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Pesquisar a temática da infância na sociedade contemporânea nos remete inicialmente ao entendimento das diferentes representações que as crianças receberam no decorrer da história da humanidade.
O presente artigo tem como objetivo apresentar algumas transformações que ocorreram na educação, da idade média aos dias atuais. Dentre as várias mudanças que ocorreram em relação ao tratamento infantil, podemos destacar que, a partir do século XVII, a criança que até então era vista como um adulto em miniatura passa a ser vista como um ser social. Apresentaremos alguns questionamentos e reflexões acerca da prática educativa contemporânea, suas problemáticas e possibilidades. Nesse sentido, buscamos evidenciar a presença marcante da educação em todos os momentos da vida em sociedade, seja através da educação difusa das sociedades tribais, da educação institucionalizada das sociedades modernas, ou dos processos educacionais da sociedade contemporânea.
Resumo: Partindo das reflexões sobre as diversas concepções de infância, este ensaio tem por objetivo mostrar através da história como esta concepção foi se constituindo ao longo dos tempos. As discussões apresentadas foram realizadas a partir de uma revisão bibliográfica sistêmica baseada em literaturas especializadas, onde pode-se observar que as concepções que possuímos a cerca da infância na contemporaneidade, são peças chaves para compreendermos o processo histórico pelo qual está se constituiu, aliás, temos que levar em consideração o contexto no qual elas foram produzidas. Os estudos demonstraram que a infância deve ser compreendida como um modo particular de se pensar a criança, e não um estado universal, vivida por todos do mesmo modo. Palavras-Chave: Criança. Infância. História.
Susana Rangel Vieira da Cunha, 2008
As fotografias acima poderiam ser de qualquer instituição de Educação Infantil, em qualquer lugar do Brasil com uma proposta pedagógica baseada em pressupostos Sócio-Interacionista, ou das Pedagogias Críticas, Projetos de Trabalho ou mesmo uma pedagogia tradicional, entre outras abordagens educativas.Também poderiam ser da minha sala de Jardim de Infância que cursei no início dos anos 60 em uma pequena cidade do interior do RGS ou poderia ser de uma escola infantil de hoje, A pergunta que faço é: Como e por que há tanta semelhança nos espaços educativos da Educação Infantil apesar das diferenças sociais, culturais e pedagógicas das instituições? Diante da multiplicidade dos contextos pedagógicos me perguntava: O que sustentava as semelhanças e similitudes destas ambiências? Como as ambiências da educação infantil dos diferentes contextos pedagógicos, repetem seus padrões visuais e suas formas de organizá-los? Como a sala do "meu" Jardim da Infância dos anos 60 estava transposta na sala de uma escola infantil da Vila Elisabeth em Porto Alegre ou em qualquer lugar do Brasil? Desde que comecei meu trabalho como supervisora de estágio de Educação Infantil na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1997, o que mais me surpreendia, e ainda me surpreende, era o aspecto decorativo das escolas infantis e principalmente das salas de aula onde a maioria das crianças de zero a seis anos permanece em torno de 10 horas diárias. Ao conhecer as diversas escolas infantis privadas, confessionais, leigas, públicas municipais, estaduais ou federais percebia que, ao contrário do que havia vivenciado em minhas experiências pedagógicas 2 como professora de arte em outros níveis de ensino, havia regularidade nos elementos que constituíam tais ambiências 3 , principalmente no que se refere aos tipos de imagens e seus arranjos nas paredes, objetos, móveis e sua distribuição nos espaços educativos. A concepção de compor as ambiências escolares com imagens inicia com John Ruskin em 1892. Para ele, as imagens da arte nas escolas teriam o intuito de produzir 1 Professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da UFRGS na área de Educação Infantil, Artes Visuais e Cultura Visual. Licenciada em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes, Mestre e Doutora em Educação pela Faculdade de Educação/UFRGS. 2 As salas de artes nas escolas, em geral, são semelhantes a um atelier, com mesas grandes, trabalhos expostos em andamento. 3 A maioria das professoras de Educação Infantil denomina as ambiências dos espaços educativos como decoração.
Este artigo apresenta os resultados de um estudo de campo de natureza semi-estruturada e qualitativa, no qual foi utilizada uma ilustração sequencial denominada "Infaustas Aventuras do Senhor Pancracio" originaria de uma revista ilustrada do final do século XIX intitulada "O Diabo a Quatro". A pesquisa consistiu na realização de 10 de entrevistas com sujeitos, de idades entre 22 a 39 anos, todos com formação superior; cada participante criou histórias a partir da observação desta ilustração. Posteriormente as narrativas expressas pelos participantes foram analisadas, com o objetivo de verificar as impressões que emergiram pelo olhar contemporâneo a partir da observação desta sequência do século XIX. This article presents the results of a field research with a semi-structured, qualitative approach, in which a sequential illustration was used, called “Infaustas Aventuras do Senhor Pancracio”, which was originally published in an illustrated magazine during the late nineteenth century entitled “O Diabo a Quatro” (The Devil on All Fours). This research consisted of 10 interviews with individuals aged between 22 and 39 years, all with a university degree. Each participant created stories from observing this illustration. At a later date, the narratives expressed by the participants were analyzed in order to verify the impressions that emerged from a contemporary viewpoint by observing the sequence from the nineteenth century.
A INFÂNCIA ATRAVES DOS TEMPOS. O QUE É E QUANDO SURGIU A INFÂNCIA? RESUMO.
Em 1909, Sir Marc Armand Ruffer descreveu a presença de ovos de Schistosoma haematobium em cortes histológicos de tecido renal de um corpo mumificado, no Egito, datado de 3.200 anos aC (Ruffer, 1910). Este trabalho tornou-se um marco, não só por assinalar o primeiro achado de parasito em material arqueológico como, também, por introduzir a técnica de reidratação de tecidos mumificados, o que permitiu o desenvolvimento da paleopatologia.
TEMPORALIDADES DA INFÂNCIA, 2017
Neste artigo trabalhamos o conceito de infância relacionado à temporalidades, mais especificamente a duas concepções de tempo: chrónos e aión. A partir de Kohan (2004), é possível observar a infância relacionada a estas duas concepções gregas de tempo, na primeira, ela é entendida como categoria geracional, relacionada ao tempo cronológico, na segunda, a infância é entendida pela perspectiva da poesia e/ou filosofia, a qual vê a infância relacionada a outra temporalidade, não mais inerente à criança, e sim a um estado de alma que irrompe como potência no ser humano. Neste artigo abordamos estas duas temporalidades da infância e traçamos aproximações e distanciamentos entre elas para mostrar o quão distintas e ao mesmo tempo complementares, podem ser as abordagens da infância para a literatura científica contemporânea.
Crianças e adolescentes nem sempre foram vistos como sujeitos de ação. Seu estatuto de sujeito aparece e desaparece em momentos da história, marcando concepções de infância diferenciadas e conferindo-lhes um tratamento específico. A modernidade, locus do suposto indivíduo livre e igual, tão bem discutido na obra de Luis Dumont da sociedade contemporânea, aponta também para o nascimento do sujeito na infância Ariés, 1989). O projeto de modernização, higienista, foi criticado por diversos autores por tentar traçar a homegeneização de culturas específicas (Donzelot, 1980; Fonseca,1993; Ariés, 1989;. A forma como estas concepções modernas de sujeito atingem setores diferenciados da sociedade, no entanto, não é homogênea. Visando discutir a questão do sujeito na infância como um projeto da modernidade, discorrerei sobre concepções de infância no Brasil em diversos momentos da história, mostrando como visibilidades e invisibilidades são construídas, num processo muitas vezes paradoxal. Um momento ápice do estatuto de sujeito para a infância se dá a partir do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). No entanto, esta mesma legislação, que lança luz a esta fase da vida tirando crianças e adolescentes da condição de "feixinhos de matéria" (Duarte,1995), transformando-os em sujeitos de direito, também produz uma visão de sujeito infantil essencialista, colocando num estatuto de "igualdade" sujeitos que se formatam histórica e contextualmente de maneiras muito diferenciadas, criando mais uma vez novos contextos de exclusão. Focarei na história do tratamento dado à infância e adolescência chamada de "abandonada" no Brasil, e nas forma como a legislação os nomina em diferentes momentos, buscando entender como os mecanismos que visibilizam este novo sujeito é o mesmo que o invisibiliza ou que o exclui socialmente. Meu enfoque neste
2008
RESUMO Consideramos a sociedade atual como uma sociedade machista e patriarcal, na qual o homem é considerado a figura mais importante dentro da família, do trabalho, da escola. Nesse contexto, desde a infância, as crianças são formadas para cumprirem determinados papéis sexistas no futuro, incluindo a submissão "natural" da mulher para com o homem. Assim, a pesquisa de tipo qualitativo tem como objetivo buscar, na história da infância, algumas manifestações da divisão sexista na formação e desenvolvimento das crianças e como determinados valores foram sendo impostos às mesmas pelos adultos, fazendo com que estas cresçam em base a papéis pré-definidos socialmente. Palavras-chave: Gênero, história, infância.
Chapter in D. Kennedy, "A comunidade da infância", 2020
Este texto foi escrito por um duplo corpo-máquina, afetado pelos mistérios evocados por Incêndios, filme canadense escrito e dirigido por Denis Villeneuve, adaptado da peça de mesmo título do libanês Wajdi Mouawad. No início de Incêndios-como um enigma que vai atravessar a escura e serena paisagem dramática do filme-nos é dito que: "A infância é uma faca presa na garganta. Ela não pode ser facilmente removida". Este ensaio é uma tentativa de desdobrar algumas das possíveis hipóteses e inferências que se escondem nesta declaração, e rastreá-las através do labirinto de Creta dos paradoxos, reversões e aporias da história. Nossa guia será a noção de infantia de J.-F. Lyotard, a partir da qual esperamos oferecer uma linha heurística até o santuário monstruoso do arquétipo Minotauro; apreciando, assim, uma das possíveis leituras das dimensões estéticas e políticas do filme. A INFÂNCIA COMO UMA FACA NA GARGANTA A primeira parte da mencionada declaração de abertura do filme poderia invocar a imagem da infância como uma ferida que é infligida à própria vida adulta-e não apenas uma ferida, mas uma ferida que nunca vai cicatrizar, ou, se atentarmos à segunda parte da declaração, que não vai cicatrizar até que a própria infância, com dificuldade (isto é, por meio de um trabalhoso processo envolvendo algum tipo de viagem da memória), seja removida. Nossa tentativa é ir um pouco mais longe, atrás ou antes, um atrás e um antes que não são tópicos nem cronológicos, mas ontológicos. Nas palavras de J.-F. Lyotard, nossa tentativa é passar da infância à infantia, aquele primeiro movimento anterior a qualquer movimento humano, aquele primeiro nascimento antes de nascer na terra. No caso do filme, a remoção requer encontrar o terror sublime e numinoso de nossas origens quase míticas e, por implicação, as origens profundas do que constitui cada um de nós, expressado na terminologia freudiana como o mito de Édipo, a diferença sexual, a castração da mãe, o tabu do incesto, a sexualidade pré-genital, ou nas associações antigas de incesto com os deuses e as figuras semidivinas, como em práticas antigas da realeza, ou qualquer outra fórmula que se refira a esse primeiro golpe, antes que passemos a ser nós mesmos.
G. REALE - D. ANTISERI, 2005
Sinteses, analises, Iexico ligam-se, portanto, a ampla e meditada escolha dos textos, pois os dois autores da presente obra estdo profundamente convencidos do fato de que a compreensdo de um filosofo se alcanca de mod0 adequado ndo so recebendo aquilo que o autor diz, mas laneando sondas intelectuais tambem nos modos e nos iarqbes especificos dos textos * * * Apresentamos, portanto, um texto cientifica e didaticamente construido, com a intencdo de o ferecer instrumen tos adequados para introduzir nossos jovens a olhar para a historia dos problemas e das ideias filoso ficas como para a his toria grande, fascinante e dificil dos esforcos intelectuais que os mais elevados intelectos do Ocidente nos deixaram como dom, mas tambem como empenho. -filoso ficos. GIOVANNI REALE -DARIO ANTISERI fndice de nomes, XVII fndice de conceitos fundamentais, XXI Primeira parte 0 OCASIONALISMO, SPINOZA E LEIBNIZ Capitulo primeiro A metafisica do Ocasionalismo e Malebranche 3 I. 0 s prirneiros Ocasionalistas 3 1. 0 problema cartesiano nfo resolvido do qua1 nasceu o Ocasionalismo, 3; 2. Autores que prepararam o Ocasionalismo, 4; 3. Arnold Geulincx, 4; 3.1. Formulaqfo sistematica do Ocasionalismo, 4; 3.2. An-tecipaq6es significativas de Spinoza e de Leibniz, 4. 1I.Malebranche e os desenvolvimentos do Ocasionalismo 5 1. Vida e obras de Malebranche, 5; 2. A contraposigfo entre "res cogitansVe "rex extensa", 6; 3 . 0 conhecimento da verdade, 7; 4. A visfo das coisas em Deus, 7; 5. As re-lag6es entre alma e corpo e o conhecimento que a alma tem de si mesma, 8; 6. Tudo esta em Deus, 8; 7. Importiincia do pensamento de Malebranche, 9. T ~r o s -N. Malebranche: 1. Deus estabeleceu as leis que regularn as rela~Bes entre alma e corpo, 10. Capitulo segundo Spinoza: a metdsica do monismo e do imanentismo panteista 11 I. Spinoza: a vida, os escritos e as finalidades da filosofia 11 1. A relaqfo entre mente e corpo 6 um paralelismo perfeito, 21. IV. 0 conhecimento 1. As virias formas de conhecimento, 23; 1.1. 0 s tris gineros de conhecimento, 23; 1.2. Conhecimento empirico, 23; 1.3. Conhecimento racional, 23; 1.4. Conhecimento intuitivo, 23; 1.5. A r e l a ~z o entre os tris gineros de conhecimento, 24; 2. 0 conhecimento adequado de toda realidade implica o conhecimento de Deus, 24; 3. No conhecimento adequado niio ha contingincia e tudo se mostra necessario, 24; 4. Conseqiiincias morais do conhecimento adequado, 25. V. 0 ideal ttico de Spinoza e o "amor Dei intellectualis" 26 VIII Jndice geral 1. A analise geomktrica das paixSes, 26; 2. A tentativa de p6r-se "alkm do bem e do mal", 27; 3. 0 conhecer como libertagiio das paix6es e fundamento das virtudes, 27; 4. A visio das coisas "sub specie aeternitatis" e o "amor Dei intellectualis", 28. VI. Religiiio e Estado em Spinoza 28 1. Avaliagso da religiio, 28; 2. 0 s pontos doutrinais fundamentais da Biblia, segundo Spinoza, 29; 3. A religiio n i o tem "dogmas verdadeiros", mas "dogmas pios", 29; 4. Juizos de Spinoza sobre Cristo, 30; 5. 0 conceito spinoziano do Estado como garantia de liberdade, 30. MAPA CONCEITUAI. -A derivaGiio necessaria d o todo a partir da substiincia divina, 31. Textos -B. Spinoza: A Ethica ordine geo-metric~ demonstrata, 32. Capitulo terceiro Leibniz e a metafisica do pluralismo monadologico e da harmonia preestabelecida -37 I. A vida e as obras de Leibniz -37 1. Aspira@o i criaqio de uma citncia universal que compreendesse em si vkrias disciplinas, 37. 11. A mediaqiio entre "philosophia perennis" e "philosophi novi" e a recuperaqiio do finalismo das "formas substanciais"-40 1. A tentativa de mediagio e de sintese entre antigo e novo, 40; 2. 0 novo significado do finalismo, 41; 3. 0 novo significado das formas substanciais, 41. 1. A liberdade como espontaneidade da mGnada, 59; 2. A liberdade e a previsio de De~is, 60; 3. 0 conjunto dos espiritos e a Cidade de Deus, 60 MAPA CONCETTUAL -A doutrina da rnbnada, 61.
Revista Filosofia Capital Issn 1982 6613, 2010
Este artigo busca propor uma mudança na conduta que adotamos ao nos relacionarmos com a infância e a criança. Teve como elemento inspirador o objetivo de fornecer subsídios para a defesa do movimento educativo intitulado Filosofia para Crianças, movimento este que, em seu cerne, acaba por apresentar propostas semelhantes a que nos dedicamos neste texto. Para tanto optamos por iniciar a discussão sobre este tema lidando com produções literárias que abordam a díade Eu e o Outro. Logo a seguir pusemo-nos a lidar com esta díade utilizando os alicerces filosóficos da Fenomenologia e, em especial, a proposta fenomenológica representada por Emanuel Lévinas e sua fenomenologia da alteridade. Optamos por este autor em razão de considerarmos que sua proposta filosófica acabaria por tornar a relação entre adultos e crianças uma relação de iguais diferentes, ou seja, haveria um respeito pela infância e criança na medida em que ela passaria a ser Outra e não mais um objeto do olhar dominador e controlador do adulto. Destes elementos acabamos por concluir que a mudança de olhar do adulto em relação à criança acabaria por demonstrar uma nova atitude paradigmática em relação ao Outro.
2021
Resumo: O presente trabalho investigou o impacto de viagens vivenciadas na infância, para, assim, verificar se tal experiência contribuiu para o desenvolvimento do gosto de viajar futuro e, consequentemente, formar um turista a partir de tal vivência. Desse modo, este estudo teve como objetivo principal identificar o papel da memória nesse processo de formação do turista. Este estudo justifica-se pelo importante entrelaçamento entre a memória e o turismo, visto que a experiência turística está vinculada, também, à memória afetiva. Para cumprir as finalidades deste estudo, foi necessária uma entrevista, no formato online, a partir da plataforma do Google Forms, disponibilizada de 20 de abril de 2021 até 20 de maio de 2021, contendo perguntas abertas e fechadas. Ao se debruçar na análise dos dados da pesquisa, verificou-se que a memória afetiva teve impacto significativo no desenvolvimento do gosto por viajar.
Anais do VIII Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica, 2018
Este trabalho tem por objetivo refletir acerca da infância como experiência que se faz presente na constituição do que somos hoje, relacionando-a com o processo de construção (auto)biográfica como elemento que possibilita a tomada de consciência desta experiência. Ao refletir sobre a infância como experiência, recorremos a autores da Filosofia da Educação como Walter Kohan e Jorge Larrosa. O tempo de ser criança, discutido pelos autores, rompe com a lógica cronológica vigente no projeto da modernidade e coloca em evidência o tempo aiônico, que traz a perspectiva da intensidade de ser criança como uma experiência capaz de atravessar todas as idades.
O que marca o tempo da infância como autêntica experiência da cultura infantil? Para explorar essa questão o presente ensaio aborda o sentido do jogo, da brincadeira e do brinquedo numa perspectiva de tempo existencial cuja temporalidade da infância se dá em significativas expressões da corporeidade. A ludicidade, entendida como elemento construtor dessa temporalidade autêntica, permite um tratamento didático adequado para o desenvolvimento dos conteúdos educativos especialmente nas séries iniciais do ensino fundamental.
Resumo: O presente artigo tem por objetivo realizar uma breve reflexão sobre parte da historiografia contemporânea que se dedica às interseções com a temática do gênero elucidadas em outras ciências sociais. Esse trabalho pretende analisar as produções nos domínios da História que moveram o termo " gênero " como utensilagem teórica, no sentido de dar inteligibilidade e compreensão a uma determinada realidade social pretérita vivida, principalmente, pelas mulheres. Destarte, nossa proposta inicial é demonstrar a sedimentação do termo gênero como uma categoria naturalizada pelos(as) historiadores(as) que dizem trazer a discussão de gênero e sexualidade pra dentro dos estudos históricos. Para isso, selecionamos autores(as) de destaque no âmbito nacional e internacional que produziram obras significativas dentro da perspectiva de " história e gênero " para refletirmos como esse termo foi importado de outros campos e reutilizado para tentar revisionar a historiografia dos séculos XX e XXI.
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