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Reportagens especiais de Opera Mundi. Organização de Haroldo Ceravolo Sereza e Marina Terra. Apresentação de Haroldo Ceravolo Sereza. Prefácio de Marina Terra.
André Bueno, 2021
No epicentro da história mundial, a região do Próximo Oriente, também conhecida como Oriente Médio ou Levante, foi testemunha de intensos trânsitos humanos e das civilizações. Congregando uma extensa área que conecta o Mediterrâneo, a África e a Ásia, a alternância das culturas, das entidades políticas e das religiões construiu os contornos de uma região fundamental para a consciência da Humanidade. Ocidente e Oriente, definições abstratas e generalizantes de dimensões culturais do mundo, bebem das religiosidades ali nascentes – judaísmo, cristianismo e islamismo – elementos pelos quais tentam se definir, embora a complexidade dessa busca não permita as simplificações que muitas vezes se impõe nas análises genéricas de alguns acadêmicos. Alguns dos berços da humanidade estão ali, conectando-nos com os passados mais longínquos; Egito, as civilizações da Mesopotâmia, Israel, Palestina e a Pérsia, todas elas integraram as estruturas de uma construção multicultural que formaram muitas das primeiras nações conhecidas. Mesmo o ‘mundo antigo’, gênese de Grécia e Roma, a que alguns autores atribuem a origem do Ocidente, construíram-se a partir das poderosas influências culturais egípcias e orientais, como Martin Bernal provou em seu ‘Atena Negra’ [1987] - trabalho nunca traduzido até hoje para nossa língua – numa demonstração clara da recusa acadêmica em reconhecer a dívida para com essas civilizações ancestrais. Tanto conservadorismo ainda se calca na pretensão cansada de se querer ser europeurizado, um reflexo claro de uma mente colonizada. O Próximo Oriente ainda constitui a fronteira de um repto epistemológico e político, acentuado após as Cruzadas, e agora, permeado pelas tensões herdadas de um mundo pós-Guerra Fria. As narrativas sobre a trajetória histórica da região se embatem pelo propósito de monopolizarem as consciências humanas, capturando a imaginação política e cultural das sociedades. Após a crítica de Edward Said [1978], os fundamentos literários e históricos das construções sobre o Oriente se viram desconstruídos, requisitando uma renovação de seus paradigmas orientadores. Nesse sentido, Jacky Goody [2008] denunciou como as civilizações orientais tiveram negados os direitos a defenderem suas próprias histórias, e suas identidades foram roubadas e fragmentadas, em construções deformadas e superficiais que cumpriam o propósito de esvaziar sua autoridade e espaço político. No panorama desse espaço de debates, ‘Mundos em movimento: Próximo Oriente’ se apresenta como uma coleção de ensaios voltados a analisar, se aprofundar e tentar explicar as questões, contradições e narrativas, nas mais diversas temporalidades, das plurivivências que estruturam o mosaico histórico do Levante. Essa é mais uma iniciativa, na sequência de estudos anuais promovidos pelo Projeto Orientalismo, de contemplar as necessidades urgentes em compreender a história tão rica e conturbada dessas civilizações. André Bueno
Conhecer: debate entre o público e o privado
Este artigo se propõe a socializar a história do Movimento Cada Vida Importa: A Universidade na Prevenção e no Enfrentamento da Violência no Ceará (MCVI) em seu primeiro ano de atividades. Inicialmente, abordam-se as condições de surgimento e os princípios básicos do MCVI. Em seguida, contextualiza-se o cenário de violência no Estado do Ceará em 2018, com dados críticos e interrogações sobre suas novas manifestações – como o aumento vertiginoso de homicídios de meninas. A ausculta de contextos e a escuta de diversificados atores sociais vêm sendo consideradas constantemente nas ações desse coletivo e são expostas a partir de dimensões axiais: a) sensibilização; b) mobilização; c) formação; d) articulação; e e) incidência. Ao final, este estudo apresenta alguns desafios postos para o MCVI em 2019, considerando as mudanças do cenário político e a crise da segurança pública do estado no mês de janeiro. Constata-se que o MCVI reconhece a necessidade de obter maior capilaridade nas insti...
foresight, megatrends
Publicado em DIAS, J. B.; LOBO, A. (Org.). África em Movimento. Brasília: ABA Publicações, 2012, p. 65-84.
2019
A versão digital desta obra pode ser livremente descarregada no sítio na web www.ambientemovimento. org para fins não comerciais desde que respeitada a sua integridade, citada a sua proveniência e atribuído o respetivo crédito, nos termos da licença internacional Creative Commons (CC BY-NC-ND 4.0). I Coordenação e Equipa Técnica do Projeto Beatriz Caitana da Silva (Cascavel, Brasil, 1985) é doutoranda em Sociologia e mestre pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. É membra do Grupo de Estudos em Economia Solidária-ECOSOL do Centro de Estudos Sociais (CES) e, também, participa de projeto de inovação na área da participação e gestão urbana. Seus interesses de investigação incidem no tema da inovação social e economia social e solidária, sociologia do conhecimento e incubadoras sociais. Tem focado sua investigação atual sobre os mecanismos de transferência de conhecimento e o papel social das universidades na sua relação com a economia social e solidária a partir de estudos de caso. Mais detalhes em: http://lattes.cnpq.br/6171893468676554 Eliane Rocha Araujo (Rio de Janeiro, 1963) é jornalista com 18 anos de experiência na área socioambiental e mestre em Psicossociologia de Comunidade e Ecologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi pesquisadora bolsista do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (CETEM/MCTI) do Brasil, onde auxiliou na coordenação do banco de dados "Recursos Minerais e Territórios: Impactos Humanos, Socioambientais e Econômicos". É uma das editoras do livro "Recursos Minerais e Comunidade: impactos humanos, socioambientais e econômicos". É autora de diversos estudos de caso e artigos sobre o tema mineração.
Sobre algumas características gerais do universo em que vivemos, sobre sua infinita dinâmica, atividade e criatividade. Um pequeno esboço de cosmologia descritiva.
André Bueno, 2021
‘Ásia’ ou ‘Extremo Oriente’ são versões complexas de uma tentativa de definição geográfica e civilizacional. Esses termos oscilam entre empreendimentos de classificação cultural e etnocentradas [como ‘Sinosfera’ ou ‘Mundo indiano’] e versões cartográficas que delimitam espaços e regiões, igualmente vinculadas, de forma pontual, as flutuações das conjunturas políticas. Desde Vladimir Barthold [1946], passado por Pierre Gourou [1953] até mais recentemente, Philippe Pelletier [2011], a busca por circunscrever o ‘Extremo Oriente’ segue, envolvendo as tensões do renascimento asiático e os conflitos com as práticas orientalistas e os interesses geopolíticos do mundo globalizado. As palavras ‘Extremo Oriente’ e ‘Ásia’ foram popularizadas pelos portugueses no século 16, e se tornaram referências de uma dimensão de alteridade. A partir delas, criaram-se fronteiras imaginárias, em que o espaço dessa classificação variou com o tempo. Cláudio Pinheiro Costa [2015], em uma cartografia sobre como os latino-americanos enxergam essas civilizações, mostrou que as fronteiras e culturas mudaram, sucessivamente, segundo percepções em grande parte derivadas de uma apreciação de sua maior ou menor ‘ocidentalidade’. Hoje, tênues tentativas de distinguir culturas se esvaem na miríade de preconceitos, que revelam a incapacidade latente de precisar essas outras dimensões do nosso mesmo mundo. Os caminhos para estudar as civilizações asiáticas ainda se dividem entre as ciências de campo [Indologia para Índia, Sinologia para China, etc.] e estudos de área [Estudos Chineses, Estudos Indianos, etc.], que construíram perspectivas diferentes sobre as culturas do Extremo Oriente. As primeiras pretendem estudar a fundo as culturas orientais, muitas vezes acreditando construir instrumentos próprios para isso; as segundas definem sua atuação a partir de uma base estratégica e política, sem necessariamente buscar o conhecimento do passado. Essas definições também não são precisas; os especialistas variam em conhecimento, e seus projetos se alinham [ou não] em funções de programas políticos. Em nossa nova obra, ‘Mundos em Movimento: Extremo Oriente’, o Projeto Orientalismo tenta contemplar essa diversidade por meio de suas manifestações culturais, políticas e sociais, trazendo ao público leituras e estudos sobre Índia, China, Japão, Coreia, entre outros, e para além das fronteiras nacionais etnoculturais. Movimentos religiosos e intelectuais são analisados a partir de perspectivas decoloniais, necessárias a pretensão de compreendê-las em sua autenticidade. É preciso uma nova epistemologia Sul-Sul, como pensado por Boaventura de Sousa Santos [2009], capaz de reconhecer as variações culturais para além da política de conhecimento eurocentrada, permitindo finalmente ao ‘subalterno’ expressar-se de modo autêntico [dentro da ideia proposta por Gayatri Spivak, 2018]. Somente assim, seremos capazes de superar as criações excludentes, em direção a um mundo pluriverso de expressões, no qual os Orientes deixam de estar nas extremidades para estarem, de fato, integrados em nossa mundividência. André Bueno
Revista Vértices (Campos dos Goytacazes), 2005
Este artigo tem por objetivo o estudo das mortes dos grandes chefes-jagunços em Grande sertão: veredas. De maneira compacta, demonstra a realização do enredo, em suas várias faces e, de maneira não linear, a partir da estória romanesca ancorada no mythos da procura, nos permite realizar uma leitura arquetípica das mortes dos grandes chefes-jagunços, destacando os processos de formação do herói.
REVISTA NERA, 2019
Percebe-se que a ciência geográfica vem sendo atravessada por diversas pesquisas que apostam na discussão de temas, os quais desafiam e mobilizam a comunidade acadêmica em pleno século XXI. Ao pensar na perspectiva da relação de sujeitos sociais e (com, no, a partir e para o) espaço geográfico, compreendemos a complexidade do assunto. Logo, refletimos sobre “espaços” criados a partir de vivências que esses atores sociais estabelecem.
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Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, 2002
Metamorfoses - Revista de Estudos Literários Luso-Afro-Brasileiros
O mundo como reforço e PUNIÇÃO, 2022