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2003
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STA REFLEXÃO é fruto de um projeto de pesquisa intitulado "Literatura e feminismo no Brasil: trajetórias e diálogos", que ora desenvolvo. A idéia é antiga e sempre esteve em minhas investigações, pois, à medida que delineava o percurso das mulheres na literatura brasileira, buscava sempre identificar os pontos comuns com o movimento feminista e mais representativos de um possível diálogo entre eles. Neste projeto busco -em ensaios, romances e poemas -a interiorização da perspectiva feminista, sua inserção na prática literária de nossas escritoras e, ainda, a historicização do conceito. O presente texto contém os primeiros resultados da pesquisa, assim como uma proposta de compreensão do movimento feminista no país.
STA REFLEXÃO é fruto de um projeto de pesquisa intitulado "Literatura e feminismo no Brasil: trajetórias e diálogos", que ora desenvolvo. A idéia é antiga e sempre esteve em minhas investigações, pois, à medida que delineava o percurso das mulheres na literatura brasileira, buscava sempre identificar os pontos comuns com o movimento feminista e mais representativos de um possível diálogo entre eles. Neste projeto busco -em ensaios, romances e poemas -a interiorização da perspectiva feminista, sua inserção na prática literária de nossas escritoras e, ainda, a historicização do conceito. O presente texto contém os primeiros resultados da pesquisa, assim como uma proposta de compreensão do movimento feminista no país.
E d i t o r a UNIFAP E d i t o r a UNIFAP editora da UNIVERSIDADE
Artigo, 2017
O artigo tem como objetivo discutir a participação de escritoras feministas nas narrativas nacionais das primeiras décadas do século XX no Brasil e em Portugal, fazendo algumas interseções entre elas. Para tanto, restringi a análise às representações de gênero e de nação, construídas pela portuguesa Ana de Castro Osório e pela brasileira Júlia Lopes de Almeida nos romances epistolares Mundo Novo (1930) e Correio da Roça (1913), respectivamente. Argumento que, ao contrário da perspectiva masculina mais hegemônica de representar a nação que tende a instituir um modelo de domesticação e submissão feminina, essas escritoras construíram uma representação de nação associando o progresso desta à emancipação e independência femininas.
Anuário de Literatura, 2013
Utilizarei neste trabalho o termo literatura escrita por mulheres, embora não questione o termo literatura feminina na sua definição de conjunto de textos literários produzidos por mulheres, muito menos escritura feminina, que abrange o fato de que as mulheres participaram na atividade de escrever, e que a literatura é o modo privilegiado no qual a sua escritura se manifesta. Expressão produzida em sociedades hierárquicas e com estruturas patriarcais, no contexto da dominação espanhola e portuguesa que originou um encontro violento entre dois mundos, e significou o começo de uma relação plena de conflitos, acordos e discrepâncias, em que a exclusão e a marginalidade das mulheres indígenas esteve na base da construção das colônias espanholas; não obstante, os vencidos conservaram até a morte suas crenças em um intenso processo de resistência que repercutiu profundamente em nossa história e em nossa cultura.
Revista de Literatura, História e Memória, 2021
A categoria de “literatura das mulheres” – categoria de análise criada a partir de percursos históricos e sócio-políticos que levaram a reivindicar um espaço específico na organização do saber – poderia ser repensada como um campo aberto, feminista, livre e em transformação. De fato, a criação literária e os feminismos partilham a necessidade da liberdade e da contínua transformação. A análise da produção literária de mulheres que escreveram sobre a época da ditadura – época em que começou o desenvolvimento de um verdadeiro movimento feminista no Brasil – ajuda a refletir sobre presentes e possíveis relações entre os feminismos militantes, as influências feministas e a criação literária.
GV-executivo, 2006
Uma visão limitada persiste na forma como a literatura feminina é avaliada no Brasil. De acordo com ela, as escritoras brasileiras estariam prioritariamente focadas em explorar questões de gênero, e não em tratar de temas literários abrangentes. O artigo mostra que, apesar de haver um jeito feminino de se fazer literatura, ele não se restringe às questões de gênero, mas engloba reflexões profundas, sensíveis e até transgressivas da sociedade instituída e de seu tempo.
Resumo: Breve reflexão a respeito da trajetória do movimento feminista no Brasil e da literatura de autoria feminina, com a intenção de identificar momentos representativos deste diálogo, a inserção do pensamento feminista na prática literária de nossas escritoras, a interiorização da perspectiva feminista e a historicização do conceito. O presente texto contém ainda uma proposta de compreensão do movimento feminista no país. Palavras-chave: História do Feminismo; História das mulheres no Brasil; Literatura Brasileira de autoria feminina.
(PPGLET/UCS) INTRODUÇÃO A história da literatura, após um período de dominação nos estudos literários, iniciou um processo de decadência que coincidiu com a ascensão da crítica e da teoria literária. No entanto, correntes literárias que se desenvolveram durante o século XX, tais como formalismo e estética da recepção, possibilitaram a revitalização desses estudos que se desenvolveram substantivamente, com a contribuição de conhecimentos advindos de vários campos, entre eles a Nova História e os Estudos Culturais. Atualmente, as relações entre história, crítica e teoria têm sido muito produtivas para todas essas áreas, na medida em que cada uma delas contribui para o avanço das demais. Assim, a história da literatura se vale da crítica literária e da teoria para estabelecer parâmetros de valor mais adequados que referendem a formação do cânone, não mais como conjunto de obras escritas por autores que pertencem a uma casta privilegiada, mas aberto a múltiplas possibilidades. A crítica feminista desenvolveu-se, mais precisamente, na segunda metade do século XX. Aponta-se, em geral, duas modalidades de desenvolvimento da crítica feminista, uma visa ao resgate de obras escritas por mulheres e que, no decorrer do tempo, foram relegadas ao ostracismo; a outra tem por meta fazer uma releitura de obras literárias, independentemente da autoria, considerando a experiência da mulher ou seja, procura detectar, através do estilo, da temática e das diferentes vozes do texto, a relevância da voz feminina e os traços de patriarcalismo que perpassam a obra. Dessa maneira, pretende-se apresentar, neste texto, como a crítica literária feminista pode ser um dado que subsidie a escrita de uma nova história da literatura sob o signo do gênero. 1 HISTÓRIA DA LITERATURA A história da literatura, na contemporaneidade, tem apresentado orientações diferentes daquelas que tradicionalmente eram atribuídas à disciplina. Incorporando 407 novas maneiras de entender a literatura, como o formalismo, na década de vinte e, posteriormente, a estética da recepção, nos anos sessenta do século XX, questões fundamentais, tais como a estruturação do cânone, passaram a ser questionadas, modificando-se o modo de ser da própria disciplina. O avanço dos estudos culturais também contribuiu para a transformação dessa área. Pode-se situar o início da história da literatura, de acordo com Acízelo de Souza (2006), em torno de 1500. O percurso da disciplina comportou uma série de modificações, desde os primórdios quando consistia na escrita de crônicas sobre autores e obras ou na compilação de textos, tais como ocorria com os múltiplos Florilégios e Parnasos, até ser constituída com a utilização da metodologia da ciência histórica, cujo ápice ocorreu no século XIX. Souza (2006: 91) aponta como requisitos essenciais para a construção de uma história da literatura: a completude da narrativa, a explicação de uma época através das relações de causalidade; a utilização, nas obras, da língua nacional. Esses aspectos estão relacionados, em certa medida, às questões do nacionalismo, tema relevante ao Romantismo, o que fomentou a criação de histórias da literatura fundamentadas no conceito de nação. No século XIX, preponderavam modelos filosóficos com base cientificista, tais como evolucionismo, determinismo, positivismo, os quais exerceram significativa influência nas ciências de um modo geral e, em especial, na história. Elevada a uma posição dominante, a história estendeu a outras áreas sua metodologia o que, no caso da literatura, oportunizou a organização da história da literatura. A história da literatura, para estudar autores e obras, incorporou conhecimentos de ciências que se estavam organizando, tais como a sociologia, a psicologia e a filologia. Françoise Perus (1997) aponta como aspecto relevante para essa modalidade de conhecimento, o conceito de literatura como disciplina autônoma com caraterísticas próprias. Acízelo de Souza (2003) define a história da literatura oitocentista como uma narrativa épica, centrada no projeto nacionalista, cuja motivação consistia na construção da nacionalidade através do processo cultural, lembrando que essa era a missão dos escritores românticos. Um dos aspectos relevantes dos estudos de história da literatura diz respeito ao cânone, conjunto de autores e obras reconhecidos pela academia, a partir de critérios nacionalistas e religiosos, tornando-se marco referencial para os estudos literários. Maria Eunice Moreira (2004) chama a atenção para o interesse dessa disciplina no estudo do espírito do país, constituído por costumes, religião, leis da pátria, portanto, a 408
Resumo: O resultado que este livro apresenta é a coletânea de pesquisas desenvolvidas por mulheres, dentro do Projeto Ellas, coordenado pelas professoras Larissa de Cássia Antunes Ribeiro e Thatiane Prochner, com a supervisão editorial de Rosenéia Hauer. O Projeto, nesta terceira edição, apresenta uma nova estrutura, partindo, principalmente, da demanda de pesquisadoras voltadas à área dos estudos literários. Ellas, com subtítulo "Mulheres e Literatura" e com o duplo L, simboliza o desdobramento do ser feminino, além de a grafia enfatizar o L do vocábulo tema deste trabalho: Literatura. A obra é composta por seis artigos, escritos pelas oito mulheres que, atualmente, fazem parte do grupo de estudos que direciona os artigos. Os temas giram em torno de textos literários, autoria feminina e autoria masculina, representação e representatividade femininas, mas, sobretudo, o enfoque na pesquisa que essas mulheres realizam, temáticas pelas quais elas se interessam. Nesse sentido, seguindo a sequência de apresentação dos textos, temos: "A personagem Maria Monforte na Minissérie Os Maias: a autoria feminina no processo de adaptação televisivo", de Bianca do Rocio Vogler; "Literatura e Sororidade no círculo de leitoras", Caroline Candido Veroneze e Jeanine Geraldo Javarez; "Diálogos literários com A Noiva Cadáver", Giuly Any Dias Martins e Thatiane Prochner; "A beata Maria do Egito entre as fraquezas e as potencialidades sociais", de Larissa de Cássia Antunes Ribeiro; "Lilith e Eva: a transgressão na poesia de Adélia Prado", de Leila Fajardo; e "Mentoria e influência literárias: a relação entre Marianne Moore e Elizabeth Bishop", de Patricia Barreto Mainardi Maeso. Textos complexos e diversos entre si, no entanto similares no que tange à voz coletiva que realoca a mulher pesquisadora em um espaço todo seu.
2007
Propomos, a partir da questão enunciada por Freud e retomada por Lacan, "o que quer uma mulher?", abordar algumas das diferentes maneiras pelas quais, no século XIX e no cenário contemporâneo, se tentou responder à questão do feminino. Para tanto, apresentamos um recorte sobre o cenário das produções discursivas do século XIX, século do advento da psicanálise, e sobre o cenário contemporâneo, a partir de três eixos que consideramos fundamentais: o tempo, o capital e a imagem.
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Psicologia Clínica, 2007
Criação & Crítica, 2020
Moderna språk, 2022
Boletim Campineiro de Geografia, 2021
Revista Diadorim, 2013
Revista Estudos Feministas, 2014
Revista Estudos Feministas, 2013
Revista Estudos Feministas, 2006
Anuário de Literatura, 2013
Publica-IFRS: Boletim de Pesquisa e Inovação
Feminismo e resistência: ressonâncias na literatura latino-americana e caribenha , 2023
Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea, 2021
Cadernos de Gênero e Tecnologia
Revista Forum Identidades, 2013
Pontos de Interrogação — Revista de Crítica Cultural, 1969
PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 2022
Fronteiraz, 2023
Literatura e dissonâncias: ebook ABRALIC, 2018