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2010, Itinerarios Revista De Literatura
RESUMO: Julien Gracq é um dos mais importantes romancistas franceses do século XX. Em 1945, publica sua única antologia de poemas em prosa, Liberté Grande. A alta voltagem poética dos textos da coletânea distancia-se do lirismo contido da prosa romanesca do autor. Infl uenciado pela poesia de Rimbaud e pelo surrealismo, os poemas em prosa de Gracq afi rmam o primado da imaginação criadora sobre as imposições e limitações do real, como se pode constatar pela leitura do primeiro poema da coletânea "Pour galvaniser l'urbanisme", objeto de estudo deste artigo. PALAVRAS-CHAVE: Poesia francesa. Poema em prosa. Cidade. Julien Gracq. Julien Gracq, cujo nome de batismo é Louis Poirier, nasceu em Saint-Florentle-Vieil, no Maine-et-Loire, em 27 de julho de 1910. Ao falecer, em dezembro de 2007, estava consagrado como um dos mais importantes escritores da literatura francesa do século XX. A partir do fi nal da década de 1930, publicou romances, ensaios, peças de teatro e um livro de poemas em prosa. Fascinado pelo romantismo alemão, pela obra de Ernest Jünger e amigo pessoal de André Breton, mesmo sem nunca ter-se fi liado ao surrealismo, Gracq vivia como um discreto professor de liceu, chamado pelos alunos de M. Poirier, primeiramente no interior da França e depois em Paris. Ficou conhecido pelo caráter comedido, pelas reservas em relação ao meio literário e por um ato polêmico: recusou, em 1951, o Prêmio Goncourt por seu livro Le Rivage des Syrtes, um dos romances mais importantes da literatura francesa do pós-guerra. Gracq inicia sua vida literária em 1939, com o livro Le Château d'Argol.
Dedalus: Revista Portuguesa de Literatura Comparada, 2004
Olho d’Água, UNESP, 2009
Neste artigo, analisamos a peça teatral Le Roi Pêcheur [O Rei Pescador], de Julien Gracq, composta durante a Segunda Guerra (1942-43), mas publicada apenas em 1948. Drama em quatro atos, a peça de Gracq reinventa o tema do Graal, a lenda de Persival e do Rei Pescador, e se constitui numa versão da ópera Parsifal, última composta por Richard Wagner entre 1877 e 1882.
Cena, 2018
O presente artigo nos mostra que a prática do estilo clown tal como é desenvolvida na Escola Internacional de Mimo, Teatro e Movimento de Jacques Lecoq pertence à tradição da Escola do Vieux Colombier criada por Jacques Copeau, que tem como base o espírito infantil e o jogo.
Ágora Filosófica, 2012
O presente texto, originalmente apresentado como uma conferência, objetiva apresentar uma reconstrução do conceito de liberdade. Para tanto, todo o primeiro momento do texto é um acerto de contas com os vários usos semânticos da palavra liberdade e das conseqüências advindas de tais opções. Para o estabelecimento de tal intento mostrarei como a liberdade é reciprocamente um conceito mental e um estado de ação e em tal tensão é que reside as dificuldades deuma tematização da liberdade. No âmbito da proposição de uma alternativa aos vários modos de tematização da liberdade, construirei um modo de dizer a liberdade que partindo de Kant, estenda-se até Strawson e apoiando-se nas últimas contribuições de Apel, possa dar razões aos desafios postos pelas neurociências e a filosofia da mente.
In this research of doctoral thesis, we demonstrated that the epistemological category freedom, for both Jean-Jacques Rousseau and Paulo Freire, identifies with knowledge. The freedom achieved through knowledge is generated by the contact with books and through the education that is conducted by the educator and, at the same time, by the student. This research had two objectives: the first consisted of identifying the relationship between education and freedom/knowledge in the studies of Rousseau and Freire; the second consisted of verifying what would be the theoretical-pedagogical understanding of pedagogy of freedom as the knowledge about the education of the educator on the thoughts of Rousseau and Freire. The hermeneutics was used as the research methodology for interpreting, comprehending and rewriting the data obtained through the bibliographical research that allowed us achieving the proposal objectives of this research. The contextualization, comprehension and interpretation of the data were done based on the key works of Rousseau, mainly the 5 books of the Emílio ou da educação, of 1762 (2004), and the works of Freire such as Extensão ou comunicação? (1980); Cartas a Cristina (1994); Professora sim, tia não (2001b); Conscientização (2001c); Ação cultural para a liberdade e outros escritos (2002a); Pedagogia da autonomia (2002d); Educação e atualidade brasileira (2003); Pedagogia do oprimido (2005); A importância do ato de ler (2006); Educação como prática da liberdade (2009a) e Pedagogia da esperança (2009b). These works that contemplate the categories freedom, knowledge and education enabled us to promote a dialogue between the two philosophers-educators. As results of our research, we proved the thesis that the freedom, for both Rousseau and Freire, identifies with knowledge: knowing makes you free - being free makes you to know (wisdom = knowledge). To this end, the education is realized through the freedom, initiated by the reading of the nature, or the world, and by the writing of the word, reaching the full capacity of its exercise at the meeting with Sofia: the wisdom, the knowledge. Therefore we found that, for Rousseau and Freire, the alphabetization is comprehended as a process of freedom since the student has the rights to say his/her own words and not to naively repeat the word of the educator but contribute to midwife his/her own knowledge, assuming itself as a cognizance subject. Thus, the new man and the new woman are called the Liberum – to be free – the one who is born through a liberating education.
Marcos Del Roio, 2013
"Qual a importância de se debater a obra do pensador húngaro György Lukács neste início de século XXI? É em tom de urgência que a figura de György Lukács (1885-1971), seguramente uma das mais influentes do século XX, surge como referência incontornável para se pensar a emancipação humana. Fruto dos debates realizados no III Seminário Internacional Teoria Política do Socialismo, György Lukács e a emancipação humana conta com a colaboração de alguns dos principais estudiosos nacionais e internacionais da obra do pensador húngaro, como José Paulo Netto, Nicolas Tertulian, Sergio Lessa, Ivo Tonet, Csaba Varga, Mauro Luis Iasi, Antonino Infranca, Ester Vaisman e Miguel Vedda, entre outros. Diante de um quadro de crise econômica, com fortes indícios de ser estrutural, de esgotamento do padrão civilizatório modernizador e de regressão de consciência histórica, torna-se cada vez mais claro que a universalização da dinâmica do capital e de seu poder político coloca a humanidade diante de uma encruzilhada decisiva para o seu futuro. As próximas décadas serão determinantes para saber se o ser social se entregará à barbárie ou encontrará a rota de sua emancipação na plena humanidade. Constituído em um momento de fragmentação teórica e fechamento histórico, o projeto de Lukács de renascimento do marxismo e de sua concepção de totalidade, avesso às formas modernas de mistificação e totalitarismo político, é de especial relevância para nosso tempo, dominado pela dissolução da ideia de verdade, pelas filosofias da desconstrução e pelo que os autores descrevem como o “irracionalismo contemporâneo”. Organizada em três partes – dialética e trabalho; política e revolução; estética e luta ideológica –, em um reflexo do caráter multifacetado da obra de Lukács, o livro revela as múltiplas frentes nas quais se apresenta a relevância do pensamento lukacsiano hoje. Na introdução, o pensador húngaro Csaba Varga defende, como marco teórico definitivo, o incompleto projeto ontológico de Lukács – presente nas páginas póstumas de Para uma ontologia do ser social – como “uma das mais elevadas sínteses de sua obra e que deve ser vista como sua última e duradoura mensagem”. Daí a difícil tarefa a que os autores deste livro se propõem, pois parte da inestimável riqueza da obra lukacsiana está também em sua incompletude: trata-se de um projeto que só se realizará plenamente no momento da emancipação humana. Mais do que um atestado da relevância do pensamento de Lukács para a contemporaneidade, o livro reflete sua urgência em tempos de barbárie social. Nas palavras de Angélica Lovatto, que assina a orelha, György Lukács e a emancipação humana representa “uma importante trincheira para o combate ao avanço da onda pós-moderna com a qual nos debatemos em difícil peleja nestes tempos bicudos de crise da ordem societária do capital e seus efeitos nefastos para o mundo do trabalho”. Constitui leitura e ponto de partida obrigatórios para pensar a reconstrução dos patamares teórico-práticos – sólidos, mas não dogmáticos – para a tão almejada emancipação humana.
2016
O texto tem por objetivo apontar as principais contribuicoes de Loic Wacquant para entender o Estado no neoliberalismo. O foco central esta na conjugacao que o autor faz entre as politicas economicas e sociais do projeto neoliberal com a reorganizacao da prisao e da assistencia, levando a uma reconfiguracao do proprio Estado, que se converte em Estado penal.
Ensaio publicado nas Revistas Consultor Jurídico e Recanto das Letras Michel Houellebecq, escritor francês, polêmico, se autodefiniu como niilista, reacionário, cínico e misógino. Alguns o acusam também de racista. Provoca o tempo todo. Afirma ser Trump um ótimo presidente. Critica o islamismo, que definiu como a mais estúpida das religiões. Paga caro pela heresia, ainda que nem tanto quanto Salmon Rushie.
Classificar e vincular um pensador a uma determinada corrente de pensamento raramente é uma tarefa grata. No caso de Alexis de Tocqueville (1805-1859) – o proeminente autor francês conhecido por suas contribuições para a historiografia, a sociologia e o pensamento político –, será que poderíamos dizer que ele foi apenas um liberal puro e clássico, como creem alguns? Quiçá um revolucionário até simpático aos jacobinos? Ou um conservador? Apologista da democracia, Tocqueville admitia que os diversos partidos [ou as disputas partidárias] são um " mal inerente " e necessário aos governos dos países livres. Famoso pelas críticas que dirigiu tanto ao regime monárquico absolutista vigente na França até 1789 quanto aos rumos despóticos tomados pelo regime republicano que se instalou após a revolução – bem como pelos elogios que teceu ao modelo político estadunidense –, o fato é que, exceto pelo epíteto de " democrático " , Tocqueville não é um autor facilmente classificável, alguém em quem se possa colar um rótulo definitivo e incontestável. Neste texto, contudo, apresentamos trechos de sua obra que deixam entrever uma aproximação, em diversos pontos, entre o pensamento tocquevilleano e certas propostas fundamentais do pensamento conservador.
Resumo Considerando a importância de se continuar tecendo reflexões acerca da liberdade humana, o presente artigo objetiva, por meio de um estudo de cunho bibliográfico, apresentar a ideia de liberdade em dois autores: Viktor Frankl e Carl Rogers. A partir da apresentação dos aspectos principais das teorias desenvolvidas por ambos e das visões de homem a elas subjacentes, buscouse apreender que compreensão tem a liberdade humana nas duas perspectivas. Dentre os principais resultados alcançados, vimos que Frankl entende a liberdade como uma característica fundante da dimensão noética do homem, que se constitui sobre a possibilidade de distanciar-se de sua condição psicofísica e social, posicionando-se de forma livre e responsável. Já em Rogers, percebemos um conflito entre a sua defesa da liberdade do ser humano e sua crença em uma tendência inerente ao crescimento, que nos pareceu condicionar a liberdade de escolha sobre a qual ele fala.
ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy
2020
trouxe como tônica de seu pensamento a questão da liberdade como condição própria do ser humano. Tanto em suas obras filosóficas, como O ser e O nada-ensaio de ontologia fenomenológica (1943) e O existencialismo é um humanismo (1946), assim como em suas obras literárias, temos como elemento central a perspectiva existencialista sobre a vida e o mundo e o problema da liberdade, que a rodeia. Neste sentido, buscamos tratar no presente texto a liberdade em Jean-Paul Sartre tendo como referência de análise sua peça intitulada As Moscas, de 1943. 1.0-O retorno aos clássicos: apontamentos sobre As Moscas (1943): Estreada no Théatre de la Cité, em Paris, em junho de 1943, a peça As Moscas foi rapidamente censurada em uma França ocupada pelos nazistas. A peça, que fora proibida de permanecer em cartaz, marca-se como início profissional das produções teatrais de Sartre. Sua carreira como dramaturgo fez-se valer por obras como Entre quatro paredes (1944), A Prostituta respeitosa (1946), As mãos sujas (1948), O diabo e o bom deus (1951) dentre outras[1]. As Moscas remete ao mito grego de Orestes. Este, filho de Agamêmnon com Clitemnestra tinha como irmã Electra. Na famosa história, Agamêmnon-rei da cidade de Argos e irmão de Menelau-envolve-se na guerra de Tróia buscando vingar seu irmão. Sua esposa e rainha, Clitemnestra, junto a Egisto, seu amante, assassinam-no quando este retorna da guerra para sua cidade. Após o crime, Clitemnestra e Egisto encarregam-se de exilar Orestes-até então uma pequena criança
As ideias de liberdade presentes nos trabalhos deste pensador da época das luzes foram tão fecundas que inspiraram boa parte dos movimentos políticos posteriores e se consolidaram como uma influência definitiva para o surgimento da época contemporânea. Este trabalho busca apresentar os principais aspectos do conceito rousseauniano de liberdade apoiando-se sobre especialistas consagrados e uma bibliografia selecionada.
Griot: Revista de Filosofia, 2024
Partiremos do diagnóstico do fim desolador do sentido, do fim de um além extramundano que significa nosso aquém para nos perguntarmos qual é o sentido do sentido? Interrogaremo-nos sobre seu significado mais cotidiano e sobre como a filosofia sempre tentou mobilizá-lo para expressar sua visão de mundo. Na época dos fins tratar-se-á de procurar o sentido de nossas existências abandonadas. Emergirá, assim, um novo conceito de liberdade que, contrariamente à sua versão burguesa, nos colocará em relação a um espaço de partilha
Resumo O presente artigo destina-se a refletir acerca da natureza e dos limites do poder que pode, de modo legítimo, ser exercido pela sociedade sobre o indivíduo, conforme argumentação delineada por John Stuart Mill na obra "Sobre a Liberdade". No início, são feitas breves considerações acerca de vida e obra do autor inglês. Em seguida, examina-se o princípio do dano como legitimador das intervenções do Estado na liberdade pessoal, a defesa feita por Mill da liberdade de pensamento e expressão especialmente diante de imposições de dogmas religiosos e aparentes unanimidades, e, a sua concepção da liberdade e da diversidade como condições para o desenvolvimento humano. Com efeito, os argumentos apresentados por Stuart Mill constituem uma coerente e sólida fundamentação para o direito à liberdade. Palavras-chave: legitimidade da intervenção estatal; direito à liberdade; desenvolvimento humano. Introdução A concepção que se tem hoje de liberdade não foi legada pela Grécia. Entre os gregos, o cidadão é livre enquanto participa da vida de sua cidade: a liberdade grega é liberdade política. Esse conceito, porém, não satisfaz o anseio moderno e contemporâneo pela liberdade.
Discurso, 2016
A intenção deste artigo é discutir a concepção de liberdade encontrada nos escritos políticos de Maquiavel com base na interpretação feita por Quentin Skinner. Esta interpretação tem sido geralmente aceita por teóricos do chamado neorrepublicanismo, como Philip Pettit e Maurizio Viroli, sustentando suas ideias sobre a liberdade republicana. Não se trata assim de uma discussão meramente hermenêutica, mas de uma contraposição a uma interpretação parcial que, ao enfatizar o aspecto legal da concepção maquiaveliana, ampara uma perspectiva fortemente jurídica da liberdade republicana. O texto está dividido em três partes: a primeira apresenta as razões pelas quais a concepção maquiaveliana foi retomada por Skinner; a segunda expõe a sua interpretação; e a terceira problematiza aspectos desta interpretação com base em características fundamentais do pensamento político de Maquiavel que devem ser consideradas na avaliação de sua concepção de liberdade.
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