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Esquecer -se de si mesmo e no entanto viver tão intensamente.' (Um Sopro de Vida, p.15) . No texto de Clarice Lispector, é possível distinguir duas maneiras de se considerar os corpos. A primeira diz respeito à nitidez de seus contornos, suas identidades, suas relações com o meio. A segunda, refere-se aos corpos pelas suas velocidades, lentidões, paradas, torções e pela intensidade com que estes afetam e são afetado pelos outros corpos. A partir dos conceitos de signo em Gilles Deleuze, proponho um esboço de leitura do texto Clariceano, enfatizando uma semiótica a-significante dos corpos -em-devir. Corpos em movimento, percorrendo séries a-centradas, independentes dos pilares da representação.
1. Ao falar da relação entre Deleuze e a música não poderei deixar de falar da presença marcante de Félix Guattari justamente naqueles trabalhos em que Deleuze mais aproxima-se da música. Deleuze escreveu poucos textos dedicados com exclusividade à música. O que temos à mão são três textos curtos que repetem algumas passagens e duas aulas: uma palestra sobre o tempo musical realizada no Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique (IRCAM), em 20 de março de 1978, que retoma alguns pontos da palestra Pour quois nous, non musiciens?, também intitulada Rendre audibles les forces non-audibles par elles mêmes, apresentada no IRCAM em fevereiro de 1978, e uma nova retomada de algumas passagens das aulas e textos em Occuper sans compter: Boulez, Proust et le temps, publicado num livro em homenagem ao compositor Pierre Boulez em 1986. A estes textos acrescentem-se as duas aulas disponibilizadas por seus alunos (3 de maio de 1977 e 27 de fevereiro de 1979). 1
Esta versão editada é mais agradável à leitura, mas foram feitos alguns erros conceituais e de pontuação que não foram corrigidos. A versão original também está disponível. ERRATA: (i) Na versão original, quando eu digo que os existentes duram isso diz respeito ao conceito de duração e esse trecho vinha na sequencia do texto de Jankelevich que empregava o verbo tal qual (ao menos na versão francesa). O verbo virou perduram na versão publicada (p. 40). (ii) em outro ponto do texto publicado, o conceito de" Impulso Vital" foi reduzido à 'Impulso' ("que Deleuze considera à luz dos conceitos de Virtual e de Impulso"). Este trabalho é fruto da dissertação feita na USP, mas atualmente meu vínculo institucional é com a Université de Paris 8, um doutorado financiado pela CAPES- informação em nota que foi suprimida.
REVISTA APOENA – Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA, 2019
Este artigo objetiva identificar e analisar as múltiplas presenças do filósofo francês contemporâneo Gilles Deleuze no arranjo teórico-conceitual da Teoria da Dança Imanente. A Teoria da Dança Imanente, criada pela pensadora do corpo e da dança Ana Flávia Mendes, pretende atribuir um caráter de pessoalidade, idiossincrasia e subjetividade à obra coreográfica que se insere nos terrenos discursivos do corpo, das artes performativas e da ontologia da arte. Os conceitos-cernes abordados nesta investigação estão aliançados aos pressupostos contemporâneos dos estudos do corpo e da dança especialmente no elo entre corpo, cena e vida. Para tanto, perpassaremos os conceitos de Corpo Imanente, Corpo como sujeito rizomático, Corpo sem Órgãos e a concepção de imanência como vida, de Mendes, os quais encontram-se intimamente relacionados com o panorama filosófico deleuziano.
Transformação, 2020
Even if only schematically, I argue that there is a subject, the pervert, in Deleuze’s philosophy. More, that it is by becoming this subject, making of the pervert a philosopher, that Deleuze brings about the beginning of his own philosophy in Difference and Repetition and The Logic of Sense. In other words, that there such a thing as Deleuze’s very own becoming-pervert in his thought, being this becoming which conditions an understanding of the relation of his thinking with the question of perversion precisely because it is this heteronym, the pervert, who stands at the origin of his philosophy.
Numa palestra para professores da Universidade Federal do Ceará, acerca dos elementos estéticos presentes na criação científica, um de meus comentários foi considerar um equívoco a ideia de que um indivíduo que tenha elegido um único tema de estudo e pesquisa ao longo de sua vida acadêmica, desde a iniciação científica até o pós-doutorado, seja alguém meritoriamente focado, o que o tornaria mais digno de pontos, por exemplo, num concurso qualquer. Aliás, frequentemente me vi envolvido em debates com colegas membros de bancas de seleção por advogar exatamente a opinião contrária: meu apreço por todo aquele que ao longo da vida se dedicou a pensar diferentes assuntos, mesmo os mais díspares e distantes entre si.
Discutimos o conceito de imagem atualizado por Deleuze a partir de Bergson.
PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília, 2020
O presente trabalho se debruça sobre a relação entre Deleuze e Kant a partir da interpretação que o primeiro realiza da estética do segundo. Apesar de Deleuze descrever Kant como seu inimigo, temos na sua obra uma reapropriação de diversos elementos da filosofia crítica kantiana. Deleuze critica Kant por ter pressuposto um senso comum como condição do acordo das faculdades em todas as três críticas e de ter cindido a estética em dois domínios: sensibilidade e criação. O que pretenderemos demonstrar neste artigo é que a partir da sua leitura da Crítica da Faculdade de Julgar, Deleuze encontra os elementos de uma reversão interna do kantismo que ele própria radicaliza em sua filosofia de forma a reunir os dois sentidos de estética em um acordo discordante entre as faculdades.
Lampejo, v. 10, n. 1, 2021
O objetivo deste artigo é apresentar o conceito de rizoma, presente em "Introdução: rizoma", platô inicial do livro "Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2" (1980), de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Para isso, apresentamos uma breve introdução ao rizoma, a partir da sua relação com a botânica; em seguida, traçamos discussões sobre a multiplicidade do rizoma, a partir de três perspectivas: a raiz pivotante, a raiz fasciculada e o rizoma; e, logo após, apresentamos os seis princípios do rizoma: conexão, heterogeneidade, multiplicidade, ruptura assignificante, cartografia e decalcomania. Por fim, sinalizamos a prudência como critério de avaliação do crescimento do rizoma e de suas conexões.
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Cadernos de Pesquisa, 2015
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2021
Rev. Interd. em Cult. e Soc. (RICS), 2019