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2009
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Memória e resistência são palavras-chave nesse vídeo que apresenta o Museu da Maré do Rio de Janeiro. A Maré é uma enorme área de favela, categoria que denomina as moradias populares surgidas em processos irregulares de ocupação do solo urbano no Brasil. A autoconstrução é signo característico desse tipo de espaço onde a resistência adquire múltiplos aspectos. Os moradores da Maré não apenas resistiram às autoridades públicas que nos primeiros anos de ocupação tentaram removê-los, à pobreza e à falta de recursos e infraestrutura para habitar ali, mas, também, às forças da natureza. Chegados à baía de Guanabara à busca de emprego, do interior do Estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais nos anos de 1940 e do Norte e Nordeste do país a partir de 1950, os primeiros moradores construíram suas casas sobre palafi tas. Eles colocaram precárias pontes para transitar entre os barracos de madeira, sobre uma água contaminada que ameaçava de morte as crianças que usavam aquelas estreitas passarelas como espaço de brincadeira. As ventanias, as tempestades, as enchentes, tudo podia acabar a qualquer momento com as precárias casas ou, pelo menos, estragar objetos no seu interior mal protegido por telhados que deixavam passar a água da chuva.
O Museu da Maré foi inaugurado em 2006 no Complexo da Maré, o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro. O presente artigo pretende discutir a rearticulação da memória como uma ação de resistência da comunidade, efetivada pela exposição de inauguração do museu chamada “Os Tempos da Maré”, e da ação do CEASM como um movimento social que encontrou no campo de disputas da memória um espaço de valorização da comunidade e uma forma de luta contra o esquecimento de suas histórias, reabrindo um passado para novas narrativas que valorizam a experiência social da comunidade e iluminam o presente com novas possibilidades, ressignificando os símbolos da favela. Para essa discussão serão articulados os conceitos de memória e experiência trabalhados pelos autores Huyssen (2000) e Benjamin (1987).
I Congresso de História e Património da Alta Estremadura, 2011
Artigo “O Museu da Nazaré. Da identidade à problematização das representações do mar”, I Congresso de História e Património da Alta Estremadura, Ourém, CEPAE, 2011, pp. 624-635. Corresponde à comunicação apresentada neste congresso, versando uma análise sobre o Museu Dr. Joaquim Manso como Museu da Nazaré, sua história, protagonistas e papel na definição identitária da comunidade e da sua ligação ao mar.
Historiografias portuguesa e brasileira no século XX: olhares cruzados, 2000
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Revista Divulga CI, 2023
Fronteiras: Revista Catarinense de História
O presente artigo tem como objetivo analisar o desenvolvimento e a modernização da cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina, através das memórias de um pescador da comunidade periférica da Tapera, no sul da Ilha de Santa Catarina. A partir dos relatos fornecidos por esse privilegiado informante busco reconstituir e entender o processo de modernização da cidade como sendo responsável pelo afastamento das sociabilidades marítimas, a elitização dos espaços da cidade e a marginalização espacial das populações trabalhadoras e pobres. Buscarei também uma reflexão sobre o processo de desenvolvimento de uma determinada identidade cultural ligada ao mar que funciona como elemento segregador na valorização ou desvalorização de determinados espaços ou narrativas na cidade.
O Publico E O Privado, 2014
Tendo em vista os crescentes diagnósticos de processos de musealização, de espraiamento de centros culturais e de valorização da curadoria, este artigo procura investigar o surgimento de instituições museais como instrumentos de políticas públicas para intervenção no espaço urbano. Para tanto, pretendo analisar a fundação do Museu de Arte do Rio (MAR) na Zona Portuária, no contexto do Porto Maravilha. O objetivo deste texto é, ainda, discutir a possibilidade de construção de uma instituição de arte, a partir da formação de redes que agregam diferentes agentes sociais e de negociações para a emergência de um projeto compartilhado. 31 (*) Sabrina Parracho Sant'Anna é Doutora em Sociologia e Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ @
Museologia e Interdisciplinaridade, 2018
Esta apresentação do Dossiê Os Museus e o Mar não se iniciava com essa epígrafe. Achamos oportuno incluí-la frente ao incêndio que devastou as coleções do Museu Nacional do Rio de Janeiro, à medida provisória de extinção do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM – e às recentes e complexas discussões internacionais sobre as diversas perspectivas de análise dos agora chamados ‘Lost Museums’. Talvez as discussões desse outro dossiê contribuam para adensar nossas reflexões sobre os necessários processos para consolidação da Museologia no Brasil. Para voltar nosso olhar particularmente para temas que por vezes parecem perdidos nos estudos da Museologia no país: a História dos Museus, das exposições, das coleções e de suas permanências e impermanências (Aranha Filho, 2011).
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2012
Museums have emerged as a representative synthesis of a reality, so a question rises about the preservation of the memories inherent to the functional and symbolic objects. In the particular case of art museums, the goal was to build a heritage repository which would contribute to the creation of a cultural identity. So, the objects were mainly evaluated in terms of aesthetic excellence of its parameters, to the detriment of other meanings. On the other hand, also the historiography of art favored formal aspects, establishing authorities and styles. These circumstances determined the decontextualization of the object in the museum. In return, from mid-twentieth century onwards, the studies of the public, as a plural and diversified entity, and the theoretical debates around the meaning of the object, contributed to a redefinition of the museological speech. The museum had to offset losses due to the musealisation through a set of procedures and tools that recontextualize the meanings of the object in their multiple valences. Between the two vectors, decontextualization and recontextualization, the museum challenges our personal and collective memory.
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O reencontro com o mar no século XXI, 2013
Revista Vox Musei. Cultura Fluvial e Marítima: património, museus e sustentabilidade, n.º 3, pp. 290-296, 2013
Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 2020
Cadernos De Sociomuseologia, 2012
Memória e Patrimônio: tramas do contemporâneo, 2019
Habitus, 2019
Sinais de cena, 2020
Mouseion, 2020
Cadernos de Sociomuseologia
Anais I Semana de Arqueologia. “Arqueologia e Poder”. Campinas: LAP/NEPAM. 2013., 2013