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Revista Feminismos, 2019
Amelinha Teles é uma das feministas mais conhecidas do país. Fundadora, com outras companheiras, da União de Mulheres de São Paulo e do projeto de formação de Promotoras Legais Populares (PLPs), atua há décadas no combate à violência de gênero. Nesta entrevista, fala sobre sua longa trajetória na luta pelos direitos humanos no Brasil: de sua experiência na clandestinidade contra a ditadura militar à atuação das mulheres durante o processo constituinte; da luta pela legalização do aborto às relações entre os movimentos feministas e a academia; de sua participação na imprensa feminista ainda nos anos ditatoriais à defesa de um feminismo antipatriarcal, antirracista e anticapitalista.
Revista Laika
A entrevista transcrita abaixo foi realizada por Caio Lamas i para a dissertação de mestrado Boca do Lixo: erotismo, pornografia e poder no cinema paulista durante a ditadura militar (1964-1985), defendida em setembro de 2013 na Escola de Comunicações e Artes da USP. João Silvério Trevisan, oriundo de Ribeirão Bonito, interior de São Paulo, é um escritor, ensaísta e cineasta, cuja obra é marcada pelo ensaio Devassos no Paraíso (lançado em 1986 simultaneamente na Inglaterra e no Brasil), e romances como Ana em Veneza, Rei do Cheiro, Em Nome do Desejo e Vagas Notícias de Melinha Marchiotti. Em 1978, após ter voltado de uma viagem de cerca de três anos, morando entre a Cidade do México e a Califórnia, onde entrou em contato com o movimento gay norte-americano,
Revista Docência do Ensino Superior, 2016
Manuela Esteves e graduada em Historia, mestre e doutora em Ciencias da Educacao pela Universidade de Lisboa. E professora aposentada do Instituto de Educacao da Universidade de Lisboa, onde continua a desenvolver atividades como pesquisadora da Unidade de Investigacao e Desenvolvimento em Educacao e Formacao (UIDEF) e e colaboradora em programas doutorais e pos-doutorais. A professora e perita em processos de avaliacao e acreditacao de cursos de ensino superior de habilitacao para a docencia nos ensinos basico e secundario. Entre os principais interesses cientificos da docente, estao: formacao de professores; teoria e desenvolvimento curricular; pedagogia do ensino superior. Possui numerosas publicacoes nos campos de interesse cientifico assinalados, como livros, capitulos de livro, artigos e comunicacoes em atas de eventos. E tambem codiretora da revista La Recherche en Education, da AFIRSE.
Revista de Antropologia da UFSCar, 2016
Poucas pessoas conhecem tão profundamente os povos indígenas no Leste e no Nordeste do Brasil como Maria Rosário Gonçalves de Carvalho. E menos pessoas ainda tiveram ou têm o envolvimento e o compromisso que ela teve e tem com a defesa dos direitos dessas populações intensamente marginalizadas pela seca, pelas estruturas sociais e econômicas locais radicalmente desiguais, pela política indigenista federal e mesmo pela desconfiança, por parte de seus vizinhos não indígenas e dos próprios antropólogos, quanto à sua etnicidade. Autora de uma pioneira monografia sobre os Pataxó no sul da Bahia 1-que delineia, até hoje, os rumos das pesquisas com este povo nativo da região em que os portugueses primeiro tocaram o litoral da América portuguesa-, Rosário fez um breve détour pelos Kanamari no oeste da Amazônia, 2 antes de retornar com força-intelectual e militante-sempre renovada às sociedades indígenas na porção mais oriental do território brasileiro, aquelas que vêm experimentando a brutalidade do contato e do convívio com os brancos há mais de quinhentos anos. Trabalho árduo, sem dúvida, que Rosário enfrenta com empenho e criatividade, como se pode conferir no artigo inédito da autora que sai publicado neste mesmo volume
Primeiros Estudos
revista de graduação em ciências sociais Entrevista com Bruna Gisi curso que estava começando, foi recrutada antes de fazer a pós-graduação, mas, chegou a fazer o mestrado e o doutorado. Ela tornou-se, então, professora e trabalhou durante muito tempo na Universidade Federal do Paraná e depois foi para a PUC do Paraná, onde trabalha até hoje. Ela ainda não se aposentou. E meu pai, ele tem essa formação em humanidades, mas, no fim, foi trabalhar com comércio, teve algumas lojas no ramo de alimentos. Hoje ele está aposentado. Essa situação familiar me deu condições de estudar num bom colégio. Então, estudei em Curitiba, num colégio particular que poderia ser considerado um dos colégios de elite de Curitiba. A formação nessa escola foi importante... Chama-se Colégio Nossa Senhora Medianeira, um colégio católico, jesuíta, mas que tinha um viés bastante progressista, uma influência da Teologia da Libertação. Então, tinha toda uma relação com o catolicismo muita ênfase em humanidades e, também, em atividades como fazer voluntariado. Tinha uma atenção à questão social, uma preocupação com essa ideia de amor ao próximo. Então, tinha uma combinação do catolicismo com essa perspectiva mais progressista, que foi bastante importante na minha formação e, inclusive, na minha escolha por fazer Ciências Sociais: eu tive, por exemplo, sociologia no ensino médio. O que, na minha época, ainda era raro… Eu tive antropologia… Claro, era uma versão de sociologia e de antropologia muito particular, né? Não era exatamente o que a gente estuda na graduação… Mas, eu tive essa perspectiva do que são Ciências Sociais já no ensino médio. Tinha aula de filosofia, também, então tinha uma formação forte em humanidades. Considero que essa formação nesse colégio teve um papel importante em me colocar essa atenção em querer compreender como a sociedade funciona, de ter uma ânsia por transformação social, essa ideia de como interferir nos processos de desigualdade e de ver tudo isso com muita
Gonçalo M. Tavares: ensaios, aproximações, entrevista, 2018
Aos 20 anos você escreveu um romance que enviou para o escritor António Lobo Antunes. Ele gostou muito e disse-lhe:"este livro está pronto para publicar". Você ficou contentíssimo, mas não o publicou. Nunca. Só veio a publicar o seu primeiro livro aos 31 anos. O que aconteceu nesses 11 anos de intervalo? Gonçalo Tavares: Realmente esse foi um episódio de que me recordo bem. Quando uma pessoa tem vinte anos, haver um escritor dessa dimensão que dá um feedback assim entusiasmado, faz com que fique eufórica. Mas é interessante, havia um instinto qualquer meu, talvez uma maturidade, que me fez nesses tempos não pensar em termos de publicação, era uma coisa em que nem pensava. Acho que quando lhe mandei esse livro a minha ideia não era publicar, era mais ter um feedback de um escritor que tinha já um percurso muito forte. Nesses onze anos o que eu fiz foi basicamente ler, ler e escrever, ler e escrever, e estava tão febril, acho que é mesmo o termo, estava com uma tal doença, tal febre, que publicar nem me passou pela cabeça. Era como ter de pensar em outra coisa, sentia que me ia interromper uma espécie de fluxo que eu tinha e portanto pensava espaçadamente: bem, qualquer dia tenho de publicar. Mas estava tomado da febre de ler, ler e escrever, e depois só mais perto dos vinte e novecomecei a pensar nisso. E, portanto, o que eu fiz basicamente foi isso, foi ler, ler os clássicos, ler não por uma razão patriótica, de língua, tentei seguir o critério de ler escritores que seguramente tinham passado várias gerações. É interessante, nesse período de leitura, não me lembro, certamente que li contemporâneos, mas era provavelmente uma percentagem baixa. Sempre achei que a literatura tem a ver com o tempo e, portanto, respeito muito esta questão dos livros que resistiram ao tempo, porque de alguma maneira esses livros são logo uma maneira de pouparmos bibliotecas. Em vez de lermos a biblioteca contemporânea, ao acaso, ler alguns clássicos é logo entrar no essencial, e eu fiz muito isso. M: Que é a definição do Calvino para um clássico, livros que resistem ao tempo. G: Sim, e que são intemporais também, a nível de temas. Há um livro, que não me lembro exatamente quando é que li, mas deve ter sido mais ou menos nessa altura, um livro de que eu falo sempre, um livro que me marcou, que é Cartas a Lucílio, de Sêneca. É um livro que tem dois mil anos e é evidente a sua atualidade.Talvez tenha sido dos livros que mais me marcou biograficamente, não literariamente. A primeira carta é sobre o tempo, (as Cartas a Lucílio é o Sêneca, enquanto, digamos, mestre, que vai enviando cartas a um aprendiz de filosofia, que se chama Lucílio. Nunca é muito claro historicamente se existiu ou não, se é uma ficção). Logo na primeira carta, Sêneca está a responder a uma primeira carta de Lucílio que diz: mestre, não tenho tempo para fazer o que quero, não tenho tempo para a filosofia. E Sêneca responde: tu queixas-te de não ter tempo, mas experimenta fazer o seguinte exercício: faz um registo de todas as
Em Questão, 2021
Maria Cristiane Barbosa é professora do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, realizou estágio na Universidade de Montreal. Além disso, foi pesquisadora associada da Universidade de Campinas e professora visitante do Departamento de Medicina de Família da Faculdade de Medicina da Universidade McGill e da Universidade de Málaga. Pesquisadora na área de informação em saúde, nesta entrevista, traz reflexões sobre a importância de pesquisadores e profissionais da informação na área da saúde no contexto da pandemia de Covid-19. A entrevista foi realizada em outubro de 2020.
Revista Estudos Políticos, 2020
Tarso Genro Advogado e professor universitário. Foi deputado federal (1989, 1990-1991), duas vezes prefeito de Porto Alegre (1993-1996; 2001-2002), foi Ministro da Educação (2004-2005) e Ministro das Relações Institucionais (2006-2007) do primeiro governo Lula. Depois, Ministro da Justiça (2007-2010) no segundo mandato do mesmo Presidente e governador do Rio Grande do Sul (2011-2015).
Revista Diadorim, 2012
Diadorim: O que significa poesia para você? teria algum conceito ou teoria pa ra defini-la? Joana Matos Frias: Poesia sempre significou para mim uma experiência radical da linguagem. Nesse sentido, não esqueço nunca duas lições que recebi relativamente cedo. Em primeiro lugar, no âmbito da filosofia da linguagem, o dictum de Wittgenstein segundo o qual «Os limites do meu mundo significa: os limites da minha linguagem». Wittgenstein sintetiza aqui todo o poder da linguagem verbal, sem deixar de abrir a possibilidade da força poética, onde a supressão dos limites do mundo equivale justamente à supressão dos limites da linguagem. E é neste ponto preciso que se impõe invocar a outra lição que me acompanha, pela mão de Roland Barthes: «Tenho uma doença: vejo a linguagem». A poesia é simultaneamente o sintoma e o antídoto deste mal, o veneno e o remédio, a única possibilidade que a linguagem nos oferece de cultivarmos uma doença como se investigássemos a sua cura. Diadorim: Considerando a literatura e as artes em geral, o que pensa sobre o esta be lecimento e a revisão do cânone? nas relações entre Brasil e Portugal, levando em conta rupturas no romantismo e Modernismo (segundo antonio Candido), há uma volta ao diálogo? JMF: a. Há duas dimensões no cânone, em qualquer cânone, que dificilmente abrem lugar à possibilidade da sua revisão: a medida e a história. De Policleto a Bloom, equacionar a exis tência e a validade do cânone implica necessariamente reconhecer a precisão mate mática de um instrumento de medida aplicado a uma realidade não-euclidiana, de onde em última instância teria de se suprimir a própria essência da condição hu ma na. Não se mede a altura de uma obra de arte como se mede a altura do homem que a criou, não se avalia o valor dessa obra como se somam moedas, e a «fortuna» crítica
Suplemento Pernambuco, 2021
Memória da Imigração: Sírios e Libaneses no Rio de Janeiro, 2005
Entrevista com Isadora Lins França, 2016
Revista Estudos Políticos, 2020
Serviço Social e Saúde, 2015
albuquerque: revista de história
Estudos da Tradução: entrevista com egressos da PGET/UFSC, 2019
Sessoes Do Imaginario Cinema Cibercultura Tecnologias Da Imagem, 2012
Memórias da Imigração: Sírios e Libaneses no Rio de Janeiro, 2005