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Muito se discute atualmente sobre a importância da inter e da transdisciplinaridade no trabalho com a educação. O conhecimento fragmentado nas disciplinas escolares, ao invés de facilitar a compreensão de mundo do educando, acaba por desenvolver olhares setoriais sobre a realidade, fugindo do objetivo da escola. Sendo assim, nosso trabalho tem como objetivo desenvolver o conhecimento dos conceitos e conteúdos cartográficos a partir da leitura da obra clássica A Volta Ao Mundo em 80 Dias de Júlio Verne. Através da leitura, os estudantes poderão localizar os pontos por onde o personagem Phileas Fogg passou, utilizando as coordenadas geográficas, bem como trabalhar com outros conceitos pertinentes a Cartografia Geográfica, como rosa-dos-ventos, direção, escala e fuso horário. Além do trabalho interdisciplinar envolvendo a Língua Portuguesa, a Literatura e a Geografia, pretendemos nos distanciar de uma prática de Geografia como uma disciplina enfadonha, repetitiva e desinteressante (LACOSTE, p. 21), e reforçar seus laços com a construção de conhecimento de forma prazerosa.
O ato de mapear é Uma maneira ou outra de Tomar a medida de um mundo. Confi gurando a medida Tomada de uma maneira assim Para que possa ser comunicada Entre pessoas, lugares ou tempos. A medição do mapeamento Não é restrita ao matemático; Pode ser igualmente espiritual, política ou moral. Pelas mesmas razões, O registro do mapeamento Não é confi nado ao que é para arquivar, Mas também inclui o que é lembrado, imaginado, contemplado. O mundo fi gurado através do mapeamento Pode ser então Material ou imaterial, Existente ou desejado, Inteiro ou em partes, Experimentado, lembrado ou projetado em várias maneiras. Conforme a sua escala, O mapeamento pode traçar uma linha Ou delimitar e defi nir um território De qualquer comprimento ou tamanho, Da totalidade da Criação Aos menores fragmentos; Noções de formas e áreas São, por eles mesmos, de certa forma, O produto de processos de mapeamentos. Atos de mapear são criativos, Às vezes inquietos, Momentos de obter conhecimento sobre o mundo, E o mapa é ao mesmo tempo Uma materialização da cognição E um estímulo para novos compromissos com o conhecimento. Denis Cosgrove, 1948-2008, minha inspiração para essas "cartografi as culturais" (13)
2015
Resumo: Quatrocentos anos após a publicação, pelos prelos de Pedro Craesbeck, de uma das obras mais relevantes da Literatura de Viagens portuguesa, a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, pretende esta comunicação abordar novas metodologias de análise destas narrativas, propondo-se nomeadamente uma perspetiva geocrítica. Se é verdade que a Literatura tem estabelecido relações metodológicas com outras Ciências Humanas e Sociais, como a História, a Sociologia, a Filosofia, a Antropologia ou a Psicologia, que têm redundado em frutuosas revelações, já as suas relações com a Geografia são tímidas e por vezes relutantes. A despeito das brilhantes intuições dos nossos primeiros geógrafos-Amorim Girão ou Orlando Ribeiro-que cedo mediram o valor das relações entre Geografia e Literatura, são atualmente muito parcos os estudos que usam fontes literárias na reconstituição do saber geográfico e métodos geográficos para a análise literária. Há, no entanto, algumas contribuições, que seguem a esteira de investigadores estrangeiros, como Tuan, Pocock, Moretti, Chevalier, Bailly. Recentemente, em Portugal, o uso de fontes literárias na análise geográfica tem sido efetuado por investigadores como Fernanda Cravidão, Rui Jacinto ou João Carlos Garcia. A Literatura não pode virar as costas à importância dos métodos geográficos na análise literária. Tal como afirmou Charles Batten (1978), «travel
Revista GEMInIS, 2021
A teoria crítica dos processos de criação é uma abordagem teórico-metodológica que leva à reflexão sobre os objetos da comunicação e das artes, focando principalmente nos meios e materiais da criação. A literacia, por sua vez, propõe uma leitura dialógica do mundo que implica uma compreensão mais ampla e com múltiplas referências culturais das criações artísticas. Este artigo propõe uma convergência entre esses dois campos para observar a presença do leitor criador nas práticas de roteiro. Para tanto, analisa as materialidades do processo de criação de alguns cineastas e roteiristas brasileiros contemporâneos em uma perspectiva complementar. Palavras-chave: processos de criação; literacia; práticas de roteiro.
2016
O Coral UFCSPA e um projeto de extensao universitaria criado em 2012 aberto aos membros da comunidade interna (discentes, docentes e tecnicos-administrativos) e da comunidade externa, totalizando a participacao de aproximadamente 100 vozes. O projeto tem como metodologia ensaios semanais, com a disponibilizacao de cinco horarios para a escolha do participante, que deve estar presente em pelo menos um horario, envolvendo os coralistas no universo da musica e, assim, promovendo o desenvolvimento sociocultural. Algumas das praticas abordadas pelo regente, com o auxilio dos bolsistas majoritariamente do curso de Fonoaudiologia, sao: aquecimento vocal, leitura de partituras, conhecimento de naipes vocais e de diferentes generos musicais. Tais atividades sao desenvolvidas ao longo do semestre tendo a perspectiva de incluir os novos participantes bem como de integra-los aos que participam a mais tempo. Por esse motivo, o repertorio musical e renovado constantemente no inicio do semestre, o...
2020
Instruments used by Architecture and Urbanism applied in workshops with children have been re-signified in the form of devices with the purpose of taking them to the identification of Educating Territories (TEs). In this article, we present the methodological references that support this research based on Cartography as a method and on the thought of Paulo Freire, above all, the idea of reading the world, based on a process that considers the experience of knowledge made by literacy students for their territorial literacy. We present how the devices were gathered around Mapping, which resulted in an Atlas of TEs that was both a synthesis and a new device for the children’s dialogical learning process. The application of the methodology revealed a set of speeches, writing and graphics by the children that allowed them to be heard from an experience plan regarding their vision of the territory and reflect on their role as cartographers of their lived reality. Keyword: cartography, wor...
Revista Brasileira de Educação em Geografia, 2019
O presente artigo trata de uma proposta de atividade realizada durante uma disciplina do curso de licenciatura em Geografia na Universidade Federal de Juiz de Fora. As reflexões mobilizadas ao longo da sua construção, para além de sua concepção inicial, trazem como metodologia fundamental a produção de narrativas à luz da cartografia, da experiência espacial e do raciocínio geográfico, tensionando a formação de professores de Geografia. São apresentados dois fragmentos de narrativas elaboradas por alunos do curso que permitiram a reconstrução e o inacabamento da disciplina e culminando no que defendemos como narrativas cartográficas.
Giramundo: Revista de Geografia do Colégio Pedro II, 2020
Literatura e Sociedade, 2012
When moving to essay territory, fiction writers privilege the literature as the theme; they unfold some reading commentary, signaling their literary preferences or showing their positions on cultural debate. The essay presents itself as an instance of questioning their own writing practice in relation with the exercise of literary review, but without identification with its institutionalized ways, because it dissolves the limits of disciplinary knowledge concepts drifting to subjective enunciation that resists to any kind of systematized writing. In its freedom, the essay ensures the possibility to interfere critically in the established literary order, reactivating cultural debate from the writer perspective. This work deals with a set of narrator essays that question the conditions of the Latin American literature possibility in a globalized context of the writing practice in the 21 st century. Detached from the methodical exercise of literary review that gives proof of a supposed specificity to this kind of literature, the essays of Jorge Volpi, Juan Villoro and Sergio Chejfec are imagination exercises and configure critical cartography to any difference reduction perspective, proposing extraterritorial transits that free the literary word from representativeness commitment.
Revista Letras, 2010
O presente texto analisa os principais trabalhos produzidosna década de 80, no Brasil, sobre o tema…
Projeto Historia Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados De Historia E Issn 2176 2767 Issn 0102 4442, 2011
A cartografia é a ciência que estuda a representação do espaço, cujo principal objeto de investigação é o mapa. Por sua vez, a cartografia literária é o ramo de estudos que investiga as relações dos mapas com o espaço dos textos literários. Neste artigo, é feita uma breve análise semiótica de um dos mapas da série A Guerra dos Tronos. A metodologia de análise está baseada na teoria dos signos desenvolvida por Charles Peirce. A semiótica de Peirce afirma que os mapas se constituem como um tipo especial de signo que pode revelar analogias estruturais do objeto representado. Assim, parte-se da hipótese de que os mapas literários tornam visíveis as articulações descritas na narrativa e funcionam como dispositivos de raciocínio.
In 1860’s several cartographical initiatives were organized around the newbie Ministério da Agricultura, do Comércio, e das Obras Públicas (Ministry of Agriculture, Trade and Public Works). Even with the presence of military institutions and officials, the creation of these works symbolized the increasing need of territorial knowledge by the imperial government. This work aims to reflect on these cartographical initiatives and how the agents of the period sought to produce maps best suited to administrative and territorial representation strategies, which culminated in the Carta Geral do Império (General Chart of the Empire) published in 1875 and 1876.
ACTA IASSYENSIA COMPARATIONIS, 2019
Pigafetta fez-lhe uma pergunta antes de iniciar a sua saga. Se sabia o que era uma viagem de circum-navegação? Uma viagem à volta do mundo. Perante a passividade do secretário, teve de lhe explicar que o mundo era uma bola redonda. Assim como uma laranja. (Luís Cardoso, O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação) 1. World literature is an elliptical refraction of national literatures. 2. World literature is writing that gains in translation.
Estudos de Religião, 2008
RESUMO: O presente artigo pretende discorrer sobre o olhar dos primeiros nautas portugueses no Novo Mundo, partindo do princípio de que a escrita-viagem desses cronistas pode ser entendida como uma experiência formativa do sujeito literário (LARROSA, 2006). Portanto, ao entendermos a experiência literária como uma travessia que se dá no sujeito que se arrisca pelas malhas permeáveis da escrita, iremos problematizar a relação do sujeito literário com a formação de sua pátria (LOURENÇO, 2000) e, assim, almejar uma poética da experiência sensível (MERLEAU-PONTY, 2004).
Revista Interinstitucional Artes de Educar, 2023
Resumo O estudo dá continuidade à discussão do problema da escrita nas pesquisas que utilizam o método da cartografia em teses, dissertações e artigos. O ponto de partida é a definição da cartografia como princípio metodológico do rizoma (DELEUZE; GUATTARI,1995) e as pistas propostas por Passos, Kastrup e Escóssia (2009) e por Passos, Kastrup e Tedesco (2014). O objetivo é analisar as dificuldades e estratégias de aprendizado da escrita cartográfica nos espaços de formação, destacando a dimensão coletiva da experiência da pesquisa. Destaca que a grande diretriz da política de escrita cartográfica é evitar a política de escrita representacional, baseada em informações supostamente objetivas e neutras. O estudo analisa também a experiência de uma oficina de escrita realizada na pandemia e destaca a potência de ecossistemas menos hierarquizados e mais favoráveis à escuta atenta, à partilha de afetos e ao cuidado. Procura demonstrar que a escrita cartográfica é baseada numa política cognitiva inventiva e possui uma dimensão coletiva, mesmo quando se faz a partir da experiência que é narrada em primeira pessoa do singular. Conclui que escrever com os afetos requer estratégias de desconstrução da política de escrita representacional e a experimentação de estratégias de escrita inventiva e coletiva, com vistas à produção de efeitos de contágio e de intervenção.
Convergências - Revista de Investigação e Ensino das Artes, 2023
O presente artigo discute o modo como, no contexto da Arte Atual, linguagens e processos consubstanciados em suportes de documentação – Arquivo – têm vindo a funcionar como uma importante modalidade criativa, ao nível das estratégias de construção autoral. À luz de propostas como “Herbário de Plantas Artificiais” (2002-) do artista colombiano Alberto Baraya, “New Pictures from Paradise” (1998-) do artista alemão Thomas Struth e “Trajeto de um corpo” (1976-1977) do artista português Alberto Carneiro, desenha-se uma visão em torno do “gesto arquivista” – das suas diversas formas, registos e estratégias de “apropriação” simbólica e conceptual – como um instrumento diacrónico de atuação e captação da identidade do lugar, analisando as experiências reais dos artistas “in situ” e as suas traduções e implicações estéticas e poéticas na construção e “re-significação” desses “extratos” de território – tanto discursivos, quanto mnemónicos e imagéticos.
Revista de Letras
Na tentativa de expandir as reflexões sobre pesquisa em Estudos da Tradução, este trabalho propõe a tradução comentada como escrita cartográfica da zona de tradução. O território é a tradução de teorias psicanalíticas. A zona de tradução segue o rasto das pistas deixadas nas situações em que o termo inmixing, referido ao sujeito do inconsciente, é apresentado na teoria de Jacques Lacan. Trabalhamos com as traduções desse termo a partir da sua introdução no título da conferência de 1966: Of structure as an inmixing of an otherness prerequisite to any subject whatever. Passamos por outros lugares das traduções de Lacan, guiados pela presença desse termo até chegar em produções de psicanalistas latino-americanos vinculados a seu ensino. Intuímos que, na época da chamada Conferência de Baltimore, o psicanalista optou por mesclar línguas apontando o potencial da tradução. Em nossas pistas, as línguas de tradução apresentam a força da multiplicidade. Esses sinais de desterritorialização, ...
Lá, onde estiver vaga-mundo: poéticas nômades, 2023
Texto desenvolvido desde e para a exposição Lá onde estiver: vaga-mundo poéticas nômades. Com: César Becker, Íris Helena, Júlia Milward, Karina Dias, Levi Orthof, Ludmilla Alves, Tatiana Terra e participação de Gabriel Menezes, Luciana Paiva, Luiz Olivieri. Caixa Cultura Brasília, 2023 ISBN 978-65-994654-6-8
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