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2017, Jornal de Relações Internacionais
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No sábado, 13 de maio, dia em que se cumpriu o centenário das primeiras aparições marianas, em Fátima, o papa Francisco [1] presidiu à missa que canonizou Jacinta e Francisco Marto, os dois pastorinhos, pertencentes a uma família humilde, que haviam sido beatificados em 13 de maio de 2000, por São João Paulo II. A realização da cerimônia de canonização, que contou com a participação de mais de meio milhão de fiéis, fora confirmada no dia 20 de abril, na sequência do Consistório Ordinário Público que secundou a decisão pontifícia de elevar aos altares católicos dois dos videntes da Cova da Iria, paróquia de Fátima.
A 3 de Novembro de 1615, o capitão-mor Alexandre de Moura concluía a rendição dos franceses que ocupavam desde 1612 a região da ilha do Maranhão e forte de S. Luís. A partir daqui estava aberta a fixação dos portugueses no Nordeste e norte do Brasil até à bacia do Amazonas. O papel do capitão-mor, dos soldados portugueses foi secundado e acompanhado pelos religiosos de diferentes ordens, a saber franciscanos capuchos, jesuítas e carmelitas. Todos, a principio, regiam-se pelo caracter missionário e de evangelização e do auxilio junto dos portugueses enquanto capelães. O caso dos carmelitas, pelo que a escassa documentação, nos parece, não deixará antever uma participação de pouco significado, não é exemplo disso. Os carmelitas desempenharam a mesma função que as restantes ordens. Estes estabeleceram-se em finais de Janeiro de 1580 na Paraíba, Olinda, e daí prosperaram fundando conventos, recebendo terras em sesmarias e ganhando para si novos religiosos da terra e outros vindos de Portugal. Com a progressão da conquista e afirmação portuguesa sobre os territórios do nordeste e norte do Brasil, estes passaram a acompanhar as expedições e campanhas como capelães, confessores e até interlocutores entre os diferentes beligerantes (índios e europeus). Os carmelitas granjearam o apreço dos capitães-mores que os fizeram mencionar em seus regimentos. A conquista do Maranhão e Pará (1612-1618) enquadra-se neste movimento de ocupação portuguesa do espaço mais a norte do Brasil. Os carmelitas estabeleciam-se no Maranhão criando o vicariato com o convento em S. Luís, abrangendo Tapuitapera (Alcântara) e Belém. Nesta conquista salientaram-se as figuras de Frei Honorato (de origem francesa), de Frei Cosme da Anunciação, que acompanharam Alexandre de Moura, e de Frei André da Natividade.
Resumo: Este artigo tem como objectivo sistematizar algumas refl exões sobre a santidade no século XVI, num contexto social preciso, que é o da corte de D. João III e de D. Catarina. Procurando evidenciar como a santidade tem sido objecto de estudo pela historiografi a, dá ‑se relevo a alguns aspectos particulares, na sua estreita relação com o mundo cortesão: os santos e os nomes, a iconografi a régia, o mundo das relíquias que, além de " pedaços de santidade " eram também, em termos sociais, e aqui dinásticos, objecto de distinção. Tudo isto num mundo que, na sua visão do cosmos, das coisas e dos homens, se dividia ainda, em signifi cativa medida, entre o sagrado e o profano. Abstract: The object of this paper is to produce some refl ection about holiness in the Portuguese court of King John III and Queen Catherine, in the sixteenth century. Aiming at pointing out how holiness has been a subject of study by historiography, we will give relevance to some aspects in their close relationship with the courtly world: saints and names, the royal iconography, the world of relics, which besides being " pieces of holiness " were also object of social and dynastic distinction. All this in a world that in its vision of the cosmos, of objects and men was still signifi cantly divided between the sacred and the profane .
Anais Abralic, 2023
Nos últimos anos, inúmeros estudos acadêmicos têm identificado a presença da poética gótica na literatura nacional. Entre os autores cujas obras têm sido reinterpretadas sob a perspectiva do Gótico literário figura o nome de Cornélio Penna. Os estudos sobre os seus dois mais conhecidos romances – a saber, Fronteira (1935) e A Menina Morta (1954) – empreendidos por Fernando Monteiro de Barros (2014) e Júlio França (2018) discutem a possibilidade da existência de uma tradição gótica brasileira em oposição a uma vertente que somente se apropriaria de elementos estético-formais e os adaptaria ao cenário do Brasil. O presente trabalho segue a linha de análise de Barros, mais recentemente desdobrada por João Pedro Bellas (2021), que defende um Gótico de características tipicamente brasileiras. Acreditamos que Fronteira é um exemplar de tal tradição literária não apenas em seus elementos formais – tais como enredo lacunar, narrador autodiegético, a presença de um locus horribilis, etc. –, mas também e principalmente em seus temas – como as consequências da violência cometida contra os povos originários e africanos. O Gótico na literatura brasileira amolda-se aos contextos socioculturais específicos do país, entre eles, o da religião católica: no Brasil, o catolicismo esteve presente desde os primeiros anos da colonização, passando por um processo de cruzamento com as crenças das culturas indígenas nativas e das africanas, e atuando fortemente na vida brasileira. Pretendemos explorar como Penna apresenta em Fronteira a influência da religião no interior do país, sobretudo a partir do tema do sexo, entendido como pecado.
Mirabilia Revista Eletronica De Historia Antiga E Medieval, 2012
Resumo: O presente artigo analisa a presença do milenarismo na obra de Joaquim de Fiore (1132-1202) e na de Padre Antônio Vieira (1608-1697). Em um primeiro momento, mostra-se que não há propriamente um milenarismo na obra joaquimita, e que o milenarismo imputado ao abade calabrês provém dos franciscanos espirituais, dos jesuítas e de alguns textos anônimos atribuídos indevidamente a Joaquim. Com base nisso, em um segundo momento, relativiza-se a ligação entre Vieira e Joaquim, tendo em vista que, além de este último não ser milenarista, o jesuíta português não baseou suas teses proféticas nas obras autênticas do abade. Daí que o milenarismo vieiriano, muitas vezes associado ao abade, seria proveniente dos círculos joaquimitas e de alguns textos pseudojoaquimitas.
O presente ensaio busca ressaltar alguns pontos-chave da soteriologia joanina, presente no Evangelho de João (ou São João), o quarto evangelho da Bíblia. Paralelamente, busca compará-lo analiticamente com a soteriologia católica apostólica romana, comumente difundida através do livro-base do catecismo oficial da Igreja Católica Apostólica Romana. Tal análise não é exaustiva e apresenta um estudo preliminar com a possibilidade promissora de expansão, citando-se mais semelhanças e/ou diferenças.
Sacrilegens
O presente artigo tem como objetivo discutir o pensamento católico brasileiro a partir da obra de Mário de Andrade, naquilo que esta tem potencial heurístico para interpelar debates teóricos contemporâneos. É feita uma consideração do contexto histórico em questão, para que seja estabelecido um controle para a análise do texto. Em seguida, procuro desdobrar os sentidos de alteridade, igualdade e formação de coletividade na feição particular tomada pelo catolicismo na obra de Mário de Andrade, em particular quanto ao potencial político desses sentidos. Para colocar a obra de Mário de Andrade em perspectiva dentro do contexto, recorro a seu diálogo com Alceu Amoroso Lima, representante da intelectualidade católica do início do século XX no Brasil.
Psicologia Argumento, 2017
Pesquisa bibliográfica que teve como objetivo apresentar o desenvolvimento pessoal do personagem bíblico Jacó com base na psicologia analítica de C. G. Jung. No primeiro capítulo, é apresentada uma relação entre Deus e o Si-mesmo, e Jacó e o ego, onde um paralelo é feito na medida em que Jacó precisa sair de casa e deixar a identificação que tinha com sua mãe. Neste capítulo também é definida a inflação do ego e se faz uma relação desta condição com o que os gregos chamavam de hybris e suas conseqüências. No segundo, o sonho de Jacó, é analisado como um componente importante da jornada do herói, quando este se encontrava no deserto. No sonho há a primeira grande experiência de Jacó com o religioso, se faz uma relação aqui com algumas operações alquímicas. O terceiro capítulo marca a parte principal da trajetória de Jacó, quando este decide voltar para a casa dos seus pais e se reconciliar com seu irmão Esaú. No caminho, porém, tem uma luta com Deus no vale do rio Jaboque que vai ser...
2000
Ao Professor Doutor Arnaldo Saraiva pela amizade e paciência que me dispensou e pelas obras que gentilmente me disponibilizou. Agradeço, ainda, o facto de ter sugerido e estimulado este trabalho, bem como todo o interesse que sempre lhe dedicou. À Professora Doutora Maria de Fátima Marinho e ao Professor Doutor Luís Adriano Carlos pelos novos horizontes que abriram com os seus interessantes seminários. À Dr 3 Graciete Vilela e ao Professor Doutor Mário Vilela pelo estímulo, pela amizade e pela vasta biblioteca que colocaram à minha disposição. Aos colegas deste Curso de Mestrado porque sabem tão bem como eu quão difícil é enfrentar e ultrapassar este desafio. Uma menção especial para a Marta Norton, companheira de viagem que me abriu a porta às questões do sujeito. Aos meus alunos do passado, do presente e do futuro porque são os destinatários últimos deste esforço. À minha família e aos meus amigos pelo apoio dado a este projecto. À Teresa, que comigo embarcou nesta aventura, pela amizade de sempre. Aos meus pais, a quem tudo devo, por serem quem são. Ao Sérgio, pela paciência, pelo espírito de sacrifício, mas sobretudo pelo amor sem limites.
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Alea-estudos Neolatinos, 2022
Cadernos de História da Educação, 2020
O Purgatório - Segundo Santa Catarina de Gênova., 2024
FRAGMENTOS -Construção II Imagem-acontecimento , 2013
Via Spiritus : Revista de História da Espiritualidade e do Sentimento Religioso, 2020
in PAIVA, José Pedro (coord. científica) - História da Diocese de Viseu. Viseu; Coimbra: Diocese de Viseu e Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016, vol. 2, pp. 594-605
Revista Roda da Fortuna, 2021
Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura
Universidade de Évora, 2010
Kínesis, Vol. V, n° 09, Julho 2013, 2013
Stylos, 2013
História, democracia & desigualdades na América Latina, 2022