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Pierre Restany e Mário Pedrosa: diante da crise

Abstract

As adesões de Mário Pedrosa e Pierre Restany ao boicote de artistas e críticos à X Bienal de São Paulo, em 1969, foram decisivas para o fortalecimento desta manifestação política. Em seus textos, os críticos diagnosticavam uma crise no mundo moderno e na própria arte. Ambos mostravam-se cada vez mais céticos quanto à real possibilidade de qualquer impulso de liberdade artística e intelectual em uma sociedade capitalista, marcada pela oficialidade do Estado autoritário e do mercado. Ao aderirem ao boicote, eles entendiam que não havia lugar para a livre experiência da arte e da crítica dentro do espaço da Bienal.