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Capítulo do livro "História, Memória e Comemorações na Casa de Sergipe", de 2014. O capítulo aborda a experiência de Epifânio Dória no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE). O texto percorre as seguintes questões: em que momento e de que forma, a vida desse homem se misturou com a vida dessa importante instituição cultural do Estado de Sergipe? Qual foi o papel e quais as contribuições dadas por Dória, a essa agremiação científica sergipana?
O original pode ser lido na Revista do IHGSE, nº 42, de 2012. (ainda não disponível em PDF) O compromisso com a preservação do patrimônio documental nacional é tradição dos Institutos Históricos e Geográficos brasileiros. A criação e a manutenção de tais instituições estão fortemente vinculadas à ação de determinados atores sociais, que forneceram das mais valiosas contribuições à esses espaços da intelectualidade dos séculos XIX e XX. Em meio às comemorações do centenário do IHGSE, o artigo apresentado objetiva analisar a contribuição dada por um de seus sócios efetivos e secretário perpétuo-Epifânio da Fonseca Dória e Menezes-na construção do IHGSE, como espaço de preservação do patrimônio documental e da memória. Palavras-chave: IHGSE, Epifânio Dória, Patrimônio Documental. The compromise with the preservation of the national documentary heritage is tradition of the Historical and Geographical Brazilian institutes. The creation and maintenance of such institutions are strongly linked to the action of certain social actors, who provided the most valuable contributions to these spaces of the intellectuality of the nineteenth and twentieth centuries. Amid the celebrations of the centenary of IHGSE, the paper presented aims to analyze the contribution made by one of its partners effective and perpetual secretary – Epifânio da Fonseca Dória e Menezes – in the construction of IHGSE, as a space for the preservation of documentary heritage and memory.
Direito dos grupos socialmente vulneráveis: gênero, raça, etnia e sexualidade; INTRODUÇÃO A segregação é termo gênero, sinônimo da desordem social recorrente nos mais diversos campos da sociedade, em suma, decorrente de uma sistemática em cadeia, ulterior de questões sociológicas muito mais enraizadas, repassadas e aprimoradas por gerações. Urge desta forma a importância de discussões, ainda que dada a natureza complexa desta importante temática. Destarte, a proposta primordial desde texto é a ascensão do tema ora proposto, como meio principal, o entendimento sobre a cultura de higienização social, e eugênicas, e seu uso como meio e resultado das segregações urbanas e sociais.
2018
RESUMO: Neste artigo trataremos da relação entre ironia e liberdade, para corroborar ainda mais a tese de que a ironia é um componente filosófico importante da prática cínica. É sabido que o cinismo foi uma escola filosófica que presava, principalmente, pela oralidade e pela prática, sendo assim, chegou até nós pouco material para a análise do discurso filosófico cínico. O que temos em mãos são relatos de outros autores sobre o cinismo. Nesses relatos temos principalmente narrativas sobre as ações excêntricas e intrépidas de Diógenes. Em tais anedotas encontramos muitos traços de ironia, a ponto de termos uma boa margem para afirmar que os cínicos fizeram grande uso dessa arte em sua maneira de pensar, transmitir e praticar a filosofia. Além da ironia, a liberdade parece como outro aspecto importante da escola, dado que a virtude cínica necessária para uma vida feliz é a αὐτάρκεια – independência de objetos exteriores, liberdade, autonomia. Procuramos demostrar como Diógenes estrutura o seu discurso e prática filosófica fazendo quase sempre uso da ironia de modo a buscar e garantir liberdade. PALAVRAS-CHAVE: Diógenes, Cinismo, Ironia, Liberdade. ABSTRACT: In this article, is about a relation between irony and freedom, to further corroborate a law on which is an important philosophical component of cynical practice. It is well known that cynicism was a philosophical school which was mainly based on orality and practice, and so little material has come to us for an analysis of cynical philosophical discourse. What is the case with other things about cynicism. In these accounts, the main narratives on the eccentric and intrepid actions of Diogenes. In such anecdotes we find many traces of irony, a point of having a good margin to affirm that users of any kind use, transmit and practice philosophy. Besides irony, a freedom seems like another important aspect of the school, since the cynical virtue required for a happy life is αὐτάρκεια - independence of exterior objects, freedom, autonomy. We try to demonstrate how Diogenes structures his discourse and philosophical practice almost always by using irony in order to seek and guarantee freedom. KEY-WORDS: Diogenes, Cinism, Irony, Freedom.
SOBRE A INFLUÊNCIA DE GREGÓRIO DE NISSA NO PERIPHYSEON DE JOÃO ESCOTO ERIÚGENA in COLEÇÃO METAFÍSICA. ATAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL DE METAFÍSICA. EDUFRN, NATAL, 2009.ISBN: 978-85-7273-502-5. pp. 56-64, 2009
A importância da influência do pensamento de Gregório de Nissa na formação da visão eriugeneana, sobretudo no que se refere à natureza do homem em sua relação com Deus, tratada na obra magna de João Escoto Eriúgena: Periphyseon. Consideramos importante ressalta alguns traços que influenciaram a obra do autor. Entre os grandes Capadócios, o metafísico mais sutil, o místico mais profundo irmão de São Basílio, Gregório, que só estudou na Capadócia, dominou, no entanto a filosofia antiga, cujos conceitos transformarão radicalmente tanto estoicos quanto platônicos, no crisol da revelação. Torna-se bispo de Nissa, em 371, atendendo a um pedido constrangedor de Basílio, que se prevenia contra o poder imperial multiplicando na sua metrópole os bispados e entregando-os a homens de sua confiança
DESAFIOS - Revista Interdisciplinar da Universidade Federal do Tocantins
O presente artigo, com base nos pressupostos teórico-metodológicos da fonoestilística, objetiva demonstrar como as escolhas léxicas, a partir do arranjo sonoro e dos efeitos que estes provocam no plano constroem a expressividade de um texto. Neste estudo, analisamos dois textos do compositor Luiz Tatit – Ah! e Dodói – fundamentando-nos, ainda, na função poética de Jakobson. Os resultados mostram que há predominância da função poética nos textos analisados, o que reflete que o autor se utiliza de escolhas lingüísticas no eixo da seleção (paradigma) sobre o eixo da combinação (sintagma) para provocar efeitos de sentido na construção de suas poesias. Verificamos, ainda, a presença dos fenômenos da motivação sonora, percebidos na expressividade dos fonemas e das palavras que formam cada poesia – o que comprova a relação entre o som e o sentido.
2011
Há muito o conceito de cultura tem sido considerado essencial para o ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras; porém, dificilmente é aborda-do em sua complexidade. Ademais, apesar de uma longa história de descrições e definições de cultura em várias tradições e ...
RAMOS, D. R., 2018
Resumo: Priorizando como fio condutor a relação entre amor e finitude, a discussão estabelece um constan-te diálogo entre o pensamento filosófico-teológico de Agostinho e a fenomenologia de Scheler. Primeiramente, esclarece-se o horizonte a partir do qual a fenomenologia de Scheler visualiza o pensamento agostiniano ao con-siderá-lo sob a ótica da estrutura vivencial e fundamental do viver cristão. Evidenciando a ideia de ordo amoris, mostra-se a correspondência desta estrutura à reviravolta do amor cristão, assinalada por Scheler como a emer-gência da compreensão de um Deus amante. Para tanto, em seguida, discutem-se traços da hermenêutica agosti-niana da vida cristã, até revelar a caritas como sendo o amor que responde pela intencionalidade ordenadora da estrutura da existência humana no seu todo segundo o seu dinamismo essencial. Sob o ponto de vista desta fun-ção central da caridade, conclui-se indicando a necessidade de considerar a interdependência entre viver e mor-rer, para melhor compreender o sentido da estruturação da existência humana a partir da ideia de amor ordenado. Palavras-chave: fenomenologia, afetos, ordo amoris, caridade. Abstract: Prioritizing the guiding thread of the relationship between love and finitude, the discussion establishes a constant dialogue between Augustine's philosophical-theological thinking and Scheler's phenomenology. Firstly, it clears the horizon in which Scheler's phenomenology visualizes the Augustinian thought considered from the perspective of the experiential and fundamental structure of Christian living. Demonstrating the idea of ordo amor-is, the harmony of this structure is shown in the change of the concept of Christian love, signaled by Scheler as the emergence of the understanding of a loving God. In order to do so, the traits of the Augustinian hermeneutics of the Christian life are discussed, until it reveals caritas as being the love that answers the intentionality of the structure of human existence as a whole according to its essential dynamism. From the point of view of this central function of charity, it concludes by indicating the need to consider the interdependence between living and dying, in order to better understand the sense of the structuring of human existence from the idea of ordered love. Resumen: Priorizando como hilo conductor la relación entre amor y finitud, la discusión establece un constante diálo-go entre el pensamiento filosófico-teológico de Agustín y la fenomenología de Scheler. Primero, se aclara el horizonte a partir del cual la fenomenología de Scheler visualiza el pensamiento agustiniano al considerarlo bajo la óptica de la estructura vivencial y fundamental del vivir cristiano. Evidenciando la idea de ordo amoris, se muestra la corres-pondencia de esta estructura a la revolución del amor cristiano, señalada por Scheler como la emergencia de la com-prensión de un Dios amante. Para ello, a continuación, se discuten rasgos de la hermenéutica agustiniana de la vida cristiana, hasta revelar la caritas como el amor que responde por la intencionalidad ordenadora de la estructura de la existencia humana en su totalidad según su dinamismo esencial. Desde el punto de vista de esta función central de la caridad, se concluye indicando la necesidad de considerar la interdependencia entre vivir y morir, para comprender mejor el sentido de la estructuración de la existencia humana a partir de la idea de amor ordenado Palabras-Clave: fenomenología, afectos, ordo amoris, caridad. Phenomenological Studies-Revista da Abordagem Gestáltica-XXIV(Especial): 449-466, 2018 D o s s i e r F e n o m e n o l o g i a e I d a d e M é d i a Daniel RoDRigues Ramos "Grava-me, como um selo em teu coração como um selo em teu braço, pois o amor é forte, é como a morte!" (Cântico dos Cânticos 8, 6) Mediada pela questão do sentido do amor e da transitoriedade da vida, a presente discussão é a tentativa de colocar em diálogo dois pensadores, ao mesmo tempo, unidos e separados por uma única tradição. Unidos porque ambos pertencem ao dina-mismo vital da mesma história espiritual do Oci-dente, iniciada pelos gregos e em consumação nos tempos da técnica e da ciência. Trata-se da história da pergunta radical pelo ser, sobretudo, mediante o questionamento da estrutura fundamental da exis-tência do homem, nas tramas de sua relação consigo mesmo, com o outro, com o mundo e com o divino-questionamento percorrido na busca do sentido de ser e não ser, de realizar ou debilitar estas rela-ções. De outro lado, nitidamente separados não so-mente por causa do hiato cronológico que, para um observador externo com sua consideração objetiva dos fatos históricos, afasta tais pensadores e os tor-nam estranhos um ao outro. Antes, os pensadores se distanciam porque tal história, para continuar sua marcha e manter unidos aqueles que a pensaram no seu princípio, desenvolve-se de época em época, figurando concreções radicalmente diversas do es-pírito, cuja regra básica deste desenvolvimento é ter
Revista Interdisciplinar, 2021
RESUMO:Em carta e nos poemas O banho de xampu e Canção do tempo das chuvas, Elizabeth Bishop (2006, 2011 e 2012) representa Key West, na Flórida, e a Casa de Samambaia, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, retratando-os como luga-res de maior acolhimento para sua subjetividade e sexualidade. Nesses textos, a poeta revela um jogo erótico com o lugar, dinamizado pelo soterramento de sua intimidade em descrições, aparentemente, neutras da realidade. Essa dinâmica sugere há existência de um jogo libidinal entre a insinuação de um segredo e, ao mesmo tempo, a manutenção de seu sigilo. Dona de uma poética do armá-rio (SEDGWICK, 2007), Bishop, uma mulher lésbica, nesses textos, aponta para experiências íntimas, marcadas pela jouissance, pela relação erótica com o lugar (BATAILLE, 1987). Neste ensaio, proponho pensar esse jogo, destacando expres-sões de gozo simulacradas na relação com o ambiente, um gozo que se realiza à revelia da opressão, da hostilidade de gênero e do preconceito (LUGONES, 2019).PALAVRAS-CHAVE: Elizabeth Bishop. Representações da Intimidade. Erotismo. Armário. Gozo. ABSTRACT: In a letter and in the poems The Shampoo and Song for the Rainy Sea-son, Elizabeth Bishop (2006, 2011, and 2012) represents Key West, Florida, and her house in Petrópolis, Rio de Janeiro, depicting them as zones of greater acceptance for her subjectivity and sexuality. In these texts, the poet reveals an eroticized dy-namic with the idea of place, dynamized by the burying of her intimacy under appar-ently neutral descriptions of reality. This dynamic points to a libidinal urge between the hint of a secret and, at the same time, the maintenance of its secrecy. Owner of a poetics of the closet (SEDGWICK, 2007), Bishop, a lesbian woman, in these texts, points to intimate experiences, marked by jouissance (BATAILLE, 1987), by an erotic bond with place. In this essay, I discuss this dynamic, highlighting expressions of veiled jouissance, hidden underneath descriptions of the immediate space, which take place in spite of oppression, gender hostility and prejudice (LUGONES, 2019). KEYWORDS: Elizabeth Bishop. Representations of Intimacy. Eroticism. Closet. Jouissance.
RESUMO: O ceticismo pirrônico é profundamente marcado, sobretudo pela exposição legada por Sexto Empírico, por um vasto encadeamento de razões que visam demonstrar a necessidade da suspensão do juízo. No âmbito desse procedimento argumentativo, o elemento da divergência (διαφονία) e do equilíbrio (ἰσοσθένεια) emergem como fatores de relevo para o discurso cético. Portanto, neste artigo, buscaremos analisar esses dois importantes elementos e esclarecer como eles se articulam no interior da estrutura argumentativa pirrônica. PALAVRAS-CHAVES: Pirronismo, argumentação, divergência, equilíbrio. ABSTRACT: The pyrrhonian scepticism is deeply characterized, mainly by the exposition handed down by Sextus Empiricus, through a vast chain of reasons which seeks to demonstrate the necessity of the suspension the judgement (ἐποχή). Within the scope of this argumentative procedure, the elements of divergence (διαφονία) and equipoise (ἰσοσθενεὶα) emerge as important factors for sceptic discourse. Therefore, in this article, we will analyze these two important elements and clarify how they are articulated within the pyrrhonian argumentative structure. KEYWORDS: Pyrrhonism, argumentation, divergence, equipoise.
2015
Esse artigo analisa a presença do governador Marcelo Déda no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. O objetivo é discutir a relação entre os institutos históricos e o campo político, como também analisar o processo de reforma do sodalício sergipano a partir das intervenções da política cultural do governo Déda.
Hélade, 2019
Perambulação, nada pior existe entre os mortais. (HOMERO, Odisseia, XV, v. 343) 3 Esse eu era na guerra; mas o trabalho não me era caro, tampouco o senso doméstico que cria radiantes crianças; sempre me foram caras naus com remos, guerras, dardos bem-polidos e flechascoisas funestas, que para os outros horripilantes são. Mas isso era-me caro, o que o deus pôs no juízo; cada varão se deleita em trabalhos distintos. (HOMERO, Odisseia, XIV, vv. 222-28)
Direito e Marxismo, 2010
Um dos estudiosos italianos dedicados à obra de Gramsci, Luciano Gruppi, apresenta as raízes da palavra: "O termo hegemonia deriva do grego eghstai, que significa 'conduzir', 'ser guia', 'ser líder'; ou também do verbo eghemoneuo, que significa 'ser guia', 'preceder', 'conduzir', e do qual deriva 'estar à frente', 'comandar', 'ser o senhor'. Por eghemonia o antigo grego entendia a direção suprema do exército. Trata-se, portanto, de um termo militar. Hegemônico era o chefe militar, o guia e também o comandante do exército. Na época das guerras do Peloponeso, falou-se de cidade hegemônica para indicar a cidade que dirigia a aliança das cidades gregas em luta entre si". 3 O conceito de hegemonia em Gramsci, entretanto, não surge como uma invenção ou descoberta sua, muito embora sua contribuição seja original e destacada. Insere-se em uma tradição que remonta aos marxistas russos anteriores a Lenin, como anota Perry Anderson, em seu já mencionado ensaio crítico dedicado a Gramsci. 4 1 O presente trabalho corresponde a capítulo da dissertação de Mestrado do autor, desenvolvida junto ao Departamento de Ciência Política da FFLCH-USP, sob a orientação do prof. Cícero Araújo, com o título Hegemonia e direito: uma reconstrução do conceito de Gramsci , durante os anos de 2002-5.
RESUMO: Com este artigo pretende-se discutir a relação entre herói e multidão na Ilíada sob o ponto de vista do conceito de identidade relacionado à metáfora teatral sugerida por Goffman para a análise das interações sociais. Privilegiou-se o estudo de alguns discursos dos personagens acerca do papel que se espera dos heróis, bem como de cenas em que a relação ator/plateia tem maior ênfase. Por fim, propõe-se uma análise das repercussões materiais das disputas identitárias no interior da sociedade apresentada no poema.
SIMPURB 2015, 2015
O trabalho elucida sobre recentes processos de segregação urbana no contexto da apropriação espacial conforme classes sociais em Salvador, ocorrendo grosso modo de forma condensada e se repercutindo em acessos desiguais ao mercado de trabalho, à moradia, à educação e aos serviços públicos enquanto à escala micro-urbana emergem novas constelações constituídas pela contiguidade entre bairros nobres e resistências de favelas centrais. Explorando as consequências da segregação, indaga-se sobre o impacto do efeito-território – entendido como os benefícios ou prejuízos socioeconômicos acometidos na vida de pessoas pobres em função da sua inserção em determinados contextos de vizinhança – na articulação entre populações socialmente distantes, porém geograficamente aproximadas, a exemplo da Região Nordeste de Amaralina.
Revista Brasileira de Inteligência - RBI, 2020
Analisa aspectos relacionados com as teorias do conhecimento (epistemologia) e do aprendizado (gnoseologia), em seus contextos geral e particular, ao passar pelas considerações e abordagens dos pensadores antigos, principalmente, Sócrates, Platão e Aristóteles, com o propósito de ampliar o entendimento da natureza, das fontes, dos fundamentos, da validade e dos limites daquilo que se pode conhecer, e os incorpora ao escopo de atuação dos profissionais de Inteligência, principalmente para os envolvidos nas atividades inerentes à função de análise. Questiona a reivindicação do conceito de “ciência” por diversos ramos do conhecimento e discute a possibilidade da existência de uma “metodologia científica” ou da natureza “científica” de ramos do conhecimento que não se concentram sobre a natureza, especificamente sobre a função e a importância do conhecimento de Inteligência, bem como o “ciclo” ou o caminho para a produção e as fontes admissíveis, que, desde a modernidade, inclinam-se quase exclusivamente para o conhecimento que possa ser obtido pelo método cartesiano. Relaciona e incorpora, ao processo de produção de conhecimento empregado na atividade de Inteligência, os elementos da epistemologia e da gnoseologia, e propõe uma abordagem mais ampla e inclusiva das características do senso comum, do pensamento tradicional e mesmo do sensitivo à produção de conhecimento da Inteligência, de forma a se apropriar de todas as formas possíveis de interação com a verdade, ou seja, com a melhor informação que se possa obter no tempo e com os recursos disponíveis.
Revista Griot, 2021
Lógos é termo grego central para a construção do movimento sofístico. Górgias de Leontinos, um dos principais representantes da primeira geração desse movimento, propôs-se a refletir, em Elogio de Helena, sobre o discurso como um grande e soberano senhor, capaz de ao mesmo tempo produzir persuasão em Helena e denunciar esse poder persuasivo. Na primeira parte deste estudo, pretendemos situar o lógos como fabricador de vivências em seu ouvinte, o que sugere a compreensão do poder persuasivo. Na segunda parte, a fabricação de vivências, diferente da persuasão, se identificará com uma realidade fictícia produzida devido ao engano voluntário. Por ser voluntária essa experiência do engano, o motivo da soberania do lógos está para Górgias, em que o discurso, além de persuadir, pode servir como instrumento possível para a fabricação de aprendizados, cuja experiência artística o seu próprio texto exemplifica.
ARQUIVOS, ENTRE TRADIÇÃO E MODERNIDADE, 2017
TRABALHO APRESENTADO NAS SESSÕES DE COMUNICAÇÕES LIVRES E NOS EVENTOS PARALELOS DO XI CONGRESSO DE ARQUIVOLOGIA DO MERCOSUL.
Spivak lançava o livro "Pode o subalterno falar?". A proposta do livro, polêmico ainda hoje, era a de problematizar a possibilidade, aventada por inúmeros cientistas sociais bem intencionados, de "falar em nome daqueles que não tem voz". A tese apresentada por Spivak era a de que a atitude de "falar em nome do outro" ou "pelo outro", contribuía, no fim das contas, para que ele seguisse sem falar e, assim, sua condição de subalternidade fosse mantida intacta, enquanto o pesquisador "falante" recebia os méritos por sua pesquisa "engajada".
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