Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2006, Tempo Social
No ano de 1978 acho que nós não passamos uma única semana sem fazer greve até dezembro.
No ano de 1978 acho que nós não passamos uma única semana sem fazer greve até dezembro.
Cadernos De Pesquisa, 2003
O objetivo deste artigo é o de apresentar parte dos resultados de ampla pesquisa, na qual se estudou a qualificação como construção social, privilegiando-se dois campos de análise: a escola e a fábrica. A pesquisa focalizou uma escola pública, duas unidades do Senai e uma indústria metal-mecânica, localizada no interior do Estado de São Paulo. Neste artigo, discutem-se alguns dados obtidos no âmbito da fábrica, com destaque para o olhar dos trabalhadores sobre as contribuições da escola e da empresa para seu processo de qualificação profissional. Os resultados indicam que há consenso entre os entrevistados sobre o valor da escolarização, não só para o exercício da profissão, mas para a vida social e familiar. Os procedimentos adotados pela indústria, visando à qualificação profissional e à adesão dos trabalhadores aos objetivos empresariais, são também muito bem aceitos. A análise dos dados permitiu, todavia, desvelar conflitos, contradições e idealizações que os discursos consensuais não conseguem de todo ocultar. ESCOLA PÚBLICA -TRABALHO INDUSTRIAL -QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Este artigo é uma versão resumida e mais elaborada de trabalho publicado em Textos FCC, n. 22, de dezembro de 2002, e refere-se a parte de resultados da pesquisa "A qualificação como construção social", financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa -Fapesp -e desenvolvida pelos autores.
Revista Educativa - Revista de Educação, 2021
Este artigo aborda o tema da relação entre Saber e Verdade, problematizando-o por meio da seguinte questão: quais as consequências da ausência da Parrésia nos processos de escolarização? São apresentados os resultados de uma pesquisa bibliográfica que objetivou: (a) compreender as relações entre Parrésia, Escolarização e modernidade; (b) discutir como opera o processo de escolarização e as influências que recebe no campo discursivo; (c) discutir, por intermédio da categoria Fábrica-Escola, as consequências da não utilização da Parrésia nos processos de escolarização. Adotou-se a abordagem transdisciplinar tendo em vista a complexidade e a pluralidade dos textos escolhidos. Foram analisados textos dos autores Michel Foucault, Martin Heidegger, Karl Marx, Walter Benjamin, entre outros. Pode-se concluir que as relações entre Parrésia, escolarização e modernidade influenciam nos diferentes processos de escolarização. E que as consequências da ausência de Parrésia nesses processos influê...
Revista Direito e Práxis, 2016
ublicado originalmente em Paris, em 1978, e relançado no Brasil em março deste ano, pela Boitempo Editorial, A legalização da classe operária, de Bernard Edelman, é um livro incômodo. Defendendo a inviabilidade de um "direito operário" por compreender que a relação jurídica não permite a coexistência de sistemas de direito que se oponham aos "grandes princípios" lógico-estruturantes da forma jurídica-o "Homem", a "liberdade", a "igualdade", a "propriedade privada"-, o autor enuncia uma tese essencialmente negativa: a incorporação das demandas operárias pelo direito, ainda que tenha melhorado certas condições objetivas do trabalho, custou ao operariado um alto preço-a neutralização da perspectiva revolucionária e do desejo de "abater o capitalismo" (p. 8). Na primeira parte do livro, perquirindo a estrutura do contrato de trabalho e do direito de propriedade, Edelman afirma serem ambos "uma única e mesma coisa" (p. 29): "de um lado, o contrato de trabalho aparece
2012
Coleção: Debater o Social – 10Este livro aborda as alterações introduzidas pelas novas representações do conceito de trabalho e emprego e as mudanças produzidas nas vidas das pessoas residentes no Vale do Ave, área de forte implementação fabril, orientada em grande escala para a ocupação na indústria têxtil. Identifica -se na sociogénese da região uma geografia humana urdida a partir do campo agrícola responsável por determinadas representações sobre o trabalho, geradas na perspetiva do saber prático elevado a uma condição superlativa, evitando -se e negando-se a utilidade do conhecimento a partir da frequência escolar. Desta configuração aproveitou a indústria sobrepondo-se à agricultura e estendendo à região um extenso lençol de relações, urdidas numa teia de substituição dos saberes práticos agrícolas em troca da especialização fabril, traduzida em tarefas repetidas e mecanizadas, num processo de desapropriação e embrutecimento, perpetuadores de um baixo capital social da região....
Revista Observatório, 2019
RESUMO Este artigo trata de questões relacionadas às necessidades de desenvolvimento dos aspectos emocionais, motores e cognitivos de um indivíduo, que as mídias digitais embora sejam úteis e necessárias para a formação digital do aluno, não podem ser usadas de forma que substitua o contato pessoal, familiar, entendendo que os problemas de ordem afetivas são refletidas em sala de aula, percebidos pelos professores e devem ser desenvolvidas práticas pedagógicas que visem conscientizar tanto pais quanto as instituições educacionais.
Este estudo de caso analisou a formação da identidade de cooperado entre trabalhadores de uma fábrica recuperada. Foi realizado por meio de conversas no cotidiano de trabalho e de entrevistas, quando os trabalhadores se referiram à cooperativa e às suas histórias de vidas de trabalho. Demonstra que, na constituição da cooperativa, os líderes do grupo construíram uma identidade prototípica que opera como uma expectativa social sobre o modo de atuação dos cooperados. A assunção pessoal dessa identidade depende da possibilidade de sua performance pelo trabalhador, que é dificultada pelas limitações em controlar e modificar seu próprio trabalho. Isso resulta numa identidade simultaneamente induzida pela liderança e interrompida pelo processo de trabalho, ou seja, em crise.
Embora voltada prioritariamente para o campo do pensamento político, a obra de Hannah Arendt tem despertado grande interesse entre educadores, intelectuais e profissionais de educação nas últimas décadas. Essa notável repercussão de seu ensaio sobre a crise da educação pode ser atribuída, ao menos em parte, à originalidade de sua perspectiva analítica e ao vigor de suas críticas ao projeto de modernização da educação. Suas reflexões sobre esse tema, conquanto escassas e esparsas, representam uma radical inovação em relação à forma pela qual os discursos pedagógicos tendem a analisar, por exemplo, os vínculos entre educação e política ou o problema do significado da autoridade como elemento estruturador das relações educativas. Por outro lado, por suporem uma razoável familiaridade com sua complexa rede teórica e conceitual, muitas das alegações apresentadas em seu ensaio sobre A crise na educação têm sido frequentemente sujeitas a toda sorte de controvérsias e incompreensões. A presente obra procura elucidar a trama conceitual subjacente aos esforços de Arendt no sentido de compreender o impacto da ruptura da tradição na tarefa precípua da educação: a iniciação dos mais jovens em um mundo comum de heranças simbólicas e materiais cujo cultivo representa, simultaneamente, um compromisso com sua durabilidade pública e uma condição para sua renovação. Mas os ensaios aqui reunidos não se limitam a dar um panorama de suas reflexões sobre o tema. Eles incidem ainda sobre um complexo conjunto de problemas que emergem do diálogo entre a leitura das obras de Arendt e os dilemas, impasses e incertezas da experiência de educar e formar professores no mundo contemporâneo. Por essa razão, neles convoco outros pensadores e evoco novos acontecimentos, sempre com o propósito de expandir as reflexões de Arendt a campos e territórios aos quais elas originalmente não se destinavam, como no caso dos vínculos entre a atividade educativa e a liberdade ou no do sentido da formação humanista na constituição do sujeito e em sua inserção no domínio público. Mais do que ao conteúdo literal de seus escritos sobre o tema, procuro ser fiel à atitude para a qual as reflexões de Arendt nos convidam: o exercício do pensamento como forma de se reconciliar com a experiência de viver em um mundo no qual o passado cessou de lançar luz sobre o futuro e os homens se veem compelidos a buscar novas categorias para compreender sua condição presente.
Tropismo Fotográfico, 2019
A 30 de Março de 2017, a Universidade do Porto formalizou a aquisição de um terreno contíguo à Faculdade de Belas Artes — que incluiu o palacete da família Narciso e Azevedo (1879), a antiga fábrica Fogões Meireles e a ilha de habitação a ela associa- da — para ampliação das suas instalações, abrindo um diálogo e uma inequívoca transformação para a sua comunidade, mas também uma redefinição do bairro onde se situa, no contexto mais amplo do Porto. Foi este o mote para a realização de uma residência artística e uma exposição, inserida na primeira edição da Bienal de Fotografia do Porto, subordinada ao tema transformação e adaptação. Tratou-se, por isso, de integrar as possibilidade de debate que esta recente aquisição determina e do que nela existe de latente — especular visualmente sobre uma escola de belas artes em potência — e projectar o imaginário das suas possíveis ocupações, das suas variáveis temporais, que se prolongam a uma segunda residência e para lá de ambas. Escolhendo reflectir sobre o início de um processo de mudança e sobre a própria ideia de passagem do tempo, da actual ruína para as suas prósperas origens entendidas aqui como elemento de transição entre o velho e o novo, foram convidados quatros ex-estudantes da Faculdade para elaborarem um projecto para documentar e/ou ficcionar o espaço a partir da sua iminente reconfiguração.
Os Cadernos Secad foram concebidos para cumprir a função de documentar as políticas públicas da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação. O conteúdo é essencialmente informativo e formativo, sendo direcionado àqueles que precisam compreender as bases -históricas, conceituais, organizacionais e legais -que fundamentam, explicam e justifi cam o conjunto de programas, projetos e atividades que coletivamente compõem a política posta em andamento pela Secad/MEC a partir de 2004.
Faces da História, 2021
Em 2010, dezoito trabalhadores da empresa de tecnologia chinesa Foxconn tentaram cometer suicídio ao pularem do telhado de uma das instalações da empresa. Quatorze deles infelizmente conseguiram. Este trágico evento foi uma das razões que levaram o historiador norte-americano Joshua Freeman a refletir a escrever Mastodontes: a história da Fábrica e a construção do mundo moderno, publicado originalmente em 2018 pela W.W. Norton, e traduzido imediatamente para o português em 2019 pela editora Todavia. O livro faz parte do esforço da editora brasileira em trazer para uma audiência nacional produções estrangeiras que versam sobre temas proeminentes do mundo contemporâneo. Neste caso, a obra traduzida busca contribuir para o debate sobre a relevância do mundo industrial nos dias de hoje e frisar o quanto este universo impactou e continua a impactar o presente. No livro, Freeman nos traz uma história das fábricas. Mas não qualquer fábrica __ como ele mesmo salienta no começo do livro __ mas aquelas mastodônticas, que se destacaram à época de sua construção por terem suscitado na sociedade industrial uma miríade de questões políticas, culturais e econômicas, incorporando, a um só tempo, um imaginário de horror ancorado na exploração do trabalho, degradação ambiental e
REAd. Revista Eletrônica de Administração (Porto Alegre), 2014
O caso relata as dificuldades enfrentadas por um empreendedor e sua esposa que, após uma experiência bem sucedida numa pequena fábrica de móveis, decidem iniciar uma nova empresa com um sócio. Depois de um ano eles estão envolvidos com problemas de relacionamento com o sócio, dificuldades de acertar o processo produtivo e falta de recursos financeiros. Os investimentos foram superiores aos projetados inicialmente e o mercado se mostra mais competitivo do que era relatado pelo sócio. Depois de desfazer a sociedade, o casal vislumbra como solução um novo sócio que faça um aporte financeiro e que os ajude a administrar. Mas como mostrar a um novo sócio que a empresa é viável? Qual a necessidade de capital? Qual o valor da empresa? Para responder a estas questões eles precisam obter informações sobre as necessidades financeiras que os ajudem a projetar as condições de viabilidade futura da empresa. O caso pode ser usado em várias disciplinas. Em finanças pode ser utilizado para a prátic...
Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP
Esse artigo tem como objetivo discutir o início da pesquisa em torno dos conflitos e das disputas sociais envolvendo a profissionalização do jogador de futebol presentes na construção do time amador de fábrica Santa Marina Football Club. Seu recorte temporal se inicia em 1913, ano de sua fundação, até 1933, ano da profissionalização do jogador de futebol. Com o estudo sobre o contexto histórico de industrialização e modernização da cidade de São Paulo, foi possível o levantamento de algumas hipóteses acerca das características do time. Será realizada também uma discussão sobre História Oral por ela ser o principal guia para o tratamento das fontes e por se entender que ela possui as ferramentas metodológicas necessárias para se trabalhar com as narrativas passadas de geração em geração em torno das identidades do clube. Ainda serão analisadas atas de reuniões por poderem evidenciar detalhes não percebidos nos relatos orais.
2013
TCC (graduação)- Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, História.O presente trabalho faz parte da finalização do Curso de História da UFSC. Discute-se nesta pesquisa histórica o período de Ditadura Civil-Militar, centrando a análise na repressão ao movimento operário materializada na perseguição política de cunho econômico. Prioriza-se as perseguições sofridas pelo ex-perseguido político Tarcísio Eberhardt delimitadas ao intervalo de 1979-1981 em Campinas-SP. O presente trabalho contextualiza com o momento político em estudo e com casos de repressão sofridos por outros indivíduos. Faz-se também uma análise da relação do empresariado com a Ditadura e a repressão
2017
Este estudo tem como objetivo levantar algumas compreensões críticas acerca dos processos de educação na sociabilidade capitalista que em sua grande maioria corresponde a formação para o trabalho conforme as necessidades deste modo de produção. A pesquisa encontra-se em andamento e se refere a educação oferecida para a classe trabalhadora por meio do "Jovens Empreendedores Primeiros Passos" (JEPP) para os filhos e filhas de trabalhadores do município de Fraiburgo SC. Neste texto, primeiramente realizamos uma análise teórica reflexiva sobre o trabalho na obra O Capital de Karl Marx. Posteriormente, traçamos uma compreensão sobre os estudos de crescimento e inovação propostos pelo Banco Mundial e a adesão dessas ideias pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com intuito de manter o Brasil com mais inovação e competitividade e os trabalhadores atrelados a ideia de empreendedorismo, que corrobora com os projetos de educação para a manutenção e sustentação da sociedade capitalista.
O retorno da classe operária "com características chinesas", 2022
Merece reflexão atenta o componente operário que inspirou o estouro de protestos a nível nacional que desafiaram a política da Covid-zero, de Xi Jinping. Estaremos diante de uma recomposição subjetiva do proletariado chinês?
Esta comunicação apresenta elementos para uma reflexão da relação entre a feminização do magistério e a inserção de pedagogas na fábrica, a partir de evidências empíricas do fenômeno constatado em quatro fábricas situadas na região de Curitiba / Paraná, que iniciaram a reestruturação produtiva na década de 80. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com entrevistas semi-estruturadas às pedagogas e aos gerentes de produção, e abrange o período de 1983 até 2003. A pesquisa permitiu reconstruir o processo histórico de inserção da pedagoga na fábrica. Trabalhadores precariamente escolarizados mostraram-se incapazes de atuar eficazmente quando o novo padrão de produção flexível foi adotado nas fábricas. As pedagogas igressam e assumem a função docente alfabetizando e escolarizando trabalhadores, em seguida articulam os processos pedagógicos das escolas das fábricas e por último atuam na organização e na execução de treinamentos, transformando-se e ampliando-se o conteúdo de sua função.
Lutas anticapital, 2020
Começou a deslanchar a produção em livro de Ricardo Festi, professor de Sociologia do Trabalho na UnB e um dos mais qualificados pesquisadores formados (e titulados) pelo IFCH/UNICAMP. Se a sua safra de artigos já é vasta e rica, agora começamos a constatar que esta mesma qualidade está estampada em seus livros em curso.
Revista HISTEDBR On-line, 2014
Este artigo pretende abordar a educação escolar e não escolar nas fábricas recuperadas latino-americanas, especialmente no Brasil e Argentina. Para atingir nosso objetivo, fizemos um breve balanço do momento histórico atual, para depois tentar diferenciar as lutas anti-capital das lutas pontuais. Na terceira seção, fizemos um breve retrospecto da primeira fase das lutas das Fábricas Recuperadas (FRs), caracterizada por extrema criatividade, embriões de desalienação do trabalho e resgate dos princípios autogestionários (trabalho associado como princípio educativo). A quarta seção aborda a segunda fase das FRs: a acomodação das fábricas na ordem do capital, a cooptação pelo Estado ou a degeneração das mesmas no mercado capitalista. Os projetos de educação profissional nas FRs, as demandas de conteúdo e forma escolar sinalizados pelas FRs foram expostos na quinta seção. Encerramos o artigo com algumas considerações finais.
Simbiótica. Revista Eletrônica, 2023
Crônica
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.