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O ato de mapear é Uma maneira ou outra de Tomar a medida de um mundo. Confi gurando a medida Tomada de uma maneira assim Para que possa ser comunicada Entre pessoas, lugares ou tempos. A medição do mapeamento Não é restrita ao matemático; Pode ser igualmente espiritual, política ou moral. Pelas mesmas razões, O registro do mapeamento Não é confi nado ao que é para arquivar, Mas também inclui o que é lembrado, imaginado, contemplado. O mundo fi gurado através do mapeamento Pode ser então Material ou imaterial, Existente ou desejado, Inteiro ou em partes, Experimentado, lembrado ou projetado em várias maneiras. Conforme a sua escala, O mapeamento pode traçar uma linha Ou delimitar e defi nir um território De qualquer comprimento ou tamanho, Da totalidade da Criação Aos menores fragmentos; Noções de formas e áreas São, por eles mesmos, de certa forma, O produto de processos de mapeamentos. Atos de mapear são criativos, Às vezes inquietos, Momentos de obter conhecimento sobre o mundo, E o mapa é ao mesmo tempo Uma materialização da cognição E um estímulo para novos compromissos com o conhecimento. Denis Cosgrove, 1948-2008, minha inspiração para essas "cartografi as culturais" (13)
2015
Resumo: Quatrocentos anos após a publicação, pelos prelos de Pedro Craesbeck, de uma das obras mais relevantes da Literatura de Viagens portuguesa, a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, pretende esta comunicação abordar novas metodologias de análise destas narrativas, propondo-se nomeadamente uma perspetiva geocrítica. Se é verdade que a Literatura tem estabelecido relações metodológicas com outras Ciências Humanas e Sociais, como a História, a Sociologia, a Filosofia, a Antropologia ou a Psicologia, que têm redundado em frutuosas revelações, já as suas relações com a Geografia são tímidas e por vezes relutantes. A despeito das brilhantes intuições dos nossos primeiros geógrafos-Amorim Girão ou Orlando Ribeiro-que cedo mediram o valor das relações entre Geografia e Literatura, são atualmente muito parcos os estudos que usam fontes literárias na reconstituição do saber geográfico e métodos geográficos para a análise literária. Há, no entanto, algumas contribuições, que seguem a esteira de investigadores estrangeiros, como Tuan, Pocock, Moretti, Chevalier, Bailly. Recentemente, em Portugal, o uso de fontes literárias na análise geográfica tem sido efetuado por investigadores como Fernanda Cravidão, Rui Jacinto ou João Carlos Garcia. A Literatura não pode virar as costas à importância dos métodos geográficos na análise literária. Tal como afirmou Charles Batten (1978), «travel
ARAUJO, Betania, FINCO, Daniela, GARRUTTI, Erica. Cartografias inspiradas pela arte: experiências formativas na residência pedagógica em educação infantil.SCIAS Arte/Educação, v. 13, p. 77-96, 2023., 2023
Este artigo aborda a arte na formação inicial docente no curso de Pedagogia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio das experiências (des)construtivas e compartilhadas na Residência Pedagógica em Educação Infantil (RPEI). Apresenta a RPEI, destacando o importante papel da arte no curso desse estágio curricular. Traz reflexões sobre as possibilidades dos planejamentos educativos coletivos construírem novas cartografias[1] criadas pela arte. Busca, com isso, contribuir para a problematização dos fazeres construídos historicamente no magistério, na tentativa de desconstruir formatos seculares internalizados cristalizados no fazer docente por ações que visem outros saberes docentes baseados nos processos imaginativos, estéticos e poéticos, criativos e autorais das crianças.
Muito se discute atualmente sobre a importância da inter e da transdisciplinaridade no trabalho com a educação. O conhecimento fragmentado nas disciplinas escolares, ao invés de facilitar a compreensão de mundo do educando, acaba por desenvolver olhares setoriais sobre a realidade, fugindo do objetivo da escola. Sendo assim, nosso trabalho tem como objetivo desenvolver o conhecimento dos conceitos e conteúdos cartográficos a partir da leitura da obra clássica A Volta Ao Mundo em 80 Dias de Júlio Verne. Através da leitura, os estudantes poderão localizar os pontos por onde o personagem Phileas Fogg passou, utilizando as coordenadas geográficas, bem como trabalhar com outros conceitos pertinentes a Cartografia Geográfica, como rosa-dos-ventos, direção, escala e fuso horário. Além do trabalho interdisciplinar envolvendo a Língua Portuguesa, a Literatura e a Geografia, pretendemos nos distanciar de uma prática de Geografia como uma disciplina enfadonha, repetitiva e desinteressante (LACOSTE, p. 21), e reforçar seus laços com a construção de conhecimento de forma prazerosa.
MAterial didático elaborado por mim para auxiliar nas aulas de cartografia criando uma mística maior sobre as múltiplas relações entre o nosso planeta e como ele próprio é universo...
Revista Digital do LAV, 2018
Esse texto aborda os vínculos entre experiência, Artes Visuais e Educação, através de uma articulação de ensino e aprendizagem de arte criada no Grupo de Estudos Estúdio de Pintura Apotheke, ancorado na Filosofia da Arte como experiência de John Dewey (1859-1952).
Línguas e Instrumentos Línguísticos
Nordeste - um nome entre sentidos “perfeitamente transparentes" e “profundamente opacos”, retomando os dizeres de Michel Pêcheux (2012 [1983]). Segundo Albuquerque Jr. (2001), em A invenção do Nordeste e outras artes, Nordeste é uma “espacialidade fundada historicamente” e que se origina no cruzamento de tradições de pensamento, de imagísticas e de textos que foram lhe fundando enquanto presença e realidade. Esse amálgama de sentidos constrói imaginários para/sobre o Nordeste e, ao mesmo tempo que silencia (ORLANDI, 1992) a pluralidade histórica da região, define também as partes pelo todo.
Cadernos de Literatura em Tradução, 2003
Convergências - Revista de Investigação e Ensino das Artes, 2023
O presente artigo discute o modo como, no contexto da Arte Atual, linguagens e processos consubstanciados em suportes de documentação – Arquivo – têm vindo a funcionar como uma importante modalidade criativa, ao nível das estratégias de construção autoral. À luz de propostas como “Herbário de Plantas Artificiais” (2002-) do artista colombiano Alberto Baraya, “New Pictures from Paradise” (1998-) do artista alemão Thomas Struth e “Trajeto de um corpo” (1976-1977) do artista português Alberto Carneiro, desenha-se uma visão em torno do “gesto arquivista” – das suas diversas formas, registos e estratégias de “apropriação” simbólica e conceptual – como um instrumento diacrónico de atuação e captação da identidade do lugar, analisando as experiências reais dos artistas “in situ” e as suas traduções e implicações estéticas e poéticas na construção e “re-significação” desses “extratos” de território – tanto discursivos, quanto mnemónicos e imagéticos.
Revista Brasileira de Educação em Geografia, 2019
O presente artigo trata de uma proposta de atividade realizada durante uma disciplina do curso de licenciatura em Geografia na Universidade Federal de Juiz de Fora. As reflexões mobilizadas ao longo da sua construção, para além de sua concepção inicial, trazem como metodologia fundamental a produção de narrativas à luz da cartografia, da experiência espacial e do raciocínio geográfico, tensionando a formação de professores de Geografia. São apresentados dois fragmentos de narrativas elaboradas por alunos do curso que permitiram a reconstrução e o inacabamento da disciplina e culminando no que defendemos como narrativas cartográficas.
In 1860’s several cartographical initiatives were organized around the newbie Ministério da Agricultura, do Comércio, e das Obras Públicas (Ministry of Agriculture, Trade and Public Works). Even with the presence of military institutions and officials, the creation of these works symbolized the increasing need of territorial knowledge by the imperial government. This work aims to reflect on these cartographical initiatives and how the agents of the period sought to produce maps best suited to administrative and territorial representation strategies, which culminated in the Carta Geral do Império (General Chart of the Empire) published in 1875 and 1876.
Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II, 2020
Textile Cartographies Two Years of a Project Cartografías textiles dos años de un proyecto 2 1 ÍNDICE EDITORIAL 3 INTRODUÇÃO 12
O teatro que corre nas vias, 2017
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Although Geography is a predominantly visual discipline that claims the map as one of its most powerful tools, spatial representations are threatened to lose their meaning in our image-laden society. For this reason, Cartography must be appraised as a communication language by excellence in order to express ideas and emotions about the world that is directly or indirectly experienced. It is suggested a complementary approach to scientific Cartography, laying emphasis on functional mapping and everyone’s spatial creativity and imagination, which will be illustrated by several concrete examples. Keywords Cartographic language – Functional mapping – Social Cartography.
Revista de Antropologia USP, v.61 n.2, 11-18, 2018
resumo O texto retoma a experiência da autora como aluna e orientanda de Michel de Certeau na Paris da década de 1970, tocada pela efervescência política do maio de 68. Apresentam-se reflexões sobre a importância do professor, tanto de suas análises teóricas, quanto de seu espírito livre e anticonvencional, bem como ponderações sobre sua formação e sobre o feitio de sua antropologia. Palavras-chave: Maio de 68, cursos de Michel de Certeau, cidade e cultura plural, Antropologia dos cinco sentidos DOI http://dx.
Revista Interinstitucional Artes de Educar, 2023
Resumo O estudo dá continuidade à discussão do problema da escrita nas pesquisas que utilizam o método da cartografia em teses, dissertações e artigos. O ponto de partida é a definição da cartografia como princípio metodológico do rizoma (DELEUZE; GUATTARI,1995) e as pistas propostas por Passos, Kastrup e Escóssia (2009) e por Passos, Kastrup e Tedesco (2014). O objetivo é analisar as dificuldades e estratégias de aprendizado da escrita cartográfica nos espaços de formação, destacando a dimensão coletiva da experiência da pesquisa. Destaca que a grande diretriz da política de escrita cartográfica é evitar a política de escrita representacional, baseada em informações supostamente objetivas e neutras. O estudo analisa também a experiência de uma oficina de escrita realizada na pandemia e destaca a potência de ecossistemas menos hierarquizados e mais favoráveis à escuta atenta, à partilha de afetos e ao cuidado. Procura demonstrar que a escrita cartográfica é baseada numa política cognitiva inventiva e possui uma dimensão coletiva, mesmo quando se faz a partir da experiência que é narrada em primeira pessoa do singular. Conclui que escrever com os afetos requer estratégias de desconstrução da política de escrita representacional e a experimentação de estratégias de escrita inventiva e coletiva, com vistas à produção de efeitos de contágio e de intervenção.
Paralelo 31
Este artigo é uma versão em português do primeiro capítulo do livro de Anne Sauvagnargues Deleuze et l’art, publicado em francês em 2005 pela Presses Universitaires de France. Mais do que uma introdução ao livro, ele apresenta as principais linhas que, para a autora, conduziram o pensamento de Deleuze sobre a arte. Segundo Sauvagnargues é possível cartografar três filosofias da arte operando no pensamento de Gilles Deleuze, num movimento que inicia dando privilégio à literatura, passando por uma investigação das implicações da crítica política sobre a arte, até uma última fase dedicada a uma semiótica da imagem e da criação artística. Sauvagnargues ainda reconhece, nesse percurso, os desdobramentos que o encontro com o pensamento de Félix Guattari produzirá nas reflexões de Deleuze sobre o campo artístico. Desse modo a autora nos mostra que das obras iniciais até Diferença e Repetição (1968), a literatura possui lugar de destaque nas análises de Deleuze. De O Anti-Édipo (1972) até M...
2020
Instruments used by Architecture and Urbanism applied in workshops with children have been re-signified in the form of devices with the purpose of taking them to the identification of Educating Territories (TEs). In this article, we present the methodological references that support this research based on Cartography as a method and on the thought of Paulo Freire, above all, the idea of reading the world, based on a process that considers the experience of knowledge made by literacy students for their territorial literacy. We present how the devices were gathered around Mapping, which resulted in an Atlas of TEs that was both a synthesis and a new device for the children’s dialogical learning process. The application of the methodology revealed a set of speeches, writing and graphics by the children that allowed them to be heard from an experience plan regarding their vision of the territory and reflect on their role as cartographers of their lived reality. Keyword: cartography, wor...
Revista de Letras
Na tentativa de expandir as reflexões sobre pesquisa em Estudos da Tradução, este trabalho propõe a tradução comentada como escrita cartográfica da zona de tradução. O território é a tradução de teorias psicanalíticas. A zona de tradução segue o rasto das pistas deixadas nas situações em que o termo inmixing, referido ao sujeito do inconsciente, é apresentado na teoria de Jacques Lacan. Trabalhamos com as traduções desse termo a partir da sua introdução no título da conferência de 1966: Of structure as an inmixing of an otherness prerequisite to any subject whatever. Passamos por outros lugares das traduções de Lacan, guiados pela presença desse termo até chegar em produções de psicanalistas latino-americanos vinculados a seu ensino. Intuímos que, na época da chamada Conferência de Baltimore, o psicanalista optou por mesclar línguas apontando o potencial da tradução. Em nossas pistas, as línguas de tradução apresentam a força da multiplicidade. Esses sinais de desterritorialização, ...
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