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O livro aqui apresentado é composto por um conjunto de cinco capítulos notadamente distintos e redigidos por diferentes autores. Um tema, porém, une-os e se torna o eixo dessa obra coletiva: a reflexão sobre a Revolução Cubana e as suas consequências para a relação entre Estados Unidos, América Latina e Brasil, no início dos anos 60. Não se trata, contudo, de análises sobre esta Revolução propriamente dita, mas de textos focados na maneira como ela foi pensada e/ou provocou reações em diferentes contextos institucionais, espaciais e, acima de tudo, discursivos. Mais do que o processo revolucionário liderado por Fidel Castro, o que está em discussão nesta coletânea são as diversas maneiras maneira de “ler” e de reagir a ele, as quais nos indicam como era impossível não se importar e não se posicionar diante de um acontecimento tão impactante, mesmo através de leituras e reações divergentes. Além disso, o recorte temporal é relativamente curto, concentrando-se em torno dos três anos que se sucederam à deflagração da Revolução e, dessa forma, detendo-se nas visões e nas ações desencadeadas ainda no “calor dos acontecimentos”, como é o caso das tentativas de reversão ou anulação da mesma por parte dos EUA.
Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas - REPAM (UNB), 2019
DOSSIÊ DA REVISTA DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE AS AMÉRICAS (REPAM, UNB), organizado por Joana Salém Vasconcelos, Fabio L. Barbosa dos Santos e Jales da Costa: https://periodicos.unb.br/index.php/repam/article/view/29670 SUMÁRIO CLÁSSICOS Martí em seu (terceiro) Mundo - Roberto Fernández Retamar [Tradução de Joana Salém Vasconcelos] Che Guevara e sua Contribuição ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Cuba - Tirso Saenz DOSSIÊ APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ - Joana Salém Vasconcelos, Fabio L. Barbosa dos Santos, Jales Dantas da Costa Estados Unidos-Cuba: oito mitos de uma confrontação histórica - Elier Ramírez Cañedo As Potencialidades e os Limites do Direito Internacional Público Contemporâneo: uma análise do bloqueio imposto à Cuba pelos EUA - Gabriel Dourado Rocha, Marcos Antonio da Silva O Panorama da Internet em Cuba e uma Análise da Chegada do Google na Ilha - Vanessa de Souza Oliveira A Constituição da República de Cuba de 2019: ampliação democrática e regulação econômica como desafios do tempo presente ao socialismo real - Enzo Bello, Maria Lúcia Barbosa Os Primeiros Trinta Anos da Revolução Cubana à luz do Pensamento Martiano - Filipe Silveira Farhat, Aline Marcondes Miglioli, Carlos Alberto Cordovano Vieira Estado, Identidade e Educação: cento e cinquenta anos de resistências e lutas em Cuba - Maria do Carmo Luiz Caldas Leite, Camilo Onoda Luiz Caldas Folclore, Religiões Afro-Cubanas e Racismo em Santiago de Cuba - Bianca Ferreira Oliveira A Universidade, o Fórum de Ciência e Técnica e o Desenvolvimento Local Sustentável em Cuba - Nelson Afonso Garcia Santos, Ivo Marcos Theis A Ação dos EUA na Venezuela: ONGs, Sociedade Civil e Neoliberalismo - Tiago Santos Salgado ENSAIOS Che Guevara: América Latina, o despertar de um continente - María del Carmen Ariet García OUTROS ARTIGOS Haiti: Aspectos Socio-Históricos Internos e Emigração - Simone Rodrigues Pinto Políticas de Nanotecnologia em Argentina, Brasil e México: emulação e adaptação - Noela Invernizzi RESENHAS Em busca de um marxismo revolucionário e latino-americano: uma análise de “Fernando Martínez Heredia: Pensar en tiempo de Revolución” - Marcos Antonio da Silva
durante el período comprendido entre 1959 y 1989. En este trabajo se introducen algunas consideraciones de orden teórico-metodológico así como conclusiones respecto a las investigaciones publicadas, sin embargo centramos la atención en la historigrafía producida en Brasil sobre la Revolución Cubana.
Quando os revolucionários liderados por Fidel Castro e Che Guevara destituíram o governo de Fulgencio Batista na virada do ano de 1958, já sabiam que estavam movimentando as engrenagens da História. Ao movê-las, transformaram não apenas sua história nacional, mas a de todo o mundo. Essa pequena ilha no Caribe estaria no centro da nova orquestração política mundial, e sua influência seria sentida por toda a América. Mas a despeito da importância do tema, Cuba permanece sendo apenas tangencialmente tratada pela historiografia mundial, para além de suas implicações transversais (como o caso da Crise dos Mísseis exemplifica). A proposta do presente artigo é dupla: além de recuperar a produção acadêmica brasileira sobre o tema, busca apresentar uma perspectiva da imagem propagada pela grande mídia do Brasil por ocasião da Conferência de Punta del Este, momento do alinhamento definitivo da ilha com o bloco soviético. Temos, é claro, duas formas distintas de produção discursiva, além de dois lugares completamente diferentes de apreensão do evento, o que resultará em uma percepção das estruturas específicas que regem os dois campos, seus constrangimentos estruturais e a sua tomada de posição frente ao evento. Guiam essas análises as reflexões de Bourdieu, para quem Les stratégies des agentes et des institutions qui sont engagés dans les luttes littéraires, c'est-à-dire leurs prises de position (spécifiques, c'est-à-dire * Professor Adjunto na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. ** Historiador, doutor em Ciência Política pela Freie Universität Berlin (FU-Berlin), professor Colaborador do PPG-História da PUCRS e bolsista Capes/PNPD na mesma instituição.
2019
José Martí é considerado o patrono da Revolução Cubana por sua contribuição intelectual e militância política à independência de Cuba. Inscrito na tradição do pensamento cubano preocupado com a independência nacional e dialogando com pensadores do liberalismo europeu e norte-americano, Martí repensa a condição de colônia da ilha e propõe soluções autóctones com o intuito de viabilizar a soberania nacional, muitas das quais foram referenciadas no discurso e nas políticas do movimento revolucionário que destituiu o governo Batista em 1959. Apesar de Martí representar incontestavelmente o apóstolo da Revolução, a gradual perda de influência da teoria martiana nos debates acadêmicos frente a ascensão do materialismo dialético durante os primeiros trinta anos do governo revolucionário levou alguns analistas a sugerirem a diminuição de sua influência política. O objetivo principal deste trabalho é de identificar a influência do pensamento de Martí na condução dos 30 primeiros anos da Revo...
Initia Via Editora, 2021
Para acesso gratuito ao livro completo, visitar https://www.initiavia.com/product-page/revolu%C3%A7%C3%A3o-cubana-perspectivas-hist%C3%B3ricas-e-desafios-atuais. Este livro resulta dos debates ocorridos durante o Seminário Internacional “60 anos da Revolução Cubana: perspectivas históricas e desafios atuais” organizado pelo Núcleo de Pesquisa em História das Américas (NUPHA) entre os dias 5 e 6 de novembro de 2019 na Universidade Federal de Minas Gerais. Na ocasião, acadêmicas e acadêmicos de diversas áreas do conhecimento – História, Sociologia, Economia, Artes Visuais, entre outras – expuseram inovadoras pesquisas sobre temáticas relacionadas ao processo revolucionário cubano, que naquele momento completava seu sexagésimo ano de existência. Ao longo desse tempo, a Revolução Cubana se institucionalizou e diversos avanços sociais foram conquistados. Essa também despertou embates dentro das esquerdas e direitas, bem como a contestação e oposição de ambos os campos políticos. E, após 60 anos, ela continua sendo o centro de debates políticos cada vez mais polarizados. O jargão “vai para Cuba!” diz muito sobre o momento em que vivemos atualmente. Quando tratamos de um tema como esse, tão instrumentalizado e contencioso no debate político contemporâneo, é importante reafirmamos o papel da pesquisa nas ciências humanas e nas universidades públicas para promovermos um debate livre de ideias e de pensamento crítico.
Quando os revolucionários liderados por Fidel Castro e Che Guevara destituíram o governo de Fulgencio Batista na virada do ano de 1958, já sabiam que estavam movimentando as engrenagens da História. Ao movê-las, transformaram não apenas sua história nacional, mas a de todo o mundo. Essa pequena ilha no Caribe estaria no centro da nova orquestração política mundial, e sua influência seria sentida por toda a América. Mas a despeito da importância do tema, Cuba permanece sendo apenas tangencialmente tratada pela historiografia mundial, para além de suas implicações transversais (como o caso da Crise dos Mísseis exemplifica). A proposta do presente artigo é dupla: além de recuperar a produção acadêmica brasileira sobre o tema, busca apresentar uma perspectiva da imagem propagada pela grande mídia do Brasil por ocasião da Conferência de Punta del Este, momento do alinhamento definitivo da ilha com o bloco soviético. Temos, é claro, duas formas distintas de produção discursiva, além de dois lugares completamente diferentes de apreensão do evento, o que resultará em uma percepção das estruturas específicas que regem os dois campos, seus constrangimentos estruturais e a sua tomada de posição frente ao evento. Guiam essas análises as reflexões de Bourdieu, para quem Les stratégies des agentes et des institutions qui sont engagés dans les luttes littéraires, c'est-à-dire leurs prises de position (spécifiques, c'est-à-dire * Professor Adjunto na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. ** Historiador, doutor em Ciência Política pela Freie Universität Berlin (FU-Berlin), professor Colaborador do PPG-História da PUCRS e bolsista Capes/PNPD na mesma instituição.
2020
As disputas políticas e a produção intelectual cubanas, desde o século XIX, têm sido marcadas pela conformação de redes de sociabilidade, discussão de projetos nacionais, fortalecimento de lideranças políticas e intensa produção artística fora do território insular. O exílio se estabeleceu como local privilegiado de oposição aos poderes oficiais ao longo da história cubana, bem como de produção de obras e de sensibilidades nacionais diversas. Mariel-Revista de Literatura y Arte foi fundada em 1983, em Miami, por escritores cubanos exilados nos Estados Unidos durante o exílio massivo de Mariel (1980), e circulou até 1985 nos Estados Unidos, América Latina e Europa. Como revista literária, um de seus principais objetivos foi divulgar a literatura e a arte cubanas, principalmente a produzida por escritores da autodenominada "geração de Mariel", colocando-se como elo identitário entre esses artistas. O projeto editorial coletivo era oposicionista ao regime revolucionário cubano, e declarava-se anticomunista, antitotalitário, defensor da democracia e das liberdades individuais, possuindo pujante caráter de denúncia. Nossa proposta central neste trabalho é compreender a trajetória do projeto editorial coletivo e como esse constituiu uma oposição política ao governo revolucionário cubano durante o exílio nos Estados Unidos. Dessa forma, analisamos o estabelecimento de redes de sociabilidade no desterro, e os debates que a publicação veiculou acerca do exílio massivo de Mariel.
Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, 2019
Em 1º de janeiro de 2019, a Revolução Cubana completou 60 anos. Foi e continua sendo um dos eventos políticos com maior impacto na história da América Latina contemporânea. Seu enredo extraordinário, a declaração do seu caráter socialista, sua originalidade e capacidade de expressar as contradições estruturais latino-americanas fizeram da revolução cubana um experimento único, que até hoje atrai a atenção do mundo. Em seis décadas, o processo revolucionário admitiu diversas mudanças de rota, endurecimentos e aberturas, além de autocríticas e reinvenções. Nos espaços de convívio, trabalho ou poder, os cubanos exercitam cotidianamente a análise da sua própria história, com sagacidade, humor e ironia. Parecem estar, há 60 anos, decifrando o enigma da sua própria revolução, para assim evitar serem devorados. Os cubanos divergem entre si; mas dificilmente se desunem. Partindo de condições periféricas e subdesenvolvidas, a transição cubana ao socialismo ainda está em curso e segue enfrentando obstáculos: do bloqueio econômico ao canto da sereia da modernização capitalista. Ao mesmo tempo, Cuba construiu sistemas 1 Joana Salém Vasconcelos é Bacharel em História pela USP, Mestra em Desenvolvimento Econômico pela UNICAMP, Doutoranda em História Econômica pela USP. É autora do livro História agrária da revolução cubana: dilemas do socialismo na periferia (2016), co-organizadora de Cuba no século XXI: dilemas da revolução (2017). Participa do coletivo editorial da revista Latin American Perspectives (EUA).
Estudios Latinoamericanos
Este artículo evalúa la relación entre Prebisch y Furtado en el contexto de la Revolución Cubana. La investigación parte de una lectura que separa el pensamiento cepalino de la estructura formal de la CEPAL encuadrada en el orden geopolítico de las Naciones Unidas. Esta lectura argumenta que, desde 1948, las estructuras originales del órgano delimitan las funciones objetivo de la comisión de acuerdo con la meta de mantener la estabilidad internacional. Esto hace que la CEPAL tenga, desde su origen, grandes dificultades para solucionar los problemas de desarrollo económico y social del continente, explicitando su contradicción de ser, al mismo tiempo, un generador de ideas económicas y un órgano subordinado a la estructura amplia de estabilidad del periodo posterior a la Segunda Guerra Mundial. Las tensiones entre Prebisch y Furtado fueron en buena medida resultado de los acontecimientos políticos en Cuba a partir de 1959, lo que refuerza la tesis contenida en esta lectura específica...
Dimensões - Revista de História da Ufes, 2024
Resumo: Mariel-Revista de Literatura y Arte foi fundada em 1983, em Miami, por escritores cubanos exilados nos Estados Unidos durante o exílio massivo de Mariel (1980), e circulou até 1985 nos Estados Unidos, América Latina e Europa. O projeto editorial coletivo era oposicionista ao regime socialista cubano, e declarava-se anticomunista, antitotalitário, defensor da democracia e das liberdades individuais, possuindo pujante caráter de denúncia. Nossa proposta central é compreender como o projeto editorial constituiu uma oposição política ao governo cubano durante o exílio nos Estados Unidos por meio da intervenção na esfera pública. Dessa forma, investigamos as redes de sociabilidade intelectual estabelecidas no exílio e como os intelectuais que colaboraram com a revista debateram a função do intelectual.
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Marx e o Marxismo: Insurreições passado e presente, 2015
hcomparada.ifcs.ufrj.br
REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO
Latinoamérica. Revista de Estudios Latinoamericanos, 2015
Revista História: Debates e Tendências, 2011
Revista Outubro, 2016
Revista Brasileira de História, 2023
Revolução cubana sob olhar macro e micro, 2022
Revista de História Comparada, 2007
Anais da XXXIV Semana de História "Direitos e Democracia", 2019
Almanack, 2012
Meridiano 47, 2016
Cahiers des Amériques latines, 2009
Cadernos PROLAM/USP
Tradução: Vincent Bloch, Reflexões sobre a Dissidência Cubana, 2009