Academia.eduAcademia.edu

A génese da riqueza de Olhão na época moderna

Abstract

O logo de Olhão, como lugar de habitação (MACHADO, 1956) existiu provavelmente já na época medieval. Infortunadamente, estas póvoas marítimas, habitadas sazonalmente em areais de frente para baías e em boas zonas de pescaria, constituídas essencialmente por cabanas feitas de canas, junco e adobe, não constavam das enumerações da administração ou das corografias oficiais, pelo menos até ao século XIX. A formação da comuna marítima de Olhão é um caso de estudo raro na história peninsular. A evolução de Olhão para povoação, na segunda metade do século XVII, esteve relacionada com a construção de riqueza pelos mareantes e consequente aquisição de influência junto das autoridades, com o objectivo de alterar o estatuto da sua comunidade. Contudo, o reconhecimento oficial só aconteceu no início do século XIX, quando os olhanenses conseguiram a elevação do lugar a “Vila de Olhão da Restauração” por D. João VI. A população de Olhão teve um papel fundamental no início da revolta contra a ocupação francesa do Algarve. Mas esta acção corajosa e patriótica teria caído no esquecimento, não fora a iniciativa de um grupo de audazes ter atravessado o oceano Atlântico para dar a boa nova aos monarcas portugueses, exilados no Brasil. Neste pequeno trabalho de investigação desenrolou-se a pesquisa sobre o processo de formação da povoação. Procurou-se relacionar os principais momentos de crescimento e mudança da estrutura urbana e social com a construção de riqueza em Olhão.

Loading...

Loading Preview

Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.