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ALGUNS " PECADOS " DOS TEXTOS ACADÊMICOS 1

Abstract

Não há quem não incorra em certas impropriedades no escrever. Afinal, nem todos somos perfeitos. Enquanto uns empregam uma expressão, uma regência, uma concordância sob o cochilo do cansaço – quando a falha até se justifica-, há daqueles que fazem da expressão errada um exercício corriqueiro. Intenção nossa, com este capítulo, é assinalar algumas falhas presentes, de contínuo, nos textos acadêmicos. Mais que tudo, é uma chamada de atenção, um convite ao uso do que se faz mais apropriado e, no caso das variantes, a indicação da forma preferentemente acolhida, que se confirma na pena dos bons escritores. Daremos ênfase a alguns tópicos que estão a exigir maior atenção. Para tanto, elegemos as falhas costumeiras, dando-lhes, ora mais ora menos, um trato que responda às necessidades de quem escreve. Quanto a alguns problemas lingüísticos, apresentaremos a saída mais acertada, cuja explicação poderá ser elucidada nos livros que se debruçam com um detalhamento maior sobre esses temas. Vale lembrar, por oportuno, o sentido etimológico da palavra explicação.: É sinônimo de " desdobramento, desfazimento da dobra " , proveniente do verbo latino plicare (dobrar), associado ao prefixo ex-, que se recobre deste sentido: para fora, movimento para fora. Explicar, portanto, é " dobrar para fora " , isto é, abrir. Figuradamente, é esclarecer de modo nítido e definitivo. Quando o professor nos explica algo, ele abre o texto, desvenda-lhe os mistérios, desfaz as dobras ou dificuldades. Comecemos por apontar algumas falhas comuns na elaboração dos trabalhos acadêmicos. Convidamos a que você faça o mesmo, na feitura de seus textos. Há invencionices e extravagâncias que aos poucos se consagram. Bem por isso, constituem praga que estão a exigir um herbicida. Mãos à obra.