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PRIMEIROS PASSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA IDE UNIVERSITÁRIA

Abstract

RESUMO-Uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) se constitui hoje em uma ferramenta de grande valor para alcançar de forma efetiva a desejada integração entre as atividades que formam o tripé do ensino superior no Brasil: o ensino, a pesquisa e a extensão. O presente artigo tem como objetivo disseminar o conhecimento sobre iniciativas nacionais e internacionais tem sido realizadas em prol da infraestrutura de dados espaciais em universidades e discutir alguns dos entraves, questões e soluções para a expansão das pesquisas e o avanço de projetos de IDEs universitárias no Brasil. Para isso são apresentados conceitos que relacionam o papel da universidade com as IDEs, são apresentadas três iniciativas nacionais e três internacionais de diferentes perfis, que embasam a discussão levantada ao final do artigo. ABSTRACT – Today, a Spatial Data Infrastructure (SDI) constitutes a valuable tool to achieve effectively the desired integration between the activities that form the tripod of higher education in Brazil: teaching, research and extension. This article aims to disseminate knowledge about national and international initiatives that have been undertaken addressing a spatial data infrastructure at universities and discuss some of the barriers, issues and solutions for the expansion of research and the advancement of universities SDIs projects in Brazil. Therefore, we present concepts that relate SDI to the role of universities, three international and three national initiatives with different characteristics, which support the discussion raised at the end of the article. 1 INTRODUÇÃO Dificuldades associadas à carência de dados geoespaciais digitais, para a realização de estudos no território Brasileiro, a cada dia que passa tem se configurado mais definitivamente como um problema do século passado. Nunca houve tanta informação geoespacial à disposição da sociedade, nem nunca houve uma demanda social tão grande por esse tipo de informação com qualidade, como afirma Davis (2012). No entanto, a dispersão dessa informação nas variadas instituições, setores e pessoas, o armazenamento inapropriado, a dificuldade de acessar informações sobre a origem e qualidade do dado, quando encontrado, faz com que o problema que anteriormente se encontrava na inexistência da informação passe para a acessibilidade e confiança da informação. A fim de atacar esse problema tão comum nos órgão públicos, o governo brasileiro tem trabalhado na construção de uma Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais, que tem como objetivos " facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal " (Decreto n. 6.666, de 27/11/2008). As universidades tem participado de forma ainda bastante modesta dessa ação e tem reproduzido em seu próprio ambiente o tão criticado re-trabalho, uma vez que dados geoespaciais, quando não foram perdidos, são armazenados de forma inapropriada e isolada em laboratórios de pesquisa nas diversas unidades das instituições, demandando grande esforço de professores, funcionários e alunos para sua recuperação, distribuição e re-uso. O caminho nas universidades para a solução desse problema por meio de uma IDE ainda é longo. Enquanto nos Estados Unidos e Europa cursos de graduação na área de tecnologia tem incorporado as geotecnologias desde o inicio da década de 90, no Brasil a maior parte dos cursos não oferecem nenhuma disciplina nessa área. No campo das ciências cartográficas há um significativo avanço na formação com uso de sistemas computacionais como os ambientes