vietnã HEONIK KWON A113 O soldado ROB ERTO DE MELLO E souzA AI23 Brevíssima antologia de poemas russos ]SELE[ ÇÃO DE BORIS SCHNAIDERMAN A133 Guerras de cinema-a nação do monumental e espetacular ISMAIL XAV IER Al45 Histórias e traições-antropologia e conflitos no Sul de Moçambique e na Hungria OMAR RIBEIRO THOMAZ & GÁBOR BASCH AI 56 Uma guerra sem bandeira ] ENTRE [VISTA coM LUIZ EDUARDO SOARES AI73 Antropologia da cidade, antropologia cidadã ] ENTRE[ VISTA coM TERESA CALDE IRA AI82 "Vivemos num estado de sítio"-violência, crime e gangues na Nicarágua pósconflito DE~JNIS RODGERS A188 Entre o Ocidente e o Islã-continuidades, descontinuidades e conflitos sob uma perspectiva antropológica MARCOS LANNA A194 O 11 de setembro e suas dicotomias-a inimizade em uma perspectiva antropológica PIERO DE CAMARGO LEIRNER A199 Felicidade guerreira] DEPOI [MENTO DE JOSÉ CELSO MARTINEZ CORRÊA A215 Notícias de uma guerra COSmopolita PAULO EDUARDO ARANTES S;JSIOW-3NmnEid ZHI.LV3H lB!liO{OJ {!SBJfl. OU O!lUJ~ O BJlUOJ SBJ JJn~
Aberta a terceira trincheira, faz-se mais nítido o traçado de uma trajetória. Sem dissipar seu rastro de continuidade, Sexta Feira vem se movimentando num terreno acidentado, enfrentando barricadas, construindo outras, perdendo-se em veredas e descobrindo atalhos. 0 contorno destas linhas revela uma cartografia editorial que a cada número demarca uma especificidade.
José de Souza Martins 56 Do corpo para ser visto ao corpo invisível: do teatro da crueldade ao império do terror Marcos Alvito 68 Totem e tabuleiro -O corpo da baiana nos requebros da canção Valéria Macedo 88 O estranhável debate do prof. Cassiano Marvalho com os atores da Companhia do Latão 94 As metamorfoses do corpo Renato Sztutman 112 Entrevista com o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro Renato Sztutman, Silvana Nascimento e Stélio Marras 130 Alimentando o corpo -O que dizem os Caxinauá sobre a função nutriz do sexo [o cru e o cozido] Eliane Camargo 138 Fragmentos de corpo: o espelho partido -A trajetória de Sabino Kaiabi no Parque Indígena do Xingu Mariana K. Leal Ferreira 154 Ekspirro Vadim Nikitin 158 Clones -do grego broto Sylvia Caiuby Novaes 168 Palavras do corpo na companhia de Rodrigo Pederneiras Florência Ferrari, Paula Miraglia, Rose Satiko Hikiji e Valéria Macedo 178 Deve o conhecimento ser livre? Os direitos de propriedade intelectual e suas vicissitudes [debate] Philippe Descola 184 Corpo, cosmologia e subjetividade [posfácio] Stélio Marras 16 [campo e contracampo] Corpo e cinema pela boca aberta de Peter escrever, imagem e observação: Peter Greenaway comenta em seus filmes, traço por traço, os rituais com os quais a sociedade oculta o corpo. E ele o mostra de uma maneira raramente vista no cinema alhures: nu em sua abundância formal barroca, como teatro de milagres, como origem e objeto da caligrafia, como paisagem, como possessão, como campo de batalha da luta das classes e dos sexos. Uma mulher com um r~vólver na mão. Seu marido. Na famosa cena final de O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante, ela o obriga a saborear o corpo do amante que ele mandara assassinar engolindo as páginas de seu livro predileto, uma história da Revolução Francesa. Para o ladrão. a cultura 21 colocado tudo na boca como uma criança -, terminaremos comendonos uns aos outros. Nesse sentido, o filme foi uma crítica à Grã-Bretanha de Ms. Thatcher, cuja política se baseava na avidez e no egoísmo e era eminentemente negativa em relação a idéias de comunidade. Essa política obteve, rapidamente, vários seguidores na sociedade inglesa, egoístas ao ponto de praticar aquele tipo de canibalismo das formas extremas de exploração. Mas também existem outras conotações: por exemplo, na cena da Última Ceia Jesus diz: "Tome ! Este é o meu corpo que será entregue por vós.
sexta feira feira antropolowia artes · humanidadef "Este livro é a edição sem retoques dos meus diários de campo nas duas expedições que fiz, entre 1949 e 1951, às aldeias dos Urubus-Kaapor. Eu tinha, então, 27 anos, o vigor, a alegria e o elã dessa idade, de que te-nho infinitas saudades. Enfrentava sem medo marchas de mil quilôme-tros, temporadas de dez meses ( .. .). Meus diários são anotações que fiz dia-a-dia, lá nas aldeias, do que via, do que me acontecia e do que os ín-dios me diziam. Gastei nisso uns oito grossos cadernos, de capa dura, que ajudava a sustentar a escrita. Porque índio não tem mesa. Muitas vezes escrevia sobre minhas pernas ou deitado em redes balouçantes. Você imaginará a letra horrível que resultava disso".
2003
RESUMO: Este breve ensaio se propõe a lançar um olhar retrospectivo para a década de 90 e avaliar os rumos da Revista de Antropologia, suas escolhas, bem como analisar o modo como ela veiculou, nesse período, as tendências teóricas e temáticas de nossa disciplina. Enfatiza o papel histórico deste periódico na interlocução intelectual de âmbito nacional, e os dilemas que essa linha editorial enfrenta em uma conjuntura marcada pela multiplicação de revistas regionais. Além disso, procura avaliar como, em comparação com outros periódicos, a Revista de Antropologia enfrenta (ou não) os desafios colocados pelo atual processo de internacionalização da disciplina. PALAVRAS-CHAVE: história da antropologia, teoria antropológica. Com a edição deste volume, a Revista de Antropologia celebra meio século de existência. Não é um feito de pouca monta para uma publicação acadêmica brasileira. Peridiocidade, padronização e longevidade foram alguns dos fantasmas que sempre acompanharam esse tipo de empreendimento. Podemos afirmar, pois, sem acanhamento, que em seus 50 anos de vida a Revista de Antropologia fundou uma tradição. Há dez anos, tive a oportunidade de comemorar, em apresentação do número 36 da revista, a passagem de seu aniversário de 40 anos. Assinalara, na época, que ela entrava, então, em sua terceira fase, quando o Recebido em dezembro de 2003.
Horizontes Antropológicos
Resumo De suvenir de museu a mote de releituras, o universo da história da arte tem atendido a distintos propósitos extra-artísticos. Cineastas, designers e, em especial, profissionais da área da comunicação referenciam-no constantemente, levando para campanhas publicitárias, cartazes e identidades visuais, entre outros produtos, fragmentos e alusões a esse campo. O mesmo se verifica, com frequência, nas capas da revista Horizontes Antropológicos. A partir de uma reflexão acerca dos usos das imagens artísticas pela comunicação e tomando como escopo cinco edições do periódico, o artigo perscruta as obras adotadas, enfatizando aspectos como representação e simbologia, funções sociais e trajetória. Do diálogo sintético e temático entre arte e antropologia, proposto pelos editores, vai-se a um diálogo analítico, que explicita o valor histórico desse patrimônio, tendo como base o seu valor primordial, artístico. No alinhavo entre as obras e na abordagem das mesmas, ressalta-se a construç...
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Etnografica, 2008
GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia
Ponto Urbe, 2008
Universidade Estadual de Campinas, 2017
Universidade Estadual de Campinas, 2018
Ponto Urbe Revista Do Nucleo De Antropologia Urbana Da Usp, 2014
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia
Revista de Antropologia, 2003
Revista Brasileira de Ciências Sociais, 17 (49), 2002
Paride Bollettin (Org.). Antropologias Ciencias e Covid. Padova: Cleup, 2021., 2021