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PEDAGOGIA DO OLHAR-MENINO

Resumo O texto busca compreender os modos como se relacionam praxis e poiesis; o fazer e o livre-pensar na escola, partindo de uma postura crítica e analítica da instituição, mas procurando uma via para uma aproximação de maior convergência entre o sensível e o inteligível, através do que aqui chamamos pedagogia do olhar-menino. Espera-se da formulação uma contribuição na ordem do que Giorgio Agamben (2009) identifica como um contradispositivo, isto é, uma profanação das disposições que distanciam a criança da possibilidade de um ponto de vista ou perspectiva própria. Espera-se também que a percepção mais acurada desse olhar aprofunde o entendimento do que vem a ser uma experiência de infância, no sentido de apropriação da vivência pela memória, de abertura para aprendizagens inesperadas, mas também de acesso ao entendimento da aprendizagem sem instrução, tal como indica Walter Benjamin (1995), ou de um modo de aprender criativo, instaurador de novas lógicas, de acordo com Beatriz Olarieta (2015).