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Cerletti (2009) afirma que a filosofia é um saber cuja identificação não é consensual, e que isso faculta ao professor tomar decisões subjetivas sobre o que e como ensinar. A nota discute alcances e problemas criados por essa afirmação, sugerindo "encore un effort."
Artigo publicado no Estado de S. Paulo (Blog Estado da arte)
2019
A presente comunicação revisita o artigo “o problema da filosofia no Brasil”, de Bento Prado Júnior a fim de questionar a sua ancoragem conceitual. O artigo discute a ideia de “filosofia nacional” a partir dos exemplos ilustrativos dos pensamentos de João Cruz Costa e Álvaro Vieira Pinto. A crítica de Bento Prado visava evitar, no estudo da cultura nacional, os preconceitos do historicismo e do psicologismo, os quais o autor julgava inerente à reflexão sobre filosofia nacional realizada por aqueles seus dois conterrâneos. Desse modo, para Bento Prado, mantendo a reflexão filosófica presa a condicionantes empíricos particulares, a história e a cultura do Brasil, Cruz Costa e Álvaro Vieira estariam, anulando o ideal de universalidade que Bento Prado julga ser inerente à filosofia. Assim, a filosofia seria mera ideologia, não ascendendo ao estatuto de sistema, conceito pelo qual unicamente seria possível, na visão de Bento Prado, a formação da filosofia entre nós. A comunicação questiona justamente a noção de filosofia enquanto discurso sistemático e universal. Apontar-se-á que essa concepção implica uma razão filosófica imperialista, de um universalismo excludente, que se firma às custas da colonização ou do extermínio de outras formas de pensar. Concebendo a si mesma como descorporificada, essa razão reveste o corpo de uma valor pejorativo e anti-filosófico. Nessa medida, passa a utilizá-lo para desqualificar as formas de pensamento que não se adequam ao universalismo excludente. Mostrar-se-á esse procedimento na argumentação de Bento Prado Júnior: os pensamentos de Cruz Costa e Álvaro Vieira Pinto são desqualificados na medida em que eles são corporificados enquanto corpo-história local de uma cultura colonizada. Esse modo de pensar, ao identificar no pensamento brasileiro a presença de um corpo anti-filosófico, reforça a dependência cultural e intelectual em relação ao que vem de fora. Uma filosofia brasileira não será, então, possível enquanto não se abandonar a razão filosófica universalista.
EDUCAÇÃO E FILOSOFIA, 2017
Resumo: Nos dispositivos legais que orientam a Educação Básica brasileira, atribui-se às competências argumentativas um papel central no ensino filosófico. O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o lugar da argumentação na Filosofia como disciplina escolar. Defende-se que, embora imprescindível, o exercício argumentativo não encerra suficientemente a atividade filosófica, constituída também por problematização, reflexão e conceitualização. Por conseguinte, torna-se necessário recolocar o papel da argumentação na Filosofia (e em seu ensino) sob outra perspectiva, a saber, como uma das fundamentações desta última. A despeito da impossibilidade de identificação da Filosofia, exclusivamente como discurso argumentativo, sustenta-se que o fomento de práticas argumentativas em sala de aula pode contribuir tanto com o desenvolvimento da criticidade quanto com a criatividade e a civilidade.
ETD - Educação Temática Digital
Este texto é elaborado a partir de uma pequena coleção de fragmentos da obra de Michel Foucault, e de textos sobre sua pessoa e sobre seu pensamento. Em meio à tomada da palavra de Foucault, na voz de seus próprios livros, textos periféricos, cursos e entrevistas, e ante a imagem de Michel, tal como o descrevem seus amigos e alguns daqueles que o conheceram e sobre ele escreveram, presta-se um elogio à filosofia como modo de vida, ou simplesmente como ponto de partida para outros modos mais éticos, mais livres, mais belos e mais verdadeiros de viver, de estar a sós com outro, de relacionar-se consigo mesmo e com o mundo. Com um olhar interessado, de educadora, sobre o percurso intelectual e a paisagem afetiva de Michel Foucault, presume-se a atividade filosófica, à luz de certa curvatura na noção de parrhesia, como linha de força e traço fundamental por meio do qual se deseja ensaiar uma escrita alicerçada na suspeita, decerto insolúvel, do caráter crucial entre palavra e ato, teori...
ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy, 2019
Nada claro é o sentido em que a filosofia se relaciona com seu próprio tempo e seu próprio presente. Da perspectiva da história do pensamento filosófico, vários modelos foram sugeridos, desde uma forte confiança na tradição, até a rejeição completa do presente e a demanda por uma “filosofia do futuro“; desde a suspeita de que a filosofia nada mais é do que uma ideologia entre outras, até a exigência de que ela se engaje nas lutas e conflitos de seu tempo a fim de se preparar para um futuro melhor. Este ensaio apresenta uma análise e uma problematização dessas abordagens e defende um ponto de vista que parte da relação precária, ambivalente e contingente da filosofia com seu tempo e sua contemporaneidade. Nem totalmente autônoma, nem inteiramente submetida ao seu próprio tempo, a filosofia pode ocupar uma posição instável na qual crítica e resistência são possíveis, mesmo que não garantidas derradeiramente.
2018
O tom autobiográfico de um texto como "Can the other of philosophy speak?" (Butler 2004) da filósofa dos EUA Judith Butler não deixa de ser impressionante.Parece que, quando o texto é guiado pela questão sobre a filosofia, a autora aparece de um modo particular como sujeito. Parece interessante, portanto, recuperar o entendimento sobre a filosofia que está operando lá e avaliar quais as possibilidades de reflexão que nos permite pensar sobre nós mesm*s, aqui e agora fazendo filosofia, em América Latina, em Brasil, na Universidade Federal do ABC. O texto do Butler trabalha, neste ensaio, então, como um pivô para saltar para outras reflexões, como uma desculpa para começar a falar, a ponta de um diálogo para dar conta também que o discurso filosófico sempre começa em algum lugar e esse lugar é geralmente outro discurso, em geral, mas nem sempre, escrito. Mas vamos passo a passo. Ensaio escrito para a disciplina "Problemas filosóficos e pesquisa em filosofia" ministrado pelo professor Fernando Costa Mattos no programa de pós-graduação em filosofia na Universidade Federal do ABC no terceiro quadrimestre de 2018.
STUDIUM: Revista de Filosofia, 2005
O presente trabalho discute o significado da filosofia, na atualidade, assumindo, como referência, o conceito de crise. Pretende-se mostrar como a atividade filosófica, desde sua origem, se identifica com a produção de uma certa crise constante. A crise mostrar-se-á constitutiva da filosofia.
Revista Memorare
Este artigo tem por objetivo compreender os sentidos da voz e como esses são construídos e disseminados no campo da Filosofia. Entre o que se diz da voz nessa área do saber e em outras searas pode existir diferenças, mas os (efeitos de) sentidos da voz criados a partir da mobilização da instância do discurso sempre se remetem ao sujeito da/para voz. Investigar os mecanismos de produção dos sentidos da voz enseja uma via de acesso analítico para a não transparência da materialidade da voz e para sua virtualidade não evidente. Visando o traçado desse caminho, analisaremos o como e o que se diz da voz na Filosofia através de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Para tanto, empregaremos o aparato teórico-metodológico da Análise do Discurso, norteado pela noção de unidades de discurso de Michel Foucault, em variadas produções textuais que apontam para a voz, desde obras dos tempos mais antigos até as da atualidade do cânone filosófico.
2021
This article aims to present reflections on the concept of evil from two philosophers: Hannah Arendt and Immanuel Kant. For the presentation of Arendt's perspective, some observations, especially in the works Origins of totalitarianism and Eichmann in Jerusalem, are fundamental. In order to understand the Kantian view on the subject, the work Religion on the Limits of Simple Reason will be our starting point. After presenting a distinction between these two ways of seeing the problem of evil, in the conclusion of this text, we try to point out the outputs proposed by the two thinkers for the problem, which are present in the works mentioned above and in some others in which both philosophers present a path that, in common, has in autonomous thought a fundamental centrality.Este artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre o conceito de mal a partir de dois filósofos: Hannah Arendt e Immanuel Kant. Para a apresentação da perspectiva de Arendt, algumas observações presentes...
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Trans-form-acao, 2023
Ensino de Filosofia e o ato de Filosofar , 2019
in Testa, F. & Faustino, M. (orgs.), Filosofia como Modo de Vida: Ensaios Escolhidos, Lisboa: Edições 70 , 2022
Univervidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2021
Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação
Argumentos - Revista de Filosofia
O ensino de filosofia entre nós, 2020