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Neste texto, que faz parte de um estudo mais amplo sobre os conflitos sociais e ambientais na pesca amazônica, pretendo trazer ao debate algumas situações que nas três últimas décadas, principalmente, tem se convertido em conflitos relacionados à apropriação e uso dos ambientes pesqueiros na região amazônica, visando apresentar nuances de conflitos ambientais vivenciados por comunidades ribeirinhas e costeiras da Amazônia, para as quais os mananciais aquáticos são de extrema importância e prioridade. Com uma abordagem etnográfica, trago ao debate dados da experiência do trabalho de campo em pequenas vilas do litoral, estuário e águas doces do Estado do Pará.
v. 5 n. 01 (2022): Dossiê: Semana de reflexões sobre negritude, gênero e raça dos institutos federais (SERNEGRA), 2022
Apresentamos nesta comunicação notas sobre resultados iniciais da pesquisa sobre o sentido social da água nas dinâmicas sociais da Amazônia. Antecipadamente, podemos dizer que a água aparece como território, como espaço sagrado, como comunicação, como recurso natural e como mercadoria. Sendo diversos os seus sentidos e os atores sociais que convergem sua ação para ela, a água se torna centro de inúmeros conflitos sociais na região.
Rachel Bardy Prado, 2021
Os serviços ecossistêmicos (SEs) têm sido compreendidos como os benefícios que o ser humano obtém dos ecossistemas. Portanto, esses serviços recebem infl uência direta e indireta das ações antrópicas, que nas últimas décadas têm exercido forte pressão sobre os ecossistemas, colocando-os sob ameaça de redução ou extinção. Alguns conceitos, avanços e vantagens da abordagem de SE são apresentados nesta publicação. O bioma Amazônia é muito abundante em biodiversidade e na prestação de diversos SEs com refl exos em diferentes escalas, mas também muitas são as ameaças que sofrem, sendo aqui de igual forma elencadas. Por fi m é nesse contexto ambiental e socioeconômico complexo, diverso e sempre muito vi-sível aos espectadores nacionais e internacionais que se apresentam os grandes desafi os da pesquisa com foco na sustentabilidade e provisão dos serviços ecossistêmicos, sendo apresentados e discutidos ao longo deste texto. Palavras-chave: ferramentas para suporte à decisão, PSA, biodiversidade.
Revista Geográfica de América Central, 2011
O objetivo do trabalho é analisar a atuação do movimento indígena na Amazônia boliviana, organizado em função dos impactos ambientais ocasionados pela IIRSA -Iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana e seu principal empreendimento, o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Esse movimento é composto por populações indígenas que se encontram organizadas em uma confederação: a CIDOB.Assim, fornecer elementos para a análise da formação e da atuação de movimentos sociais frente à questão ambiental e compreender a construção de estratégias de resistência à IIRSA, geradas pelos movimentos sociais surgidos a partir de conflitos ambientais, além de repensar as formas de governabilidade e as crises decorrentes que estão em andamento a partirdesse processo de integração, sãojustificativas para esse estudo. Dessa forma, pretende-se oferecer elementos que possam tanto contribuir com estudos de modelos de gestão de conflitos socioambientais, quanto subsidiar futuras políticas de promoção do desenvolvimento sustentável regional.
2013
Esta dissertação tem o intuito de analisar os conflitos engendrados pela apropriação dos espaços entre pescadores de Atafona – São João da Barra/RJ e agentes exógenos, que são constituídos por empresas de petróleo, porto, rebocadores e pesca industrial. Partindo do pressuposto de que os conflitos são construídos a partir dos diferentes usos e representação do mar, busco entender o cenário que propiciou esses conflitos, pois como é sabido, não é uma situação particular apesar de suas especificidades. Além disso, intenta-se entender como os pescadores reformulam suas formas de apropriação do espaço e, por conseguinte, o saber de pesca inerente a essa apropriação, uma vez que Atafona está passando por rápidas transformações. Essas novas formas de apropriação se apresentam como estratégias para o grupo em questão se reproduzir socialmente e economicamente. Para apreendermos as nuances da vida cotidiana a interação torna-se um ótimo instrumento. Para tal participei de eventos, do cotidiano em terra dos pescadores e da Colônia de Pescadores Z-2
BIODIVERSIDADE, ESPAÇOS PROTEGIDOS E POVOS TRADICIONAIS volume 5 tomo 1, 2022
Na era da monocultura, da uniformização de espaços, territórios e seres vivos, a escolha pela pluralidade é um ato de coragem e resistência. A defesa de bens ambientais que não possuem apenas preço, mas sim, valor, demanda um esforço coletivo de pessoas comprometidas com a manutenção da natureza em sua riqueza biodiversa, na multiplicidade de fisionomias e de pensamentos que enxergam um mundo para além do fetiche da mercadoria. O presente volume, traz à lume discussões que desafiam o padrão hegemônico de produção da vida e de meios materiais, questionando os limites que o capital não se impõe, e que expõe as populações mais vulneráveis às externalidades socioambientais. Temas como as concessões de uso de unidades de conservação, e as implicações entre interesses privados e os limites impostos pelo Poder Público, como apresenta Juliano Locatelli Santos, que se debruçam sobre os contornos de uma proteção efetiva e o acesso aos bens ambientais, constituem as discussões aqui contidas. E, em se tratando de tais bens, como algumas populações têm sido privadas da fruição da plena qualidade de vida e da mobilidade resultante dos fenômenos de despojo territorial, como apresentam Dayane Ukan e Amanda da Silveira ao abordar os fluxos migratórios e sociobiodiversidade na Amazônia. Isso porque não há natureza sem gentes, sem povos, como afirma no artigo 'Verdades socioambientais: armas e armadilhas da ideologia preservacionista' o pesquisador Andrew Toshio Hayama. E, mesmo em tempos de consagração do modelo predominante da plantation e de todos os seus excessos, da carência de regulação e de limites às práticas tão nocivas à natureza, a discussão trazida por Diego Arruda Sanchez, sobre a biofilia ao direito ao meio ambiente sadio, postulando o direito humano à vida em um mundo limpo e biodiverso, pode lançar luz a tão complexas implicações. E ainda nesta seara temos as contribuições de Marcela Bueno, Mariana Fontes e Manuel Munhoz, tratando de normas ambientais e territórios indígenas, Rafaela de Castro Freitas e Giselle Araújo, que tratam do Novo Marco Legal da Biodiversidade e o respeito aos povos tradicionais, Direito e dignidade: Análise jurídico-cartográfica das políticas públicas de saúde para comunidades quilombolas em Pernambuco de Igor Matias e Clarissa Marques, e ainda a defesa das comunidades indígenas enquanto meio de proteção ao Cerrado brasileiro, de Aline Silva e Lara Santana. Tais questões não são exclusivas de um território ou de um recorte, elas são ubíquas, são preocupações que permeiam o fazer e o ser em toda a América Latina. A contribuição de Ronny Ardón, Annie Damon e Wilber Ortiz, que fala de uma aproximação à etnobotânica do povo Qato'ok de Tuzatán, no estado mexicano de Chiapas, oferece um ponto de vista sensível para o tema da biodiversidade e das formas tradicionais de conservação de ecossistemas. | 25
Desmatamento da Amazônia e as normas internacionais violadas pelo Brasil entre 2019 e 2022, 2022
A várzea amazônica é uma das últimas regiões pesqueiras do mundo ainda pouco explorada . Contudo, durante os últimos trinta anos a intensificação da pesca tem aumentado a pressão sobre os estoques pesqueiros da várzea Goulding, 1989; Smith, 1985; Junk, 1984b). Embora a pesca amazônica tenha sofrido grandes mudanças, o desenvolvimento da pesca na região está ainda na sua fase inicial . À medida que a pesca se desenvolve, duas estratégias de manejo estão surgindo, uma baseada no modelo convencional de manejo pesqueiro centralizado no Estado, e a outra, no manejo comunitário dos recursos pesqueiros da várzea ).
Direitos, Ambientes e Conflitos, 2021
Tim Ingold (2000) afirma que as formas que agimos no ambiente são também maneiras de percebê-lo1. Isto significa dizer, em outras palavras, que as percepções que temos do ambiente estão relacionadas aos modos como nos inserimos nos ecossistemas que habitamos e como lidamos com os entes humanos e não humanos à nossa volta. Noutros termos, a maneira como atuamos em face do entorno está intimamente ligada à interpretação que temos da relação da humanidade com a natureza. Quando consideramos os diversificados cenários naturais e sociais da Amazônia brasileira, estas assertivas se revelam particularmente significativas, pois a região amazônica, assim como outros lugares mundo afora, é um locus de perspectivas distintas e contraditórias quanto ao relacionamento dos humanos com o mundo natural (que interpelam, inclusive, se deveríamos continuar a falar nestes termos dualísticos), havendo ali uma grande diversidade de modos de perceber e agir em/sobre/com os espaços naturais e os entes que neles habitam. Estas diferenças, mais do que conflitos de interpretação acerca da interação entre a humanidade e o universo a sua volta, soem traduzir-se em confrontos entre indivíduos e grupos que partilham experiências de vida e cosmovisões divergentes, não raramente atravessados por violências que caracterizam a região como um lugar historicamente marcado por embates em torno do acesso, uso e controle de territórios e recursos naturais, que envolvem povos nativos e comunidades locais, grupos migrantes e chegantes, movimentos sociais, atores dos campos econômico, político e burocrático, organismos estatais e não governamentais, e assim por diante. São estes confrontos que, desde algumas décadas, convenciou-se chamar de conflitos socioambientais. No presente artigo, a partir de uma revisão de pesquisas em diferentes contextos amazônicos, buscamos traçar em linhas gerais formas conflitantes de percepção do ambiente e, consequentemente, de ação perante este que encontramos na Amazônia brasileira, com o objetivo de oferecer subsídios para a compreensão de conflitos que contemporaneamente observamos na região. Sem qualquer pretensão de sermos exaustivos, visamos nessa jornada reflexiva tão somente abrir horizontes de entendimento da complexa teia de significados por detrás das atitudes dissonantes quanto à relação com o ambiente que notamos existir na região amazônica.
Revista Terceira Margem Amazônia | v. 4 • n. 12, 2019
Resumo: O artigo discute o procedimento da pesca artesanal no contexto de comunidades rurais ribeirinhas do município de Abaetetuba, estado do Pará, mais especificamente o território do assentamento São João Batista, na Ilha Campompema. Buscou-se fazer uma etnografia da atividade de pesca com o uso do instrumento matapi a partir do olhar e da experiência empírica dos moradores ribeirinhos locais. O estudo foi conduzido por meio de entrevistas a partir de conversas informais, observação no território e análise bibliográfica. Como resultado a pesquisa aponta as diversas formas de uso do matapi, seja no contexto de água grande (lançante), seja no período de água baixa (morta), assim como todo o processo que envolve a pesca com utilização desse instrumento pesqueiro. Palavras-chave: ribeirinho, meio ambiente, pesca, matapi. TRADITIONAL COMMUNITIES, ENVIRONMENT AND WORK: ANALYSIS OF FISHING WITH MATAPI BY AMAZON RIBEIRINHOS Abstract: The article discusses the procedure of artisanal fishing in the context of rural communities bordering the municipality of Abaetetuba, State of Pará, more specifically the territory of the San Juan Batista settlement in Campompema Island. It was sought to make an ethnography of the fishing activity with the use of the matapi instrument from the look and the empirical experience of the local riparian residents. The study was conducted through the use of interviews from informal conversations, observation in the territory and bibliographic analysis. As a result the research points out the different forms of matapi use, either in the context of large water (launching), or in the period of low (dead) water, as well as any process that involves fishing using this fishing instrument. INTRODUÇÃO Quando intentou-se pesquisar os modos de vida de populações tradicionais na Amazônia do Baixo Tocantins, onde está situado o município de Abaetetuba, e as comunidades ribeirinhas e quilombolas desse território de águas, o objetivo era registrar os saberes locais a partir das vivências dos sujeitos. De tantos saberes existentes no espaço pesquisado, ancorou-se no mapeamento da pesca artesanal praticada com o uso do apetrecho matapi. O lócus em que a pesquisa foi realizada gira em torno do Assentamento São João Batista, Ilha Campompema, e os sujeitos estudados são os pescadores ribeirinhos que realizam essa rica 1 Doutorando em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestrado em Educação pela Universidade do Estado do Pará (Uepa). Especialista em Educação do Campo pela UFPA. Graduado em Pedagogia pela UFPA.
Relações internacionais e defesa na Amazônia
A Internet tem sido instrumento valioso para circular e obter informações instantâneas. Foi por meio dela que se tomou conhecimento sobre a existência de livro de geografia que estaria sendo adotado nos Estados Unidos, no qual constavam mapas em que parte da Amazônia brasileira teria sido subtraída, não mais fazendo parte do território nacional. Causando impacto em vários setores, como o meio acadêmico, diplomático e jornalístico, descobriu-se depois que tudo se tratava de uma farsa produzida por setores não identificados, ainda que se localizasse a origem do sítio que o divulgara. Mesmo após os fatos terem sido apurados, essa informação continua sendo periodicamente espalhada, denunciando interesses escusos que estariam permanentemente voltados para as riquezas do território amazônico. 1
Anais do VII Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo : refazer restaurar revisar., 2023
O presente artigo parte da flagrante inadequação dos projetos habitacionais padronizados e multiplicados Brasil afora e questiona a capacidade de se projetar para a região amazônica considerando suas peculiaridades espaciais, culturais e naturais. O objetivo é levantar questões relativas ao uso do espaço de domínio público e identificar elementos e comportamentos espaciais relativos à cultura ribeirinha. São utilizados resultados de pesquisa já realizadas sobre a cultura ribeirinha e o uso do espaço habitacional e observação não participante, com técnica sistemática de diário de campo. Conclui-se que há um campo grande a ser investigado no trinômio habitação social - vida ribeirinha - domínio público.
Revista del CESLA, 2019
Resumo: A abundância dos chamados "recursos hídricos" no Brasil vem escorando um regime de acumulação especializado no processamento e exportação de commodities agrícolas e minerais que foi se consolidando ao longo dos anos 1990 e 2000. A denominação "neodesenvolvi-mentista", acoplada a esse modelo neoextrativista, foi uma ambígua estampa que buscava legitimar a indução governamental dos mercados e vice-versa, desde que o resultado final fosse o favorecimento da concentração e internacionalização de capitais. A fim de demonstrar como se deu esse emparelhamento entre Estado e capital no Brasil, analisamos os marcos regulatórios dos setores de infraestrutura e de exploração de recursos naturais para verificar continuidades ou inflexões entre 2003 e 2018, além de projetos de infraestrutura implementados nesse período na região Amazônica. O objetivo central desse ensaio é explicitar a vigência de uma relação de ordem direta entre o posicionamento relativamente vantajoso, no plano global, dos oligopólios postados no país e o avanço regular da mercantilização de bens sociais e do aprofundamento da privatização selvagem dos setores essenciais de infraestrutura, naquilo que pode ser denominado como uma competitividade perversa, social e ambientalmente regressiva.
NUMA/UFPA, 2021
Este livro traz ao leitor uma Amazônia perfilada por práticas, saberes e conflitos que emanam da relação íntima de sua população com as águas. Revela as sociabilidades desenhadas pelas e nas atividades pesqueiras, ao passo que discute as diversas tensões entre grupos sociais, setores econômicos da sociedade mais ampla e o Estado em processos de disputa por recursos naturais.
Revista Geográfica de América Central, 2010
A abertura comercial no Brasil tem implicado significativas alterações na dinâmica socioeconômica da região amazônica, através da expansão da área ocupada pela produção de commodities, tendo impactos diretos na devastação da floresta e na desestruturação dos sistemas locais de produção de alimentos. Assim, agrava-se o risco de insegurança alimentar e nutricional da população, ao se desarticular a produção de alimentos básicos; quebram-se vínculos culturais e altera-se o equilíbrio ambiental. Ampliam-se, pois, os desafios que a serem enfrentados pelo continente latino-americano, contraditoriamente, num contexto histórico em que se manifestam intenções de diversos governos e organismos internacionais, a exemplo da Organização das Nações Unidas, no sentido da promoção das condições de existência no Planeta.
This paper presents the results obtained in the research on the relationship of soybean production and the land market in the Baixo Amazonas River region, using as methodological procedures the bibliographic and statistical survey, plus with field research and survey data of rural properties registered with the Registry of the 1ST Notary of Santarém-Pará, in the period 1997 to 2009. It is concluded that the volume of planted areas, in part, was composed by negotiation of buildings below 100 ha, which in its totality corresponding to Titles issued by INCRA, aggravating the concentration of rural land in the region. Key words: Soybean production, land market, Amazon.
O exame parcial da literatura acadêmica sobre populações rurais em áreas de ocupação antiga na Amazônia oriental, com ênfase para o Estado do Pará, e a reflexão sobre dados empíricos apóiam esta discussão sobre a dinâmica social dessas populações, considerando sua relação com o atual debate sobre sustentabilidade. Argumenta-se que essa relação assenta hoje, sobre o associativismo, ou seja, pela constituição dessas populações como sujeitos políticos. A constituição dessas populações como sujeitos, com a difícil superação do clientelismo, passa pela articulação com os outros sujeitos no campo, que se constituem coletivamente. Essa é uma condição sine qua non para sua participação ativa no debate sobre conservação dos recursos e sustentabilidade.
MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA: assimetria, território e conflito socioambiental, 2016
Caderno Prudentino de Geografia, 2020
Resumo Este artigo analisa os conflitos socioambientais ocorridos na Amazônia em 2019, entre o Governo Federal e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O conflito ganhou força após o Governo Federal contestar os dados de desmatamento divulgados pelo INPE, gerando uma série de embates que foram acompanhados publicamente pela mídia nacional e internacional. A metodologia utilizada para a análise foi a de História, tempo e contexto proposta por Gonçalves, Almuma e Follmann (2019). A Amazônia apresenta-se como uma área de importância biológica, mineral e humana, presta diversos serviços ecossistêmicos em nível regional e planetário, que estão ameaçados pelo atual modelo de desenvolvimento. Com a utilização desta metodologia, pode-se compreender os diversos fatores históricos, temporais e contextuais de um conflito, assim como abrem-se possibilidades para sua solução futura e até mesmo para auxiliar na prevenção de novos embates. Palavras-chave: Amazônia; Povos tradicionais; Sensoriamento remoto; Mídia; Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite.
RESUMO Zona Costeira pode ser definida como uma região dinâmica, de interação entre ambiente terrestre e ambiente marinho. Tal interação proporciona um ambiente atrativo à atividade humana de exploração dos recursos naturais, resultando em atividades diversificadas. Assim, pode ser caracterizada pela competição por espaços e recursos, por parte de vários atores sociais, e resultando em sérios conflitos. Dentre as várias atividades que ocorrem em zonas costeiras, podemos citar a exploração de recursos pesqueiros como uma atividade de importância econômica e social, que impacta o ambiente, e interage com outras atividades, levando à disputa de espaço, entre outras. Além dos conflitos entre atividades de exploração de diferentes recursos, a atividade pesqueira ainda apresenta conflitos internos, relacionados às diferentes escalas de ação – artesanal, industrial e esportiva. Neste contexto, a pesca artesanal é destacada com o mais elevado potencial para conflitos. Estes conflitos, motivados por diversos fatores retratados neste trabalho, refletem na dinâmica social e econômica das populações costeiras que dependem da pesca. Para o estudo em questão, considerou-se a pesca artesanal de tainha, que vem despertando o interesse da academia, por ser uma das espécies capturadas na região estuarina da Lagoa dos Patos que representa grande importância socioeconômica para os pescadores artesanais da região. Entre os locais em que a pesca artesanal de tainha é desenvolvida, focou-se na Colônia Z3 (colônia de pescadores localizada na Lagoa dos Patos / RS) por se destacar pelo seu elevado número de pescadores e sistema de organização em colônia representativo na região em estudo. Aliado aos conflitos, outro fator analisado é a ação de políticas empregadas pelo governo no setor pesqueiro, pois neste trabalho entende-se que estas políticas públicas podem implicar na geração, ampliação ou minimização dos conflitos provocados pela atividade pesqueira. Assim, buscou-se entender como se estabelece esta relação: políticas públicas agindo sobre conflitos da pesca artesanal, utilizando como local de estudo a Colônia Z3, e como objeto de estudo, a pesca artesanal de tainha. Desta forma, a análise de casos da interação conflitos e políticas públicas vem a somar para o entendimento e argumentação na discussão a respeito da aplicação de políticas públicas no setor pesqueiro. Esta soma contribui no processo de gestão costeira ao analisar as implicações destas relações e sugerir formas de análises e ações sobre a questão dos conflitos pesqueiros. Palavras-chave: conflitos – políticas públicas – pesca artesanal – colônia Z3
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