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EL GRAJO DE ESOPO: LUCIANO Y LA TRADICIÓN YÁMBICA

Abstract

RESUMO: As obras de Luciano de Samósata respondem a um complexo mecanismo de criação literária, em que o uso paradoxal dos gêneros literários é prática habitual. N'O crítico falaz ou sobre o termo nefasto [=Pseudologista], o samosatense escreve um virulento ataque contra um indivíduo que se dedica a fazer declamações públicas, mas que exerce mal o ofício de sofista e, por causa disso, merece ser o destinatário de uma implacável invectiva. Para que não reste dúvida alguma de qual é a tradição literária, poética neste caso, que inspira a sátira de Luciano, nos primeiros capítulos da obra aparecem citados os mais ilustres jambógrafos gregos – Arquíloco, Hipônax ou Semônides – e, com eles, também é mencionado Esopo. O objetivo deste trabalho é analisar como Luciano, que conhece bem o corpus esópico e recorre a ele em diversas ocasiões, quando associa, em Pseudologista, Esopo e a poesia jâmbica, não só mostra mais uma vez com que intenção pode servir-se das fábulas e adaptá-las de forma variada nas suas obras, mas também, como crítico literário, ensina-nos sobre os conteúdos de burla e ataque verbal próprios da tradição em que este gênero funda as suas raízes.