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Acadêmicos das Relações Internacionais (RI) na América Latina têm pouco utilizado a ‘fronteira’ (internacional) no estudo dos fenômenos regionais e regionalistas, seja como locus conceitual primordial, seja como fonte elementar de dados empíricos. Isso se dá pelo fato de o conceito de integração (regional) e seu arcabouço teórico serem excessivamente utilizados na investigação desses fenômenos, o que “naturaliza” a fronteira e remove-a de sua relevância analítica. Por essa razão, este capítulo tem por objetivo explorar uma possível trilha que possa conduzir a agenda de pesquisas futuras no que concerne o estudo das interações (trans)fronteiriças sob a perspectiva das dinâmicas regionalistas: as teorias do regionalismo, abordagem até então pouco empregada no continente.
2013
Este trabalho busca analisar o papel da integracao fronteirica para a integracao regional na America Latina. Analisa se as iniciativas de integracao fronteirica se articulam e/ou contribuem para os processos de integracao regional latino-americana. Aborda algumas iniciativas regionais como a Iniciativa para Integracao da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) e sua relacao com iniciativas de integracao fronteirica, alem do papel das infraestruturas para esta integracao. Tambem aborda como os Planos de desenvolvimento das areas de fronteiras nacionais ou bilaterais tem atuado em relacao a integracao fronteirica e regional. Utilizando como area de estudo a Bacia Amazonica e suas regioes fronteiricas.
O presente artigo se propõe a fazer uma análise das perspectivas de inserção internacional a partir dos processos de integração regional na América Latina, materializado nas duas iniciativas de maior impacto nos dias atuais, isto é, na União de Nações Sul Americanas (UNASUL) e na Aliança do Pacífico. O objetivo é avaliar como, dentro do continente, os países podem melhor se posicionar para se adaptar à nova realidade internacional, marcada pela crescente multipolaridade e deslocamento do centro dinâmico da economia mundial. O presente estudo tem sua importância no fato de que a crítica acadêmica, amparada em um corpo teórico consolidado, cumpre o objetivo de tornar mais cônscio o debate em política externa, bem como a elaboração e execução desta. Do ponto de vista da literatura acadêmica, supre o papel de comparar as perspectivas de concertação para o continente de um ponto de vista progressista, tendo em vista que a maior parte das análises atuais enfatiza o "sucesso" da Aliança do Pacífico comparado ao ceticismo quanto à UNASUL. O artigo está estruturado em três seções, além destes parágrafos iniciais e da conclusão. Primeiramente, a atual situação da América Latina, no que tange sua inserção internacional, é analisada, propondo-se, face às contingências observadas, diretrizes a serem consideradas na elaboração de política externa para os países da região. Mostra-se como a integração regional é essencial para o momento em que vivemos, e como o melhor modelo a ser seguido é o proposto no âmbito da UNASUL. Na segunda parte do trabalho a Aliança do Pacífico, o contraponto à essa União, é analisada juntamente com sua proposta de reemergência do modelo do Regionalismo Aberto. Tal seção serve de embasamento para a terceir parte do artigo, quando se passa à comparação das visões que deram origem aos processos concorrentes da UNASUL e da Aliança do Pacíficoque partem de seus principais proponentes, Brasil e Peru respectivamente. Tal análise se dará por base dos fins, dos meios, e da visão e posiocionamento externo de seus países idealizadores. O resultado observado é a existência de projetos com objetivos díspares coexistindo geograficamente. Por fim, os resultados preliminares são sistematizados nas conclusões finais.
Diké - Revista Jurídica
Da Obsessão com o Regionalismo à Desventura da Integração Latino-americanaTrinta anos após sua fundação, o MERCOSUL não conseguiu cumprir seus objetivos declarados. Longe de ser um mercado comum e ainda não uma união aduaneira, não se aprofundou nem se ampliou (legalmente). Todos os outros projetos regionalistas na América Latina se saem ainda pior, embora tenham favorecido a democracia interna, as reformas econômicas e as relações regionais mais pacíficas. Este artigo apresenta um conjunto de ferramentas conceituais para comparar a integração regional e, em seguida, aplica-o para explicar os objetivos dispersos e o desempenho em declínio das experiências latino-americanas. O objetivo é mostrar como o fortalecimento da soberania nacional – em oposição ao seu agrupamento ou delegação – está no cerne da maioria das estratégias regionalistas contemporâneas.
Relações Internacionais para Educadores: discutindo América Latina : desafios e possibilidades, 2014
A integração regional se mostrou uma alternativa para que os países conseguissem competir internacionalmente, num mundo que apresentou tendências de crescente globalização e liberalização comercial , acentuando-se a partir dos anos 1960. A partir desse contexto, presente capítulo se propõe a analisar a opção do Brasil em privilegiar a integração da América do Sul, considerando suas causas e consequências; expor a forma como se deu a constituição dos principais processos de integração regional envolvendo a América Central e do Sul, dando ênfase às iniciativas levadas a cabo ao sul do Equador - uma vez que exercem grande influência na inserção internacional brasileira -, bem como suas relações com as dinâmicas nacionais e internacionais da época, objetivos e efeitos sobre os Estados membros dessas organizações.
Revista Jurídica da UFERSA, 2018
RESUMO Geograficamente, o Brasil é o maior país da América do Sul, possui um território que se estende por cerca de quarenta e sete por cento da porção centrooriental do continente sul-americano. Além disso, o Brasil possui 23.102 km de fronteiras, sendo 15.735 km terrestres e 7.367 Km marítimas. As fronteiras são regiões onde há o encontro entre dois ou mais países, com interconexões entre eles, seja de ordem econômica, social ou cultural. A realidade vislumbrada nestes locais se afasta daquelas cotidianas do interior do país. Para viabilizar e preservar uma relação amistosa entre os países, assim como dos moradores, aqueles pactuam entre si acordos, para organizarem os espaços sem interferência da soberania, assim como para promover o desenvolvimento econômico-social de ambas as partes, uma vez que pensada a integração regional para tanto. O presente trabalho, adotando o método dedutivo e a revisão bibliográfica, apresenta de maneira sistemática e analítica os efeitos que as políticas públicas de integração causam na comunidade, em especial com relação ao sentimento simbólico de extensão do território nacional para além das fronteiras.
Acta Hispanica, 2020
Resumo: Após a década perdida (anos 80), o ajuste neoliberal do Consenso de Washington (anos 90) e a ilusão vivida com a alta dos preços das commodities no mercado internacional, que no Brasil implicaria no desaire do social-desenvolvimentismo, os países da América Latina assistem ao acentuar dos problemas afetos às questões migratórias. Desse modo, os movimentos migratórios relacionados com os países latino-americanos incluem a emigração de seus nacionais para os países orgânico-centrais, as inter-migrações a nível da região e a ocorrência de fluxos migratórios oriundos de outros continentes (em especial da Ásia e da África). Assim sendo, ao contrário do que ocorrera no período subtendido do século XIX aos anos 60 do transato século, a América Latina não se posiciona unicamente como centro de imigração predominantemente europeia (com destaque para Argentina, Uruguai, Chile e Brasil) e passa a viver com toda esses aspectos a caracterizar os novos fluxos migratórios. A essa nova realidade não é alheia a situação de degenerescência vivida por boa parte da Periferia/Semiperiferia, com exceção dos países do Leste Asiático e da China, enquanto fruto da globalização e do neoliberalismo, elementos caracterizadores do atual estágio da economia-mundo.
Integrar caminhos, povos e conhecimentos no coração da América Latina A invenção da bússola, no século XIII, revolucionou o mundo. O instrumento permitiu ao homem, pela primeira vez, traçar novas rotas e explorar novos destinos. Mas, atualmente, para encontrarmos os melhores caminhos, utilizamos o GPS (Global Positioning System), que é uma espécie de "bússola" moderna, com muito mais recursos. Nesta perspectiva, podemos dizer que o conhecimento tem o mesmo papel de uma bússola ou de um GPS, o de encontrar os melhores "caminhos". Então, nada mais estratégico que unir inteligências, culturas e vivências de diferentes povos para a construção de um projeto comum: a RILA (Rota de Integração Latino-americana). A RILA, também chamada de Rota Bioceânica, é um dos projetos mais importantes para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, já que tem o objetivo de encurtar os caminhos para as exportações e importações do Estado até a Ásia e a América do Norte, fazendo um percurso que corta a América do Sul, saindo do Brasil, passando pelo Paraguai, pela Argentina e chegando, assim, aos portos do Chile, que estão no Oceano Pacífico.
Monções, 2017
Disponível em: http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/moncoes FRONTEIRAS, INTEGRAÇÃO E PARADIPLOMACIA As relações internacionais são permeáveis a mudanças. Consequentemente, a análise do comportamento dos atores internacionais não
Contexto Internacional, 2010
O objetivo deste trabalho é analisar a forma como algumas escolas de pensamento, representadas por figuras significativas, percebem no Brasil o tema da integração regional. O foco é a segunda metade do século XX, buscando compreender as concepções de projeção regional e internacional do país, que fundamentam as possibilidades de integração. Para isso, serão discutidos os seguintes temas: o papel do Estado, a visão de país, o nacionalismo, o desenvolvimento econômico e o subdesenvolvimento, o reconhecimento internacional e a percepção dos vizinhos. A ideia da especificidade frente aos países vizinhos é um elemento presente na obra de intelectuais e de formuladores de políticas. Ela se faz presente em muitos países, inclusive em outros dessa região. Buscaremos entender como essa ideia evoluiu no Brasil, chegando, nos anos 1980, à aceitação da existência de uma comunidade de interesses com os países do Cone Sul e da América do Sul.
Relações Internacionais Temas Contemporâneos, 2021
2012
Estamos vivendo um período favorável para reduzir os níveis de pobreza, e desfraldar a utopia do desenvolvimento sustentável envolto nos grandes projetos de infraestrutura proposto para a América do Sul. Não podemos consentir que a pobreza e a desigualdade sejam perpetuadas com os crescimentos econômicos e suas consolidações a partir de estruturas e agentes, como vem acontecendo desde os tempos coloniais, e hoje resultam em altíssimos níveis de pobreza e desigualdade condicionados pela vida política, econômica, social e cultural. Sobretudo, atendem aos setores sociais que possuem força de mobilização e de pressão sobre os governos. Embora não tenha havido a participação e consentimento da população para a aprovação dos projetos de infraestrutura intermodal proposto para a América do Sul, podemos aproveitar estes mesmos projetos e fazer com que sejam utilizados como ferramenta para diminuir a desigualdade social e reduzir, principalmente a pobreza infantil na região. Diversas fontes de informações apontam que os maiores investimentos, em pesquisa, na América do Sul estão voltados para atender ao agronegócio. Entendemos que este deve ser o ponto de mudança de direção, ou o ponto forte para que juntos produzam conhecimento de interesse social, com menor ênfase ao capital especulativo e multifacetário. Temos a convicção de que com mais responsabilidade social das empresas e aumento das pesquisas por parte de governos, organizações internacionais e dos grupos sociais e econômicos na área social é possível reduzir os níveis de pobreza, a começar pela pobreza infantil, e eliminar suas expressões extremas.
A fronteira internacional tem sido diminutamente utilizada pela academia latino-americana no estudo dos fenômenos regionalistas, particularmente como fonte elementar de dados empíricos. Isso denota um hiato teórico significativo no tocante ao desenvolvimento de análises sofisticadas sobre a função da fronteira nesses processos, em especial na América Latina. O presente trabalho objetiva analisar, primeiramente, como as teorias ou abordagens sobre integração/regionalismo enxergam a fronteira internacional. Para tanto, serão analisadas desde as teorias clássicas da integração europeia, como o federalismo e o funcionalismo, até as abordagens da virada do século, como o novo regionalismo e o subsequente regionalismo comparado. Em segundo lugar, a partir dessas análises, objetiva-se identificar as bases teóricas úteis à compreensão do papel das fronteiras latinoamericanas nas dinâmicas regionais. O trabalho constata que as teorias contemporâneas pluralistas das Relações Internacionais lançaram os fundamentos necessários para o desenvolvimento de teorias a respeito das dinâmicas (trans)fronteiriças, possibilitando a análise contextualizada do papel desses fenômenos no continente.
Este ensaio acadêmico tem como objetivo informar de maneira sucinta, os pilares da integração regional com base nos preceitos do regionalismo, utilizando como foco principal as iniciativas ocorridas na América Latina sobretudo no período de governos progressistas a partir do ano 2000, quando se beneficiaram do desgaste e da baixa credibilidade que o modelo de globalização neoliberal adquiriu ao longo da década anterior. Aborda também como tais governos progressistas serviram-se do momento favorável ao comércio internacional de commodities latino-americanas absorvidas principalmente pela China, assim como o posterior desperdício de oportunidades de fortalecimento da economia latino-americana com este mesmo comércio, devido à opção por ganhos volumosos que sustentaram políticas econômicas de curto prazo em detrimento de um projeto sólido de desenvolvimento para a região. Finalmente, destaca a solução das turbulências políticas, econômicas e sociais brasileira e venezuelana como mola propulsora da retomada dos processos de integração regional latino-americana.
Brazilian Journal of International Relations
A construção de políticas migratórias sempre foi uma questão central para os países, especialmente, nas últimas décadas, com a intensificação dos processos de integração ao redor do mundo, que passaram a incorporar o debate sobre a livre circulação de pessoas e a harmonização das regras de migração entre os Estados-Membros. Enquanto a União Europeia desenvolveu uma política comum que abrange tanto a questão da circulação interna de pessoas como as regras de entrada de migrantes extrabloco, no Mercosul, a política migratória é exclusivamente nacional, havendo discussões entre os membros apenas sobre princípios comuns. Apesar das diferenças, nos últimos trinta anos houve uma mudança na compreensão dos migrantes em ambos os processos de integração regional, marcada pelo fortalecimento da desconfiança em relação aos que vêm de regiões externas. O objetivo deste artigo é discutir o processo de securitização da agenda migratória nos dois blocos regionais, analisando suas distinções e espe...
2020
South American and Latin American integration and attempted block formation have fluctuated over the years. While trying to unify the countries of the subcontinent, no axis has been found that algutine and meets the interests of the nations of the region. The processes of cooperation and integration have been moving more slowly than intended. This text discusses, from a historical perspective, the difficulties and possibilities of advancing such initiatives in a globalized and competitive world. We attach importance to Brazil’s role in those processes.
As matérias assinadas por colaboradores não refletem, necessariamente, a posição das entidades. É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos desta edição, desde que citada a fonte. Av. Rio Branco, 109 -19º andar -Rio de Janeiro -RJ -Centro -Cep 20040-906
Araucaria Revista Iberoamericana De Filosofia Politica Y Humanidades, 2006
A distância político-cultural que ainda prevalece entre o Brasil e os países hispano-americanos vem sendo paulatinamente diminuída no plano político, principalmente com a formação de blocos regionais e acordos de cooperação. No plano específico do pensamento social, esta distância também se mantém, mas é possível observar que os intelectuais latino-americanos têm compartilhado historicamente a preocupação em refletir sobre temas continentais e em definir um lugar para a América Latina no contexto mundial. No início, havia pouca vinculação entre os brasileiros e seus pares hispano-americanos. Nos anos cinqüenta, porém, com o movimento cepalino, e nos setenta, com a teoria da dependência, iniciou-se um intercambio maior. A partir de fianis dos anos oitenta, a inserção da América Latina no mundo globalizado e a relação entre cultura e modernidade no subcontiente foram temas que estimularam o diálogo entre intelectuais brasileiros e hispano-americanos, como Renato Ortiz, Octavio Ianni e Martín-Barbero, analisados neste ensaio. Palavras-chave: história intelectual; pensamento latino-americano; identidade nacional e latino-americana; teoria da dependência; globalização; modernidade
Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD, 2017
O presente trabalho tem como principal objetivo propor que a integração regional seja conduzida como uma política pública, levando-se em conta a região sul-americana e dando especial destaque para o papel da paradiplomacia. A justificativa reside na oscilação desse processo, que, sobretudo após a década de 1990, depende ora da conjuntura doméstica dos países, ora das influências externas. Será feita uma análise das políticas públicas voltadas para o aprofundamento da integração regional, particularmente focada na perspectiva do Brasil, evidenciando sua estreita relação com a política externa brasileira (PEB). Para tal, levar-se-ão em conta as políticas públicas da Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira (CDIF), da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério de Integração Nacional. Destaca-se a necessidade de avaliar a região de fronteira uma vez que ela é direta e indiretamente afetadas pelas interações transfronteiriças, com o própri...
Diálogos, 2019
As fronteiras são um tema conceitualmente polissêmico e um objeto multidisciplinar. Estudos que tratam desse tema são de grande valia para os campos da Geografia, Relações Internacionais, Direito, História, entre outros. Visando contribuir com esse debate, essa resenha apresenta uma visão do livro Formação das Fronteiras Latino-Americanas (FUNAG-2017), que caracteriza-se como uma importante contribuição, com diversas questões diferenciadas na discussão realizada.
Polis (Santiago), 2012
Lo público. Un espacio en disputa Colonialidade do poder e os desafios da integração regional na América Latina La colonialité du pouvoir et les défis de l'intégration régionale en Amérique latine La colonialidad del poder y los desafíos de la integración regional en América Latina The coloniality of power and the challenges of integration in Latin America
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