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2002, CienteFico, II (I)
Todo ser humano é dotado de uma consciência moral, que o faz distinguir entre certo ou errado, justo ou injusto, bom ou ruim, com isso é capaz de avaliar suas ações; sendo, portanto, capaz de ética. Esta vem a ser os valores, que se tornam os deveres, incorporados por cada cultura e que são expressos em ações. A ética, portanto, é a ciência do dever, da obrigatoriedade, a qual rege a conduta humana.
Na sociedade e cultura contemporânea, a questão da Ética voltou a ser central. Fala-se "do crescente interesse adquirido nos últimos anos pela Filosofia prática -Ética e Política -" 1 . Fala-se que a Ética "assume o primeiro plano no debate filosófico e político do nosso tempo" 2 . Fala-se da "necessidade cultural de Ética" 3 ; do "retorno à Ética"; das "tendências e ambiguidades de tal fenômeno" 4 . Fala-se, também, da "emergência da Ética" 5 ; "do renascimento da Ética"; "da urgência da reflexão ética"; "da atenção com a qual são considerados e discutidos os problemas éticos", que "envolvem a vida e a qualidade da vida das gerações presentes e futuras" 6 . Fala-se, ainda, da "necessidade de uma Ética mundial" e de "uma Ética ecumênica em vista da sobrevivência humana" 7 . Enfim, pergunta-se: "como pensar a Ética a partir das contradições de um mundo que produz uma ciência e seus intelectuais dedicados a pesquisar, no mesmo espaço e ao mesmo tempo, princípios de vida e armas de morte?" 8 .
Conferência de abertura apresentada na Reunião Nacional das Comissões de Ética
RECIIS, 2008
Este artigo contextualiza o surgimento do campo da ética em pesquisa em eventos históricos, sociais e políticos dos últimos 60 anos. Faz uma distinção entre ética profissional e bioética, focalizando os antecedentes históricos e filosóficos do campo da bioética. Situa ainda o surgimento da ética em pesquisa como resultado da divulgação de condutas impróprias na prática científica, discutindo as primeiras normas sobre ética em pesquisa, as diretrizes contidas no Relatório Belmont e sua influência sobre a elaboração da teoria bioética principialista. Analisa também o funcionamento dos comitês de ética em pesquisa e as possíveis limitações à atividade científica. Por fim, pontua alguns temas que continuam pendentes, como o pagamento aos participantes dos estudos, a realização de pesquisas com pessoas inconscientes, a utilização de crianças em experimentos para testes de novos medicamentos ou novas indicações terapêuticas, a definição de risco mínimo e a forma como se tem dado a bioética em países em desenvolvimento.
Cadernos UniFOA
Este ensaio foi dividido em três momentos distintos: inicialmente, em trabalho e ser social, elucida-se a peculiaridade do ser social em face da natureza; em teoria do reflexo e valoração, demonstra-se com se dá o conhecimento das determinações da realidade; e, finalmente, em exteriorização e estranhamento, ilustra-se o duplo caminho posto ao ser social com a sua mediação com a natureza: o primeiro que possibilita a realização humana e a aproximação entre indivíduo e gênero, e o segundo que, por meio de barreiras socialmente construídas, o leva a processos de alienação.
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa, etc. Vamos adquirindo, aos poucos, idéias morais. É o aspecto social da moral se manifestando e, mesmo ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social.
Múltiplas Leituras, 2009
A relação ética-política, que adquiriu formas e valores bastante distintos ao longo da história e da história da filosofia, será explorada neste artigo a partir de alguns de seus momentos-chave. Buscando explicitar mais os valores que norteavam a relação e menos o conjunto do pensamento sobre o assunto nos autores abordados, espera-se identificar (a) a forte relação entre ética e política na Antigüidade; (b) sua ruptura no início da Modernidade; (c) a percepção da crise ocasionada pela ruptura; e (d) uma proposta de reaproximação entre ambas.
Resumo: Julgamos que a moda, representada pelos figurinos midiáticos oferece elementos para refletir sobre a ordem social cultural nos primeiros anos do século XXI. A moda da propagação de si pela estética (compreendida como a linguagem do belo) em ação no corpo humano deve ser analisada levando-se em conta o modelo dominante de forma a atingirmos o núcleo da interrogação. É à partir do cenário contemporâneo que podemos refletir, pesquisar e analisar o impacto dos modelos difundidos na sociedade tendo como vetor a estética.
A produção acadêmica acerca do jornalismo pode abordar temas diversos, como aspectos ligados à rotina de produção, sobre o conteúdo, sobre o produto jornalístico apresentado, dentre outros. Neste artigo, partimos de uma busca sobre a ocorrência da ética como palavra chave dos trabalhos nos últimos cinco anos nos encontros nacionais da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom – e da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo – SBPJor. Com isso, procuramos compreender quais são as ocorrências sobre Ética que atravessam a produção acadêmica sobre jornalismo, e qual papel que ela ocupa dentro do panorama das discussões destes encontros atualmente. Dentro dessa perspectiva, olhamos para os artigos publicados buscando o papel desempenhado pela ética, as condições em que ela se faz presente na discussão e qual o ideal ético apresentado pelos autores.
Teoria da História Hoje, 2022
Uma das características fundamentais da historiografia moderna, tal como se institucionalizou na Europa entre os séculos XVIII e XIX, teria sido o abandono de uma certa função didático-pragmática da história. Desde então, avaliaríamos nossas histórias fundamentalmente pelo seu aspecto cognitivo – isso é, perguntamo-nos por aquilo que faz da história conhecimento confiável sobre o passado. Ao historiador contemporâneo, interessaria saber se aquele relato dá a conhecer adequadamente os eventos e processos históricos que se propôs a investigar. Poucos historiadores contemporâneos se reconheceriam no lugar do historiógrafo dos príncipes, cujo conhecimento do passado seria um recurso valioso no exercício do seu poder, e muito menos no lugar do sábio, cujas histórias seriam a coleção dos exemplos dignos de imitação no presente. Considerando que a ética é a reflexão sobre o agir (o que eu devo fazer?), o que é que pode haver de ético em uma tal disciplina? Podemos falar de ética em uma forma de investigação e pensamento que passou os últimos dois ou três séculos se esforçando para permanecer livre do problema dos valores? Neste texto, discutirei alguns sentidos possíveis para a expressão “ética da história” em relação às nossas relações com o passado e à ideia de que o historiador se engaja em uma relação ética com seus leitores.
Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 54 (2): 224-228, abr.-jun. 2010 RESUMO A resenha histórica da pesquisa envolvendo seres humanos reside mais no desenvolvimento de conceitos do que na cronologia de eventos. Também não é possível falar em progresso, uma vez que não há um caminho traçado em direção a uma meta e as mudanças ocorrem de forma fluida, com avanços e retrocessos. Este artigo situa o surgimento da ética na pesquisa como resultado da divulgação de condutas impróprias na prática científica. Atualiza o funcionamento dos Comitês de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos e a regulamentação pertinente no Brasil e exalta a necessidade fundamental do controle social sobre a atividade científica.
Revista Hospitalidade, 2009
I. UMA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA DO FUTURO Olhemos para um mundo possível que ainda não é o nosso. Este é um anúncio de uma empresa de saúde que será publicado nos jornais do futuro: «Somos uma empresa especializada na indução de estados mentais. Disponibilizamos técnicas de substituição do humor, de apagamento de memórias dolorosas, de reconstrução da identidade pessoal, de reforço das capacidades cognitivas. Para os casos mais difíceis, propomos técnicas de expressão dos genes do cérebro como forma de terapia dos distúrbios de desenvolvimento cerebral (anencefalias, microcefalias] e de degenerescência dos tecidos. Para danos na massa encefálica, recorra aos nossos bancos de lobos e hemisférios cerebrais prontos a serem programados. Não fique refém da sua mente natural! Viva feliz com a mente que desejar ter!» Conhecendo-se o mundo da publicidade, este anúncio terá imagens de pessoas bonitas, jovens e saudáveis. O que nos impede de realizar este futuro? Mais, por que razão não vivemos já num mundo que tenha empresas como esta? Uma resposta a estas questões é de natureza técnica e ética. Ainda não temos tecnologia médica para realizar o que consta no anúncio. Além disso, tememos com prudência um mundo que altere tão facilmente os estados mentais, mesmos os estados mentais que causam desconforto e dor. Sublinhe-se, contudo, que nenhuma destas dificuldades deriva de uma violação das leis da natureza. Porquê? Atentemos a cada um dos conceitos que constam da publicidade. É esta a lista: Não temos grandes certezas sobre a mente anómala, nem sobre a mente normal. Qualquer livro de Filosofia da Mente dá-nos uma colecção tão vasta de problemas que rapidamente ficamos embaraçados com a nossa ignorância sobre assuntos da nossa intimidade. Apesar de sabermos pouco, sabemos pelo menos isto. Batendo à porta do vizinho do lado da mente, alteramos a mente. O vizinho do lado é o cérebro. Qualquer alteração na fisiologia manifesta-se na fenomenologia. Com a certeza de que podemos Q Hospitalidade l 37
Revista Opinião Filosófica, 2020
O presente artigo tem como ponto de partida a investigação de como um sistema cosmológico específico pode determinar um sistema ético e moral específico. Demonstraremos isso através de uma análise da crítica do filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600) ao descobrimento da América em seu livro De Triplice Immenso et Mensura (1591). Bruno insere o problema da descoberta da América como uma descoberta semelhante aos novos feitos celestes de sua época, nos quais a visão apocalíptica da América poderia ser julgada como resultado de uma falsa cosmologia e antropologia, uma errônea concepção das relações humanas com a divindade. Na primeira parte apresentaremos o efeito nefasto decorrente de um princípio errado, ou seja, a conquista da América sob dois pontos centrais. Primeiro, como Cristovão Colombo inseriu a descoberta da América no esquema apocalíptico do final dos tempos. Segundo, apresentaremos alguns pontos que foram o cerne do debate na Europa do século XVI sobre se os povos ind...
Há ciências que estudamos por simples interesse de saber coisas novas; outras, para adquirir uma habilidade que nos permita fazer ou utilizar alguma coisa; a maioria, para conseguir um trabalho e ganhar a vida com ele. Se não sentirmos curiosidade nem necessidade de realizar esses estudos, poderemos prescindir deles tranqüilamente. Há uma infinidade de conhecimentos muito interessantes mas sem os quais podemos nos arranjar muito bem para viver. Eu, por exemplo, lamento muito não ter nem idéia de astrofísica ou de marcenaria, que dão tanta satisfação a outras pessoas, embora essa ignorância nunca me tenha impedido de ir sobrevivendo até hoje. E você, se não me engano, conhece as regras do futebol mas é bem fraco em beisebol. Não tem maior importância, você desfruta os campeonatos mundiais, dispensa olimpicamente a liga americana e todo o mundo sai satisfeito.
Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, 2008
Ética e moral são termos freqüentementes utilizados no cotidiano, porém definir o que significam não é tarefa fácil. Basta perguntar se existe alguma distinção entre esses vocábulos para constatarmos que as pessoas se vêem em dificuldade ao tentar explicar. Este ensaio tem com objetivo apresentar os fundamentos teórico-filosóficos relacionados as imprecisões conceituais a partir da análise da raiz primitiva dos termos. Para tanto, parte de uma breve revisão sobre as origens etimológicas dos termos ethos e mos. São apresentados os diversos sentidos em que esses vocábulos podem ser empregados e conceitos utilizados. Finaliza com uma reflexão sobre a compreensão da ética como ciência ou ramo de estudo da filosofia.
Unidade: O que é ética O homem é uma espécie de interseção entre dois mundos: o real e o ideal. Pela liberdade humana, os valores do mundo ideal podem atuar sobre o mundo real. Nicolai Hartmann
Estudos Avançados, 1990
" um cum sint duo genera decertandi, unum per disceptationem, alterum per vim, cumque illud proprium sit hominis, hoc beluarum, confugiedum est ad posterius, si uti non licet superiore." Cicero, De Officiis "Wir haben beide Uns unser Volk nicht auserlesen. Sind Wir unser Volk Was heisst denn Volk? Sind Christ und Jude eher Christ und Jude Als Mensch? Ah! wenn ich einen mehr in Euch Gefunden haette, dem es g'nuegt, ein Mensch Zu heissen! " Lessing, Nathan der Weise"
O código é mutável, aperfeiçoado ao longo dos anos. Ética? Exercício de reflexão sobre os princípios do contexto em que se vive. Moral: leis, princípios, cultura, valores, bem estar comunitário, sendo introjetados pelo meio, porém é individual (diz o que é certo).
1 Ética vem do grego e significa aquilo que pertence ao ethos, significava bom costume, costume superior, portador de caráter. Diferencia-se da moral, pois estase fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão. Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral, mas buscava a fundamentação teórica para encontrar melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na via privada quanto em público. A ética incluía a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos atualmente são denominados como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, e às vezes a política e, até mesmo a educação física e dietética, sem suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. Um exemplo desta visão clássica de ética pode ser encontrado na obra Ética, de Spinoza.
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