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Resumo O tema deste artigo é a tradição poética da qual os poemas homéricos fazem parte. Em um primeiro momento, propus uma discussão teórica sobre o conceito de tradição. Enfatizei os aspectos da transmissão de determinados conteúdos pensados como relacionados ao passado de determinados grupos, bem como a valorização específica destes elementos por estes grupos. Em seguida, busquei apresentar um esquema de interação entre aspectos diferentes no interior de uma mesma tradição, ou entre tradições diferentes. Na parte principal do artigo, delimitei a tradição à qual os poemas homéricos pertencem e a posição que nela ocupam. A discussão aqui proposta abrange a apresentação de vários fenômenos que podem ser identificados com esta tradição, desde os poéticos, como a poesia hexamétrica grega, até os iconográficos, em especial na pintura de vasos a partir do século VIII 2. Por fim, o artigo se encerra com uma pequena discussão sobre como os poemas homéricos podem ser vistos como testemunhos desta tradição mais ampla.
Agradeço, primeiramente, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento desta pesquisa com uma bolsa de doutorado. Agradeço também ao parecerista anônimo, pela leitura atenta e pelas sugestões nos pareceres.
Resumo: O presente trabalho trata da concepção de psykhé, um tema com o qual o ser humano se ocupa a milênios. Aborda-se essa questão nos poemas homéricos. Segundo Homero, a psykhé é uma sombra privada de suas características físicas. Ela ganha significação no momento de morte e revela o "não-estar-mais-vivo" do homem. Homero quando não valoriza a vida no além-morte, valoriza a ação do homem neste mundo: no fazer cotidiano e na peleja da guerra. Palavras-chave: Homero, psykhé, homem, vida.
Uma breve análise dos poemas homéricos; sua importância e questões a cerca de suas obras. Meu primeiro trabalho acadêmico, do primeiro semestre da graduação em licenciatura de História na Universidade Claretino no modo EaD.
Hoje muitos se indagam sobre a importância da leitura dos textos clássicos, questionam sua relevância, e colocam em pauta se já não podem considerá-los como obras ultrapassadas. Mas quando trata-se da Grécia antiga, se torna inevitável a busca pelo auxílio desse tipo de literatura, especialmente dos poemas homéricos: Ilíada e Odisséia.
Organon, 2016
Resumo: Este artigo contextualiza o proêmio de Trabalhos e dias nas tra-dições poéticas arcaicas gregas, especialmente a hexamétrica, e examina sua estrutura temática e sua alta poeticidade, que igualmente se verifi ca no proê-mio da Odisseia. Isso é um argumento suplementar para a defesa de seu forte vínculo com composições tradicionais orais e contra as interpretações que defendem sua composição tardia em relação ao restante do poema. Abstract: this paper contextualizes the proem of Works and days in the Greek archaic poetic traditions, specially the hexametric, and discusses its thematic structure and high poeticity, that is also verifi ed in the proem of the Odyssey. Th is is another argument for its strong relation to traditional oral compositions and against readings that defend they were composed later that the rest of the poem.
Resumo: Em contextos diversos tem-se discutido o percurso epistemológico da oralidade dentro da História. Orienta o presente artigo a busca por apresentar os usos e o tratamento necessários a conformação desse processo na construção da disciplina histórica. Existem ainda hoje grupos que, apesar de inseridos na lógica moderna ocidental, tem resistido para preservar as tradições herdadas de seus antepassados. Fundamental para o trabalho a definição do papel dos mais velhos em um sistema simbólico identitário, ao compreender a função da circunscrição do mito no espaço da transmissão oral. O artigo contribui com as discussões, ainda, ao propor uma abordagem que contemple as particularidades de que essas narrativas são dotadas, através de um diálogo interdisciplinar. Palavras-chave: Comunidades Tradicionais; História Oral; Mito, Memória. Abstract: The concept of orality has been discussed on many occasions in History. The current paper is oriented by the attempt of presenting the uses and treatments of such process as History’s means of conformation as a discipline. Nowadays, there are still groups which, although part of the modern occidental logic, have resisted by preserving inherited traditions. The definition of the role played by elders in a symbolical-identitary system is fundamental to the paper, because it helps to comprehend myth’s function of circumscription within oral transmission’s space. The article it also contributes to the discussions by proposing an approach that takes these narratives’ particularities into account, through an interdisciplinary dialogue. Keyword: Traditional Communities; Oral History; Myth; Memory.
The present paper examines some of the relations between the Greek-Roman mythical tradition and the European literary tradition in the poetry of Cláudio Manuel da Costa, pointing out the specific functions of myth and literature in the context of the neoclassical convention that characterizes the poetry of the author from Minas Gerais.
letras.ufmg.br
This article takes up the controversy concerning poets and thinkers against Homer and aims at showing that, in fact, both respect and disapproval towards Homer seem to be recurrent among them. Excerpts of Pindar, Hecateus, Herodotus, Thucydides, Xenophanes and Isocrates are analyzed, to show that this ambiguity regarding the poet existed permanently, long before even Plato's criticisms.
A datação dos poemas homéricos é um assunto polêmico e repleto de dificuldades. Mesmo diante de tal cenário, sua utilização como fonte histórica tem ocorrido, em geral sem maiores considerações acerca da dificuldade de resolver problemas centrais para a maneira de como os poemas são contextualizados. O presente estudo tem como objetivo fazer um levantamento das possibilidades de abordagens históricas destes poemas, apontando as particularidades, os pressupostos e problemas relacionados a cada uma. Por fim é apresentada uma sugestão alternativa de abordagem, que toma como ponto de partida a datação da tradição da qual os poemas fazem parte, encarando-os como testemunhos válidos desta tradição de longa duração oral. Palavras-chave: Sociedade Homérica -Épica Grega -Tradição Oral.
Resumo: Durante o período clássico em Atenas, os sympósia desempenharam um importante papel entre os membros da aristocracia descontentes com os rumos que o regime democrático havia tomado. Tal festividade era cenário para encontros políticos e homoeróticos, além de proporcionarem divertimentos entre os comensais. Nestes encontros, os versos produzidos pelo poeta Teógnis de Mégara no século VI a.C. eram recitados e os conselhos do eu-poético se convertiam em alento para os atenienses que desejavam o retorno do poder político às mãos da aristocracia. O objetivo deste artigo é analisar a relação existente entre os banquetes aristocráticos atenienses do período clássico e os ideais políticos e amorosos de Teógnis impressos nos Theognidea. Palavras-chave: Homoerotismo, Teógnis, Sympósion. Abstract: During the classical period in Athens, sympósia played an important role among members of the aristocracy discontented with the direction in which the democratic regime had taken. This festival was the scene for politicians and homoerotic encounters, in addition to providing entertainment between diners. In these meetings, the lines produced by Theognis of Megara poet in the sixth century BC were recited and the advice of the self-poetic developed as a relief to Athenians who wanted the return of political power to the hands of aristocracy. The objective of this paper is to analyze the relationship between the Athenians aristocratic banquets of classical period and the political and romantic ideal of Theognis printed in Theognidea. Keywords: homoeroticism, Theognis, sympósion
por Leonildo Trombela Júnior / Filosofia, revista / mai 2014 Tradução da introdução a -Hegel and the Hermetic Tradition‖ (2001) "Deus somente é Deus enquanto conhece a si mesmo; Seu próprio autoconhecimento é, ademais, um autoconhecimento no homem e o saber do homem acerca de Deus que se prolonga até ao autoconhecimento humano em Deus." -Hegel, Enciclopédia das ciências filosóficas. §564 Hegel como pensador hermético Hegel não é um filósofo. Ele não é amante ou buscador da verdade, pois ele acredita que já a encontrou. Hegel escreve no prefácio da Fenomenologia do Espírito: -Colaborar para que a filosofia se aproxime da forma da ciênciada meta em que deixe de chamarse amor ao saber para ser saber efetivo -é isto o que me proponho‖. No fim da Fenomenologia Hegel diz ter chegado ao Conhecimento Absoluto, que ele identifica como sabedoria.
2017
This article examines the reception of Homer in the lyric poets of the 7th–6th centuries BCE, in an attempt to respond to recent trends in the scholarship of textual dynamics in the Archaic period, which suppose therein a highly literate and allusive textualised culture. The article tries to demonstrate that evidence for such Homeric interactions cannot be securely located in the extant work of those lyric poets until the time of Stesikhoros.
2016
Este artigo tem como objetivo principal estabelecer um debate entre os diferentes posicionamentos da Hermeneutica das Tradicoes na obra de Hans-Georg Gadamer e a Critica das Ideologias de Jurgen Habermas a partir da leitura de Paul Ricoeur em sua obra Interpretacao e Ideologias. A partir das leituras referentes ao tema, pudemos perceber que o posicionamento de Gadamer e Habermas sao diferenciados no que diz respeito a producao de interpretacoes de mundo, mas partem de um mesmo ponto, ou seja, apresentam posicionamentos diferentes a partir de um mesmo ponto: a linguagem e o que ela produz como sentido de existencia no mundo. Este debate teorico entre a hermeneutica e a dialetica passa a ser visto como uma tarefa fundamental para o filosofo do seculo XXI, pois elas se colocam como as principais formas de construcao de leituras da realidade.
Phoînix, 2018
Apesar de ser um dos temas frequentemente citados pelos filólogos para abordar a questão da datação dos Poemas Homéricos, em particular a relação cronológica entre a Ilíada e a Odisseia, a realidade é que esta é uma problemática complexa e pouco consensual. Os problemas começam logo no fato de o(s) poeta(s) não utilizar(em) sempre a mesma fórmula ou vocábulo para traduzir a ideia do que por norma traduzimos por «destino». Este ensaio pretende tratar da questão, chamando a atenção para o que consideramos ser um erro metodológico comum: a adaptação forçada do que os Gregos entendiam por moira, e.g., com o que no século XXI se entende por Destino.
Resumo: Propõe-se una teoria semiótica que distingue a cultura em seu sentido antropológico, ou cultura lato sensu (conjunto das práticas humanas não estritamente biológicas, compreendendo tudo o que o homem cria ou transforma) da cultura stricto sensu (conjunto das práticas simbólicas ligadas à interpretação do mundo). A cultura stricto sensu constitui ainda uma noção intuitiva, confundindo-se com a arte, a erudição e o conhecimento gratuito, mas não restringindo-se a eles, uma vez que inclui as artes e espetáculos em geral, os espetáculos esportivos, a divulgação do conhecimento científico e a divulgação do conhecimento revelado. Com base na filosofia de Epicuro e na teoria das modalidades de Greimas, demonstra-se que, enquanto as demais atividades humanas servem basicamente para “afastar a dor”, a cultura stricto sensu funda-se na busca do prazer. Para tanto, propõem-se os conceitos de função pragmática (evitar/eliminar o sofrimento) e função hedônica (proporcionar prazer) para explicar a natureza de todas as práticas humanas. Define-se assim a cultura stricto sensu como o conjunto dos discursos sociais cuja função principal ou única é a função hedônica. A partir dessa teoria, reformulam-se as estruturas modais dos discursos sociais enunciadas pela sociossemiótica e dividem-se todas as atividades humanas em cinco categorias básicas — ciência, arte, religião, esporte e técnica —, com base nas quais sistematiza-se todo o universo do humano. Como conclusão, a ciência, a religião, a arte e o esporte “puros” constituem a cultura stricto sensu; já a ciência, a religião, a arte e o esporte aplicados são os geradores/alimentadores das técnicas. As quatro formas de cultura podem ser articuladas aos quatro processos cognitivos humanos: sensação, intuição, razão e emoção. Resulta daí que também a ciência e a religião puras são formas de “entretenimento”, isto é, de proporcionar prazer.
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 2017
Ancient Greek word ἡγεμονίη occurs a few times in Herodotus’ Histories. In many of these cases, the word is used to designate Greek realities, particularly the military command of the alliance against the Persians during the Persian Wars. However, an equally meaningful set of occurrences is related to Near Eastern empires, such as the Median and Persian realms, a very uncommon usage in classical Greece. In the light of its further semantic development and due to the lack of satisfactory studies concerning ἡγεμονίη as an eastern phenomenon, systematic study of the word and its uses in Herodotus are still necessary. Our conclusions on the meaning and reach of the word at this time reflect the historical circumstances of Herodotus’ composition, as well as the author’s particular intentions, suggesting possible limits to the study of the term’s further development.
Este pequeno estudo está inscrito na área da Língua Brasileira de Sinais (Libras), especificamente na área da literatura sinalizada, sendo viável somente por meio da Escrita de Sinais. Isto porque, normalmente, a produção de poemas em Libras, quando não é perpassada pela Língua Portuguesa para fins de registro, é registrado em vídeo, aspecto que não favorece, em nossa concepção, a análise da produção literária. Nosso estudo está sendo realizado por meio de análises de poemas produzidos em Libras e registrados em Escrita de Sinais VisoGrafia, aspecto que tem nos permitido perceber rimas visuais e métricas nos poemas analisados. Este trabalho tem como principal objetivo analisar o poema “Querer” (2017) de Cao Benassi, estabelecendo as principais formas de rimas que aparecem no mesmo, além de fazer uma breve abordagem do aspecto métrico do poema. Este estudo está inserido no projeto de tese do professor Claudio Alves Benassi e é por ele orientado, apresentando como principais resultados, a compreensão do que é rima e métrica em poemas em Libras e como as mesmas se efetivam na produção literária sinalizada.
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