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RESUMO: Os textos metaficcionais de Eça, das décadas de 80 e 90, sugerem uma mudança no seu posicionamento estético. Seguindo uma tendência já apontada por Antero de Quental para as diversas correntes do pensamento na segunda metade do século XIX, Eça abandona as posições mais ortodoxas do Realismo-Naturalismo e adota uma atitude mais sincrética em suas obras. Neste novo posicionamento, Eça cede espaço, em suas obras, para a imaginação e a fantasia. No entanto, esta não é a mudança mais significativa em relação aos pressupostos do Realismo-Naturalismo. A novidade é que, nas obras desta fase, Eça questiona a posição de supremo árbitro das ações humanas ocupada pela consciência, mostrando que a mesma não é capaz de garantir ao homem o Bem (absoluto) pregado pelo Positivismo.
Macabéa, 2019
A partir da análise bibliográfica da obra de Eça de Queirós, buscou-se ler os textos deste autor à luz das teorias voltadas para o fenômeno do pós-colonialismo. Assim, o cosmopolitismo, o eurocentrismo e o orientalismo foram analisados a partir da reflexão sobre o processo criativo queirosiano e sobre o modo como ele constrói o discurso de seus textos jornalísticos e literários. Conclui-se que a obra de Eça inaugura uma nova criticidade em Portugal e antecede parte dos elementos das teorias pós-colonialistas.
Na primeira metade do século XX, no Brasil, a leitura da obra de Eça de Queirós recebe três leituras na abordagem psicológica: dois ensaios do Livro do Centenário de Eça de Queirós (1945) intitulados "Conceito e livro Eça, literária, psicoanaliticamente (1948), de Constantino Paleólogo. Essa Além disso, Olívio Montenegro compreende que esse aspecto de não-lugar da obra de Eça, por transitar entre as estéticas romântica, realista e naturalista, é ocasionado por um motivo psicológico do autor que, mesmo aderindo às características do Romantismo, escolhera o Naturalismo para conseguir satisfazer sua vontade de "valorizar o detalhe, para exagerá-lo, multiplicá-lo, sublimá-lo em pitoresco" (MONTENEGRO, 1945, p. 111).
2016
O presente texto analisa brevemente a crítica de Álvaro Lins, em História Literária de Eça de Queiroz, de 1939, na qual revela uma leitura carregada do biografismo e do impressionismo, aspectos que dominavam a crítica brasileira da primeira metade do século XX.
A presente comunicação tem em vista analisar como a crítica literária brasileira em forma de livro sobre a vida e a obra de José Maria Eça de Queirós (1845-1900) durante o século XX construiu a identidade do Eça-escritor. Para a realização desta apresentação, dividimos a crítica literária brasileira eciana em dois momentos: o primeiro momento com História literária de Eça de Queiroz, de Álvaro Lins (1912-1970); e o segundo momento com Eça e o Brasil, de Arnaldo Faro (?-). Tendo em vista que a primeira publicação é da primeira metade do século XX (1939) e a segunda está inserida na segunda metade do século XX (1977). Nosso objetivo é verificar de que forma o olhar brasileiro constituiu e recebeu a obra eciana durante o século passado. Além disso, levantaremos informações sobre as correntes críticas vigentes no período para observar como elas contribuíram para a crítica sobre Eça e a conseqüente formação de sua imagem no Brasil.
Este ensaio pretende reavaliar a crítica de Machado de Assis a O Primo Basílio, de Eça de Queirós. Nesta releitura, o ano de 1878 é considerado crucial na internacionalização do sistema literário lusófono. Assim, propõe-se a releitura da dura crítica de Machado ao romance de Eça a partir dessa premissa. A consequência principal da crítica machadiana teria sido o resgate, deliberadamente anacrônico, da técnica clássica da aemulatio, reinventada sob a forma de uma "poética da emulação".
2005
The purpose of this dissertation is to investigate the bourgeois experience of love in the work of Eça de Queirós. The literature of the nineteenth century disclosed the conflicts that the demanding bourgeois moral imposed and compelled its followers to hide. The failures of love stories of the Romantic as well as those of the Realism/Naturalism periods had their alibi in the “obstacles of the world”. Romantic writers tended to blame the world as the oppressing agent. These external forces would hinder the so dreamed happiness project. In his work, Eça de Queirós focused on the impossibility of love. In his earlier novels, written in the decade of 1870, the writer followed the romantic rules. However, in the 1880’s and 1890’s, a new configuration arises. In this study, we examine the work of Eça de Queirós from the Distrito de Évora to O mistério da estrada de Sintra, O crime do padre Amaro, O primo Basílio, Os Maias and “José Matias”, always focusing on the relationship between characters and represented world, and on the theme of love. In the last chapter, we briefly present three authors of the turn of the century, Raul Brandão, Arthur Schnitzler and Stefan Zweig, whose works admit the possibility, already announced in Eça’s writings, of a displacement of the man/world conflict to what Freud will later call the “strange interior interdict”.
Claraboia, 2014
Resumo: Eça de Queirós publicou na Gazeta de Notícias o texto "Tema para versos I e II" em 2 e 3/04/1893. Da parte II, foi retirado um trecho e este foi divulgado como conto, sob o título "A Aia", quando passou a integrar o volume Contos (12 narrativas, algumas manuscritas, de 1874 a 1897), recolhida por seu amigo, Luís de Magalhães, e publicado em 1903, com data de 1902. Desde então, o texto "A Aia" está presente nas várias edições de contos de Eça sem fazer menção à sua fonte primária, jornal Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro), nem ao restante do texto de qual fazia parte, originalmente. O objetivo destas breves considerações é refletir se a narrativa breve, divulgada como "A Aia", deve ser lida como um excerto do texto original como vem sendo feito desde 1902 ou deveria ser inserida no seu contexto original articulando as duas partes do texto "Tema para versos I e II".
Resumo: A partir das idéias apresentadas em sua polêmica com Eça de Queirós, procuramos realizar a análise das personagens do conto "Caso da Vara" de Machado de Assis. Primeiramente vimos que não podemos menosprezar o embate que se trava entre as características individuais de cada personagem, tal como se dá no romance realista de Balzac e Flaubert. No entanto, a análise do contexto social-histórico desse conto revelou-se também bastante significativo para que possamos entender como se desenvolve a rede de relações entre as personagens Sinhá Rita, a escrava Lucrécia e o afilhado Damião do referido conto machadiano. Palavras-chave: teoria do conto; literatura brasileira; o Realismo literário português; Machado de Assis; o conto machadiano.
Revista Coletivo Cine-Fórum - RECOCINE, 2024
Neste artigo, apresentamos um relato do processo de pesquisa artística e científica desenvolvido no Projeto de Extensão Ópera na UFRJ realizado em 20221, em parceria entre diferentes unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro: a Escola de Música, a Escola de Comunicação, a Escola de Belas Artes e o Fórum de Ciência e Cultura. Ao começo das pesquisas realizadas para a ópera O Engenheiro, a equipe de figurinistas –composta por um professor orientador e dois alunos bolsistas –constatou o anacronismo de algumas réplicas dos personagens no texto composto por Tim Rescala. O protagonista da trama era o engenheiro André Rebouças, homem preto que frequentava a Corte Imperial de D. Pedro II e uma das principais vozes contra a escravidão no Brasil do final do século XIX. No entanto, o texto enfatizava a importância da Princesa Isabel no processo abolicionista, em detrimento do próprio André Rebouças e de outras pessoas pretas cujas participações foram historicamente invisibilizadas. Desta forma, foi necessário encontrar uma solução estética para reverter na mise-en-scène a ultrapassada visão monárquica presente na diegese. Foram realizadas pesquisas com diferentes materiais, texturas e cartelas de cores que evidenciassem visualmente os personagens que representavam ex-escravizados de ganho. O trabalho realizado comprovou a função dos figurinos enquanto signos que transmitem informações não verbais e sua capacidade de subverter o anacronismo do texto original ao direcionar a atenção e o olhar dos espectadores para um determinado grupo de personagens. Apresentamos, aqui, um breve relato desse processo e destacamos duas personagens na montagem realizada por estudantes da UFRJ para, através das suas indumentárias, compreender os verdadeiros heróis sociais do Brasil.
Quem é como o sábio? e quem sabe a interpretação das coisas? A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e com ela a dureza do seu rosto se transforma." Eclesiastes 8:1
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Maurício André da Silva, 2019
sgcd.assis.unesp.br
PROPOSTA DE UMA ABORDAGEM DE CONCEITOS DO MODELO- PADRÃO DE FÍSICA DE PARTÍCULAS SOB A PERSPECTIVA DA CULTURA MAKER UTILIZANDO A IMPRESSORA 3D E A MÁQUINA DE CORTE A LASER, 2024
Cadernos de Arquitetura e Urbanismo , 2022
Contribuciones a las Ciencias Sociales, v. fev., 2015